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Estomaterapia: Cuidados com Feridas

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INTRODUÇÃO
 A estomaterapia é uma especialidade (pós-graduação latu sensu) da prática do enfermeiro - instituída no Brasil em 1990 - voltada para a assistência às pessoas com estomias, fístulas, tubos, cateteres e drenos, feridas agudas e crônicas e incontinências anal e urinária, nos seus aspectos preventivos, terapêuticos e de reabilitação em busca da melhoria da qualidade de vida. (Estatuto SOBEST).
 A SOBEST (Associação Brasileira de Estomaterapia: estomias, feridas e incontinências) foi fundada em 04.12.1992 e é o órgão de representação da estomaterapia brasileira.O enfermeiro pós- graduado em estomaterapia é denominado pela SOBEST como Enfermeiro Estomaterapeuta (ET)  e o enfermeiro estomaterapeuta titulado  Enfermeiro Estomaterapeuta Ti SOBEST (ET Ti SOBEST).
COMPETÊNCIAS CLÍNICAS:
*AREA DE FERIDAS;
2.1Úlcera por Pressão
a) Prevenção
    Realizar consulta de enfermagem, utilizando instrumento de avaliação que possibilite a obtenção de subsídios para a implementação da sistematização da assistência de enfermagem em estomaterapia.
    Prescrever cuidados com a pele em geral, superfície de suporte, segundo grau de risco, e demais medidas de preservação da integridade cutânea.
    Solicitar exames bioquímicos e hematológicos quando pertinentes.
    Realizar reeducação vésico-intestinal, quando pertinente.
    Fazer orientação alimentar e hídrica e quando pertinente solicitar avaliação do nutricionista.
    Encaminhar para outros profissionais da equipe quando necessário (ex. fonoaudiólogo, fisioterapeuta).
    Orientar a equipe/cuidadores quanto aos cuidados propostos.
b) Tratamento
    Realizar consulta de enfermagem, utilizando instrumento de avaliação que possibilite a obtenção de subsídios para a implementação da sistematização da assistência de enfermagem em estomaterapia.
    Solicitar exames bioquímicos, hematológicos, cultura da ferida e outros quando necessário.
    Prescrever cuidados com a pele em geral, superfície de suporte, segundo grau de risco, e demais medidas de preservação da integridade cutânea e diminuição do risco de deterioração da úlcera, tais como mobilização e posicionamento entre outros.
    Fazer orientação alimentar e hídrica e quando pertinente solicitar avaliação do nutricionista.
    Encaminhar para outros profissionais da equipe quando necessário (ex. fonoaudiólogo, fisioterapeuta e outros).
    Orientar a equipe/cuidadores quanto aos cuidados propostos.
2.2 Úlceras vasculogênica de origem venosa
a) Prevenção
    Realizar consulta de enfermagem, utilizando instrumento de avaliação que possibilite a obtenção de subsídios para a implementação da sistematização da assistência de enfermagem em estomaterapia.
    Fazer exame de índice de tornozelo braço com utilização do Doppler vascular periférico.
    Prescrever cuidados com a pele em geral e demais medidas de preservação da integridade cutânea.
    Solicitar exames bioquímicos e hematológicos quando pertinentes.
    Fazer orientação alimentar e hídrica e, quando pertinente solicitar avaliação do nutricionista.
    Encaminhar para outros profissionais da equipe quando necessário.
b)  Tratamento
    Realizar consulta de enfermagem, utilizando instrumento de avaliação que possibilite a obtenção de subsídios para a implementação da sistematização da assistência de enfermagem em estomaterapia (o histórico deve contemplar dados relacionados aos aspectos sócio-demográficos, da saúde em geral e outros aspectos relevantes, bem como o exame físico).
    Solicitar exames bioquímicos, hematológicos, cultura da ferida e outros quando necessário.
    Fazer exame de índice de tornozelo braço com utilização do Doppler vascular periférico.
    Prescrever cuidados com a pele em geral e demais medidas de preservação da integridade cutânea.
    Realizar desbridamento instrumental conservador.
    Prescrever terapia tópica.
    Prescrever bota de Unna ou terapia compressiva.
    Prescrever terapias adjuntas (LASER, eletroestimulação, terapia a vácuo e outras).
    Realizar cuidados podiátricos (cuidados com as unhas: limpeza de micose, corte adequado, correção de deformidades* e remoção de espículas* ; cuidados com os pés: remoção de calos e calosidades).
OBS. *mediante curso complementar de capacitação em podiatria.
    Orientar exercícios de fortalecimento da musculatura da perna, repouso alternado, elevação de membros inferiores, drenagem linfática e medidas de compressão.
    Fazer orientação alimentar e hídrica e quando pertinente solicitar avaliação do nutricionista.
    Encaminhar para outros profissionais da equipe quando necessário (ex. fisioterapeuta, educadores físicos e outros).
    Orientar a equipe quanto aos cuidados propostos.
2.3 Úlceras neurotróficas por Doença de Hansen
a) Prevenção
    Realizar consulta de enfermagem, utilizando instrumento de avaliação que possibilite a obtenção de subsídios para a implementação da sistematização da assistência de enfermagem em estomaterapia.
OBS: no serviço público existe Ficha de Notificação/Investigação Hanseníase (Sistema Nacional de Agravos de Notificação - SINAN) do Ministério da Saúde
    Fazer exame de índice de tornozelo braço com utilização do Doppler vascular periférico.
    Fazer exame dos pés com equipamentos apropriados para detectar grau e localização de lesão neurogênica.
    Prescrever cuidados e medidas para a prevenção de incapacidade
    Prescrever cuidados com a pele em geral e demais medidas de preservação da integridade cutânea.    Solicitar exames bioquímicos e hematológicos quando pertinentes.
    Orientar exercícios de fortalecimento da musculatura da perna, repouso alternado, elevação de membros inferiores, medidas compressivas.
    Encaminhar para outros profissionais da equipe quando necessário.
b)  Tratamento
    Realizar consulta de enfermagem, utilizando instrumento de avaliação que possibilite a obtenção de subsídios para a implementação da sistematização da assistência de enfermagem em estomaterapia.
    Solicitar exames bioquímicos, hematológicos, cultura da ferida e outros quando necessário.
    Fazer exame de índice de tornozelo braço com utilização do Doppler vascular periférico.
    Prescrever cuidados com a pele em geral e demais medidas de preservação da integridade cutânea e muscular
    Realizar desbridamento instrumental conservador.
    Prescrever terapia tópica.
    Prescrever bota de Unna ou terapia compressiva.
    Prescrever terapias adjuntas (LASER, eletroestimulação, terapia a vácuo e outras).
Orientar exercícios de fortalecimento da musculatura da perna e pés, repouso alternado, elevação de membros inferiores.
    Fazer orientação alimentar e hídrica e quando pertinente solicitar avaliação do nutricionista.
    Encaminhar para outros profissionais da equipe quando necessário.
    Orientar a equipe quanto aos cuidados propostos.
2.4 Úlceras vasculogênica de origem arterial (diabética ou não)
a) Prevenção
    Realizar consulta de enfermagem, utilizando instrumento de avaliação que possibilite a obtenção de subsídios para a implementação da sistematização da assistência de enfermagem em estomaterapia.
    Fazer exame de índice de tornozelo braço com utilização do Doppler vascular periférico.
    Realizar cuidados podiátricos (cuidados com as unhas: limpeza de micose, corte adequado, correção de deformidades* e remoção de espículas* ; cuidados com os pés: remoção de calos e calosidades).
    Prescrever cuidados com a pele em geral e demais medidas de preservação da integridade cutânea.
    Encaminhar para outros profissionais da equipe quando necessário.
b)  Tratamento
    Realizar consulta de enfermagem, utilizando instrumento de avaliação que possibilite a obtenção de subsídios para a implementação da sistematização da assistência de enfermagem em estomaterapia.
    Solicitar exames bioquímicos, hematológicos, cultura da ferida e outros quando necessário.
    Fazer exame de índice de tornozelo braço comutilização do Doppler vascular periférico.
    Prescrever cuidados com a pele em geral e demais medidas de preservação da integridade cutânea.
    Prescrever cuidados com a pele em geral.
    Realizar desbridamento instrumental conservador, quando indicado.
    Prescrever terapia tópica e terapias adjuntas (LASER, eletroestimulação, terapia a vácuo e outras).
    Realizar cuidados podiátricos (cuidados com as unhas: limpeza de micose, corte adequado, correção de deformidades* e remoção de espículas* ; cuidados com os pés: remoção de calos e calosidades).
 OBS. *mediante curso complementar de capacitação em podiatria.
    Fazer orientação alimentar e hídrica e quando pertinente solicitar avaliação do nutricionista.
    Encaminhar para outros profissionais da equipe quando necessário (ex. fisioterapeuta, educadores físicos e outros).
    Orientar a equipe quanto aos cuidados propostos.
2.5 Úlceras Diabética
a) Prevenção
    Realizar consulta de enfermagem, utilizando instrumento de avaliação que possibilite a obtenção de subsídios para a implementação da sistematização da assistência de enfermagem em estomaterapia.
    Fazer exame de índice de tornozelo braço com utilização do Doppler vascular periférico.
    Fazer exame dos pés com equipamentos apropriados para detectar grau e localização de lesão neurogênica
    Prescrever cuidados e medidas para a prevenção de incapacidade nos pés.
    Prescrever cuidados com a pele em geral e demais medidas de preservação da integridade cutânea.
    Realizar cuidados podiátricos (cuidados com as unhas: limpeza de micose, corte adequado, correção de deformidades* e remoção de espículas* ; cuidados com os pés: remoção de calos e calosidades).
    Fazer orientação alimentar e hídrica e, quando pertinente solicitar avaliação do nutricionista.
    Orientar exercícios de fortalecimento da musculatura da perna, uso de calçados e palmilhas adequados.
    Encaminhar para outros profissionais da equipe quando necessário.
b)  Tratamento
    Realizar consulta de enfermagem, utilizando instrumento de avaliação que possibilite a obtenção de subsídios para a implementação da sistematização da assistência de enfermagem em estomaterapia.
    Solicitar exames bioquímicos, hematológicos, cultura da ferida e outros quando necessário.
    Fazer exame de índice de tornozelo braço com utilização do Doppler vascular periférico.
    Fazer exame dos pés com equipamentos apropriados para detectar grau e localização de lesão neurogênica
    Prescrever cuidados com a pele em geral e demais medidas de preservação da integridade cutânea e muscular
    Realizar desbridamento instrumental conservador.
       Orientar exercícios de fortalecimento da musculatura da perna, uso de calçados e palmilhas adequados.
    Fazer orientação alimentar e hídrica e quando pertinente solicitar avaliação do nutricionista.
    Encaminhar para outros profissionais da equipe quando necessário (ex. fisioterapeuta, educadores físicos e outros).
2.6 Demais feridas/úlcera em geral
a) Prevenção
    Realizar consulta de enfermagem, utilizando instrumento de avaliação que possibilite a obtenção de subsídios para a implementação da sistematização da assistência de enfermagem em estomaterapia.
    Prescrever cuidados com a pele em geral e demais medidas de preservação da integridade cutânea.
    Solicitar exames bioquímicos e hematológicos e outros quando pertinentes.
    Fazer orientação alimentar e hídrica e, quando pertinente solicitar avaliação do nutricionista.
    Encaminhar para outros profissionais da equipe quando necessário.
b) Tratamento
    Realizar consulta de enfermagem, utilizando instrumento de avaliação que possibilite a obtenção de subsídios para a implementação da sistematização da assistência de enfermagem em estomaterapia.
    Solicitar exames bioquímicos, hematológicos, cultura da ferida e outros quando necessário.
    Prescrever cuidados com a pele em geral e demais medidas de preservação da integridade cutânea e muscular    
 Encaminhar para outros profissionais da equipe quando necessário (ex. fisioterapeuta, educadores físicos e outros).
OBJETIVOS
Capacitar o enfermeiro a:
Prestar assistência especializada e com bases em evidências científicas ao indivíduo com estomias nas fases pré, intra e pós-operatórias imediata, mediata e tardia (ambulatorial ou domiciliário) e portadores de fístulas digestivas, com cateteres e drenos, feridas agudas e crônicas, incontinências urinária e anal;
Reconhecer os aspectos organizacionais necessários para o desenvolvimento e aperfeiçoamento de serviços, tecnologias e programas para o cuidado em Estomaterapia;
Desenvolver o ensino na área de Estomaterapia junto a clientes, família e comunidade, equipes de enfermagem e interdisciplinar;
Iniciar a investigação científica na área de Estomaterapia.
METODOLOGIA.
 Uma metodologia ativa incrementa o aprender em âmbito de graduação quanto de pós-graduação, e, o pensamento crítico pode ser despertado a partir da estreita relação com o cuidado humano, bem como, com atividades de “fazer” para aprender, nesse caso a partir de imagens e confecção de estomas, tanto de aspecto saudável quanto em sua complicação fomenta e oportuniza o raciocínio e o pensar a disciplina de forma crítica. O uso de técnicas visuais e manuais perfazem uma maneira diferente de se aprender um conteúdo em sala de aula que poderia ser pautado no ouvir do aluno acerca da explicação do professor. A complexidade da saúde requer dos alunos o uso e aplicação de arte e tecnologia e/ou engenhosidade. O saber traz consigo a própria superação, lembrando que o aluno possui seu conhecimento acerca da temática e pode ser fortalecido a partir da mediação do professor. Para o estomaterapeuta assumir e liderar o cuidado holístico da pessoa com estomia, deve estar atento a construção do saber voltando-se para os aspectos científicos e práticos.
http://www.sobest.org.br
https://www.einstein.br

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