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Unidades 3 e 4 - Filosofia Prof Sydney Cincotto Junior

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RESUMO DAS UNIDADES 3 E 4
PROFESSOR SYDNEY CINCOTTO JUNIOR UNIDADE
3 - FILOSOFIA E LINGUAGEM
TÓPICO 1 - O que pode a linguagem?
Página 3 do Material Impresso
O ser humano é o único ser que diz. Ou seja, é o único ser que se expressa de muitas maneiras. É um ser de linguagem.
Aristóteles, filósofo grego afirmou que o homem é um animal racional e um animal social. O ser humano existe na relação com o outro, com o meio onde vive, com a sociedade a qual pertence. Para conviver com todas essas mesmas realidades e principalmente com os demais seres humanos, o homem desenvolveu a linguagem.
Num primeiro momento, a linguagem se caracteriza por essa questão imediata: a grande necessidade de comunicação do homem com o meio e os outros com os quais deve existir em função da grande necessidade de se situar no mundo como pessoa, isto é, tendo consciência do seu contexto de existência e ao mesmo tempo resguardando-se na sua condição de poder ser humano.
Página 4 do Material Impresso
O que é a linguagem? Primeiras definições.
Sentido denotativo e o sentido conotativo da linguagem.SENTIDO DENOTATIVO: é o uso de um termo em seu sentido primeiro, real, do dicionário. Ao pensarmos em joia, logo nos vem ao pensamento uma pedra preciosa ou algo semelhante.
SENTIDO CONOTATIVO: é o uso de um termo em seu sentido figurado. Ao caracterizar alguém como uma pessoa "joia", houve uma transferência de sentido facilmente compreensível.
Página 5 do Material Impresso
Sobre a origem da linguagem: prestar atenção sobre as hipóteses e teorias relacionadas a origem da linguagem desde a Antiguidade grega.
As funções da linguagem: função descritiva, função comunicativa e função de valor existencial. 
Páginas 6, 7 e 8 do Material Impresso
A contribuição grega dos sofistas
O uso da retórica, a razão, com finalidade prático-utilitarista:
Prático no sentido do imediatismo e utilitarista no sentido de tirar proveito imediato da capacidade humana de argumentar no uso correto da linguagem, sabendo organizar e expressar pela fala os pensamentos, convencendo sempre alguém sobre algo.
Os sofistas foram capazes de desenvolver o uso da razão no exercício da linguagem.
Destacar as finalidades da sofística e seus aspectos mais importantes.
Pontuar as contribuições da atitude sofista no uso da linguagem para a produção da ciência e do conhecimento contemporâneos, com especial atenção para uso instrumental da linguagem.
TÓPICO 2 - A linguagem vista como instrumento: as propostas de Nietzsche, Dewey e Wittgenstein
Página 9 do Material Impresso
Os sofistas conduzem a filosofia para a discussão sobre o uso instrumental da linguagem 
Outros pensadores, no desenvolvimento da história da filosofia, irão se debruçar sobre essa questão: Nietzsche, Dewey e Wittgenstein.
Páginas 9 e 10 do Material Impresso
Nietzsche se posiciona reavaliando a dimensão instrumental da linguagem. Prestar atenção ao posicionamento crítico de Nietzsche e na sua ideia para a linguagem.
O uso instrumental da linguagem: convencimento; produção de pseudoverdades, imposição do poder de uns sobre os outros.
Páginas 10 e 11 do Material Impresso
Dewey a partir da corrente filosófica do pragmatismo dedica-se a pensar a relação da educação e a concepção instrumentalista da linguagem.
O que deve ser observado:
A concepção da educação concentra-se na ação, como a famosa expressão “aprender fazendo”.
O uso da linguagem se apresenta de modo fortemente instrumental.
A função da linguagem é descrever a experiência, porém a criatividade continua centrada na ação. 
A linguagem dá nome às experiências progressivamente acumuladas. 
A linguagem, como instrumento, possibilita relatar de modo mais fiel possível o acúmulo de vivências e experiências geradas na ação humana. 
Páginas 12 e 13 do Material Impresso
Para o filósofo austríaco Wittgenstein a realidade é retratada fielmente pela linguagem e só devem existir e ser aceitas as proposições que evidenciem isso. A linguagem não pode, portanto, estar além do fato constatado.
Wittgenstein foi influenciado pelo positivismo de Auguste Comte, que afirmava que, pelo conhecimento da ciência, o homem já teria chegado ao patamar mais alto como condição de compreensão da verdade.
Na construção da linguagem verdadeira Wittgenstein afirma que a realidade é representada pela linguagem, ou seja, a linguagem pode mostrar com rigor e fidelidade a verdadeira realidade. Assim, todo problema filosófico diz respeito ao que pode ser dito por meio de proposições lógicas, na construção da linguagem certa, objetiva (linguagem científica / conceitual).
É como se a linguagem pudesse indicar com precisão a verdade da realidade e demonstrá-la. Esta, inclusive, seria a intenção de Wittgenstein em um primeiro momento, como vimos no Tópico 2. Essa função se realizaria através da realização da linguagem científica, dotada de clareza e objetividade. Essa função da linguagem seria, numa visão positiva, comprovada experimentalmente. Vários pensadores de diversas escolas filosóficas levantaram argumentos contra essa concepção de função da linguagem.
Em sua segunda fase, Wittgenstein foi influenciado e inspirado pela escola filosófica do neopositivismo lógico. Chega a afirmar que uma proposição é verdadeira somente se verificada. Essa afirmação estaria limitada a tudo aquilo que o ser humano pode conhecer de modo imediato, como o conteúdo das ciências. A linguagem se apresenta de forma extremamente instrumental. 
TÓPICO 3 – O caráter criador da linguagem 
Páginas 14, 15 e 16 do Material Impresso
A discussão sobre o caráter criativo da linguagem significa que ela não tem apenas uma função instrumental como estudamos no Tópico 2.
De acordo com a análise fenomenológica a linguagem pressupõe três condições para que possa existir: 
o sujeito que fala;
o objeto ou o assunto do qual se fala e se representa mediante a palavra;
o interlocutor com o qual se comunica falando sobre o objeto ou assunto. 
Antes se concebia as funções da linguagem de forma dicotômica: 
a linguagem possuía uma função descritiva, cognitiva, denotativa, representativa; ou
a linguagem possuía uma função emotiva, performativa, existencial ou pessoal.
Como vimos no Tópico 2, o neopositivismo lógico (Wittgenstein) e as outras corretes filosóficas que tomavam a linguagem apenas na sua versão instrumental consideravam que a linguagem possuía apenas a função descritiva, cognitiva, denotativa, representativa.
Além da função descritiva, com qual podemos descrever objetos, explicar os fenômenos, as leis da natureza e etc., existe a função comunicativa, com a qual podemos nos relacionar com o outro, mostrar o valor de afetos, sentimentos e desejos.
A linguagem tem também função existencial. O exercício da linguagem serve para testemunhar a nossa existência. Pela linguagem podemos ter a consciência de si mesmo.
A linguagem apresenta também uma função ontológica que a remete à sua própria origem, àquilo que ela é em si mesma. A linguagem tem uma força que funda o próprio ser das coisas, uma força criativa: busca a expressão essencial das coisas além de qualquer possibilidade de definição.
Há uma variedade de formas de linguagem em virtude da diversidade de grupos sociais, como na linguagem religiosa, esportiva, artística, mitológica e etc.
A linguagem ultrapassa a sua função descritiva, não é apenas denotativa, não possuí apenas um viés racionalista e instrumental. 
Páginas 16, 17, 18, 19 e 20 do Material Impresso
Linguagem, filosofia e arte - sempre que se fala em linguagem, relacionando o termo à filosofia e à arte, a primeira ideia que surge é a criatividade. Já a linguagem de cunho científico, de caráter objetivo, normalmente foi concebida carente de criatividade. O discurso científico é elaborado dentro de determinados princípios causais que são determinantes para que se chegue a conclusões. Daí se pode compreender que a linguagem científica de estrutura lógico-matemática pode ser entendida, em sua forma de linguagem, como conceitual.Mas a filosofia, em determinados casos, também foi produzida dentro dos parâmetros de objetivos e metodologias tradicionais, a partir de um realismo racionalista que vem desde Aristóteles, é normalmente concebida como conceitual. 
Dentro do vasto e histórico desenvolvimento da filosofia, encontram-se também correntes filosóficas, como a fenomenologia, que valoriza dimensões do homem além da razão, como os sentimentos e as emoções, na construção do saber. 
Distinções entre linguagem conceitual, atribuída à ciência e a determinadas filosofias e linguagem simbólica, própria da linguagem da arte e de determinadas filosofias. 
A linguagem simbólica, de natureza conotativa, se realiza através de analogias, isto é, semelhanças entre palavras e sons, palavras e coisas, ou de metáforas, criando um sentido além e, às vezes, diverso do que uma determinada coisa sugere na realidade (Chauí, 1997, p. 149).
A linguagem conceitual, pela sua base lógica e realista, não permite essa “liberdade de expressão”, pois é denotativa e, embora também possa ser conotativa, não permite esse uso livre da analogia, porque não é proposta sua permitir que o uso da imaginação suplante o determinismo do realismo lógico. 
TÓPICO 4 – A reviravolta na questão da linguagem: considerações iniciais e a elaboração moderna da linguagem a partir de Humboldt
Páginas 20, 21, 22, 23 e 24 do Material Impresso
Ao longo da tradição ocidental do pensamento, quando alguns indivíduos se dedicaram a refletir sobre a linguagem, o ponto de partida foi, na maior parte das vezes, a fala. O homem fala, e isso é um fato inegável.
A fala é eminentemente um meio de comunicação e expressão, e esta particularidade, conforme Martin Heidegger, restringe-se ao homem e ao seu modo de ser específico. A frase “o homem fala” parece significar que, pela fala, o homem torna-se homem – e é justamente isso o que ocorre, já que algo só passa a existir onde se instaura a palavra.
O homem vem a ser homem na fala, melhor, por meio da linguagem: o homem é um diálogo, ele é no diálogo. 
O homem, para existir, passa a ganhar a sua medida (a sua existência) no interior da linguagem. 
Segundo o filósofo francês Paul Ricɶur, a linguagem é um instrumento pertencente ao homem, não consistindo em outra coisa senão em algo derivado da fala – sendo, portanto, discurso. No entanto, a linguagem é também um instrumento criador de sentido e pautado fundamentalmente na fala.
O filósofo alemão Humboldt (1767-1835) e a linguagem
Para Humboldt, a língua se forma no pensamento. A linguagem é a forma mais elaborada de pensamento, ou seja, é um atributo derivado do pensamento. A linguagem, assim, se encontra no homem perfeitamente. Se fosse retirada a possibilidade de desenvolvimento do pensamento, a linguagem cairia em uma falta de delimitação, pois ela perderia seu caráter de instrumento. Isso confirmou, a partir de Humboldt, que a linguagem fosse entendida como uma propriedade humana.
O sentido nasce na relação entre o sujeito que, a partir de uma representação, pode enunciar algo sobre um objeto. Conforme Humboldt, sem representação, não há modos de se comunicar, nem falar, nem compreender, enfim, nada é possível quando não há representação. É preciso que cada língua, ainda que seja a mais grosseira, possa realizar representações, devendo entender representação, no contexto do linguista alemão, como a faculdade intelectual capaz de criar imagens mentais nos sujeitos do conhecimento, isto é, nos sujeitos que falam.
TÓPICO 5 – A linguagem como logos originário
Páginas 25, 26, 27 e 28 do Material Impresso
Martin Heidegger (1889 – 1976)
No tópico anterior, a perspectiva de Humboldt acerca da linguagem, vimos que a linguagem é interpretada como algo racional ou, ao menos, proveniente da razão (logos) – pensamento e reflexão – a linguagem é expressão. Segundo Heidegger, essa tradição jamais pensou o logos em sua essência dizente – a linguagem é revelação. A essência da linguagem, segundo Heidegger, é fazer manifestar a realidade, é desvelar o mundo. 
A linguagem, em sua forma essencial / fundamental é o dizer, que descobre os sentidos nas coisas. É logos se expressando por meio do dizer que mostra, ou seja, o logos em sua essência dizente que faz manifestar a realidade, revelar a verdade do mundo.
A força do dizer, é, na verdade, um logos originário: é palavra mostrante (aquilo que revela, que desvela, que mostra). 
O habitar poético do Homem e a sua morada na linguagem
Na obra Ser e Tempo, Heidegger expõe a estrutura do homem que ele chamou de ser-em, isto é, o homem é sempre um “ser em determinado lugar”: o homem é sempre um “ser em um mundo”. 
Pertencer essencialmente ao mundo constitui uma forma determinante de o homem ser no mundo, pois, como foi exposto, pertencer diz: ser habituado a: habitar sempre se revela no desempenho de algo habitual, comum e cotidiano. Habitar é estar abandonado ao que cotidianamente se mostra de forma comum, tornando-se hábito, ao qual se pertence propriamente. O hábito cotidiano é aquilo que cunha um caráter, constrói identidade.Habitar é pertencer àquilo que nos é próprio. Não tem, portanto, nenhuma conotação de residência, de casa, de caixa postal, mas, evidencia um pertencimento essencial àquilo que se mostra de forma particularmente próxima no campo referencial que é o do homem.
O modo radical de o homem existir no mundo, segundo Heidegger, é o habitar.
EXEMPLO: O poeta habita a poesia na medida em que poetiza, quando está ocupado daquilo que mais o necessita. 
UNIDADE 4 - FILOSOFIA E POLÍTICA
TÓPICO 1 - Platão e o projeto do bom funcionamento da cidade e elementos do pensamento político de Aristóteles
Páginas 4, 5, 6 e 7 do Material Impresso
Ler com atenção:
- O significado do termo política
- Sobre a dialética de Platão
Para Platão a política é a arte de conduzir a sociedade. Essa arte de conduzir a sociedade, que é arte de governar: 
Governa-se pela tirania, ou seja, fazendo uso da violência em si; ou 
Governa-se pela persuasão, sem fazer uso da violência - essa seria a forma política de governar (arte de governar os homens com o seu consenso). 
O caráter idealista da visão política de Platão: 
A política não é ciência militar, não é a jurisprudência (ciência do direito), não é a pura eloquência (arte de falar bem), não é a liturgia de cultos divinos. Todas essas atividades são práticas, consideradas inferiores que necessitam de uma consciência política que as conduzam.
Para ele quem possui as condições de governar a sociedade são os filósofos, os únicos capazes de conduzir os homens ao BEM. 
SOFOCRACIA, o governo dos sábios / filósofos. 
 Para entender melhor essa questão, deve-se retomar aos estudos anteriores sobre Platão, especialmente a Alegoria da Caverna. Segundo nosso filósofo, aquele que se desprende das amarras no interior da caverna e sai é justamente o homem que se transformará no Filósofo. Assim que compreende (contempla) a verdade e o bem retorna à caverna com a missão política que ele tem em vistas, já que aquele esclarecido pela verdade tem a obrigação de ir aos seus iguais e tentar transmiti-la aos mesmos.
Saber a distinção entre Monarquia, Aristocracia e Democracia para Platão.
Doutrina platônica da Reminiscência: pela reminiscência ultrapassa-se o mundo sensível, das aparências (imagens), uma vez que ela é uma maneira de reconhecer a existência das Ideias. (Ler quadro completo na apostila)
ARISTÓTELES: Na obra intitulada Política afirma que “o homem é um animal essencialmente político e sociável”.
Ele discorda de Platão e se propõe a criar uma visão do mundo de base puramente racionalista, partindo para a busca da verdade através das coisas concretas, no uso rigoroso da razão.
Aristóteles foi o primeiro pensador que examinou a razão humana e mostrou sua estrutura lógica, com a qual a razão contribui para organizar o pensamento que produz. 
Aristóteles discorda da sofocracia, a considera politicamente autoritária, pois somenteaqueles que possuem mais saber – o filosófico idealista – poderiam estabelecer a forma de governo mais perfeita.
Aristóteles prefere a politeia, uma espécie de república que possui elementos aristocráticos, pois não acredita que todos os homens tenham capacidade de governar – ilusão da democracia extrema – e por isso exclui da política os trabalhadores, artesãos e comerciantes. 
TÓPICO 2 – O pensamento político moderno 
Página 8 do Material Impresso
Idade Média
Filosoficamente, a Idade Média não apresenta grande contribuição na conceituação de política ou na visão social do exercício do poder.
A visão do poder político está assentada na visão da origem divina do poder, em que a influência da cultura judaica através da Bíblia se faz presente.
Permanece a ideia da origem natural do Estado, a partir da condição humana como criação divina, origem natural já defendida por Aristóteles.
Páginas 8 e 9 do Material Impresso
Nicolau Maquiavel (1469 – 1527) – Florença, Itália 
Pela primeira vez a política é pensada em sua concreta realidade – por isso fala-se em realismo político nesse pensador, entendendo por isso a necessidade de se compreender a política tal com ela efetivamente é, sem idealismo e/ ou sonhos. 
Com Maquiavel a política é estabelecida sem preconceitos na sua lógica interna, fora, pois, de qualquer preocupação de ordem moral e teológica; a prática política vai justificar-se por si mesma.
Páginas 9, 10, 11 12 e 13 do Material Impresso
Hobbes, Locke e Rousseau – filósofos contratualistas
Segundo os filósofos contratualistas as sociedades humanas em seu Estado de Natureza não conheciam o Estado, o que vale dizer que a origem do Estado, a constituição e organização do poder político, nasceu da necessidade dos homens viverem juntos sobre determinadas regras. Para tanto firmam um Contrato Social. 
Assim como Rousseau e Locke, Thomas Hobbes (1588-1679) fundamenta seus estudos sobre a organização e constituição do poder com base na análise da origem do Estado.
O que deve ser observado no estudo dos contratualistas é como cada um deles, Hobbes, Locke e Rousseau, define o Estado de Natureza e o Contrato Social.
São três compreensões e definições distintas e o importante aqui é saber diferenciá-las para compreendê-las. 
TÓPICO 3 – A Filosofia política de Hegel e algumas propostas de transformação social: os projetos utópicos
Páginas 13, 14 e 15 do Material Impresso
Hegel – dialética
Segundo George W. F. Hegel (1770-1831), filósofo alemão, a realidade é um processo histórico em desenvolvimento, e dentro desse processo está o grande desejo do homem e dos povos na busca pelo poder que se traduz na construção de uma civilização que surge, cresce, domina o mundo e decaí; um processo que nasce e morre. Esse processo histórico é chamado por Hegel de dialético. 
Em suma, Hegel quer nos fazer compreender que todo o desenvolvimento histórico de uma sociedade é governado por um processo movido pelo: surgimento → desenvolvimento → domínio → declínio de uma dada civilização. 
Basta olharmos para a história da humanidade para constatarmos de ascensão e declínio de grandes civilizações desde a Antiguidade. 
Dessa forma, Hegel desenvolve um novo conceito de História, que seria dialético: o presente é fruto de um longo e dramático processo; a história não é simplesmente acumulação e justaposição de fatos acontecidos no tempo. Segundo a dialética hegeliana, todas as coisas e ideias surgem e morrem. Mas essa força destruidora é também a força motriz do processo histórico. 
A ideia central é a de que a morte é criadora, geradora. Todo ser contém em si mesmo o germe da sua ruína e, portanto, de sua superação.
Os movimentos que compõem a dialética de Hegel são: 
Tese x Antítese = Síntese 
Tese (movimento afirmativo que constituem a Tese) x Antítese (negação das ideias que sustentam a “Tese”; é a contradição da mesma) = Síntese (superação das contradições entre Tese e Antítese).
Ainda sobre Hegel é importante saber explicar e diferenciar as noções de Espírito Subjetivo; Espírito Objetivo e Espírito Absoluto. 
Páginas 15 e 16 do Material Impresso
Compreender os significados de IDEOLOGIA e de UTOPIA enquanto conceitos para se pensar a Política, o Estado a as Transformações da Sociedade.
No próximo tópico abordaremos os ideais políticos de Karl Marx (1818-1883) e Friedrich Engels (1820-1895), que muitos consideram utópico em relação ao fim a que se propunha: o desmonte de uma sociedade de classes (capitalismo) para a construção de uma sociedade sem classes (comunismo).
TÓPICO 4 – O Marxismo e a crítica ao capitalismo
Páginas 16, 17, 18 e 19 do Material Impresso
O marxismo, em sua análise científica da sociedade capitalista, demostra que sua estrutura é fortemente concentradora de renda. Segundo Marx, uma sociedade se constitui:
Com base nas suas condições materiais de produção; 
Na forma em que ela estabelece a divisão social do trabalho; e 
De acordo com a consciência humana determinada a pensar as ideias que pensa por causa das condições instituídas pela sociedade.
O conjunto desses 3 fatores Marx denomina de MATERIALISMO HISTÓRICO; que utiliza como método para compreender uma determinada sociedade:
Materialismo porque somos o que as condições materiais (as relações sociais de produção) nos determinam a ser e a pensar.
Histórico porque a sociedade e a política não surgem de decretos divinos nem nascem da ordem natural, mas dependem da ação concreta dos seres humanos no tempo.
É importante observar na teoria de Marx a centralidade econômica. Ele faz uso do método do materialismo histórico para compreender como as relações de produção econômica são estabelecidas para entender como se constituem as desigualdades entre as classes sociais.
Assim, no capitalismo as contradições/diferenças se estabelecem, segundo Marx, entre a classe que detém o poder político e econômico (burguesia) e a classe que trabalha e produz a riqueza (proletariado), que por sua vez é explorada pela classe dominante. 
Por isso a célebre frase de Marx: “A história de todas as sociedades até hoje existentes é a história da luta de classes”.
TÓPICO 5 – A Questão Política na Contemporaneidade: liberdade, democracia e os novos aprisionamentos dos corpos e das subjetividades
Página 20 do Material Impresso
A Filosofia contemporânea inicia suas análises justamente a partir da desconfiança dos ideais do Iluminismo. Vários pensadores da Filosofia contemporânea se interessam por temas que acreditavam estar na base de todas essas heranças culturais: 
a questão da razão e a crítica ao iluminismo; 
as novas concepções de entendimento e instauração do poder político; 
o uso da inteligência humana no controle da sociedade e das individualidades; 
a produção cultural em função da produção econômica; 
o controle do poder sobre os corpos e as consciências.
A razão e a racionalidade, através do conhecimento científico e da ciência, não libertou o homem da barbárie e da violência, como pensavam os filósofos dos séculos XVII e XVIII, mas produziu novas formas de barbárie, violência e subjugação dos seres humanos. 
Páginas 21 e 22 do Material Impresso
Horkheimer: a crítica da razão instrumental e política
Max Horkheimer, em sua obra Dialética do esclarecimento, produzida juntamente com Theodor Adorno (1903-1969), procura mostrar por que a humanidade, ao invés de entrar em um estado verdadeiramente humano, pelas novas conquistas da ciência moderna, aprofundou-se em um novo gênero de barbárie: 
A racionalidade iluminista promoveu o domínio e a barbárie dos homens com a invenção da bomba atômica, com a manipulação, alienação e reificação (coisificação-instrumentalização) do homem pela sociedade industrial burguesa no século XX.
Adorno e a indústria cultural
No contexto da crítica da racionalidade científica, a reificação do homem passa pela instrumentalização da razão. Assim a reflexão crítica de Adorno sobre a sociedade industrial e capitalista contemporânease refere às: 
relações de produção, que para o marxismo conduzia o homem socialmente; e
relações de domínio ou poder, com as quais uma minoria social privilegiada, herdeira da condição de poder da burguesia, se impõe aos demais individuais da sociedade.
Na sociedade industrial do século XX, a Indústria Cultural, expressão criada por Adorno, faz uso dos meios de comunicação, da mídia e da informática se tornam meios de domínio social. "Enquanto negócio, seus fins comerciais são realizados por meio de sistemática e programada exploração de bens considerados culturais". Novo meio de aprofundar a alienação dos homens em sociedade.
A indústria cultural, aliando-se à ideologia capitalista dominante, reforça-a e impede a formação de indivíduos autônomos, independentes, capazes de julgar e de decidir conscientemente. 
As pessoas são socialmente manipuladas através veiculação da propaganda e do marketing. 
É a mecanização do ser humano, através dos momentos de lazer e entretenimento. 
Praticamente o ser humano passa a obedecer a comandos que lhe são impostos como condição de sobrevivência.
Páginas 23, 24 e 25 do Material Impresso
Foucault: Política e Poder
Michel Foucault desenvolveu uma visão de política na sociedade a partir de uma nova concepção do que é o poder.
Para Foucault, o poder não existe como algo monolítico, centralizado inclusive na figura de um governante. O que existe são práticas ou relações de poder que se disseminam por todo o corpo social, ou seja, o poder é uma relação de forças esparsas pelo corpo social e ao mesmo tempo, talvez pudéssemos dizer, a sustentação dos resultados de poder aí gerados.
A Microfísica do Poder:
Segundo Foucault, a origem do poder e sua imposição são anteriores e se situam por trás do que aparentemente é o seu exercício: o Estado. 
O poder é gerado a partir de relações nos microespaços. Em lugares específicos da convivência social – família, igrejas, escolas, hospitais, presídios, empresas – o poder se articula em relação que reproduzem o que seria o poder constituído do todo social. 
O poder é estratégia, não é a determinação da lei, e sim a geração de condições e relações que poderão vir a constituir as leis.
O poder é disciplinar, isto é, ele produz um envolvimento que surge das próprias relações humanas, que são relações de poder, e socialmente se veicula e impõe através de vivências culturais, costumes, que no mundo globalizado são unificadas pela indústria cultural.

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