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A importância da história do direito

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A importância da história do direito
 O direito é fruto de uma demanda social, nasce no seio da civilização, estando relacionado a condições socioculturais e fatos históricos. Muita das vezes a compreensão do direito exige um conhecimento específico de fenômenos econômicos, geográficos e sociais que apenas o estudo da história pode oferecer. Ao longo do tempo a humanidade tem criado normas que atendam a convenções sociais de forma reta e adequada. Para isso, o direito, em suas várias vertentes, foi sendo aprimorado. A necessidade de reformulação surgiu a partir de novas demandas da sociedade. Seja, por exemplo, o direito romano, com raízes também na Grécia Antiga, com as Leis de Drácon - consideradas excessivamente rígidas ou drásticas, e ainda a Lei de Talião, onde o que prevalecia era a máxima "olho por olho, dente por dente", contribuíram, de alguma forma, para o Direito hoje aplicado e estudado por nós. 
 Certamente inspirada nos ideais iluministas da Revolução Francesa (liberdade, igualdade e fraternidade) e também na democracia tão bem representada pela Constituição dos Estados Unidos da América, a Carta Magna é um marco para a história do Brasil e também do direito. Com 30 anos de vigência, a atual Constituição da República Federativa do Brasil, promulgada em 05 de outubro de 1988, pela Assembleia Constituinte presidida por Ulysses Guimarães, contém 250 artigos (e cerca de uma centena de Emendas Constitucionais), é o arcabouço do direito brasileiro. E é no primeiro capítulo desta Constituição onde se encontra o artigo 5º. Nele, há 78 incisos onde são expressos os direitos e deveres individuais e coletivos. Logo no início, fica definido, no inciso I, que homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição. 
 Embora na prática a sociedade esteja repleta de desigualdade e discriminação entre as pessoas, esse princípio demonstra a obrigação de que a lei se esforce para manter todos em condições de igualdade. Todos devem ser protegidos pela legislação, inclusive os que apresentam necessidades diferentes.
 A igualdade exerce uma função relevante de princípio norteador das políticas públicas de inclusão social, visando à erradicação da miséria, da pobreza, da fome, do analfabetismo, objetivando proporcionar a todos uma vida humana digna. Entretanto, no nosso dia a dia temos visto diversos casos de desigualdades e lesão à liberdade dos indivíduos, na teoria é tudo muito bonito, a previsão e garantias existem, mas não são praticados, muitos têm pouco e poucos têm muito, a concentração de renda impede que grande parcela da população usufrua direitos universalmente reconhecidos e constitucionalmente assegurados para que se tenha uma vida digna.
 Não se trata de igualdade perante a lei, mas sim igualdade de direitos e obrigações, pois existem dois termos de comparação: homens de um lado e mulheres de outro. A desigualdade da mulher em relação ao homem só será superada na medida em que a própria cultura vai sendo alterada, além da mentalidade, cabendo á mulher lutar para que aconteça a efetiva implantação dos dispositivos constitucionais.
REFERÊNCIAS
- REFERÊNCIAS BRASIL. Constituição. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado,1988. 
- Brasil Escola
- AZEVEDO, Luis Carlos de (2005). Introdução à História do Direito. São Paulo: Revista dos Tribunais.

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