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CONTESTAÇÃO PRONTA

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AO EXCELENTÍSSIMO JUIZ DE DIREITO DA VARA 5ª DE FAMÍLIA CIRCUNSCRIÇÃO JUDICIÁRIA DE ÁGUAS CLARAS
Processo n. º: 2006.07.1.000123-4
Victor Menezes Gonçalves, já qualificado nos autos do processo sob o número em epigrafe, que lhe move, Luana Almada Gonçalves, menor impúbere, neste ato representada pela sua genitora, Maria Virgínia Almada, ambas também já qualificadas nos autos ,vem à presença de Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado expor os fatos e fundamentos, apresentando a defesa na forma de :
CONTESTAÇÃO
 
I - Breve síntese da Demanda:
A autora, moveu ação em desfavor do requerido, alegando que o mesmo não vem cumprindo as obrigações paternais, referentes a manutenção da criação da filha do casal, tais como a prestação de alimentos.
II - Da verdade dos fatos:
O requerido se submeteu a realização do exame de paternidade, este que resultou positivamente. Devido o desinteresse da genitora, esta que optou por não haver o pedido para a determinação de obrigação de prestação alimentícia para a menor, ante todo o desgaste gerado pela situação; e mesmo sem a imposição jurídica de tal obrigação o requerido passou a arcar com os alimentos à filha , demonstrando assim sua disposição para criação de sua progênita e total boa fé em relação a mesma.
Na constância da situação, o réu passou a notar que a genitora estava valendo-se do benefício da menor , pois a mesma, tem boa saúde e pode trabalhar, devendo colaborar na criação e educação, sendo também sua obrigação manter e sustentar a filha, conforme dispões o artigo 229, da CF/88 , assim também tem sido o entendimento jurisprudencial:
" 1ª CC do TJMG: A manutenção dos filhos, atualmente, não é mais da responsabilidade exclusiva do pai. A mulher também deve contribuir”, o que não vem acontecendo, pois, a genitora não demonstra qualquer interesse de renda para amparar sua própria filha, presumindo apenas que a ajuda do pai será suficiente.
Observou-se ainda que ambas desfrutavam de uma vida de padrão incompatível com sua realidade, visto que a genitora é desempregada, recebendo apenas a ajuda para criação da filha. Notoriamente as duas esbanjam de festas e viagens nas redes sociais e comemoram a renda proferida pelo réu para sustento alimentício da filha. (provas do anexo A) 
O réu vinha contribuindo financeiramente mesmo sem qualquer determinação judicial, logo por não ter técnica jurídica de pretensão de valores, acarretou em uma prestação desordenada. Houve a interrupção da contribuição pois não se sabe ao certo a quantia que deveria ser arbitrada, tornando-se o valor ate mesmo exorbitante a necessidade apresentada em favor da boa condição financeira do réu. 
A genitora alega que o réu não é presente na vida da filha, e nem demonstra o devido afeto paternal, mas vale lembrar que a menor reside com a mãe , e por parte de ambas nunca houve a atitude em querer maior aproximação do pai, apenas pedidos de ajuda financeira , o que levou o mesmo a perceber que a busca pela sua atenção não era em sentido afetivo e sim apenas material, causando um “bloqueio/distanciamento” sentimental do pai em relação à filha, o que não o impediu de cumprir com a obrigação de cuidar , prestando toda assistência necessária a menor, mesmo não sentindo por parte da mesma nenhum reconhecimento pelo próprio pai.
De acordo com a Jurisprudência:
“não se pode exigir, judicialmente, o cumprimento da "obrigação natural" do amor. Por tratar-se de uma obrigação natural, um juiz não pode obrigar um pai a amar uma filha”, pontuou, na decisão. “Mas não é só de amor que se trata quando o tema é a dignidade humana dos filhos e a paternidade responsável. Há, entre o abandono e o amor, o dever de cuidado. Amar é uma possibilidade; cuidar é uma obrigação civil”, enfatizou.
III- DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS:
Segundo o artigo 229 da CF:
" Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores,"
Ou seja, não apenas o pai tem esse dever, e sim ambos.
De acordo com os entendimentos jurisprudenciais:
" 1ª CC do TJMG: A manutenção dos filhos, atualmente, não é mais da responsabilidade exclusiva do pai. A mulher também deve contribuir. (2.10.1984, RT 597/189) 
É uma obrigação conjunta dos genitores, e não apenas de um.
E ainda no código de processo Civil, versa também que
 Art. 1.634. Compete a ambos os pais, qualquer que seja a sua situação conjugal, o pleno exercício do poder familiar, que consiste em, quanto aos filhos.
I - Dirigir-lhes a criação e a educação.
Para a concessão da pensão alimentícia, não basta apenas o mero pedido informal, e sim a solicitação via judicial, o que em nenhum momento foi feito pela genitora.
Artigo 1694 do Código civil
Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para atender às necessidades de sua educação.
§ 1º Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa obrigada.
Deve seguir esse procedimento para poder ser estipulado por um juiz de direito o correto valor para execução do mesmo, e não de forma desordenada como vinha acontecendo.
IV-DOS PEDIDOS:
Diante do exposto, requer pela improcedência da ação, condenando-se a Requerente a custas processuais, bem como no ônus de sucumbência.
Se não for este o entendimento de Vossa Excelência, requer seja fixada a pensão alimentícia em favor da requerente no importe de 30% do salário líquidos do requerido, resultando no valor de 4.500 (QUATRO MIL E QUINHENTOS REAIS) mensais.
Requer, finalmente, a produção de provas em direito admitidas, tais como: as demais que se fizerem necessárias.
Nesses Termos,
Pede Deferimento.
Águas Claras, 17 de março de 2019 
Ellen Carvalho A. Sena
OAB: ...
ANEXO A
 
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