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DIFERENÇAS DOS INSTITUTOS DE INTERVENÇÃO DO ESTADO NA PROPRIEDADE PRIVADA 
 
EM RELAÇÃO À LIMITAÇÃO TEMPORÁRIA 
a) Diferença entre Limitação Administrativa e Desapropriação 
A limitação administrativa, por ser uma limitação geral e de interesse coletivo, não obriga 
o Poder Público a qualquer indenização; a desapropriação, por retirar do particular a sua 
propriedade, impõe o dever de indenizar o proprietário (ALEXANDRINO, p. 1101). A 
diferença é o alcance da restrição/supressão e o dever de indenizar. 
b) Diferença entre Limitação Administrativa e Servidão Administrativa 
O recuo na construção de edifícios, limitação imposta genericamente, é exemplo típico 
de limitação administrativa; o atravessamento de um terreno com aqueduto para 
abastecimento de uma cidade é caracteristicamente uma servidão administrativa 
(ALEXANDRINO, p. 1101). A diferença é o alcance da restrição/supressão, na limitação não 
existe uma coisa dominante, na servidão existe uma coisa dominante, a servidão é 
justamente imposta em proveito de determinado bem afetado para a utilidade publica. 
Distinguem-se ainda as limitações das servidões administrativas pelo fato de estas 
implicarem a constituição de direito real de uso e gozo, em favor do poder público ou da 
coletividade, paralelo ao direito do proprietário, que perde, por essa forma, a exclusividade 
de poderes que exercia sobre o imóvel de sua pro-priedade . Nas limitações administrativas, 
o proprietário conserva em suas mãos a totalidade de direitos inerentes ao domínio [...] 
Como já apontado, a propriedade não é afetada na sua exclusividade, mas no seu caráter de 
direito absoluto (PIETRO, 177) 
Toda servidão limita a propriedade, mas nem toda limitação à propriedade implica 
a existência de servidão. Assim, se a restrição que incide sobre um imóvel for em benefício 
de interesse público genérico e abstrato, corno a estética, a proteção do meio ambiente, 
a tutela do patrimônio histórico e artístico, existe limitação à propriedade, mas não 
servidão; esta se caracteriza quando, no outro extremo da relação (o dominante) existe um 
interesse público corporificado, ou seja, existe coisa palpável, concreta, a usufruir a vantagem 
prestada pelo prédio serviente. Por isso mesmo, não consideramos o tombamento como 
servidão, pois nele, embora a restrição incida sobre um imóvel determinado, não existe a 
coisa dominante; a restrição é imposta em benefício de um interesse público : a proteção 
do patrimônio histórico e artístico nacional. Isso porque é essencial ao conceito de 
servidão a presença dos dois elementos: a coisa serviente e a coisa dominante, a primeira 
prestando utilidade à segunda. Eliminar do conceito de servidão administrativa a coisa 
dominante significa desnaturar o instituto tal qual tem sido concebido desde o direito 
romano e dar-lhe amplitude tão grande que abrangerá todas as restrições impostas pelo 
poder público à propriedade privada (PIETRO, p. 158) 
 
EM RELAÇÃO À OCUPAÇÃO TEMPORÁRIA 
c) Diferença entre Ocupação Temporária e Limitação Administrativa 
Não se confunde com as limitações administrativas em sentido estrito. A limitação 
administrativa não implicam a utilização do imóvel por parte de terceiros; a ocupação 
temporária sim. 
A limitação administrativa afeta o caráter absoluto do direito de propriedade, porque 
apenas regulamenta, no interesse da coletividade, o exercício, pelo particular, dos poderes 
inerentes ao domínio; já a ocupação temporária afeta a exclusividade do direito de 
propriedade, porque confere ao Poder Público a faculdade de uso temporário do imóvel 
particular. 
A limitação administrativa refere-se ao exercício dos poderes oriundos do domínio 
pelo próprio proprietário ou possuidor; a ocupação temporária refere-se ao exercício de um 
dos poderes oriundos do domínio - o uso - por terceiros. (PIETRO, p. 144) 
d) Diferença entre Ocupação Temporária e Requisição Administrativa 
Uma diferença elementar entre a ocupação temporária e a requisição administrativa 
decorre do fato de que a segunda pressupõe iminente perigo público, enquanto a ocupação 
temporária pressupõe apenas o interesse público, dando-se, via de regra, em imóvel (RONNY 
CHARLES, p. 640) 
e) Diferença entre Ocupação Temporária e Servidão Administrativa 
[...] A ocupação temporária aproxima-se da servidão administrativa, que também afeta a 
exclusividade do direito de propriedade; mas com ela não se confunde, por ser de caráter 
transitório (PIETRO, p. 144). 
 
EM RELAÇÃO À REQUISIÇÃO ADMINISTRATIVA 
f) Diferença entre Requisição Administrativa e ocupação temporária 
A requisição, quando recai sobre imóvel, confunde-se com a ocupação temporária, 
consoante se vê pelos termos dos artigos 1 º e 1 5 , item 1 3 , do Decreto-lei nº 4 . 8 1 2, de 8 - 
1 0-42; o seu fundamento é o artigo 5º, XX.V, da Constituição Federal vigente, pelo qual "no 
caso de perigo público iminente, a autoridade competente poderá usar da propriedade 
particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver danos". (PIETRO, p. 144) 
 
g) Diferença entre Requisição Administrativa e Servidão Administrativa 
 
 É direito pessoal da Administração (a servidão é direito real); 
 Seu pressuposto é o perigo público iminente (na servidão inexiste essa exigência, 
bastando a existência de interesse público); 
 Incide sobre bens móveis, imóveis e serviços (a servidão só incide sobre bens imóveis); 
 Caracteriza-se pela transitoriedade (a servidão tem caráter de definitividade); 
 A indenização, somente devida se houver dano, é ulterior (na servidão, a indenização, 
embora também condicionada à existência de prejuízo, é prévia). (ALEXANDRINO, p. 1060) 
 
h) Diferença entre Requisição Administrativa e desapropriação 
 
 A requisição administrativa se diferencia da desapropriação, primeiro porque objetiva 
o uso do bem, e não a sua propriedade. 
 A desapropriação para se efetivar depende de acordo ou ação judicial; a requisição é 
auto-executória. 
 A desapropriação exige previa e justa indenização; a requisição pode ser indenizada a 
posteriori ou mesmo não comportar indenização. 
 A desapropriação alcança sempre bens; a requisição pode alcançar bens e serviços. 
(RONNY CHARLES, p. 641) 
 
Bons Estudos. 
Prof. Luís Bicalho

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