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18/08/2015 Untitled Document http://www.tutorweb.com.br/fmu/disciplinas/biblioteca/DP/DIREITO_003/003036000_Teoria_Criminal_da_Pena///003036000_sem3.htm 1/2 DISCIPLINA: Teoria Criminal da Pena Semana 3 arts. 53 a 59, CP Cominação das penas Fixação da pena 1. Cominação das penas – arts. 53 a 58 O tipo penal é dividido em preceito primário e preceito secundário. O preceito primário indica a norma proibitiva, a conduta criminosa, enquanto que o preceito secundário prevê a sanção aplicável àquele que incidir no preceito primário, ou seja, que praticar a conduta descrita no tipo. O preceito secundário traz o limite mínimo é máximo da pena privativa de liberdade, bem como se se trata de reclusão ou detenção. Exs: art. 121, CP – pena – reclusão de 6 a 20 anos; art. 123, CP – penal – detenção de 2 a 6 anos. Já as penas restritivas de direitos não estão previstas no preceito secundário do tipo penal, pois se tratam e penas aplicadas em substituição à privativa de liberdade, e sua duração é por tempo igual ao da pena privativa de liberdade substituída, salvo a exceção do art. 46, § 4º, CP. As penas de interdição temporária de direitos são aplicadas para os crimes cometidos no exercício de profissão, atividade, ofício, cargo ou função, sempre que forem violados os deveres que lhes são inerentes (art. 47, I e II, CP) ou aos crimes culposos de trânsito (inciso II). A pena de multa pode estar prevista no preceito secundário do tipo penal, alternativa (ex: art. 140, CP – pena – detenção de 1 a 6 meses ou multa) ou cumulativamente (ex: art. 155, CP – pena – reclusão de 1 a 4 anos e multa) à pena privativa de liberdade, ou pode ser aplicada em substituição à pena privativa de liberdade. 2. Fixação da pena – art 59 Ao fixar a pena, o juiz deve observar a culpabilidade do agente (reprovação social que o crime e o autor do fato merecem, tratase de culpabilidade em sentido amplo), seus antecedentes (condenações anteriores que não sejam mais consideradas reincidência), sua conduta social (relações familiares, de emprego, com amigos etc.), sua personalidade (ex: personalidade voltada para a criminalidade ou não), os motivos (que aliviam sua situação – ex: furtou para comer – ou que prejudicam – ex: motivo fútil), as circunstâncias (exs: local do crime, modo de agir, meios etc.) e conseqüências do crime (ex: o agente matou um pai de família e desestruturou toda a família, que ficaram depressivos e sem dinheiro) e o comportamento da vítima (se ela contribuiu ou facilitou de qualquer forma para a prática crime), de modo que a pena fixada seja necessária e suficiente para a reprovação e prevenção do crime. Assim, cabe ao juiz verificar qual pena deve ser aplicada entre as cominadas (multa ou privativa de liberdade), bem como a quantidade aplicável de acordo com o parâmetro legal, o regime inicial de cumprimento de pena e se é caso de substituição. A pena aplicada, seja a prevista no tipo penal ou em substituição deve atender à necessidade e suficiência da reprovação, o que corresponde a duas das funções da pena: castigar o agente e dar exemplo à sociedade, tendo sido deixada da lado a função reeducativa da sanção penal. 18/08/2015 Untitled Document http://www.tutorweb.com.br/fmu/disciplinas/biblioteca/DP/DIREITO_003/003036000_Teoria_Criminal_da_Pena///003036000_sem3.htm 2/2 Questões 1. Como saber se a pena a ser aplicada é de detenção ou reclusão? 2. Em que hipóteses de dá a condenação a pena de multa? 3. Quais os critérios a serem considerados pelo juiz na fixação da pena, substituição e regime inicial de cumprimento? 4. Quais os regimes prisionais? Bibliografia básica: BITENCOURT, Cezar Roberto. Bibliografia complementar: PRADO, Luiz Regis.
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