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Registro do Empresário

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FACULDADE DE QUATRO MARCOS - FQM
	
Curso: Direito
	
Período Ministrado: Noturno
	
Disciplina: Teoria Geral da Empresa
	
Docente: Cleide Marlena Avila Espindola
	
	
 SEMINÁRIO e RESENHA – REGISTRO DO EMPRESÁRIO
	
Grupo – Discentes:
Camilla Tolló
Cheila Carvalho dos Santos de Oliveira
Elizângela Antônia Lopes
Flávia Gouveia da Silva Lima
Regiane de Melo Campos
Jessica Araújo Batista
Letícia Machado
Rodolfo Henrique Soares
Taffany Vagmacker
Educare Gestão de Educação LTDA
Av. Projetada II, nº 205 Bairro: Jardim das Oliveiras
CEP: 78.285-000
São José dos Quatro Marcos –MT Fone/Fax: (65)3251-3005
www.fqm.edu.br
Introdução
Uma das obrigações do empresário é a de inscrever-se no Registro das Empresas antes de dar início à exploração de seu negócio (art. 967 – Código Civil). O Registro das Empresas está estruturado de acordo com a Lei do Registro de Empresas, Lei 8.934, de 1994. Segundo Coelho (2016, p. 32):
“Trata-se de um sistema integrado por órgãos de dois níveis diferentes de governo: no âmbito federal, o Departamento de Registro Empresarial e Integração (DREI); e no âmbito estadual, a Junta Comercial. Essa peculiaridade do sistema repercute no tocante à vinculação hierárquica de seus órgãos, que varia em função da matéria. O DREI integra a Secretaria da Micro e Pequena Empresa da Presidência da República (Decreto 8.001/2013) e é o órgão máximo do sistema”.
As Juntas Comerciais, órgão da administração estadual, cabe à execução do registro de empresa, além de outras atribuições legalmente estabelecidas. “As juntas atuam sob a supervisão, orientação e coordenação do Departamento Nacional de Registro de Comércio (DNRC), orgão integrante do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, responsável pelo controle e pelas normas do Sistema Nacional de Registro de Empresas Mercantis (Sinrem)” MAMEDE (2017, p.8).
 Sendo assim, se surgir alguma ambiguidade com relação há interpretação das leis, dos regulamentos e de demais normas relacionadas com o registro de empresas, é o DNRC que poderá estabelecer normas para solucionar as instruções normativas sobre o tema. 
Contudo pretendemos através dessa pesquisa, analisar mesmo que sumariamente os principais aspectos do registro de empresas, como seu histórico, noções gerais, finalidades e efeitos do registro, a Lei de Registro de Empresas Mercantis (Lei 8.934/1994), os atos de registro, a estrutura organizacional das Juntas Comerciais, o processo decisório, os recursos cabíveis, a publicidade dos atos de registro, além das consequências da irregularidade do empresário, em razão da falta de registro.
Processo Histórico dos atos de Registro
O Feudalismo, período histórico ocorrido na Idade Média, tem a atenção social, um olhar voltado para o campo, onde sua característica está na divisão da propriedade rural e, também em grandes estruturas políticas, predominantes dessa época. As cidades e o comércio continuaram a existir, os comerciantes e artesão se organizaram em corporações de ofício, para sua recíproca proteção e, essas tomaram para si à função de regulamentar a atividade mercantil, que foram feitas através de consolidações de costumes, também chamadas de consuetudos.
O início do Direito Mercantil é marcado por essas consolidações, que são as primeiras normas inteiramente dedicadas ao comércio. São exemplos dessas normas segundo Mamede (2017, p. 2): 
“O Consulato del Mare (Espanha, século X), as Consuetudines (Gênova, 1056), o Constitutum usus (Pisa, 1161), o Liber consuetudinum (Milão, 1216), as decisões da Rota Genovesa sobre comércio marítimo, o Capitulare Nauticum (Veneza, 1255), a Tabula Amalfitana, também chamada de Capitula et Ordinationes Curiae Maritimae Nobilis Civitatis Amalphe (Amalfi, século XIII), Ordinamenta et Consuetudo Maris Edita per Consules Civitatis Trani (Trani, século XIV) e Guidon de la Mer (Rouen, século XVI)”.
Todas essas normas foram utilizadas como referência para a constituição dos chamados Códigos Comerciais, quando o feudalismo foi superado e o Estado Nacional ganhou renovada importância. E o mais influente desses códigos foi o Código Comercial francês, de 1808 que impulsionou muitas legislações a partir do estabelecimento da Teoria do Ato de Comércio. Conforme Mamede (2017, p.3):
“Essa teoria está na raiz da distinção entre o ato civil e o de comércio. Assim, qualquer pessoa que praticasse um ato de comércio estaria submetida ao Direito Comercial e não ao Direito Civil. Essa teoria foi repetida no Brasil, com a edição do Código Comercial, em 1850, quando era Imperador D. Pedro II; cuida-se de uma das normas mais duradouras da história brasileira: sua primeira parte, dedicada ao comércio em geral, esteve em vigor até 11 de janeiro de 2003, quando passou a viger o Código Civil (Lei 10.406/02)”. 
Dessa forma, podemos corroborar que o registro de empresa chega ao Brasil em 23 de agosto de 1808 no mesmo alvará que cria os Tribunais da Real Junta do Comércio, Agricultura, Fábrica e Navegação. Estes Tribunais são criados com duas funções: de julgar as lides decorrentes da atividade comercial e de registrar os comerciantes. Em 1875 as atribuições de registro do comércio foram confiadas às Juntas e Inspetorias Comerciais (OLIVEIRA, 2011 p.3).
As Juntas Comerciais foram reorganizadas com a Proclamação da República do Brasil, ficando sob a competência dos Estados membros suas atribuições, porém a União continuava competente para legislar sobre Direito comercial, o que fazia surgir um sistema híbrido de competência (DÓRIA, 1998, p.75 apud OLIVEIRA, 2011 p.3.).
Somente em 1946, segundo (Oliveira, 2011 p. 3), com a Carta Magna, e as cartas posteriores que o sistema foi reunificado e a matéria de registros públicos e das Juntas Comerciais voltaram a ser de competência da União.
Principais aspectos do Registro de Empresas
A Lei de Registro de Empresas, Lei nº 8.934, nasceu em 18 de novembro de 1994, com o intuito de regulamentar o registro do empresário (pessoa física) ou sociedade empresária (pessoa jurídica), sendo uma obrigação legal imposta para o exercício da empresa - com exceção daqueles que exercem atividade econômica rural (arts. 971 e 984) - a inscrição do empresário na Junta Comercial antes de iniciar suas atividades. 
A atividade econômica rural é a única exceção, em relação à obrigatoriedade do registro, possuindo faculdade de simplesmente registrar – se na Junta Comercial, conforme estabelece o art. 971 do Código Civil e, a Lei 8.906/1994 (Estatuto da OAB), em seu art.1º, § 2º, determina que os atos de registro de empresários individuais e de sociedades empresárias devem estar visados por um advogado.
O registro na Junta Comercial, embora seja uma formalidade legal imposta pela lei, não é requisito para a caracterização do empresário e sua consequente submissão ao regime jurídico empresarial. De acordo com Ramos (2015, p. 67):
“Quer se dizer com isso que, caso o empresário individual ou a sociedade empresária não se registrem na Junta Comercial antes do início de suas atividades, tal fato não implicará a sua exclusão do regime jurídico empresarial nem fará com que eles não sejam considerados, respectivamente, empresário individual e sociedade empresária. Afinal, conforme disposto no Enunciado 199 do CJF, aprovado na III Jornada de Direito Civil, "a inscrição do empresário "ou sociedade empresária é requisito delineador de sua regularidade, e não da sua caracterização"”.
De acordo com Mamede (2017, p. 8) “esse registro é regulado pelos artigos 967 a 970 do Código Civil e pela Lei 8.934/94, que disciplinam o Registro Público de Empresas Mercantis, a cargo das Juntas Comerciais”. Sendo assim trata-se de obrigação legal prevista no art. 967 do Código Civil, o qual dispõe ser "obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade".
Ao contrário disso, se o empresário começar a exercer suas atividades antes do devidoregistro, a empresa estará atuando de forma irregular e, sofrerá penalidades, consequências, como requerer recuperação judicial, que está previsto no artigo 48 da Lei 11.101/2005.
 Ramos (2015, p. 68) afirma que:
“Sendo assim, se alguém começar a exercer profissionalmente atividade econômica organizada de produção ou circulação de bens ou serviços, mas não se registrar na Junta Comercial, será considerado empresário e se submeterá às regras do regime jurídico empresarial, embora esteja irregular, sofrendo, por isso, algumas consequências (por exemplo, a impossibilidade de requerer recuperação judicial - art. 48 da Lei 11.101/2005).
Nesse sentido é também o Enunciado 198 do CJF: "A inscrição do empresário na Junta Comercial mio é requisito para a sua caracterização, admitindo-se o exercício da empresa sem tal providência. O empresário irregular reúne os requisitos do art. 966, sujeitando-se às normas do Código Civil e da legislação comercial, salvo naquilo em que forem incompatíveis com a sua condição ou diante de expressa disposição em contrário "”.
Para o empresário individual fazer sua inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis (RPEM), realizado pela Junta Comercial é, necessário que o mesmo obedeça às formalidades legais que estão previstas no artigo 968 do Código Civil, ou seja, fazer um requerimento que contenha: “I - o seu nome, nacionalidade, domicílio, estado civil e, se casado, o regime de bens; II - a firma, com a respectiva assinatura autógrafa que poderá ser substituída pela assinatura autenticada com certificação digital ou meio equivalente que comprove a sua autenticidade, ressalvado o disposto no inciso I do § 1o do art. 4o da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006; III - o capital; IV - o objeto e a sede da empresa”. Agora com relação à sociedade empresária, é preciso levar o registro o ato constitutivo, contrato social ou estatuto social, que dominará todas as informações necessárias.
Os §§§ 1º, 2º e 3º do artigo mencionado, dispõem: “com as indicações estabelecidas neste artigo, à inscrição será tomada por termo no livro próprio do Registro Público de Empresas Mercantis, e obedecerá a número de ordem contínuo para todos os empresários inscritos”; “à margem da inscrição, e com as mesmas formalidades, serão averbadas quaisquer modificações nela ocorrentes”; “caso venha a admitir sócios, o empresário individual poderá solicitar ao Registro Público de Empresas Mercantis a transformação de seu registro de empresário para registro de sociedade empresária, observado, no que couber, o disposto nos arts. 1.113 a 1.115 deste Código. (Incluído pela Lei Complementar nº 128, de 2008)”.
O empresário também deverá fazer o que determina no artigo 969 do CC em caso de filial ou agência, em lugar sujeito à jurisdição de outro Registro Público de Empresas Mercantis, devendo assim inscrever também a filial com prova de inscrição ordinária, de tal modo o estabelecimento secundário deverá ser averbado no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede. 
Ramos (2015, p. 68), corrobora em dizer que podemos definir filial como sociedade empresária que atua segundo a direção de outra, no caso a matriz, mas também tem sua personalidade jurídica e seu patrimônio e, ainda possui autonomia diante da lei e do público. Agência, no caso pode ser conceituada como empresa especializada em prestação de serviços atuando como intermediária e, Sucursal é o ponto de negócio, acessório diferente do ponto principal, ficando responsável pelos negócios deste e a ele subordinado administrativamente.
Quanto ao domicílio da filial, agência ou sucursal do empresário individual e da sociedade empresária, é aquele constitutivo no Registro da Junta Comercial. Vejamos o que diz o Enunciado 363 da Súmula e Jurisprudência dominante no STF, que determina “a pessoa jurídica de direito privado (gênero do qual a sociedade empresária é espécie) pode ser demandada no domicílio da agência, ou estabelecimento, e que se praticou o ato”.
 Finalidades e efeitos do Registro de Empresas Mercantis
O Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins é regulado pela Lei 8.934/94, que dispõe em seu art. 1º acerca de suas finalidades: “I- dar garantia, publicidade, autenticidade, segurança e eficácia aos atos das empresas mercantis submetidos a registro pela Lei 8934/94; II- cadastrar as empresas nacionais e estrangeiras em funcionamento no país e manter atualizados as informações pertinentes; III- preceder à matricula dos agentes auxiliares do comércio, bem como ao seu cancelamento”.
O art. 1º da Lei 8.934/94 deixa claro que o registro tem por finalidade dar garantia aos atos jurídicos das empresas, portanto o registro garante a identidade do empresário inclusive contra o risco da homonímia e da concorrência desleal (OLIVEIRA, 2011 p.4).
O registro também dá publicidade aos atos jurídicos das empresas mercantis, tornando acessível ao conhecimento de todos, dessa maneira qualquer pessoa pode examinar os assentos constantes no registro e solicitar certidões sem ter que provar o interesse pelo mesmo.
Com relação à autenticidade, o registro não dá autenticidade absoluta ao negócio ou fato jurídico, apenas cria presunção relativa de verdade, ou seja, constitui a qualidade do que é confirmado, por ato de autoridade, de documento ou declaração de verdade. 
A segurança dos atos e negócios mercantis demanda que sejam passíveis de conhecimento a quem tiver interesse, reduzindo assim o risco para quem estabelece relações comerciais com os empresários. Já a eficácia se refere à possibilidade de garantir aos atos jurídicos das empresas inscritas no registro a produção de efeitos jurídicos. 
Estão também obrigados a procederem a sua matricula nas Juntas Comerciais, os chamados agentes auxiliares do comércio, que são profissionais cujas atividades estão diretamente ligadas ao meio empresarial, como intérpretes comerciais, tradutores públicos, leiteiros, administradores de armazéns gerais e responsáveis por armazéns portuários (MAMEDE, 2017 p.9).
Dessa forma as finalidades do registro, aos atos jurídicos das empresas mercantis presente no art.1º da Lei 8.934/94, garante o cadastramento das empresas, mantendo atualizadas as informações pertinentes, e cadastrando aquelas que estejam em funcionamento no país, sendo elas nacionais e estrangeiras. 
 A lei de Registro Público de empresas mercantis (Lei 8.934/1994) 
 Além de o Código Civil trazer corpo normativo específico sobre o registro de empresa (artigos 1.150 a 1.154), há no Brasil, uma legislação especial disciplinando sobre tal. Trata-se da lei 8.934/94 que “dispõe sobre o Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades afins e dá outras providências”.
Seu art. 1° dispõe das finalidades do Registro de Empresa:
 I - dar garantia, publicidade, autenticidade, segurança e eficácia aos atos jurídicos das empresas mercantis, submetidos a registro na forma desta lei; 
II – cadastrar as empresas nacionais e estrangeiras em funcionamento no país e manter atualizadas as informações pertinentes; 
III – proceder a matrícula dos agentes auxiliares do comércio, bem como ao seu cancelamento.
Já em seu art. 3°cria o SINREM (Sistema Nacional de Registro de Empresas Mercantis), sistema REGULADOR sobre Registro de Empresa no Brasil. Neste mesmo artigo, estabelece que o SINREM é composto por dois órgãos:
 I – o Departamento Nacional de Registro do Comércio, órgão central do SINREM, com funções supervisora, orientadora, coordenadora e normativa, no plano técnico; e supletiva, no plano administrativo; 
 II – as Juntas Comerciais, como órgãos locais, com funções executora e administradora dos serviços de registro.
Atualmente, onde a lei traz DNRC, substitui por DREI (Departamento de Registro Empresarial e Integração), órgão disciplinado pelo decreto 8.001/13, que integra a estrutura da Secretaria da Micro e pequena empresa.
Conforme o art. 5°, da Lei 8.934/94, cada Unidade Federativa possui uma Junta Comercial, responsável pela execução e administraçãodos atos de registro.
Importante destacar que as Juntas Comerciais possuem uma subordinação hierárquica híbrida, a lei traz em seu art. 6° “As Juntas Comerciais subordinam-se administrativamente ao Governo da Unidade Federativa de sua jurisdição e, tecnicamente ao DREI, nos termos desta lei”.
Em relação à essa subordinação, o Superior Tribunal de Justiça entendeu que há divisões também concernentes às competências para apreciar matérias de ações judiciais em que a Junta Comercial seja uma parte. Quando se tratar de ação com matéria administrativa, a justiça comum estadual tem a competência de apreciar a lide. Nos casos em que a matéria for de aspecto técnico, relativo ao Registro de Empresa, a competência passa a ser da Justiça Federal, isso em virtude do interesse na causa, conforme art. 109, I da CF.
Ramos ( 2015, p.70) cita o seguinte exemplo: “se a Junta Comercial indeferiu o pedido de arquivamento de contrato social de uma determinada sociedade limitada, com base numa instrução normativa do DREI, e essa sociedade resolve impetrar um mandado de segurança contra tal decisão, deverá fazê-lo perante a Justiça Federal, por que nesse caso, a Junta Comercial agiu sob orientação de um ente federal, o DREI”.
Nesse aspecto podemos citar as seguintes acórdãos do Superior Tribunal de Justiça e do Superior Tribunal Federal:
Conflito de competência. Registro de Comércio. As juntas comerciais estão, administrativamente subordinadas aos Estados, mas as funções por elas exercidas são de natureza federal. Conflito conhecido para declarar, competente o Juízo Federal da 3° Vara de Londrina – SJ/SP (STJ, 2° seção, CC 43.225/PR, Rel. Min. Ari Pargendler, j. 26.10.2005, DJ 01.02.2006, p. 425).
Conflito de competência. Mandado de segurança. Junta comercial. Os serviços prestados pelas juntas comerciais, apesar de criadas e mantidas pelos estados são de natureza federal. Para julgamento de ato, que se compreenda nos serviços do registro de comércio, a competência da justiça federal. (STJ, CC 15.575/BA, Rel. Min. Cláudio Santos, j. 14.02.1996, DJ 22.04.1996).
Competência. Conflito. Justiça estadual e justiça Federal. Mandado de segurança contra ato do presidente da Junta Comercial do Estado de Minas Gerais. Competência ratione personare. Precedentes. Conflito procedente. 
I – em se cuidando de mandado de segurança, a competência se define em razão da qualidade de quem ocupa o polo passivo da relação processual. 
II – as Juntas Comerciais efetuam o registro de comércio por delegação Federal, sendo da competência da Justiça Federal, com teor no art. 109-VIII, da Constituição, o julgamento de mandado de segurança contra ato do presidente daquele órgão. 
III – consoante o art. 32, I da Lei 8.934/94, o registro do comércio compreende “A matrícula e seu cancelamento: dos leiloeiros, tradutores públicos e intérpretes comerciais, trapicheiros e administradores de armazéns-gerais” (STJ, CC 31.357/MG, Rel. Min. Sálvio de Figueiredo Teixeira, DJ 14.04.2004, p. 174).
Juntas Comerciais. Órgãos administrativamente subordinados aos Estados, mas tecnicamente à autoridade federal, como elementos do Sistema Nacional dos Serviços de Registro do Comércio. Consequente competência da Justiça Federal para o julgamento de mandado de segurança contra ato do presidente da Junta, compreendido em sua atividade fim. (STF, RE 199.793/RS, Rel. Min. Octávio Gallotti, DJ 18.08.2000, p.93).
Entretanto, recentemente, o próprio STJ tem mudado um pouco esse jurisprudência, passando a entender que a Justiça Federal é competente para julgar os processos em que figura como parte a Junta Comercial somente nos casos em que se discute lisura do ato praticado pela Junta ou nos casos de mandados de segurança impetrados contra ato do seu presidente. Segue um julgado com esse entendimento: 
Recurso especial. Litígio entre sócios. Anulação de registro perante a Junta Comercial. Contrato social. Interesse da administração federal. Inexistência. Ação de procedimento ordinário. Competência da justiça estadual. Precedentes da segunda seção. 1 – A jurisprudência deste Supremo Tribunal de Justiça tem decido pela competência da Justiça Federal, em processos que fugirem como parte a Junta Comercial do Estado, somente nos casos em que se discute a lisura do ato praticado pelo órgão, bem como nos mandados de segurança impetrados contra seu presidente, por aplicação do art. 109-VIII, da Constituição Federal, em razão de sua atuação delegada. 2 – nos casos em que particulares litigam a cerca de registro de alterações societárias, perante a Junta Comercial, esta Corte vem reconhecendo a competência da justiça comum estadual. Posto que uma eventual decisão judicial de anulação dos registros societárias, almejada pelos sócios litigantes, produzirá apenas efeitos secundários à Junta Comercial do Estado, fato que obviamente não revela questão afeta à validade do ato administrativo e que, portanto, afastaria o interessa da Administração e, consequentemente a competência da justiça federal para julgamento da causa. Precedentes. Recurso especial não conhecido. (REsp 678.405/RJ, 3° turma, Rel. Min. Castro Filho, j. 16.03.2006, DJ 10.04.2006, p. 179).
Sendo assim, quando se tratar de demanda judicial que envolve apenas questões particulares, como conflitos societários, a competência será da Justiça Estadual, ainda que no processo esteja citando ato ou registro da Junta Comercial. Assim também nos processos que discutem sobre reajuste salarial de servidores, é matéria eminentemente administrativa, ficará também na competência da justiça comum estadual.
Enfim, a competência só será da Justiça Federal quando a Junta Comercial estiver agindo no exercício da sua delegação de sua função pública federal, referente aos atos de registro previstos na Lei 8.934/94.
Os atos de registro
Os atos de registro de empresa são três: a matrícula, o arquivamento e a autenticação (RAMOS, 2015 p.73 et al. COELHO, 2016 p.34).
 A matrícula é o nome do ato de inscrição dos tradutores públicos, intérpretes comerciais, leiloeiros, trapicheiros e administradores de armazéns - gerias. Trata-se de profissionais que desenvolvem atividades para comerciais.
O arquivamento é pertinente à inscrição do empresário individual, isto é, do empresário que exerce sua atividade econômica como pessoa física, bem como à constituição, dissolução e alteração contratual das sociedades simples continuam a ter o seus atos arquivados no registro de empresa (em razão de questionável entendimento do DNRC, órgão que antecedeu o DREI no Registro Público de Empresas) são igualmente arquivados os atos relacionados aos consórcios de empresas e aos grupos de sociedades, assim como os concernentes a empresas mercantis estrangeiras a funcionar no Brasil. Arquivam-se, finalmente, as declarações de micro empresa e, analogicamente, também as de empresa de pequeno porte, além de quaisquer outros documentos ou atos de interesses de empresário. O código Civil determina que os atos modificativos da inscrição do empresário seja averbados à margem desta (968,§1°) a averbação é uma espécie de arquivamento.
Logo a autenticação esta ligada aos denominados instrumentos de escrituração, que são os livros comerciais e as fichas escriturais. Nesse caso, a autenticação é condição de regularidade do documento, já que configura requisito extrínseco de validade da escrituração mercantil. Ela pode revestir-se, contudo, também de outra natureza, isto é a de mero ato confirmatório da correspondência material entre cópia e original do mesmo documento, desde que seja registrado na Junta (LRE, art.39, II) (COELHO, 2015 p. 63).
 A estrutura organizacional das Juntas Comerciais
Pode-se iniciar dizendo, resumidamente, que a Junta Comercial é um órgão do governo que registra atividades relativas a empresas e sociedades empresarias. Cada estado possui uma junta Comercial própria, e o acervo de registro de empresas em todas as cidades daquele estado. Embora os serviços oferecidos sejam os mesmos em todos os Estados, cada qual é representado por umasigla diferente, por exemplo: São Paulo (JUCESP); Minas Gerais (JUCEMG) e no Estado de Mato Grosso (JUCEMT).
Toda Junta Comercial é subordinada ao Poder Executivo de seus respectivos estado, e também ao Departamento Nacional do Registro do Comercio (DNRC). Assim, a administração das juntas é da responsabilidade do Estado, enquanto a parte técnica dos serviços é ditada pela esfera federal. 
Desde 1994, estão definidas pela Lei 8.934 das funções da junta Comercial, sendo a principal delas o registro empresarial. O registro da junta comercial dando publicidade ao ato, ou seja, informa para a Sociedade em geral que se negócio é valido, está registrado e não tem a mesma razão social ou nome fantasia de outra empresa.
Também existem outas atividades relevantes desempenhadas pelo órgão, como a arquivamento de todos os documentos da história da empresa, da fundação ao fechamento, autenticação de documentos fiscais e de livros de comércios de estabelecimentos, matriculas profissionais entre outros.
 O processo decisório nas Juntas Comerciais
É de competência das Juntas Comerciais, segundo a Lei 8.934/94, inciso II do art. 32 relativo ao arquivamento:
 “(1) arquivar os atos relativos à constituição, alteração e extinção de empresas mercantis, de cooperativas, das declarações de microempresas e empresas de pequeno porte, bem como dos atos relativos a consórcios e grupo de sociedade de que trata a lei de sociedade por ações; (2) arquivar os atos concernentes a sociedades mercantis estrangeiras autorizadas a funcionar no País; (3) arquivar os atos ou documentos que, por determinação legal, seja atribuído ao Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins e daqueles que possam interessar ao empresário ou às empresas mercantis; (4) autenticar os instrumentos de escrituração das empresas mercantis registradas e dos agentes auxiliares do comércio, nos termos da lei própria e (5) emitir certidões dos documentos arquivados: qualquer pessoa tem o direito de consultar os assentamentos existentes nas juntas comerciais e obter certidões, mediante pagamento do preço devido, sem que para isso precise explicar suas razões” (MAMEDE 2017, p.9).
Dessa maneira, conforme o art. 36 da Lei 8.934/94, “os documentos referidos no II do art. 32 deverão ser apresentados a arquivamento na junta, dentro de 30(trinta) dias contados de sua assinatura, a cuja data retroagirão os efeitos do arquivamento; fora desse prazo, o arquivamento só terá eficácia a partir do despacho que o conceder”.
O art. 1.151 do Código Civil nos seus §§ 1º e 2º também trata em seus dispositivos legais do prazo dos documentos necessários ao registro para o arquivamento do mesmo. Dispõe ainda o § 3° do artigo acima mencionado que "as pessoas obrigadas a requerer o registro responderão por perdas e danos, em caso de omissão ou demora".
Contudo é de grande valia, caso ocorra alguma alteração do contrato social, que o mesmo seja levado a registro na Junta Comercial dentro do prazo de 30 (trinta) dias contados da sua efetiva realização, caso isso não acontece dentro do prazo legal, a mencionada alteração contratual só será considerada eficaz perante terceiros após o deferimento do registro. Mas se o registro for elaborado dentro do prazo legal, a alteração contratual, quando deferida, produzirá efeitos desde a data em que foi decidida pelos sócios. 
Dessa forma Ramos (2015, p.76) ressalva que: “se o ato é levado a registro dentro do prazo legal de trinta dias, o registro opera efeitos ex tunc, retroagindo à data da sua efetiva realização. Em contrapartida, se o ato é levado a registro fora do prazo legal de trinta dias, produz efeitos ex nunc, ou seja, só se toma eficaz a partir do seu deferimento”.
Conforme os artigos 41 e 42 da Lei 8.934/94 os regimes de execução do registro das empresas são classificados de duas formas: o regime de decisão singular e o regime de decisão colegiada. O regime de decisão colegiada é composto pelo Plenário, como órgão deliberativo superior e pelas Turmas (LRE, art.21) como órgãos deliberativos inferiores, que integram as Juntas Comerciais, são tramitados atos de maior complexidade e julgamento de recursos. Já o regime de decisão singular é constituído pelo Presidente da Junta Comercial, por Vogal ou por funcionário público que possua comprovados conhecimentos de Direito Comercial e de Registro de Empresas, neles são registrados os atos de menor complexidade.
É através do regime de decisão colegiada, segundo art. 41 da Lei 8.934/94 que são arquivados os atos de constituição e os demais atos de registro das sociedades anônimas, bem como o arquivamento dos atos de transformação, incorporação, fusão e cisão de sociedades empresárias, além do arquivamento relacionado a consórcio de empresas ou grupo de sociedade. 
De acordo com o art. 19 da Lei supracitada, o julgamento de recurso dos atos praticados pela Junta sempre se faz pelo regime de decisão colegiada, ainda que o ato recorrido tenha sido praticado em outro regime, e a instância competente para julgar o recurso é o Plenário (COELHO, 2016, p.35).
Esses pedidos de arquivamento serão decididos no prazo máximo de 05 (cinco) dias úteis, contados de seu recebimento, conforme exposto no art. 43 da lei em comento. De acordo com o art.21 da lei supracitada, são as Turmas que julgam, originariamente, os pedidos relativos aos atos de registro.
O regime de decisão singular previsto no art.42 da Lei 8.934/94 são decididos os atos de matrícula, autenticação e arquivamento, excetuando aqueles de atribuição do regime colegiado. Conforme Coelho (2016, p.35):
“Assim, o contrato social de uma sociedade limitada, sua alteração contratual e a inscrição do empresário individual são, por exemplo, arquivados por decisão singular. Quem determina a prática do ato registral sujeito ao regime de decisão singular é o Presidente da Junta ou o vogal por ele designado. Possibilita a lei também que a designação recaia sobre funcionário público do órgão, que possua conhecimentos comprovados de direito comercial e de registro de empresa”. 
Esses atos devem ser decididos no prazo máximo de 2 (dois) dias úteis, de acordo com o art. 43 da lei mencionada, “sob pena de ter-se como arquivados os atos respectivos, mediante provocação dos interessados, sem prejuízo do exame das formalidades legais pela procuradoria” da Junta Comercial. De acordo com Ramos (2015, p.77), “ainda sobre o exame das formalidades legais dos atos submetidos a registro nas Juntas Comerciais, cumpre destacar que elas não podem criar exigências não previstas na lei”.
Recursos Cabíveis
As decisões da junta são irrecorríveis, embora os instrumentos recursais não  possuam efeito suspensivo (Lei 8.934/94, art. 49). Prevê  a lei, no seu art.: 44:  1 pedido de desconsideração;  2 recurso ao plenário; 3 recurso ao ministro de Estado da indústria, do comércio Exterior .
O pedido de desconsideração  terá  por objeto obter a revisão de despachos singulares ou de turmas  que formulam exigências para o deferimento do arquivamento, é seja apresentado  no prazo para cumprimento da exigência, para apreciação  pela autoridade recorrida em 3 dias úteis, no caso de decisão colegiada ( art. 45 da Lei 8.934/94, com a nova  redação dada pela Lei 11.598/2007 ).
Recurso ao plenário, por sua vez, tem por objeto as decisões definitivas, singulares ou de turmas, e deverá  ser decidido no prazo máximo de 30 dias, a contar da data do recebimento  da peça recursal, ouvida a procuradoria,  no prazo de 10 dias, quando esta  não for recorrente (art. 46 da lei 8.934/94).
Por fim, o recurso ao ministro de Estado do desenvolvimento, indústria e comércio Exterior, última instância administrativa, é  cabível contra as decisões  proferida pelo plenário da junta (art. 47). Todos os recursos previstos na lei deverão ser interpostos no prazo de 10 dias úteis,  prazo este contado da data da intimação da parte ou da publicação do ato no órgão oficial de publicidade da junta comercial (art. 50). A procuradoria é as partes interessadas, quando foro caso, serão indicadas para no mesmo prazo 10 dias oferecerem contrarrazões (art.51).
 A publicidade dos atos de registro
O registro das empresas mercantis é público, e é de responsabilidade das Juntas Comerciais. Segundo o art. 1º, parágrafo 1º da Lei 8934/94. A publicidade é apontada como uma das principais finalidades do Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins, ficando evidente a importância de se tornar públicos esses atos. 
De acordo com Ramos (2015, p.79) “as juntas Comerciais, como órgãos públicos de registro de empresários e das sociedades empresárias, possuem justamente a função de tornar público os atos relativos a esses agentes econômicos”.
Deste modo, evidencia-se que as juntas comerciais, tem o papel de garantir a publicidade dos atos de registro, ficando claro também, no que diz respeito aos atos de registros, que devem ser públicos e não secretos, sendo que, qualquer pessoa possui acesso aos assentos presentes, sem necessidade em demonstrar interesse na requisição.
Nesse sentido, o art. 29 da lei 8.934/1994 aponta que: “qualquer pessoa, sem necessidade de provar interesse, poderá consultar os assentos existentes nas juntas comerciais e obter certidões, mediante pagamento do preço devido”.
Isto posto, qualquer pessoa pode consultar os assentos constantes no registro e requerer certidões, independente de demonstrar interesse.
De acordo com o art. 31, da Lei 8934/1994 “Os atos decisórios da Junta Comercial serão publicados no órgão de divulgação determinado em portaria do presidente, publicada no diário oficial do Estado e, no caso da Junta Comercial do Distrito Federal, no Diário Oficial da União”. 
Destarte, é de extrema importância o empresário levar a empresa a registro na Junta Comercial, pois se o empresário praticar um ato de grande relevância e não estiver devidamente registrado, consequentemente esse ato não será publicizado, e não poderá ter validade contra terceiros, pois se o mesmo, não tinha conhecimento de determinado ato praticado pela empresa, não poderia dessa forma, ser prejudicado.
Segundo Ramos (2015, p.80):
“O Código Civil de 2002, também aborda a respeito da publicação dos Atos da Junta Comercial, disposto no art. 1.152, que diz: “cabe ao órgão incumbido do registro verificar a regularidade das publicações determinadas em lei, de acordo com o disposto nos parágrafos deste artigo. “ Nesses parágrafos o Código Civil prevê: § 1º Salvo exceção expressa, as publicações ordenadas neste livro serão feitas no órgão oficial da União ou do Estado, conforme o local da sede do empresário ou da sociedade, e em jornal de grande circulação. § As publicações das sociedades estrangeiras serão feitas nos órgãos oficiais da União e do Estado onde tiverem sucursais, filiais ou agências. § 3º O anúncio de convocação da assembleia de sócios será publicado por três vezes, ao menos devendo mediar, entre a data da primeira inserção e da realização da assembleia, o prazo mínimo de oito dias, para a primeira convocação, e de cinco dias, para as posteriores””.
Nesse sentido, Ramos (2015), afirma que: “... Como já existe normal especial disciplinando o registro de empresa no Brasil, era desnecessário tratamento da matéria pelo Código, o qual repetiu normas já previstas ou trouxe normas conflitantes, gerando uma confusão normativa que não interessa a ninguém”.
 Considerações Finais
Trouxemos alguns benefícios que o Registro e legalização da empresa traz:
I – Mais segurança;
Praticar atividade empresarial sem registro significa estar propenso a sofrer denúncias para órgãos regulamentadores, mesmo que anonimamente.
II – Proteção de patrimônio pessoal;
O empresário regular tem seu patrimônio protegido em relação às dívidas da pessoa jurídica.
III - CNPJ regularizado;
Permite consulta de cadastro, isso proporciona maior segurança para clientes e fornecedores, uma vez que qualquer pessoa tem acesso à essa consulta de CNPJ, via internet. Além disso, o empresário tem todo acolhimento junto ao Poder público.
IV – Mais crédito;
O empresário regular tem mais facilidade para captação de recursos junto à instituições financeiras, uma vez que estas sempre oferecem condições especiais para pessoa jurídica.
V – Melhor relacionamento com fornecedores;
O fato de poder emitir notas fiscais concede mais segurança e confiabilidade para com fabricantes e fornecedores.
VI – Comércio com o mercado exterior;
Os empresários que visam ampliar seu negócio e participar de programas de exportação, rodadas de negócio ou férias do setor devem estar regulares e em dia.
VII – Economia de impostos;
O empresário tem todo aparato profissional para escolher o regime tributário mais vantajoso para seu negócio. A emissão de Notas fiscais por uma empresa pode significar economia de até 51% do valor dos impostos totais a serem cobrados no período de um ano.
VIII – Previdência social;
Uma empresa legalizada permite o recolhimento de valores relativos à direitos trabalhistas e tributários sem dificuldade. Isso evita ajuizamento de ações trabalhistas e pagamento de multas desnecessárias. Além de garantir o direito da seguridade de todos seus colaboradores.
IX – Participação em Licitações.
Um dos maiores compradores de bens e serviços é o poder público, entretanto essas compras são realizadas por meio de licitações, e só pode participar destas, empresas com CNPJ regular e com recolhimento de impostos e contribuições previdenciárias em dia.
Ou seja, regularizar é o melhor caminho para o empreendedor que busca maior prospecção de clientes e divulgação dos serviços.
Referencial Bbliográfico
Coelho, Fábio Ulhoa. Manual de direito comercial [livro eletrônico]: direito de empresa / Fábio Ulhoa Coelho. – São Paulo: Editora Revistas dos tribunais, 2016.
Mamede, Gladston. Manual de direito empresarial / Gladston Mamede. – 11. Ed. Rev. e atual.- São Paulo: Atlas, 2017.
Ramos, André Luiz Santa Cruz. Direito empresarial esquematizado / André Luiz Santa Cruz Ramos. - 5. ed. rev., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2015.
Vade Mecum Saraiva / obra coletiva de autoria da Editora Saraiva com a colaboração de Livia Céspedes e Fabiana Dias da Rocha. – 22. Ed. Atual. e ampl. – São Paulo: Saraiva, 2016.
OLIVEIRA FILHO, João Glicério de. Artigo Cientifico. Postado em 04 de Março de 2011. Disponível em: <http://www.egov.ufsc.br/portal/conteudo/do-registro-de-empresa-uma-an%C3%A1lise-dos-dez-anos-da-lei-n%C2%BA-89341994-diante-do-c%C3%B3digo-civil-b>. Acesso em: 22 de Março 2019.

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