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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP VALCIRENE RIBEIRO SILVA – RA 1917893 RELATÓRIO REFLEXIVO REFERENTE AOS 13 TEXTOS Atividade avaliativa apresentada à Universidade Paulista - UNIP, como requisito para o cumprimento da disciplina de Introdução a docência. ARACRUZ 2019 1.1 “Educação? Educações: aprender com o índio” Há alguns anos, os estados americanos de Virgínia e Maryland assinaram um tratado de paz com os Índios das Seis Nações. Em seguida, os governantes propuseram a esses índios que mandassem alguns de seus jovens para estudar nas escolas dos brancos. Os índios agradeceram o convite, mas o recusaram. Enviaram uma famosa carta como resposta, da qual foram extraídos os seguintes fragmentos: ―Aqueles que são sábios reconhecem que diferentes nações têm concepções diferentes das coisas e, sendo assim, os senhores não ficarão ofendidos ao saber que a vossa ideia de educação não é a mesma que a nossa. Muitos dos nossos bravos guerreiros foram formados nas escolas do Norte e aprenderam toda a vossa ciência. Mas, quando eles voltavam para nós, eles eram maus corredores, ignorantes da vida da floresta e incapazes de suportarem o frio e a fome. Não sabiam como caçar o veado, matar o inimigo e construir uma cabana, e falavam a nossa língua muito mal. Eles eram, portanto, totalmente inúteis‖. Reflexão: Nessa vida ninguém escapa da educação. É necessário salientar que não há uma forma única, nem um único modelo de educação, ou seja, onde há vontade de aprender e ensinar há o educar. Entre mundos diversos, há culturas diversas, e cada uma delas tem a sua maneira de ensinar que pode ser considerado por muitos, inadequadas e errôneas. No entanto, é sempre bom lembrar que em nosso país para se obter uma educação de qualidade, precisamos de mudanças rápidas, começando principalmente pela hierarquia que nos rege, e que professores e diretores estejam abertos para aprender com seus alunos, mesmo quando determinado assunto pareça irrelevante. 1.2 “O fax do Nirso” Um gerente de vendas recebeu o seguinte fax de um dos seus novos vendedores: 'seo gomis, o criente de belzonte pidiu mais cuatrucenta pessa. Faz favor tomá as providenssa. Abrasso, nirso.' aproximadamente uma hora depois, recebeu outro: 'seo gomis, os relatório di venda vai xegá atrazado proque tô fexando umas venda. Temo que mandá treis mir pessa. Amanhã tá xegano.' abrasso, nirso.' no dia seguinte: 'seo gomis, num xeguei pucausa di que vendi mais deis mir em beraba. Tô indo pra brazilha. Abrasso, nirso.' no outro: 'seo gomis, brazilha fexô 20 mil. Vô pra frolinòpolis i di lá pra sumpaulo no vinhão das cete ora. Abrasso, nirso.' assim foi o mês inteiro. O gerente, muito preocupado com a imagem da empresa levou ao presidente as mensagens que recebeu do vendedor. O presidente escutou atentamente o gerente e disse: deixa comigo, que eu tomarei as providências necessárias.' e tomou... Redigiu de próprio punho um aviso e o afixou no mural da empresa, juntamente com as mensagens de fax do vendedor: "a partí di oji nois tudo vamo fazê feito o nirso. Si priocupá menos im iscrevê serto, prá mod vendê maiz.' acinado, o prizidenti. Reflexão: O objetivo principal desta reflexão é analisar como o mercado de trabalho possui tantas pessoas com déficit em letramento, isso se deve a necessidade de muitos saírem da escola precocemente para trabalhar, ficando assim órfãos de ensino. Este quadro não se restringe apenas à vontade em si de cada indivíduo, mas grande parte se deve pelo fato das escolas serem hoje ―distribuidoras de diplomas e certificados‖, onde o ensino é precário, capacitando pessoas a exercerem funções a qual não estão verdadeiramente preparadas. O desencadeamento deste fato é um país pobre em ensino e instrução. 1.3 “A História de Chapeuzinho Vermelho - na versão do lobo” Certa manhã estava eu passeando pela minha casa – sim, porque eu não sei se vocês sabem, mas a floresta é a minha casa – e, de repente, deparei com uma visão terrível. Vi uma menina vestida com uma roupa vermelha horrorosa, com um chapéu vermelho igualmente horroroso, carregando uma cesta cheia de produtos embalados com material plástico, que leva milhares de anos para se desintegrar na natureza. Imaginei que ela fosse fazer um piquenique ou coisa parecida e pensei: não posso permitir que ela deixe aquele material jogado pela mata. Ela vai sujar a minha casa e dos meus companheiros de floresta. Vou tentar prevení-la dos cuidados ecológicos fundamentais. Por outro lado, que descuidados são esses humanos: deixar uma menina tão pequena passear pela floresta desse jeito, correndo o perigo de ser apanhada por algum predador (dentre os quais eu me incluo). Como eu estava com o apetite devidamente saciado resolvi, sem segundas intenções, falar com a menina e induzi-la a sair da floresta pelo mesmo caminho por onde entrou. Isto seria melhor para todos... E assim o fiz, mas, quando me deparei com a menina, ela foi logo gritando feito uma louca e me batendo com a cesta que tinha na mão; nem sequer me ouviu, não me deu oportunidade para falar o que eu queria e explicar o motivo da nossa conversa. Só repetia várias vezes que eu não iria comer o lanche que ela havia preparado para a sua vovozinha, que eu era horrível, que isso e aquilo. Logo vi que não conseguiria atingir o meu intento. Mas... ela é só uma menina... e assim pensando, resolvi perdoá-la. Apesar de ter ficado furioso com ela num primeiro instante, resolvi procurar por uma velhinha que, algum tempo antes, havia construído uma casinha de madeira perto do rio. Na época, todos nós aqui da floresta havíamos ficado furiosos com ela, pois derrubou nossas árvores e, assim, destruiu a casa de muitos de nossos companheiros animais para construir aquela casa horrenda, mas, devido à avançada idade, resolvemos relevar e deixá-la ficar. Só podia ser ela a vovozinha daquela menina tão mal-educada. Segui por atalhos que só nós, moradores da floresta, conhecemos e, assim, cheguei na casa da velhinha bem antes da sua neta. Segui um caminho muito longo para alertar a senhora dos males que ela e a sua neta poderiam provocar no nosso ecossistema, mas ela também não me deu a menor oportunidade de me pronunciar; foi logo me batendo e fazendo um escândalo tremendo, muito barulho, muita gritaria, virou-se e pegou uma velha espingarda, certamente com a intenção de matar-me. Não tive outra alternativa, senão comer a velha senhora. Minutos depois, a menina acabou chegando na casa da sua avó. Sabendo que ela iria provocar novo escândalo, resolvi me disfarçar e, assim, vesti algumas roupas da tal velhinha e tentei me fazer passar por ela, deitado em seu leito. Quando ela chegou, tentei dissuadí-la a ir embora o quanto antes, mas a menina novamente começou a me insultar dizendo: que nariz grande e horrível você tem... que orelhas estranhas você tem... que olhos caídos e remelentos você tem... Eu procurei responder a todas as perguntas com ternura, mas para tudo há um limite, e minha paciência já estava em ponto de se esgotar, quando tirei o disfarce. Diante dos gritos da menina, e temendo a aproximação de caçadores que sempre afluíam ao local, não tive alternativa senão comê-la também. Meu temor, no entanto, se concretizou: um caçador me encontrou e, antes mesmo que eu começasse a me explicar, atirou impiedosamente e me acertou... agora, cá estou eu, com a barriga aberta,moribundo, e vocês ainda estão vibrando com isto, ensinando suas crianças que o malvado dessa história sou eu... isso é muito injusto, muito injusto. Reflexão: Não devemos apresentar aos alunos apenas nossa opinião e de autores, como verdades absolutas, devemos indagá-los a questionar, buscando o conhecimento da outra versão, para que criem seus conceitos sobre o assunto. Como professores, devemos aceitar os diferentes pontos de vista. Problematizar uma dúvida ajuda os alunos a pensarem, a formarem as suas próprias opiniões e conceitos, tornando-os críticos, instigando-os a se tornarem seres pensantes e contribuindo diretamente na formação da sociedade, de forma justa e racional. 1.4 “Uma pescaria inesquecível” Um velho amigo comentava comigo como a ética em nosso país anda ―esquecida‖. As pessoas filam filas, subornam um guarda quando a documentação do carro está errada, fingem que estão dormindo no metro ou no ônibus quando entra um idoso ou deficiente etc. Lembrou que tudo isso aprendíamos em casa e na escola. Hoje, se um aluno é punido ou repreendido por uma ação errada, no dia seguinte os pais aparecem ―munidos‖ de advogados, psicólogos, ONG´s e outras mais para ―punir‖ o professor... A grande culpa de tudo isto é a família. Ninguém mais senta à mesa num final de semana, conversa para saber o que seu filho anda fazendo ou como está indo no escola... Foi neste momento que interrompi o desabafo do amigo para contar-lhe uma história de J. P. Lenfestey que ouvi há muito tempo. Chama-se ―Uma Pescaria Inesquecível‖. A meu ver, é isto que precisa o nosso país: Ele tinha onze anos e, a cada oportunidade que surgia, ia pescar no cais próximo ao chalé da família, numa ilha que ficava em meio a um lago. A temporada de pesca só começaria no dia seguinte, mas pai e filho saíram no fim da tarde para pegar apenas peixes cuja captura estava liberada. O menino amarrou uma isca e começou a praticar arremessos, provocando ondulações coloridas na água. Logo, elas se tornaram prateadas pelo efeito da lua nascendo sobre o lago. Quando o caniço vergou, ele soube que havia algo enorme do outro lado da linha. O pai olhava com admiração, enquanto o garoto habilmente, e com muito cuidado, erguia o peixe exausto da água. Era o maior que já tinha visto, porém sua pesca só era permitida na temporada. O garoto e o pai olharam para o peixe, tão bonito, as guelras movendo para trás e para frente. O pai, então, acendeu um fósforo e olhou para o relógio. Ainda faltavam quase duas horas para a abertura da temporada. Em seguida, olhou para o peixe e depois para o menino, dizendo: – Você tem que devolvê-lo, filho! – Mas, papai, reclamou o menino. – Vai aparecer outro, insistiu o pai. – Não tão grande quanto este, choramingou a criança. O garoto olhou à volta do lago. Não havia outros pescadores ou embarcações à vista. Voltou novamente o olhar para o pai. Mesmo sem ninguém por perto, sabia, pela firmeza em sua voz, que a decisão era inegociável. Devagar, tirou o anzol da boca do enorme peixe e o devolveu à água escura. O peixe movimentou rapidamente o corpo e desapareceu. Naquele momento, o menino teve certeza de que jamais pegaria um peixe tão grande quanto aquele. Isso aconteceu há trinta e quatro anos. Hoje, o garoto é um arquiteto bem- sucedido. O chalé continua lá, na ilha em meio ao lago, e ele leva seus filhos para pescar no mesmo cais. Sua intuição estava correta. Nunca mais conseguiu pescar um peixe tão maravilhoso como o daquela noite. Porém, sempre vê o mesmo peixe todas as vezes que depara com uma questão ética. Porque, como o pai lhe ensinou, a ética é simplesmente uma questão de CERTO e ERRADO. Agir corretamente, quando se está sendo observado, é uma coisa. A ética, porém, está em agir corretamente quando ninguém está nos observando. Essa conduta reta só é possível quando, desde criança, aprende-se a devolver o ―peixe à água‖. A boa educação é como uma moeda de ouro: ―tem valor em toda parte‖. Reflexão: A ética é um conjunto de valores morais e princípios que norteiam a conduta humana na sociedade. A ética não está inclusa na grade curricular das maiorias das escolas públicas de educação básica do Brasil, porque alguns professores e o MEC afirmam que a mesma já está saturada e que está inserida indiretamente em outras disciplinas. A ética é fundamental para a integração na sociedade, não devemos pensar em sermos beneficiados ultrapassando estes valores, mas agir conforme os princípios que nos norteiam para uma sociedade mais justa e igualitária. 1.5 “A Folha Amassada” Quando criança, por causa de meu caráter impulsivo, tinha raiva à menor provocação. Na maioria das vezes, depois de um desses incidentes me sentia envergonhado e me esforçava por consolar a quem tinha magoado. Um dia, meu professor me viu pedindo desculpas, depois de uma explosão de raiva, e entregou-me uma folha de papel lisa e me disse: A M A S S E – A! Com medo, obedeci e fiz com ela uma bolinha. - Agora, deixe-a como estava antes. Voltou a dizer-me. Óbvio que não pude deixá-la como antes. Por mais que tentasse, o papel continuava cheio de pregas. O professor me disse, então: - O coração das pessoas é como esse papel. A impressão que neles deixamos será tão difícil de apagar como esses amassados. Assim, aprendi a ser mais compreensivo e mais paciente. Quando sinto vontade de estourar, lembro-me daquele papel amassado. A impressão que deixamos nas pessoas é impossível de apagar. Quando magoamos alguém com nossas ações ou com nossas palavras, logo queremos consertar o erro, mas é tarde demais. Alguém já disse, certa vez: - Fale somente quando suas palavras possam ser tão suaves como o silêncio. Mas não deixe de falar, por medo da reação do outro. Acredite principalmente em seus sentimentos! Reflexão: O texto folha amassada repassa a importância que tem uma palavra pronunciada, como ela pode interferir na vida de um indivíduo e como é difícil tentar amenizar algo que já foi dito. Quando alguém decide entrar na carreira da docência deve estar ciente que dificuldades irão aparecer, e acima de tudo estar preparado para lidar com os mais variados alunos. É imprescindível ter mente sã e corpo sã para poder resolver os inúmeros problemas que poderão surgir e conseguir repassar da melhor forma possível o seu objetivo que é ensinar. 1.6 “A Lição dos Gansos” Quando um ganso bate as asas, cria um ―vácuo‖ para o pássaro seguinte. Voando numa formação em ―V‖ o bando inteiro tem o seu desempenho 71% melhor do que se a ave voasse sozinha. Lição: Pessoas que compartilham uma direção comum e senso de comunidade podem atingir seus objetivos mais rápidos e facilmente, pois estão contando com ajuda de outros. Sempre que um ganso sai de formação, sente subitamente a resistência por tentar voar sozinho e rapidamente retorna ao grupo, aproveitando a ―aspiração‖ da ave imediatamente a sua frente. Lição: Se tivermos sensibilidade, aceitaremos a ajuda dos colegas e seremos prestativos com os demais. Reflexão: É possível observar o enfoque que o texto dá no trabalho em equipe, e como é importante haver a união no ambiente de trabalho, muitas vezes pensamos que somos auto-suficientes que não necessitamos de ninguém, mas nos deparamos com a dura realidade, onde nos revela que não iremos conseguir mudar os problemas se não houver ajuda mútua. Sendo assim, é necessário demonstrar aos alunos que o professor não está ali como um ser autoritárioe incapaz de entender suas dificuldades, mas sim como uma pessoa que se propõe a dedicar sua vida profissional para repassar seus conhecimentos e colaborar para o seu crescimento. 1.7 “Assembleia na Carpintaria” Conta-se que certa vez uma estranha assembleia teve lugar em uma carpintaria. Foi uma reunião das ferramentas para tirar a suas diferenças. O martelo assumiu a presidência da reunião, com arrogância. Entretanto, logo foi exigido que ele renunciasse. O motivo? É que ele fazia ruído demais. Passava o tempo todo golpeando, batendo. Não havia quem agüentasse. O martelo aceitou a sua culpa, mas exigiu que também fosse retirado da assembléia o parafuso. É que ele precisava dar muitas voltas para servir para alguma coisa. Com isso, se perdia tempo precioso. O parafuso aceitou se retirar, desde que a lixa igualmente fosse expulsa. Era muito áspera em seu tratamento. E, além do mais, vivia tendo atritos com os demais. A lixa se levantou e apontou os defeitos do metro. Ele igualmente deveria sair do local, porque sempre ficava medindo os demais conforme a sua medida. Por acaso, ele estava achando que era o único perfeito? Enquanto assim discutiam, entrou o carpinteiro. Colocou o avental e iniciou, feliz, o seu trabalho. Tomou a madeira e usou o martelo, o parafuso, a lixa e o metro. Depois de algumas horas, a madeira grossa e rude do início tinha se transformado em um lindo móvel. Ele contemplou a sua obra, elogiou e saiu da carpintaria. Bastou fechar a porta, para as ferramentas retomarem a discussão. Contudo, o serrote com calma falou: - Senhores, ficou evidente que todos temos defeitos. Mas também pudemos observar, nas últimas horas, que todos temos qualidades. Foi exatamente com as nossas qualidades que o carpinteiro trabalhou e conseguiu criar uma obra de arte, um móvel muito bem acabado. Então, todos concordaram que o martelo era forte, o parafuso unia e dava força, a lixa era especial para afinar e limar a aspereza. O metro era preciso, exato em suas medidas. Sentiram-se como uma equipe capaz de produzir móveis de qualidade. Sentiram-se felizes com seus pontos fortes e por trabalharem juntos. A mesma coisa acontece com os seres humanos. Quando as pessoas buscam pequenos defeitos nos demais, a situação se mostra negativa e tensa. Ao buscar perceber os pontos positivos dos outros, é quando florescem os melhores lucros para as relações dos seres humanos. Encontrar qualidades é, portanto, uma tarefa a que nos devemos dedicar, pois ela é capaz de inspirar todos os êxitos humanos. Se você está disposto a ser uma pessoa produtiva no bem, otimista, criadora, comece a cultivar a sua capacidade de descobrir as virtudes nas pessoas. Comece dentro do seu lar. Observe quantas qualidades positivas tem seu irmão, sua esposa, seu marido, sua sogra. Com certeza você se surpreenderá. Depois, aumente a sua pesquisa e olhe para o seu vizinho, o colega de trabalho, as pessoas que lhe servem todos os dias: o motorista de ônibus, o cobrador, a moça do caixa do supermercado, a atendente da farmácia. Ao fim do dia, você terá descoberto que esse imenso mundo de Deus está repleto de pessoas boas, de qualidades preciosas, prestativas e amigas. E você terá se enriquecido de paz. Reflexão: Ao analisarmos esse texto podemos ver o quão importante é valorizar o outro, saber aproveitar as qualidades que cada um possui por sua própria natureza. Na rotina profissional de um professor é necessário que ele saiba, reconhecer as qualidades de um aluno, assim como demonstrar seus erros de maneira branda e sem constrangimentos. Muitos alunos hoje sofrem com bullying e se sentem inferiores aos demais colegas, por esta entre outras razões o professor deve saber pautar qualidades e defeitos de forma suave, fazendo que o estímulo para o crescimento se estabeleça entre o grupo. 1.8 “Colheres de Cabo Comprido” Dizem que um homem foi convidado para conhecer o céu e o inferno. Foram primeiro ao inferno. Ao abrirem a porta, viram uma sala em cujo centro havia um caldeirão de sopa e à sua volta estavam sentadas pessoas famintas e desesperadas. Cada uma delas segurava uma colher de cabo bem comprido, que lhes permitia alcançar o caldeirão, mas não a própria boca. O sofrimento era grande. Em seguida, foram ao céu. Era uma sala idêntica à primeira: havia o mesmo caldeirão, as pessoas em volta, as colheres de cabo comprido. A diferença é que todos estavam saciados. - Eu não compreendo - disse o homem - porque aqui as pessoas estão felizes enquanto na outra sala morrem de aflição, se é tudo igual? A que veio a resposta: - Você não percebeu? É porque aqui eles aprenderam a dar comida uns aos outros. Reflexão: Ao refletirmos sobre o texto nos deparamos novamente com a importância do companheirismo e trabalho em equipe. Tão necessário é saber ser um bom profissional quanto trabalhar em grupo, hoje é quase impossível não nos depararmos com alguma área que não necessite de uma equipe. Saber conviver nestas condições é acima de tudo respeitar a opinião do outro e ter a maestria de contornar opiniões que não sejam benéficas ao grupo. Toda equipe necessita de um bom líder, o professor nada mais é, do que um deles, e apenas com conhecimento, ética, companheirismo e espírito de liderança este profissional conseguirá obter o êxito que tanto busca. 1.9 “Faça parte dos 5” Certa vez, tivemos uma aula de Fisiologia na escola de Medicina, logo após a Semana da Pátria. Como a maioria dos alunos havia viajado aproveitando o feriado prolongado, todos estavam ansiosos para contar as novidades aos colegas e a excitação era geral. Nosso velho professor entrou na sala e imediatamente percebeu que iria ter trabalho para conseguir silêncio. Com grande dose de paciência tentou começar a aula, mas você acha que minha turma correspondeu? Que nada. Com um certo constrangimento, o professor tornou a pedir silêncio educadamente. Não adiantou. Ignoramos a solicitação e continuamos firmes na conversa. Foi aí que o velho professor perdeu a paciência e deu a maior bronca que eu já presenciei: — Prestem atenção porque eu vou falar isso uma única vez - disse, levantando a voz, e um silêncio carregado de culpa se instalou em toda a sala. E o professor continuou: — Desde que comecei a lecionar, isso já faz muitos anos, descobri que nós, professores, trabalhamos apenas 5% dos alunos de uma turma. Em todos esses anos observei que de cada 100 alunos, apenas 5 são realmente aqueles que fazem alguma diferença no futuro; apenas 5 se tornam profissionais brilhantes e contribuem de forma significativa para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Os outros 95 servem apenas para fazer volume; são medíocres e passam pela vida sem deixar nada de útil. O interessante é que esta porcentagem vale para quase tudo no mundo. Se vocês prestarem atenção, notarão que, de 100 professores, apenas 5 são aqueles que fazem a diferença; de 100 garçons, apenas 5 são excelentes; de 100 motoristas de táxi, apenas 5 são verdadeiros profissionais. E podemos generalizar ainda mais: de 100 pessoas, apenas 5 são verdadeiramente especiais. É uma pena muito grande não termos como separar esses 5% do resto, pois, se isso fosse possível, eu deixaria apenas esses alunos especiais nesta sala e colocaria os 95% restantes para fora, e então teria o silêncio necessário para dar uma boa aula e dormiria tranquilo à noite, sabendo ter investido nos melhores. Mas, infelizmente,não há como saber quais de vocês são esses 5% de alunos especiais. Só o tempo é capaz de mostrar isso. Portanto, terei de me conformar e tentar dar uma aula para esses alunos especiais, apesar da confusão que estará sendo feita pelos 95% restantes. Claro que cada um de vocês sempre pode escolher a qual grupo pertencerá. Obrigado pela atenção e vamos à aula de hoje. Nem preciso dizer o silêncio que ficou na sala e o nível de atenção que o professor conseguiu após esse discurso. Aliás, a bronca tocou fundo em todos nós, pois, depois desse dia minha turma teve um comportamento exemplar em todas as aulas de Fisiologia, durante todo o semestre; afinal, quem gostaria de espontaneamente ser classificado como fazendo parte dos 95% que o professor gostaria de ver longe dali? Hoje não me lembro de muita coisa das aulas de Fisiologia, mas a bronca do professor eu nunca mais esqueci. Para mim, aquele professor foi um dos 5% que fizeram a diferença em minha vida. De fato, percebi que ele tinha razão, e desde então tenho feito de tudo para ficar sempre no grupo dos 5%, mas, como ele disse, não há como saber se estamos indo bem ou não; só o tempo dirá a que grupo pertencemos. Contudo, uma coisa é certa: se não tentarmos ser especiais em tudo o que fazemos, se não tentarmos fazer tudo o melhor possível, seguramente faremos parte da turma do resto. Reflexão: Sabemos que a grande maioria das pessoas não são verdadeiramente dedicadas em fazer a diferença na comunidade à que pertencem seja ela acadêmica, pessoal ou profissional. Fazer a diferença na sociedade independe do indivíduo, mas sim do contexto que o mesmo está inserido, pois um cidadão pode facilmente ser direcionado a qualquer um dos dois grupos, basta que ele seja estimulado à sempre dar o máximo de si. A motivação para fazer parte dos 5% pode acontecer em qualquer momento da vida, até mesmo com a leitura de um simples texto pode ser o incentivo que faltava. Podemos considerar que professores que fazem a diferença, são responsáveis por aumentar este índice. 1.10 “O Homem e o Mundo” Um cientista vivia preocupado com os problemas do mundo e estava resolvido a encontrar meios de respostas para suas dúvidas. Certo dia, seu filho de sete anos invadiu o seu santuário decidido a ajudá-lo a trabalhar. O cientista, nervoso pela interrupção, pediu que o filho fosse brincar em outro lugar. Vendo que seria impossível removê-lo, o pai procurou algo que pudesse ser oferecido ao filho com o objetivo de distrair sua atenção: deparou-se com o mapa do mundo, o que procurava. Com o auxílio de uma tesoura, recortou o mapa em vários pedaços e, junto com um rolo de fita adesiva, entregou ao filho dizendo: — Filho, você gosta de quebra-cabeças? Então vou lhe dar o mundo para consertar. Aqui está o mundo todo quebrado. Veja se consegue consertá-lo bem direitinho! E faça tudo sozinho. Então, calculou que a criança levaria dias para recompor o mapa. Passadas algumas horas, ouviu a voz do filho que o chamava calmamente. — Pai, pai, já fiz tudo! Consegui terminar tudinho. A princípio o pai não deu crédito às palavras do filho. Seria impossível na sua idade ter conseguido recompor um mapa que jamais havia visto. Relutante, o cientista levantou os olhos de suas anotações, certo de que veria um trabalho digno de uma criança. Para sua surpresa, o mapa estava completo. Todos os pedaços haviam sido colocados nos devidos lugares. Como seria possível? Como o menino havia sido capaz? — Você não sabia como era o mundo meu filho, como conseguiu? — Pai, eu não sabia como era o mundo, mas quando você tirou o papel da revista para recortar, eu vi que do outro lado havia a figura de um homem. Tentei, mas não consegui. Foi aí que me lembrei do homem, virei os recortes e comecei a consertar o homem que eu sabia como era. Quando consegui consertar o homem, virei a folha e vi que havia consertado o mundo. (Autor desconhecido) Reflexão: Os indivíduos da modernidade deixaram de viver coletividade, para viver o individualismo, deixando de se preocupar com os problemas do mundo, para dar atenção apenas aos seus caprichos pessoais. A resolução desta problemática pode se dar por meio dos profissionais da educação, que quando capacitados a adotar uma cultura coletiva no ambiente de ensino e aprendizagem estarão preparando os futuros profissionais a lidarem de uma forma diferente o os problemas do mundo. 1.11 “Professores Reflexivos” A narrativa de como a experiência concreta de turista me fez pensar em como pode se sentir o aluno, o estagiário ou o professor que chega, pela primeira vez, a uma escola que não conhece... Cheguei ao hotel, vinda do aeroporto. Eram duas e meia da tarde. Situado no característico nordeste brasileiro, o hotel era o exemplo bem acabado da globalização. Pela ausência, quase total, de marcas da civilização local, poderia situar-se em qualquer parte do mundo. A primeira informação que me foi dada dizia-me que, apesar de serem duas e meia da tarde, eu não podia ocupar o apartamento. Não estava arrumado ainda. Podia preencher a ficha de entrada, deixar as bagagens no hall e ir almoçar. ―Logo, logo‖ comunicariam, quando estivesse pronto. E assim tentei dirigir-me ao primeiro piso onde deveria encontrar o restaurante para satisfazer o meu apetite motivado pelo atraso de um voo que, de curto, não deu direito a refeição nem sequer o refrigerante. À míngua de informação da recepcionista, e desconhecendo que o piso da entrada era o terceiro, não me foi fácil encontrar o restaurante no primeiro piso. Culpa minha, sem dúvida. O meu constructo de que, normalmente, as recepções se encontram no piso zero, cegou-me para a hipótese de que, para ir para o primeiro, em vez de subir, era preciso descer. Mas não tinha ficado mal à recepcionista uma informação menos exígua, ainda por cima expectável num país e numa região onde os autóctones são comunicativos por natureza. Nestes momentos iniciais, eu ainda não tinha percebido que já não me encontrava no país da comunicação, mas sim num hotel standard, igual a tantos outros por esse mundo além, incrustado numa cultura que não acolheu e da qual se alheou. Alheamento que não me permitiu usufruir dos sabores típicos, da arte indígena, do calor humano característico das gentes nordestinas. Nem deixou que me tratassem pelo meu nome, que me colocassem logo na mão um mapa da cidade, que me informassem sobre o que poderia visitar. Vinda de outros hotéis no mesmo país, onde eu era ―a senhora Isabel‖, onde, sem que eu tivesse pedido ou sequer insinuado, o restaurante abriu mais cedo para que eu pudesse tomar o café da manhã antes de partir para o aeroporto, onde a espontaneidade do empregado o leva a dizer-me, na sua atenção à pessoa do hóspede: ―pode levar alguma coisa para comer, pois quando se vai viajar às vezes até dá fome‖. Ou, num outro, em que, num dia de calor, me entra pelo quarto adentro, logo após a chegada, uma grande jarra de suco e um magnífico prato de frutos tropicais. E onde as refeições cheiravam e sabiam ao Brasil. Vinha mal habituada, habituada a ser pessoa e a ter a informação de que necessitava para me sentir ―em casa‖. Tinha passado a ser um número, descaracterizada, com tratamento indiferenciado, dentro de um edifício e numa organização onde tudo estava estandardizado, em contraste com a originalidade da natureza e a pessoalidade das gentes e das culturas. Mas... se já estive em tantos hotéis deste tipo, por que estranhar agora? O que me fez sentir um número, um no meio detantos outros? Creio que duas ordens de razões podem explicar o meu sentimento desta vez. Ambas têm a ver com as experiências sofridas nos dias anteriores. Este episódio tem, pois, um valor experiencial sobre o qual ―me deitei a refletir‖, tentando, a partir dele, aprofundar o meu conhecimento sobre a vida. Em primeiro lugar, eu vinha de proferir duas palestras sobre educação em que tinha abordado o tema da refletividade, da contextualização, da pessoalidade, da cidadania, da comunicação. Numa delas tinha situado o tratamento destes temas no contexto da sociedade da informação globalizante em que vivemos. Em segundo lugar, vinha de contextos em que se valorizava o local, o único, o expressivo, o pessoal culturalmente socializado. Contextos que me socializaram na cultura autóctone e me trouxeram o encanto de aprender com aquilo que para mim era novo. Trazia expectativas de continuidade. Encontrei o dejà vu. A reflexão sobre esta minha experiência concreta não me pode levar a generalizar a partir do que foi episódico. Eu sei. Mas suscitou em mim algumas inquietações enquanto cidadã do mundo e enquanto educadora. Questiono-me se será necessário aniquilar o autêntico e o local para se viver o conforto ditado por critérios globalizantes. Mesmo pensando em termos econômicos – pois são esses evidentemente os termos em que os empresários devem pensar – não será possível encontrar formas de harmonizar o socialmente genuíno com o tecnologicamente moderno? Como será possível conciliar a eficiência de gerir grandes hotéis com a atenção pessoalizada a dispensar ao cliente? O pensamento, que se torna bem mais alado nos momentos de férias como o que eu estava a viver, levou-me para outras esferas e dei comigo a pensar nos alunos quando transitam de uma escola para outra e, sobretudo, de um ciclo de estudo para o subsequente (por exemplo, do 1º para o 2º grau). Foi sobre eles que passei a refletir. Como se sentirão esses alunos no primeiro dia de aulas? Quebrada a continuidade da familiaridade e dos afetos que os entrelaçavam na escola já familiar, como os receberá a nova escola: como pessoas ou como números? Fornecer-lhe-ão a informação necessária e correta para que eles possam se contextualizar? Aparecer-lhe-á como uma escola ―com cara‖ ou terá dela a ideia de uma escola indistinta e estandardizada? Quem se preocupará com o que eles sentem? Quem criará o contexto que os leve a integrarem-se e a viverem a escola em vez de se isolarem e quererem apenas ―passar pela escola o mais depressa possível‖? Reflexão: A narrativa introduzida pelo texto ―Professores Reflexivos‖ expõe abandono das culturas locais e regionais incitado pela velocidade das transformações sociais que estão ocorrendo, essas mudanças estão afetando profundamente a relação professor-aluno no âmbito escolar e social. O excesso de informações irrelevante agregado ao despreparo dos educadores está tornado a sala de aula um local onde apenas se recebe conhecimento, perdendo a característica da produção do conhecimento. Para concluir podemos expor que a facilidade de acesso à informação pode ser um aliado ao professor, deste que ele seja capaz de produzir conhecimento com base nestes elementos. 1.12 “Um Sonho Impossível” Todos os pais querem ver seus filhos formados e bem sucedidos. Esperando isso, matriculam a criança na escola e sonham: ela aprenderá tudo muito bem, terá ótimas notas, avançará sempre e depois... Depois, o diploma, o sucesso... Esse interesse dos pais, a ajuda e o apoio que dão aos filhos para que eles possam fazer suas tarefas, é muito importante para a boa realização da criança. A participação dos pais pode ser direta, com explicações detalhadas e repetidas, orientação para cada tarefa. Ou então pode ser indireta, com o estímulo para a realização dos trabalhos e lições, o elogio, o cuidado com o material escolar e a preocupação com a frequência às aulas. As famílias de classe média e alta, em geral, dão esse tipo de apoio às crianças. Mas o mesmo não acontece nas famílias mais pobres. Nesse último caso, é difícil para os pais darem tal apoio aos filhos. Mesmo que estejam interessados e queiram participar ativamente, muitas vezes não sabem como fazer isso, não se sentem em condições de colaborar. Frequentemente, não conhecem o conteúdo das matérias, estranham os métodos de ensino e as atitudes da escola. É comum ficarem inibidos, desarmados e até humilhados em seus contatos com a escola. De modo geral podemos dizer que esses pais não se sentem em condições de avaliar o que está sendo ensinado e só julgam o desempenho dos filhos através das notas baixas. Além de assistirem, desarmados, à insatisfação e fracasso das crianças, não ficam à vontade no ambiente da escola. Diante de tudo isso é bem possível que esses pais passem a achar mais proveitoso e lucrativo preparar ―de fato‖ seus filhos para a vida. Acabam tirando a criança da escola, para que comece logo a trabalhar. Esta não é, certamente, a melhor solução. O importante mesmo é fazer com que a escola se torne mais adequada às necessidades reais das crianças, atendendo às esperanças dos pais. Reflexão: A construção de valores nos indivíduos é realizada por meio de um processo lento e gradativo, com a união da escola com a família. O fato dos pais não poderem acompanhar seus filhos no desenvolvimento escolar pode desmotivá-los a deixar de investir na construção do seu próprio conhecimento. Isso é um problema recorrente que tem atingindo a grande maioria das famílias brasileiras de alunos oriundos da rede pública, mas para que este quadro se reverta é necessário que todos trabalhem em prol da educação, principalmente os governantes, onde o primeiro passo seria oferecer condições de vida digna a todas as famílias diminuindo a evasão escolar. É preciso criar condições de uma integração mais efetiva entre família e escola. É nítido que não se pode extirpar a responsabilidade da escola e de seu corpo docente, que devem enfatizar a importância do acompanhamento efetivo dos pais no desenvolvimento de seu filho, na contribuição da freqüência escolar, dentre outras rotinas do ambiente educacional. É preciso que a escola também crie mecanismos de apoio às famílias, buscando inserir momentos de reflexão onde se levantem questionamentos como: Quais dificuldades a família tem encontrado para assimilar as tarefas a que lhe são exigidas? Como mostrar aos pais que a escola atua como um ambiente de trabalho? Como fazer para que alguns pais estimulem e invistam na aprendizagem de seu filho? Em suma, a colaboração dos pais com os professores, ajuda a resolver muitos dos problemas escolares dos filhos e ambos podem investir o aluno na inserção cidadã e transformadora do mundo para que ele possa estar apto para viver e participar (da) em sociedade. 1.13 “Pipocas da Vida”. Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho para sempre. Assim acontece com a gente. As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo. Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito a vida inteira. São pessoas de uma mesmice e uma dureza assombrosa. Só que elas não percebem e acham que seu jeito de ser é o melhor jeito de ser. Mas, de repente, vem o fogo. O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos: a dor. Pode ser fogo de fora: perder um amor, perder um filho, o pai, a mãe, perder o emprego ou ficar pobre. Pode ser fogo de dentro: pânico, medo, ansiedade, depressão ou sofrimento, cujas causas ignoramos. Há sempre o recurso do remédio:apagar o fogo! Sem fogo, o sofrimento diminui. Com isso, a possibilidade da grande transformação também. Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro cada vez mais quente, pensa que sua hora chegou: vai morrer. Dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela não pode imaginar um destino diferente para si. Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada para ela. A pipoca não imagina do que ela é capaz. Aí sem aviso prévio, pelo poder do fogo, a grande transformação acontece: BUM! E ela aparece como outra coisa completamente diferente, algo que ela mesma nunca havia sonhado. Bom, mas ainda temos o piruá, que é o milho de pipoca que se recusa a estourar. São aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar. Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem. A presunção e o medo são a dura casca do milho que não estoura. No entanto, o destino delas é triste, já que ficarão duras a vida inteira. Não vão se transformar na flor branca, macia e nutritiva. Não vão dar alegria para ninguém. Reflexão: O homem possui a tendência de pensar quem o mundo em que ele vive será sempre o mesmo, porém há momentos em que se vê obrigado a mudar. Mas quando se trata de mudança cada pessoa reage de forma diferenciada às circunstâncias da vida, umas serão conservadoras e não aceitarão as mudanças, os chamados ―piruá‖, que possuem o medo extremo da mudança, outras aproveitarão a oportunidade para crescer e se solidificar. O professor, no entanto, não deve ter uma mente dogmática em relação a sua metodologia de ensino, pois as transformações às vezes se fazem necessárias, para que assim haja um ensino eficiente e eficaz. Os métodos de ensino na escola devem estar cada vez mais relacionados com as transformações sociais. É preciso apostar em propostas inovadoras que possam contribuir para o processo de ensino- aprendizagem de forma democrática e eficiente na atual conjuntura social e cultural. É importante salientar que a figura do professor é indispensável para que se possa pensar numa mudança significativa na formação dos alunos, já que o docente deve atuar como facilitador do aprendizado, amparado em conhecimentos e teorias diversas que constatem eficiência e um leque de possibilidades para abarcar o cotidiano do aluno.