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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP 
 
 
VALCIRENE RIBEIRO SILVA – RA 1917893 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO REFLEXIVO REFERENTE AOS 13 TEXTOS 
 
 
 
Atividade avaliativa apresentada à Universidade 
Paulista - UNIP, como requisito para o cumprimento 
da disciplina de Introdução a docência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ARACRUZ 
2019 
 
1.1 “Educação? Educações: aprender com o índio” 
 
 
 
 Há alguns anos, os estados americanos de Virgínia e Maryland assinaram um 
tratado de paz com os Índios das Seis Nações. Em seguida, os governantes 
propuseram a esses índios que mandassem alguns de seus jovens para estudar nas 
escolas dos brancos. 
 Os índios agradeceram o convite, mas o recusaram. Enviaram uma famosa 
carta como resposta, da qual foram extraídos os seguintes fragmentos: 
 ―Aqueles que são sábios reconhecem que diferentes nações têm concepções 
diferentes das coisas e, sendo assim, os senhores não ficarão ofendidos ao saber 
que a vossa ideia de educação não é a mesma que a nossa. Muitos dos nossos 
bravos guerreiros foram formados nas escolas do Norte e aprenderam toda a vossa 
ciência. Mas, quando eles voltavam para nós, eles eram maus corredores, 
ignorantes da vida da floresta e incapazes de suportarem o frio e a fome. Não 
sabiam como caçar o veado, matar o inimigo e construir uma cabana, e falavam a 
nossa língua muito mal. Eles eram, portanto, totalmente inúteis‖. 
 
 
Reflexão: 
 
 
 Nessa vida ninguém escapa da educação. É necessário salientar que não há 
uma forma única, nem um único modelo de educação, ou seja, onde há vontade de 
aprender e ensinar há o educar. Entre mundos diversos, há culturas diversas, e cada 
uma delas tem a sua maneira de ensinar que pode ser considerado por muitos, 
inadequadas e errôneas. 
 No entanto, é sempre bom lembrar que em nosso país para se obter uma 
educação de qualidade, precisamos de mudanças rápidas, começando 
principalmente pela hierarquia que nos rege, e que professores e diretores estejam 
abertos para aprender com seus alunos, mesmo quando determinado assunto 
pareça irrelevante. 
 
1.2 “O fax do Nirso” 
 
 
 Um gerente de vendas recebeu o seguinte fax de um dos seus novos 
vendedores: 'seo gomis, o criente de belzonte pidiu mais cuatrucenta pessa. Faz 
favor tomá as providenssa. Abrasso, nirso.' aproximadamente uma hora depois, 
recebeu outro: 'seo gomis, os relatório di venda vai xegá atrazado proque tô fexando 
umas venda. Temo que mandá treis mir pessa. Amanhã tá xegano.' abrasso, nirso.' 
no dia seguinte: 'seo gomis, num xeguei pucausa di que vendi mais deis mir em 
beraba. Tô indo pra brazilha. Abrasso, nirso.' no outro: 'seo gomis, brazilha fexô 20 
mil. Vô pra frolinòpolis i di lá pra sumpaulo no vinhão das cete ora. Abrasso, nirso.' 
assim foi o mês inteiro. O gerente, muito preocupado com a imagem da empresa 
levou ao presidente as mensagens que recebeu do vendedor. 
 O presidente escutou atentamente o gerente e disse: deixa comigo, que eu 
tomarei as providências necessárias.' e tomou... Redigiu de próprio punho um aviso 
e o afixou no mural da empresa, juntamente com as mensagens de fax do vendedor: 
"a partí di oji nois tudo vamo fazê feito o nirso. Si priocupá menos im iscrevê serto, 
prá mod vendê maiz.' acinado, o prizidenti. 
 
 
Reflexão: 
 
 
 O objetivo principal desta reflexão é analisar como o mercado de trabalho 
possui tantas pessoas com déficit em letramento, isso se deve a necessidade de 
muitos saírem da escola precocemente para trabalhar, ficando assim órfãos de 
ensino. Este quadro não se restringe apenas à vontade em si de cada indivíduo, 
mas grande parte se deve pelo fato das escolas serem hoje ―distribuidoras de 
diplomas e certificados‖, onde o ensino é precário, capacitando pessoas a 
exercerem funções a qual não estão verdadeiramente preparadas. O 
desencadeamento deste fato é um país pobre em ensino e instrução. 
 
 
 
1.3 “A História de Chapeuzinho Vermelho - na versão do lobo” 
 
 
 Certa manhã estava eu passeando pela minha casa – sim, porque eu não sei 
se vocês sabem, mas a floresta é a minha casa – e, de repente, deparei com uma 
visão terrível. 
 Vi uma menina vestida com uma roupa vermelha horrorosa, com um chapéu 
vermelho igualmente horroroso, carregando uma cesta cheia de produtos embalados 
com material plástico, que leva milhares de anos para se desintegrar na natureza. 
 Imaginei que ela fosse fazer um piquenique ou coisa parecida e pensei: não 
posso permitir que ela deixe aquele material jogado pela mata. Ela vai sujar a minha 
casa e dos meus companheiros de floresta. 
 Vou tentar prevení-la dos cuidados ecológicos fundamentais. Por outro lado, 
que descuidados são esses humanos: deixar uma menina tão pequena passear pela 
floresta desse jeito, correndo o perigo de ser apanhada por algum predador (dentre 
os quais eu me incluo). 
 Como eu estava com o apetite devidamente saciado resolvi, sem segundas 
intenções, falar com a menina e induzi-la a sair da floresta pelo mesmo caminho por 
onde entrou. Isto seria melhor para todos... E assim o fiz, mas, quando me deparei 
com a menina, ela foi logo gritando feito uma louca e me batendo com a cesta que 
tinha na mão; nem sequer me ouviu, não me deu oportunidade para falar o que eu 
queria e explicar o motivo da nossa conversa. Só repetia várias vezes que eu não 
iria comer o lanche que ela havia preparado para a sua vovozinha, que eu era 
horrível, que isso e aquilo. Logo vi que não conseguiria atingir o meu intento. 
 Mas... ela é só uma menina... e assim pensando, resolvi perdoá-la. 
 Apesar de ter ficado furioso com ela num primeiro instante, resolvi procurar 
por uma velhinha que, algum tempo antes, havia construído uma casinha de 
madeira perto do rio. Na época, todos nós aqui da floresta havíamos ficado furiosos 
com ela, pois derrubou nossas árvores e, assim, destruiu a casa de muitos de 
nossos companheiros animais para construir aquela casa horrenda, mas, devido à 
avançada idade, resolvemos relevar e deixá-la ficar. Só podia ser ela a vovozinha 
daquela menina tão mal-educada. 
 Segui por atalhos que só nós, moradores da floresta, conhecemos e, assim, 
cheguei na casa da velhinha bem antes da sua neta. Segui um caminho muito longo 
para alertar a senhora dos males que ela e a sua neta poderiam provocar no nosso 
ecossistema, mas ela também não me deu a menor oportunidade de me pronunciar; 
foi logo me batendo e fazendo um escândalo tremendo, muito barulho, muita gritaria, 
virou-se e pegou uma velha espingarda, certamente com a intenção de matar-me. 
 Não tive outra alternativa, senão comer a velha senhora. 
 Minutos depois, a menina acabou chegando na casa da sua avó. Sabendo 
que ela iria provocar novo escândalo, resolvi me disfarçar e, assim, vesti algumas 
roupas da tal velhinha e tentei me fazer passar por ela, deitado em seu leito. 
 Quando ela chegou, tentei dissuadí-la a ir embora o quanto antes, mas a 
menina novamente começou a me insultar dizendo: que nariz grande e horrível você 
tem... que orelhas estranhas você tem... que olhos caídos e remelentos você tem... 
 Eu procurei responder a todas as perguntas com ternura, mas para tudo há 
um limite, e minha paciência já estava em ponto de se esgotar, quando tirei o 
disfarce. 
 Diante dos gritos da menina, e temendo a aproximação de caçadores que 
sempre afluíam ao local, não tive alternativa senão comê-la também. 
 Meu temor, no entanto, se concretizou: um caçador me encontrou e, antes 
mesmo que eu começasse a me explicar, atirou impiedosamente e me acertou... 
agora, cá estou eu, com a barriga aberta,moribundo, e vocês ainda estão vibrando 
com isto, ensinando suas crianças que o malvado dessa história sou eu... isso é 
muito injusto, muito injusto. 
 
Reflexão: 
 
 Não devemos apresentar aos alunos apenas nossa opinião e de autores, 
como verdades absolutas, devemos indagá-los a questionar, buscando o 
conhecimento da outra versão, para que criem seus conceitos sobre o assunto. 
Como professores, devemos aceitar os diferentes pontos de vista. Problematizar 
uma dúvida ajuda os alunos a pensarem, a formarem as suas próprias opiniões e 
conceitos, tornando-os críticos, instigando-os a se tornarem seres pensantes e 
contribuindo diretamente na formação da sociedade, de forma justa e racional. 
 
 
 
1.4 “Uma pescaria inesquecível” 
 
 Um velho amigo comentava comigo como a ética em nosso país anda 
―esquecida‖. As pessoas filam filas, subornam um guarda quando a documentação 
do carro está errada, fingem que estão dormindo no metro ou no ônibus quando 
entra um idoso ou deficiente etc. 
 Lembrou que tudo isso aprendíamos em casa e na escola. Hoje, se um aluno 
é punido ou repreendido por uma ação errada, no dia seguinte os pais aparecem 
―munidos‖ de advogados, psicólogos, ONG´s e outras mais para ―punir‖ o professor... 
 A grande culpa de tudo isto é a família. Ninguém mais senta à mesa num final 
de semana, conversa para saber o que seu filho anda fazendo ou como está indo 
no escola... 
 Foi neste momento que interrompi o desabafo do amigo para contar-lhe uma 
história de J. P. Lenfestey que ouvi há muito tempo. Chama-se ―Uma Pescaria 
Inesquecível‖. A meu ver, é isto que precisa o nosso país: 
 Ele tinha onze anos e, a cada oportunidade que surgia, ia pescar no cais 
próximo ao chalé da família, numa ilha que ficava em meio a um lago. A temporada 
de pesca só começaria no dia seguinte, mas pai e filho saíram no fim da tarde para 
pegar apenas peixes cuja captura estava liberada. O menino amarrou uma isca e 
começou a praticar arremessos, provocando ondulações coloridas na água. 
 Logo, elas se tornaram prateadas pelo efeito da lua nascendo sobre o lago. 
Quando o caniço vergou, ele soube que havia algo enorme do outro lado da linha. O 
pai olhava com admiração, enquanto o garoto habilmente, e com muito cuidado, 
erguia o peixe exausto da água. Era o maior que já tinha visto, porém sua pesca só 
era permitida na temporada. 
 O garoto e o pai olharam para o peixe, tão bonito, as guelras movendo para 
trás e para frente. O pai, então, acendeu um fósforo e olhou para o relógio. Ainda 
faltavam quase duas horas para a abertura da temporada. Em seguida, olhou para o 
peixe e depois para o menino, dizendo: 
– Você tem que devolvê-lo, filho! 
– Mas, papai, reclamou o menino. 
– Vai aparecer outro, insistiu o pai. 
– Não tão grande quanto este, choramingou a criança. 
 
 O garoto olhou à volta do lago. Não havia outros pescadores ou embarcações 
à vista. Voltou novamente o olhar para o pai. Mesmo sem ninguém por perto, sabia, 
pela firmeza em sua voz, que a decisão era inegociável. Devagar, tirou o anzol da 
boca do enorme peixe e o devolveu à água escura. O peixe movimentou 
rapidamente o corpo e desapareceu. Naquele momento, o menino teve certeza de 
que jamais pegaria um peixe tão grande quanto aquele. 
 Isso aconteceu há trinta e quatro anos. Hoje, o garoto é um arquiteto bem-
sucedido. O chalé continua lá, na ilha em meio ao lago, e ele leva seus filhos para 
pescar no mesmo cais. 
 Sua intuição estava correta. Nunca mais conseguiu pescar um peixe tão 
maravilhoso como o daquela noite. Porém, sempre vê o mesmo peixe todas as 
vezes que depara com uma questão ética. Porque, como o pai lhe ensinou, a ética é 
simplesmente uma questão de CERTO e ERRADO. 
 Agir corretamente, quando se está sendo observado, é uma coisa. A ética, 
porém, está em agir corretamente quando ninguém está nos observando. Essa 
conduta reta só é possível quando, desde criança, aprende-se a devolver o ―peixe à 
água‖. A boa educação é como uma moeda de ouro: ―tem valor em toda parte‖. 
 
 
Reflexão: 
 
 
 A ética é um conjunto de valores morais e princípios que norteiam a conduta 
humana na sociedade. A ética não está inclusa na grade curricular das maiorias das 
escolas públicas de educação básica do Brasil, porque alguns professores e o MEC 
afirmam que a mesma já está saturada e que está inserida indiretamente em outras 
disciplinas. A ética é fundamental para a integração na sociedade, não devemos 
pensar em sermos beneficiados ultrapassando estes valores, mas agir conforme os 
princípios que nos norteiam para uma sociedade mais justa e igualitária. 
 
 
 
 
 
1.5 “A Folha Amassada” 
 
 
 Quando criança, por causa de meu caráter impulsivo, tinha raiva à menor 
provocação. Na maioria das vezes, depois de um desses incidentes me sentia 
envergonhado e me esforçava por consolar a quem tinha magoado. 
 Um dia, meu professor me viu pedindo desculpas, depois de uma explosão de 
raiva, e entregou-me uma folha de papel lisa e me disse: A M A S S E – A! 
 Com medo, obedeci e fiz com ela uma bolinha. 
 - Agora, deixe-a como estava antes. Voltou a dizer-me. 
 Óbvio que não pude deixá-la como antes. Por mais que tentasse, o papel 
continuava cheio de pregas. 
 O professor me disse, então: 
 - O coração das pessoas é como esse papel. A impressão que neles 
deixamos será tão difícil de apagar como esses amassados. 
 Assim, aprendi a ser mais compreensivo e mais paciente. Quando sinto 
vontade de estourar, lembro-me daquele papel amassado. A impressão que 
deixamos nas pessoas é impossível de apagar. Quando magoamos alguém com 
nossas ações ou com nossas palavras, logo queremos consertar o erro, mas é tarde 
demais. Alguém já disse, certa vez: 
 - Fale somente quando suas palavras possam ser tão suaves como o silêncio. 
Mas não deixe de falar, por medo da reação do outro. Acredite principalmente em 
seus sentimentos! 
 
Reflexão: 
 
 O texto folha amassada repassa a importância que tem uma palavra 
pronunciada, como ela pode interferir na vida de um indivíduo e como é difícil tentar 
amenizar algo que já foi dito. Quando alguém decide entrar na carreira da docência 
deve estar ciente que dificuldades irão aparecer, e acima de tudo estar preparado 
para lidar com os mais variados alunos. É imprescindível ter mente sã e corpo sã 
para poder resolver os inúmeros problemas que poderão surgir e conseguir repassar 
da melhor forma possível o seu objetivo que é ensinar. 
 
1.6 “A Lição dos Gansos” 
 
 
 Quando um ganso bate as asas, cria um ―vácuo‖ para o pássaro seguinte. 
Voando numa formação em ―V‖ o bando inteiro tem o seu desempenho 71% melhor 
do que se a ave voasse sozinha. 
 Lição: Pessoas que compartilham uma direção comum e senso de 
comunidade podem atingir seus objetivos mais rápidos e facilmente, pois estão 
contando com ajuda de outros. 
 Sempre que um ganso sai de formação, sente subitamente a resistência por 
tentar voar sozinho e rapidamente retorna ao grupo, aproveitando a ―aspiração‖ da 
ave imediatamente a sua frente. 
 Lição: Se tivermos sensibilidade, aceitaremos a ajuda dos colegas e seremos 
prestativos com os demais. 
 
 
Reflexão: 
 
 
 É possível observar o enfoque que o texto dá no trabalho em equipe, e como 
é importante haver a união no ambiente de trabalho, muitas vezes pensamos que 
somos auto-suficientes que não necessitamos de ninguém, mas nos deparamos 
com a dura realidade, onde nos revela que não iremos conseguir mudar os 
problemas se não houver ajuda mútua. 
 Sendo assim, é necessário demonstrar aos alunos que o professor não está 
ali como um ser autoritárioe incapaz de entender suas dificuldades, mas sim como 
uma pessoa que se propõe a dedicar sua vida profissional para repassar seus 
conhecimentos e colaborar para o seu crescimento. 
 
 
 
 
 
 
1.7 “Assembleia na Carpintaria” 
 
 
 Conta-se que certa vez uma estranha assembleia teve lugar em uma 
carpintaria. Foi uma reunião das ferramentas para tirar a suas diferenças. O 
martelo assumiu a presidência da reunião, com arrogância. 
 Entretanto, logo foi exigido que ele renunciasse. O motivo? É que ele fazia 
ruído demais. Passava o tempo todo golpeando, batendo. Não havia quem 
agüentasse. O martelo aceitou a sua culpa, mas exigiu que também fosse retirado 
da assembléia o parafuso. É que ele precisava dar muitas voltas para servir para 
alguma coisa. Com isso, se perdia tempo precioso. 
 O parafuso aceitou se retirar, desde que a lixa igualmente fosse expulsa. Era 
muito áspera em seu tratamento. E, além do mais, vivia tendo atritos com os demais. 
A lixa se levantou e apontou os defeitos do metro. Ele igualmente deveria sair do 
local, porque sempre ficava medindo os demais conforme a sua medida. Por acaso, 
ele estava achando que era o único perfeito? 
 Enquanto assim discutiam, entrou o carpinteiro. Colocou o avental e iniciou, 
feliz, o seu trabalho. Tomou a madeira e usou o martelo, o parafuso, a lixa e o 
metro. 
 Depois de algumas horas, a madeira grossa e rude do início tinha se 
transformado em um lindo móvel. Ele contemplou a sua obra, elogiou e saiu da 
carpintaria. Bastou fechar a porta, para as ferramentas retomarem a discussão. 
Contudo, o serrote com calma falou: 
- Senhores, ficou evidente que todos temos defeitos. Mas também pudemos 
observar, nas últimas horas, que todos temos qualidades. Foi exatamente com as 
nossas qualidades que o carpinteiro trabalhou e conseguiu criar uma obra de arte, 
um móvel muito bem acabado. 
 Então, todos concordaram que o martelo era forte, o parafuso unia e dava 
força, a lixa era especial para afinar e limar a aspereza. O metro era preciso, exato 
em suas medidas. Sentiram-se como uma equipe capaz de produzir móveis de 
qualidade. Sentiram-se felizes com seus pontos fortes e por trabalharem juntos. 
 A mesma coisa acontece com os seres humanos. Quando as pessoas 
buscam pequenos defeitos nos demais, a situação se mostra negativa e tensa. 
 Ao buscar perceber os pontos positivos dos outros, é quando florescem os 
melhores lucros para as relações dos seres humanos. Encontrar qualidades é, 
portanto, uma tarefa a que nos devemos dedicar, pois ela é capaz de inspirar todos 
os êxitos humanos. Se você está disposto a ser uma pessoa produtiva no bem, 
otimista, criadora, comece a cultivar a sua capacidade de descobrir as virtudes nas 
pessoas. Comece dentro do seu lar. Observe quantas qualidades positivas tem seu 
irmão, sua esposa, seu marido, sua sogra. Com certeza você se 
surpreenderá. Depois, aumente a sua pesquisa e olhe para o seu vizinho, o colega 
de trabalho, as pessoas que lhe servem todos os dias: o motorista de ônibus, o 
cobrador, a moça do caixa do supermercado, a atendente da farmácia. 
 Ao fim do dia, você terá descoberto que esse imenso mundo de Deus está 
repleto de pessoas boas, de qualidades preciosas, prestativas e amigas. E você terá 
se enriquecido de paz. 
 
 
Reflexão: 
 
 
 Ao analisarmos esse texto podemos ver o quão importante é valorizar o outro, 
saber aproveitar as qualidades que cada um possui por sua própria natureza. Na 
rotina profissional de um professor é necessário que ele saiba, reconhecer as 
qualidades de um aluno, assim como demonstrar seus erros de maneira branda e 
sem constrangimentos. 
 Muitos alunos hoje sofrem com bullying e se sentem inferiores aos demais 
colegas, por esta entre outras razões o professor deve saber pautar qualidades e 
defeitos de forma suave, fazendo que o estímulo para o crescimento se estabeleça 
entre o grupo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.8 “Colheres de Cabo Comprido” 
 
 
 Dizem que um homem foi convidado para conhecer o céu e o inferno. Foram 
primeiro ao inferno. Ao abrirem a porta, viram uma sala em cujo centro havia um 
caldeirão de sopa e à sua volta estavam sentadas pessoas famintas e 
desesperadas. 
 Cada uma delas segurava uma colher de cabo bem comprido, que lhes 
permitia alcançar o caldeirão, mas não a própria boca. O sofrimento era grande. Em 
seguida, foram ao céu. Era uma sala idêntica à primeira: havia o mesmo caldeirão, 
as pessoas em volta, as colheres de cabo comprido. A diferença é que todos 
estavam saciados. 
 - Eu não compreendo - disse o homem - porque aqui as pessoas estão 
felizes enquanto na outra sala morrem de aflição, se é tudo igual? 
 A que veio a resposta: 
 - Você não percebeu? É porque aqui eles aprenderam a dar comida uns aos 
outros. 
 
 
Reflexão: 
 
 
 Ao refletirmos sobre o texto nos deparamos novamente com a importância do 
companheirismo e trabalho em equipe. Tão necessário é saber ser um bom 
profissional quanto trabalhar em grupo, hoje é quase impossível não nos 
depararmos com alguma área que não necessite de uma equipe. Saber conviver 
nestas condições é acima de tudo respeitar a opinião do outro e ter a maestria de 
contornar opiniões que não sejam benéficas ao grupo. 
 Toda equipe necessita de um bom líder, o professor nada mais é, do que um 
deles, e apenas com conhecimento, ética, companheirismo e espírito de liderança 
este profissional conseguirá obter o êxito que tanto busca. 
 
 
 
1.9 “Faça parte dos 5” 
 
 
 Certa vez, tivemos uma aula de Fisiologia na escola de Medicina, logo após 
a Semana da Pátria. Como a maioria dos alunos havia viajado aproveitando o 
feriado prolongado, todos estavam ansiosos para contar as novidades aos colegas e 
a excitação era geral. 
 Nosso velho professor entrou na sala e imediatamente percebeu que iria ter 
trabalho para conseguir silêncio. Com grande dose de paciência tentou começar a 
aula, mas você acha que minha turma correspondeu? Que nada. Com um certo 
constrangimento, o professor tornou a pedir silêncio educadamente. 
 Não adiantou. Ignoramos a solicitação e continuamos firmes na conversa. 
Foi aí que o velho professor perdeu a paciência e deu a maior bronca que eu já 
presenciei: 
 — Prestem atenção porque eu vou falar isso uma única vez - disse, 
levantando a voz, e um silêncio carregado de culpa se instalou em toda a sala. 
 E o professor continuou: 
 — Desde que comecei a lecionar, isso já faz muitos anos, descobri que nós, 
professores, trabalhamos apenas 5% dos alunos de uma turma. Em todos esses 
anos observei que de cada 100 alunos, apenas 5 são realmente aqueles que fazem 
alguma diferença no futuro; apenas 5 se tornam profissionais brilhantes e 
contribuem de forma significativa para melhorar a qualidade de vida das pessoas. 
Os outros 95 servem apenas para fazer volume; são medíocres e passam pela vida 
sem deixar nada de útil. 
 O interessante é que esta porcentagem vale para quase tudo no mundo. Se 
vocês prestarem atenção, notarão que, de 100 professores, apenas 5 são aqueles 
que fazem a diferença; de 100 garçons, apenas 5 são excelentes; de 100 motoristas 
de táxi, apenas 5 são verdadeiros profissionais. E podemos generalizar ainda mais: 
de 100 pessoas, apenas 5 são verdadeiramente especiais. 
 É uma pena muito grande não termos como separar esses 5% do resto, 
pois, se isso fosse possível, eu deixaria apenas esses alunos especiais nesta sala e 
colocaria os 95% restantes para fora, e então teria o silêncio necessário para dar 
uma boa aula e dormiria tranquilo à noite, sabendo ter investido nos melhores. Mas, 
infelizmente,não há como saber quais de vocês são esses 5% de alunos especiais. 
 Só o tempo é capaz de mostrar isso. Portanto, terei de me conformar e 
tentar dar uma aula para esses alunos especiais, apesar da confusão que estará 
sendo feita pelos 95% restantes. Claro que cada um de vocês sempre pode escolher 
a qual grupo pertencerá. Obrigado pela atenção e vamos à aula de hoje. 
 Nem preciso dizer o silêncio que ficou na sala e o nível de atenção que o 
professor conseguiu após esse discurso. Aliás, a bronca tocou fundo em todos nós, 
pois, depois desse dia minha turma teve um comportamento exemplar em todas as 
aulas de Fisiologia, durante todo o semestre; afinal, quem gostaria de 
espontaneamente ser classificado como fazendo parte dos 95% que o professor 
gostaria de ver longe dali? Hoje não me lembro de muita coisa das aulas de 
Fisiologia, mas a bronca do professor eu nunca mais esqueci. Para mim, aquele 
professor foi um dos 5% que fizeram a diferença em minha vida. 
 De fato, percebi que ele tinha razão, e desde então tenho feito de tudo para 
ficar sempre no grupo dos 5%, mas, como ele disse, não há como saber se estamos 
indo bem ou não; só o tempo dirá a que grupo pertencemos. Contudo, uma coisa é 
certa: se não tentarmos ser especiais em tudo o que fazemos, se não tentarmos 
fazer tudo o melhor possível, seguramente faremos parte da turma do resto. 
 
 
Reflexão: 
 
 
 Sabemos que a grande maioria das pessoas não são verdadeiramente 
dedicadas em fazer a diferença na comunidade à que pertencem seja ela 
acadêmica, pessoal ou profissional. 
 Fazer a diferença na sociedade independe do indivíduo, mas sim do 
contexto que o mesmo está inserido, pois um cidadão pode facilmente ser 
direcionado a qualquer um dos dois grupos, basta que ele seja estimulado à sempre 
dar o máximo de si. 
 A motivação para fazer parte dos 5% pode acontecer em qualquer momento 
da vida, até mesmo com a leitura de um simples texto pode ser o incentivo que 
faltava. Podemos considerar que professores que fazem a diferença, são 
responsáveis por aumentar este índice. 
 
 
1.10 “O Homem e o Mundo” 
 
 
 Um cientista vivia preocupado com os problemas do mundo e estava 
resolvido a encontrar meios de respostas para suas dúvidas. Certo dia, seu filho de 
sete anos invadiu o seu santuário decidido a ajudá-lo a trabalhar. O cientista, 
nervoso pela interrupção, pediu que o filho fosse brincar em outro lugar. Vendo que 
seria impossível removê-lo, o pai procurou algo que pudesse ser oferecido ao filho 
com o objetivo de distrair sua atenção: deparou-se com o mapa do mundo, o que 
procurava. 
 Com o auxílio de uma tesoura, recortou o mapa em vários pedaços e, junto 
com um rolo de fita adesiva, entregou ao filho dizendo: — Filho, você gosta de 
quebra-cabeças? Então vou lhe dar o mundo para consertar. Aqui está o mundo 
todo quebrado. Veja se consegue consertá-lo bem direitinho! E faça tudo sozinho. 
 Então, calculou que a criança levaria dias para recompor o mapa. Passadas 
algumas horas, ouviu a voz do filho que o chamava calmamente. — Pai, pai, já fiz 
tudo! Consegui terminar tudinho. 
 A princípio o pai não deu crédito às palavras do filho. Seria impossível na 
sua idade ter conseguido recompor um mapa que jamais havia visto. Relutante, o 
cientista levantou os olhos de suas anotações, certo de que veria um trabalho digno 
de uma criança. 
 Para sua surpresa, o mapa estava completo. Todos os pedaços haviam sido 
colocados nos devidos lugares. Como seria possível? Como o menino havia sido 
capaz? 
 — Você não sabia como era o mundo meu filho, como conseguiu? 
 — Pai, eu não sabia como era o mundo, mas quando você tirou o papel da 
revista para recortar, eu vi que do outro lado havia a figura de um homem. Tentei, 
mas não consegui. Foi aí que me lembrei do homem, virei os recortes e comecei a 
consertar o homem que eu sabia como era. Quando consegui consertar o homem, 
virei a folha e vi que havia consertado o mundo. 
 (Autor desconhecido) 
 
 
Reflexão: 
 
 
 Os indivíduos da modernidade deixaram de viver coletividade, para viver o 
individualismo, deixando de se preocupar com os problemas do mundo, para dar 
atenção apenas aos seus caprichos pessoais. 
 A resolução desta problemática pode se dar por meio dos profissionais da 
educação, que quando capacitados a adotar uma cultura coletiva no ambiente de 
ensino e aprendizagem estarão preparando os futuros profissionais a lidarem de 
uma forma diferente o os problemas do mundo. 
 
 
1.11 “Professores Reflexivos” 
 
 
 A narrativa de como a experiência concreta de turista me fez pensar em 
como pode se sentir o aluno, o estagiário ou o professor que chega, pela primeira 
vez, a uma escola que não conhece... 
 Cheguei ao hotel, vinda do aeroporto. Eram duas e meia da tarde. Situado 
no característico nordeste brasileiro, o hotel era o exemplo bem acabado da 
globalização. Pela ausência, quase total, de marcas da civilização local, poderia 
situar-se em qualquer parte do mundo. 
 A primeira informação que me foi dada dizia-me que, apesar de serem duas 
e meia da tarde, eu não podia ocupar o apartamento. Não estava arrumado ainda. 
Podia preencher a ficha de entrada, deixar as bagagens no hall e ir almoçar. ―Logo, 
logo‖ comunicariam, quando estivesse pronto. 
 E assim tentei dirigir-me ao primeiro piso onde deveria encontrar o 
restaurante para satisfazer o meu apetite motivado pelo atraso de um voo que, de 
curto, não deu direito a refeição nem sequer o refrigerante. 
 À míngua de informação da recepcionista, e desconhecendo que o piso da 
entrada era o terceiro, não me foi fácil encontrar o restaurante no primeiro piso. 
Culpa minha, sem dúvida. O meu constructo de que, normalmente, as recepções se 
encontram no piso zero, cegou-me para a hipótese de que, para ir para o primeiro, 
em vez de subir, era preciso descer. 
 Mas não tinha ficado mal à recepcionista uma informação menos exígua, 
ainda por cima expectável num país e numa região onde os autóctones são 
comunicativos por natureza. Nestes momentos iniciais, eu ainda não tinha percebido 
que já não me encontrava no país da comunicação, mas sim num hotel standard, 
igual a tantos outros por esse mundo além, incrustado numa cultura que não 
acolheu e da qual se alheou. Alheamento que não me permitiu usufruir dos sabores 
típicos, da arte indígena, do calor humano característico das gentes nordestinas. 
Nem deixou que me tratassem pelo meu nome, que me colocassem logo na mão um 
mapa da cidade, que me informassem sobre o que poderia visitar. 
 Vinda de outros hotéis no mesmo país, onde eu era ―a senhora Isabel‖, 
onde, sem que eu tivesse pedido ou sequer insinuado, o restaurante abriu mais cedo 
para que eu pudesse tomar o café da manhã antes de partir para o aeroporto, onde 
a espontaneidade do empregado o leva a dizer-me, na sua atenção à pessoa do 
hóspede: ―pode levar alguma coisa para comer, pois quando se vai viajar às vezes 
até dá fome‖. 
 Ou, num outro, em que, num dia de calor, me entra pelo quarto adentro, logo 
após a chegada, uma grande jarra de suco e um magnífico prato de frutos tropicais. 
E onde as refeições cheiravam e sabiam ao Brasil. Vinha mal habituada, habituada a 
ser pessoa e a ter a informação de que necessitava para me sentir ―em casa‖. Tinha 
passado a ser um número, descaracterizada, com tratamento indiferenciado, dentro 
de um edifício e numa organização onde tudo estava estandardizado, em contraste 
com a originalidade da natureza e a pessoalidade das gentes e das culturas. 
 Mas... se já estive em tantos hotéis deste tipo, por que estranhar agora? O 
que me fez sentir um número, um no meio detantos outros? Creio que duas ordens 
de razões podem explicar o meu sentimento desta vez. Ambas têm a ver com as 
experiências sofridas nos dias anteriores. 
 Este episódio tem, pois, um valor experiencial sobre o qual ―me deitei a 
refletir‖, tentando, a partir dele, aprofundar o meu conhecimento sobre a vida. Em 
primeiro lugar, eu vinha de proferir duas palestras sobre educação em que tinha 
abordado o tema da refletividade, da contextualização, da pessoalidade, da 
cidadania, da comunicação. Numa delas tinha situado o tratamento destes temas no 
contexto da sociedade da informação globalizante em que vivemos. 
 Em segundo lugar, vinha de contextos em que se valorizava o local, o único, 
o expressivo, o pessoal culturalmente socializado. Contextos que me socializaram 
na cultura autóctone e me trouxeram o encanto de aprender com aquilo que para 
mim era novo. Trazia expectativas de continuidade. Encontrei o dejà vu. A reflexão 
sobre esta minha experiência concreta não me pode levar a generalizar a partir do 
que foi episódico. Eu sei. Mas suscitou em mim algumas inquietações enquanto 
cidadã do mundo e enquanto educadora. 
 Questiono-me se será necessário aniquilar o autêntico e o local para se viver 
o conforto ditado por critérios globalizantes. Mesmo pensando em termos 
econômicos – pois são esses evidentemente os termos em que os empresários 
devem pensar – não será possível encontrar formas de harmonizar o socialmente 
genuíno com o tecnologicamente moderno? 
 Como será possível conciliar a eficiência de gerir grandes hotéis com a 
atenção pessoalizada a dispensar ao cliente? O pensamento, que se torna bem 
mais alado nos momentos de férias como o que eu estava a viver, levou-me para 
outras esferas e dei comigo a pensar nos alunos quando transitam de uma escola 
para outra e, sobretudo, de um ciclo de estudo para o subsequente (por exemplo, do 
1º para o 2º grau). 
 Foi sobre eles que passei a refletir. Como se sentirão esses alunos no 
primeiro dia de aulas? Quebrada a continuidade da familiaridade e dos afetos que os 
entrelaçavam na escola já familiar, como os receberá a nova escola: como pessoas 
ou como números? Fornecer-lhe-ão a informação necessária e correta para que eles 
possam se contextualizar? Aparecer-lhe-á como uma escola ―com cara‖ ou terá dela 
a ideia de uma escola indistinta e estandardizada? Quem se preocupará com o que 
eles sentem? Quem criará o contexto que os leve a integrarem-se e a viverem a 
escola em vez de se isolarem e quererem apenas ―passar pela escola o mais 
depressa possível‖? 
 
Reflexão: 
 
 A narrativa introduzida pelo texto ―Professores Reflexivos‖ expõe abandono 
das culturas locais e regionais incitado pela velocidade das transformações sociais 
que estão ocorrendo, essas mudanças estão afetando profundamente a relação 
professor-aluno no âmbito escolar e social. 
 O excesso de informações irrelevante agregado ao despreparo dos 
educadores está tornado a sala de aula um local onde apenas se recebe 
conhecimento, perdendo a característica da produção do conhecimento. Para 
concluir podemos expor que a facilidade de acesso à informação pode ser um aliado 
ao professor, deste que ele seja capaz de produzir conhecimento com base nestes 
elementos. 
 
 
1.12 “Um Sonho Impossível” 
 
 
 Todos os pais querem ver seus filhos formados e bem sucedidos. Esperando 
isso, matriculam a criança na escola e sonham: ela aprenderá tudo muito bem, terá 
ótimas notas, avançará sempre e depois... Depois, o diploma, o sucesso... Esse 
interesse dos pais, a ajuda e o apoio que dão aos filhos para que eles possam fazer 
suas tarefas, é muito importante para a boa realização da criança. 
 A participação dos pais pode ser direta, com explicações detalhadas e 
repetidas, orientação para cada tarefa. Ou então pode ser indireta, com o estímulo 
para a realização dos trabalhos e lições, o elogio, o cuidado com o material escolar e 
a preocupação com a frequência às aulas. 
 As famílias de classe média e alta, em geral, dão esse tipo de apoio às 
crianças. Mas o mesmo não acontece nas famílias mais pobres. Nesse último caso, 
é difícil para os pais darem tal apoio aos filhos. Mesmo que estejam interessados e 
queiram participar ativamente, muitas vezes não sabem como fazer isso, não se 
sentem em condições de colaborar. Frequentemente, não conhecem o conteúdo das 
matérias, estranham os métodos de ensino e as atitudes da escola. 
 É comum ficarem inibidos, desarmados e até humilhados em seus contatos 
com a escola. De modo geral podemos dizer que esses pais não se sentem em 
condições de avaliar o que está sendo ensinado e só julgam o desempenho dos 
filhos através das notas baixas. 
 Além de assistirem, desarmados, à insatisfação e fracasso das crianças, não 
ficam à vontade no ambiente da escola. Diante de tudo isso é bem possível que 
esses pais passem a achar mais proveitoso e lucrativo preparar ―de fato‖ seus filhos 
para a vida. Acabam tirando a criança da escola, para que comece logo a trabalhar. 
Esta não é, certamente, a melhor solução. O importante mesmo é fazer com que a 
escola se torne mais adequada às necessidades reais das crianças, atendendo às 
esperanças dos pais. 
 
 
Reflexão: 
 
 
 A construção de valores nos indivíduos é realizada por meio de um processo 
lento e gradativo, com a união da escola com a família. O fato dos pais não poderem 
acompanhar seus filhos no desenvolvimento escolar pode desmotivá-los a deixar de 
investir na construção do seu próprio conhecimento. 
 Isso é um problema recorrente que tem atingindo a grande maioria das 
famílias brasileiras de alunos oriundos da rede pública, mas para que este quadro se 
reverta é necessário que todos trabalhem em prol da educação, principalmente os 
governantes, onde o primeiro passo seria oferecer condições de vida digna a todas 
as famílias diminuindo a evasão escolar. É preciso criar condições de uma 
integração mais efetiva entre família e escola. 
 É nítido que não se pode extirpar a responsabilidade da escola e de seu 
corpo docente, que devem enfatizar a importância do acompanhamento efetivo dos 
pais no desenvolvimento de seu filho, na contribuição da freqüência escolar, dentre 
outras rotinas do ambiente educacional. 
 É preciso que a escola também crie mecanismos de apoio às famílias, 
buscando inserir momentos de reflexão onde se levantem questionamentos como: 
Quais dificuldades a família tem encontrado para assimilar as tarefas a que lhe são 
exigidas? Como mostrar aos pais que a escola atua como um ambiente de trabalho? 
Como fazer para que alguns pais estimulem e invistam na aprendizagem de seu 
filho? 
 Em suma, a colaboração dos pais com os professores, ajuda a resolver 
muitos dos problemas escolares dos filhos e ambos podem investir o aluno na 
inserção cidadã e transformadora do mundo para que ele possa estar apto para 
viver e participar (da) em sociedade. 
 
 
 
 
1.13 “Pipocas da Vida”. 
 
 
 Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho para sempre. 
Assim acontece com a gente. As grandes transformações acontecem quando 
passamos pelo fogo. Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito a vida inteira. 
São pessoas de uma mesmice e uma dureza assombrosa. Só que elas não 
percebem e acham que seu jeito de ser é o melhor jeito de ser. Mas, de repente, 
vem o fogo. 
 O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos: a 
dor. Pode ser fogo de fora: perder um amor, perder um filho, o pai, a mãe, perder o 
emprego ou ficar pobre. Pode ser fogo de dentro: pânico, medo, ansiedade, 
depressão ou sofrimento, cujas causas ignoramos. Há sempre o recurso do remédio:apagar o fogo! Sem fogo, o sofrimento diminui. 
 Com isso, a possibilidade da grande transformação também. Imagino que a 
pobre pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro cada vez mais quente, pensa que 
sua hora chegou: vai morrer. Dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela 
não pode imaginar um destino diferente para si. Não pode imaginar a transformação 
que está sendo preparada para ela. 
 A pipoca não imagina do que ela é capaz. Aí sem aviso prévio, pelo poder do 
fogo, a grande transformação acontece: BUM! E ela aparece como outra coisa 
completamente diferente, algo que ela mesma nunca havia sonhado. Bom, mas 
ainda temos o piruá, que é o milho de pipoca que se recusa a estourar. São aquelas 
pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar. 
 Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas 
serem. A presunção e o medo são a dura casca do milho que não estoura. No 
entanto, o destino delas é triste, já que ficarão duras a vida inteira. Não vão se 
transformar na flor branca, macia e nutritiva. Não vão dar alegria para ninguém. 
 
Reflexão: 
 
 O homem possui a tendência de pensar quem o mundo em que ele vive será 
sempre o mesmo, porém há momentos em que se vê obrigado a mudar. Mas 
quando se trata de mudança cada pessoa reage de forma diferenciada às 
circunstâncias da vida, umas serão conservadoras e não aceitarão as mudanças, os 
chamados ―piruá‖, que possuem o medo extremo da mudança, outras aproveitarão a 
oportunidade para crescer e se solidificar. 
 O professor, no entanto, não deve ter uma mente dogmática em relação a sua 
metodologia de ensino, pois as transformações às vezes se fazem necessárias, para 
que assim haja um ensino eficiente e eficaz. Os métodos de ensino na escola devem 
estar cada vez mais relacionados com as transformações sociais. É preciso apostar 
em propostas inovadoras que possam contribuir para o processo de ensino-
aprendizagem de forma democrática e eficiente na atual conjuntura social e cultural. 
 É importante salientar que a figura do professor é indispensável para que se 
possa pensar numa mudança significativa na formação dos alunos, já que o docente 
deve atuar como facilitador do aprendizado, amparado em conhecimentos e teorias 
diversas que constatem eficiência e um leque de possibilidades para abarcar o 
cotidiano do aluno.

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