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PROJETO INTEGRADOR II 09_05_2019 pdf

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UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
DÉBORA BANDEIRA CAPOBIANCO MUNHOZ – R.A: 1817941
JULIANA TORRES BARRANCO – R.A: 1813131
MARIA DE LOURDES RIOS DA SILVA – R.A: 1818743
SANDRA PACHECO OLIVEIRA FIGUEIREDO – R.A: 1813657
PSICOMOTRICIDADE NA EDUCAÇÃO 
Santa Isabel - SP
2019
UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
Psicomotricidade na educação
Relatório Técnico - Científico apresentado na disciplina de Projeto Integrador para o curso de Pedagogia da Fundação Universidade Virtual do Estado de São Paulo (UNIVESP).
Tutora: Danielle Viveiros
Santa Isabel - SP
2019
INTRODUÇÃO
A pesquisa foi realizada na EMEF José de Almeida Machado, localizada na Rua Prefeito Arthur José da Costa, nº 773, bairro Vila Gumercindo, na cidade Santa Isabel, estado de São Paulo é classificada em qualitativa exploratória, com pesquisa de campo. Primeiramente foi realizada a divulgação do trabalho para os gestores da escola, mostrando a importância da pesquisa para a escola e para o pesquisador. Depois da aceitação do trabalho e apontamento das dificuldades apresentadas pela direção, fora realizada uma investigação e discussão afim de compreender o tema e estabelecer atividades adequadas a serem trabalhadas na sala de aula com o objetivo de solucionar as dificuldades de ensino e aprendizagem apresentadas referente ao letramento das crianças. Consideramos as brincadeiras e jogos lúdicos como estratégia e focamos a psicomotricidade para assegurar aos alunos um percurso contínuo de aprendizagens entre as duas fases do Ensino Infantil ao Fundamental, nesse início do ciclo de alfabetização, momento em que a criança se depara com alteração do espaço físico, com as diferenças nas relações de convivência com seus pares, com os professores, com a rotina, salientado ainda com a diminuição do seu tempo de brincar. Destacamos a necessidade de garantir aos alunos o direito à infância, assegurando uma educação que ocorra em ambiente adequado, resguardando ainda as dimensões do cuidar e educar, onde o lúdico torna-se uma ferramenta importante na mediação do conhecimento, estimulando a criança a desenvolver a imaginação, competência cognitiva, favorecendo a autoestima. O jogar e brincar, nesta fase, enriquece o trabalho interdisciplinar, oportunizando as crianças uma forma prazerosa e dinâmica de aprendizado significativo. O nosso projeto está direcionado aos estudos e aplicação dos direitos educacionais da criança e das teorias de desenvolvimento e pedagógicas do ensino/aprendizagem de autores mencionados nos cursos de Pedagogia da Universidade Virtual do Estado de São Paulo tais como Henri Wallon (1879-1962), Lev Vygotsky (1896-1934), Jean Piaget (1896-1980).
1.1 Problema e objetivos
Sendo a família o primeiro núcleo social em que a criança adquire saberes e interage socialmente iniciamos uma breve investigação com os familiares e com a professora sobre as hipóteses de desenvolvimento na aprendizagem já observados anteriormente referente as crianças. A problemática mencionada pela professora do 2º ano e também relatada pela coordenadora, da Escola Municipal de Ensino Fundamental José de Almeida Machado, Ana Maria Cardoso de Moraes, foi a de que alguns alunos do 2º ano do Ensino Fundamental, Turma D apresentam dificuldade de aprendizagem na leitura e escrita. A professora dessa turma, Mislene Almeida Nunes, nos relatou que realmente 10 alunos apresentam dificuldades de aprendizagem e que esses alunos são dispersos, agitados, inquietos e que a atenção para com as falas do professor e orientações é reduzido, a comunicação e a interpretação são precárias, mas no geral os alunos são carinhosos e participativos.
1.2 Justificativa
A interação durante o brincar caracteriza o cotidiano da infância, trazendo consigo muitas aprendizagens e potenciais para o desenvolvimento integral das crianças. De maneira geral, notamos a carência de interações familiares devido as necessidades de trabalho e subsistência pelos adultos responsáveis, acarretando para as crianças pouco tempo de convivência e experiências de interação e de brincadeira, essas importantes na construção e apropriação de conhecimentos por meio de ações e interações com seus pares e com os adultos, o que possibilita aprendizagens, desenvolvimento e socialização. 
A ausência desses fatores pode empobrecer a prática psicomotora no cotidiano infantil e, principalmente, tiram da criança a oportunidade de passar pelas diversas operações de construção do artefato lúdico necessárias para o seu desenvolvimento cognitivo/afetivo/social. Sendo assim, o ponto fundamental observado do nosso trabalho foi a psicomotricidade devido a sua relevância para que a criança tenha noção do seu corpo, do espaço e de como o ato de se movimentar pode ser determinante na sua aprendizagem e interação social. 
A educação lúdica possui linguagem que pode ser entendida de maneira clara e objetiva, e representa para a criança um fator muito importante para o desenvolvimento, fazendo a assimilação durante as aulas serem mais fácil. 
A psicomotricidade é a educação de movimentos que procura melhor utilização das capacidades psíquicas, ou seja, o ato de movimentar-se está diretamente ligado ao aspecto mental. A brincadeira na vida da criança é um transcurso de mediação entre a criança e a realidade devendo nortear todo esse processo de desenvolvimento psicomotor no início da primeira fase de escolaridade sendo a estratégia mais adequada para o desenvolvimento da estrutura emocional, física e social das crianças, portanto iremos considerar os conceitos voltados para os jogos e brincadeiras. 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A partir da Constituição Brasileira de 1988 o direito da criança como sujeito social e histórico é previsto e garantido e afirma que ela está inserida na sociedade, que partilha uma determinada cultura e que está profundamente marcada pelo meio social em que se desenvolve, mas também que contribui com ele, sendo produtor e produto da história e da cultura.
Para os Parâmetros Nacionais de Qualidade para a Educação Infantil de 2006 infantil a criança é, além de cidadão de direitos previstos na Constituição e no Estatuto Criança e do Adolescente, é considerada indivíduo único, singular, competente, produtor de cultura, humano e faz parte da natureza implicando ser auxiliada nas atividades que não puderem realizar sozinhas; ser atendidas em suas necessidades básica físicas e psicológicas; ter atenção especial por parte do adulto em momentos peculiares de sua vida. A criança precisa ser apoiada em suas iniciativas espontâneas e incentivadas a brincar; movimentar-se em espaços amplos e ao ar livre; expressar sentimentos e pensamentos; desenvolver a imaginação, a curiosidade e capacidade de expressão; diversificar aditividades e escolhas e através de estratégias e recursos pedagógicos apropriadas, garantir que os seus conhecimentos a respeito do mundo da natureza e da cultura sejam ampliados permanentemente. Portanto a educação de direito tem como norte a dignidade, o respeito, a autonomia, a participação, a felicidade, o prazer, a alegria, a individualidade, o tempo livre, o convívio social, a diferença e a semelhança, a igualdade de oportunidades, ao conhecimento e a educação da criança. Isso significa a necessidade de profissionais com formação específica e qualificada; materiais, tempos e espaços apropriados.
Na concepção de currículo as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil de 2012 conceitua como esse sendo um conjunto de práticas que buscam articular as experiências e saberes das crianças com os conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural, artístico, ambiental, científico e tecnológico, para o desenvolvimento integral da criança de 0 a 5 anos e dá ênfase na brincadeira, ou seja, na ludicidade, curiosidade e inventividade da criança considerando o pleno desenvolvimentofísico-motor da criança; a construção de sua corporeidade e de seus movimentos, da sua construção simbólica, estruturando o seu pensamento verbal e as suas múltiplas linguagens. Dessa maneira privilegiando as formas de aprendizagem e de desenvolvimento através da interação, do brincar, do cuidado e saúde, da exploração, da imitação/repetição e da afetividade.
A BNCC do Ensino Fundamental – Anos Iniciais, ao valorizar as situações lúdicas de aprendizagem, aponta para a necessária articulação com as experiências vivenciadas na Educação Infantil. Tal articulação precisa prever tanto a progressiva sistematização dessas experiências quanto o desenvolvimento, pelos alunos, de novas formas de relação com o mundo, novas possibilidades de ler e formular hipóteses sobre os fenômenos, de testá-las, de refutá-las, de elaborar conclusões, em uma atitude ativa na construção de conhecimentos.
Nesse período da vida, as crianças estão vivendo mudanças importantes em seu processo de desenvolvimento que repercutem em suas relações consigo mesmas, com os outros e com o mundo. Como destacam as DCN, a maior desenvoltura e a maior autonomia nos movimentos e deslocamentos ampliam suas interações com o espaço; a relação com múltiplas linguagens, incluindo os usos sociais da escrita e da matemática, permite a participação no mundo letrado e a construção de novas aprendizagens, na escola e para além dela; a afirmação de sua identidade em relação ao coletivo no qual se inserem resulta em formas mais ativas de se relacionarem com esse coletivo e com as normas que regem as relações entre as pessoas dentro e fora da escola, pelo reconhecimento de suas potencialidades e pelo acolhimento e pela valorização das diferenças.
Ampliam-se também as experiências para o desenvolvimento da oralidade e dos processos de percepção, compreensão e representação, elementos importantes para a apropriação do sistema de escrita alfabética e de outros sistemas de representação, como os signos matemáticos, os registros artísticos, midiáticos e científicos e as formas de representação do tempo e do espaço. Os alunos se deparam com uma variedade de situações que envolvem conceitos e fazeres científicos, desenvolvendo observações, análises, argumentações e potencializando descobertas.
As experiências das crianças em seu contexto familiar, social e cultural, suas memórias, seu pertencimento a um grupo e sua interação com as mais diversas tecnologias de informação e comunicação são fontes que estimulam sua curiosidade e a formulação de perguntas. O estímulo ao pensamento criativo, lógico e crítico, por meio da construção e do fortalecimento da capacidade de fazer perguntas e de avaliar respostas, de argumentar, de interagir com diversas produções culturais, de fazer uso de tecnologias de informação e comunicação, possibilita aos alunos ampliar sua compreensão de si mesmos, do mundo natural e social, das relações dos seres humanos entre si e com a natureza.
As características dessa faixa etária demandam um trabalho no ambiente escolar que se organize em torno dos interesses manifestos pelas crianças, de suas vivências mais imediatas para que, com base nessas vivências, elas possam, progressivamente, ampliar essa compreensão, o que se dá pela mobilização de operações cognitivas cada vez mais complexas e pela sensibilidade para apreender o mundo, expressar-se sobre ele e nele atuar.
Nos dois primeiros anos do Ensino Fundamental, a ação pedagógica deve ter como foco a alfabetização, a fim de garantir amplas oportunidades para que os alunos se apropriem do sistema de escrita alfabética de modo articulado ao desenvolvimento de outras habilidades de leitura e de escrita e ao seu envolvimento em práticas diversificadas de letramentos. Como aponta o Parecer CNE/CEB nº 11/201029, “os conteúdos dos diversos componentes curriculares [...], ao descortinarem às crianças o conhecimento do mundo por meio de novos olhares, lhes oferecem oportunidades de exercitar a leitura e a escrita de um modo mais significativo” (BRASIL, 2010).
Ao longo do Ensino Fundamental – Anos Iniciais, a progressão do conhecimento ocorre pela consolidação das aprendizagens anteriores e pela ampliação das práticas de linguagem e da experiência estética e intercultural das crianças, considerando tanto seus interesses e suas expectativas quanto o que ainda precisam aprender. Ampliam-se a autonomia intelectual, a compreensão de normas e os interesses pela vida social, o que lhes possibilita lidar com sistemas mais amplos, que dizem respeito às relações dos sujeitos entre si, com a natureza, com a história, com a cultura, com as tecnologias e com o ambiente.
Além desses aspectos relativos à aprendizagem e ao desenvolvimento, na elaboração dos currículos e das propostas pedagógicas devem ainda ser consideradas medidas para assegurar aos alunos um percurso contínuo de aprendizagens entre as duas fases do Ensino Fundamental, de modo a promover uma maior integração entre elas. Afinal, essa transição se caracteriza por mudanças pedagógicas na estrutura educacional, decorrentes principalmente da diferenciação dos componentes curriculares. Como bem destaca o Parecer CNE/CEB nº 11/2010, “os alunos, ao mudarem do professor generalista dos anos iniciais para os professores especialistas dos diferentes componentes curriculares, costumam se ressentir diante das muitas exigências que têm de atender, feitas pelo grande número de docentes dos anos finais” (BRASIL, 2010). Realizar as necessárias adaptações e articulações, tanto no 5º quanto no 6º ano, para apoiar os alunos nesse processo de transição, pode evitar ruptura no processo de aprendizagem, garantindo-lhes maiores condições de sucesso. (Base Nacional Comum Curricular - Ministério da Educação)
A partir da BNCC podemos enfatizar no projeto que:
“Ao brincar, a criança envolve-se em uma atividade psicomotora extremamente complexa, não só enriquecendo a sua organização sensorial, como estruturando a sua organização perceptiva, cognitiva e neuronal, elaborando conjuntamente sua organização motora adaptativa. (FONSECA, 2008, p.392)”
O indivíduo ao brincar desenvolve dá subsídios a sua integralidade, estimulando diversas áreas e as conectando. Por meio das brincadeiras, aprende a interagir com o meio e com as demais pessoas. Segundo Zanluchi (2005, p. 91)
“A criança brinca daquilo que vive; extrai sua imaginação lúdica de seu dia-a-dia”, portanto, as crianças, tendo a oportunidade de brincar, estarão mais preparadas emocionalmente para controlar suas atitudes e emoções dentro do contexto social, obtendo assim melhores resultados gerais no desenrolar da sua vida.”
Educação psicomotora instrumentaliza o movimento humano enquanto meio pedagógico para favorecer o desenvolvimento da criança e deve levar em conta a idade do indivíduo, e especificidade do que será trabalhado, o que o difere do brincar por brincar.
 “A educação psicomotora é uma técnica, que através de exercícios e jogos adequados a cada faixa etária leva a criança ao desenvolvimento global de ser. Devendo estimular, de tal forma, toda uma atitude relacionada ao corpo, respeitando as diferenças individuais (o ser é único, diferenciado e especial) e levando a autonomia do indivíduo como lugar de percepção, expressão e criação em todo seu potencial. (NEGRINE, 1995, p. 15).”
O educador não pode perder o foco, precisa chamar a atenção dos alunos cada segundo que houver um indício de dispersão, e ao mesmo tempo é necessário nutrir o interesse do aluno, respeitando o grau de desenvolvimento das múltiplas inteligências do mesmo. A educação lúdica pode ser realizada com qualquer faixa etária.
Para Paulo Freire (1996, p.3) 
“Ao ingressarem na escola, as crianças já tem uma série de conhecimentos sobre movimento, corpo e cultura corporal, frutos de experiência pessoal, das vivências dentro do grupo social em que estão inseridas e das informações veiculadas pelos meios de comunicação.”
Trabalhar a psicomotricidade nas primeiras séries dá a oportunidade as crianças adquirirem novosmovimentos corporais, como lateralidade, orientação espacial, desenvolvimento da coordenação motora, equilíbrio e flexibilidade, podendo assim estarem melhor estruturadas para a próxima fase das operações concretas que se dá, dependendo do indivíduo, dos 7 aos11 anos.
“A educação psicomotora deve ser enfatizada e iniciada na escola primária. Ela condiciona todos os aprendizados pré-escolares e escolares; leva a criança a tomar consciência de seu corpo, da lateralidade, a situar-se no espaço, a dominar o tempo, a adquirir habilmente a coordenação de seus gestos e movimentos, ao mesmo tempo em que desenvolve a inteligência. Deve ser praticada desde a mais tenra idade, conduzida com perseverança, permite prevenir inadaptações, difíceis de corrigir quando já estruturadas. (LE BOULCH, 1984, p. 24).”
As crianças precisam passar por todos os estágios do desenvolvimento infantil, para desenvolver assim atividades com mais segurança e exatidão, a partir dos 7 anos.
“É possível verificar a importância dos estágios do desenvolvimento infantil que são as fases: sensório-motora, pré-operatória, operatório-concreta e operatório-formal. De acordo com este autor, na fase sensório-motora, que vai do zero até o terceiro ano de idade, o interesse da criança se volta para a exploração sensório-motora do mundo físico. Ela adquire nesta fase uma maior autonomia na manipulação dos objetos e na exploração de espaços. Outro marco fundamental deste estágio é o desenvolvimento da função simbólica da linguagem. No que consiste ao jogo, neste estágio a criança brinca sozinha, sem utilização da noção de regras. Assim, ao final terá conseguido atingir uma forma de equilíbrio, isto é, deverá desenvolver recursos pessoais para resolver uma série de situações através de uma inteligência explícita, ou sensório-motora. A fase pré-operatória (dos 2 aos 5 ou 6 anos aproximadamente) a criança estará desenvolvendo ativamente a linguagem, o que lhe dará possibilidades de, além de se utilizar à inteligência prática decorrente dos esquemas sensoriais-motores formados na fase anterior, iniciar a capacidade de representar uma coisa por outra, ou seja, formar esquemas simbólicos. Isto será conseguido tanto a partir do uso de um objeto como se fosse outro, de uma situação por outra ou ainda de um objeto, pessoa ou situação por uma palavra. O alcance do pensamento irá aumentar, obviamente, mas lenta e gradualmente, e assim a criança continuará bastante egocêntrica e presa às ações. Nesta etapa ela já é capaz de adquirir a noção da ex (dos 7 aos 11 anos aproximadamente), na qual se constata também a frequência à escola, será marcada por grandes aquisições intelectuais. Instância de regras e começa a jogar com outras crianças jogos de faz de conta, brincadeiras de roda, fantoche etc. Na fase das operações concretas (dos 7 aos 11 anos aproximadamente), na qual se constata também a frequência à escola, será marcada por grandes aquisições intelectuais. (PIAGET, 1998, p.10-11)”
O brincar desenvolve várias áreas do comportamento humano. Está ligado ao processo de desenvolvimento da personalidade, das motivações, emoções, além do desenvolvimento social. A criança assume inúmeros papéis, com responsabilidades diferentes. Que propicia a interação na prática, facilitando o seu aprendizado.
Na ação educativa, a psicomotricidade, ambiciona atingir a organização psicomotora da noção do corpo como marco espaço temporal do “eu”. O termo psicomotricidade é composto por “psico” e “motricidade”, ou seja, mente e corpo em movimento, então psicomotricidade constituem, basicamente, no processo de desenvolvimento integral do sujeito. (FONSECA, 2004)
A psicomotricidade estuda o homem e seus três polos: o intelectual, aspectos cognitivos; o emocional, aspectos afetivos; e o motor, aspectos orgânicos. (GALVANI, 2002)
Segundo Fonseca (2004) o movimento humano é realizado afim de conseguir realizar um objetivo. “A partir de uma intenção como expressividade íntima, o movimento transforma-se em comportamento significante”.
[…] o movimento não é um puro deslocamento no espaço nem uma adição pura e simples de contradições musculares; o movimento tem um significado de relação e de interação afetiva com o mundo exterior, pois é a expressão material, concreta e corporal de uma dialética e subjetivo afetivo que projeta a criança no contexto da sociogênese (FONSECA, 2008 p.17).
De acordo com Oliveira (2005) o intelecto é a adaptação ao meio e, para que isso possa ocorrer, é necessário que haja a manipulação dos objetos do meio pelo indivíduo.
E a emoção que impulsiona o ato. “Emoção é a referência a um sentimento e seus pensamentos distintos, estados psicológicos e biológicos, e a uma gama de tendências para agir.” (GOLEMAN, 1996, p. 34).
A criança agrega novos significados e percepções aos seus atos, possibilitando o desenvolvimento da afetividade e consequentemente da inteligência.
Segundo Fonseca (2004), são sete os fatores que norteiam o desenvolvimento motor: tonicidade, equilíbrio, lateralidade, noção corporal, estruturação espaço-temporal, praxia global, praxia fina. E a criança tendo contato com atividades dinâmicas, terá eficácia no desenvolvimento psicomotor. 
De acordo com Oliveira (2002), a estruturação temporal tem relação estreita com a leitura pois, a partir de seu desenvolvimento o indivíduo forma domínio de ritmo, de sucessões de sons no tempo, aumento da memória auditiva, discriminação auditiva, reconhecimento de suas frequências e durações , percepção de intervalos entre as palavras, sequenciação lógica do tempo, podendo compreender os ciclos cotidianos e compreender a ordenação lógica de ideias.
2.1 APLICAÇÃO DAS DISCIPLINAS ESTUDADAS NO PROJETO INTEGRADOR
[…] “Um dos objetivos de qualquer bom profissional consiste em ser cada vez mais competente em seu ofício. Geralmente se consegue esta melhoria profissional mediante o conhecimento e a experiência: o conhecimento das variáveis que intervêm na prática e a experiência para dominá-las” ( ZABALA, 1998, p.13)
Os conteúdos aplicados das disciplinas: Avaliação Educacional e da Aprendizagem; Teorias da Aprendizagem; Fundamentos da Educação infantil I; Projeto Integrador para a Pedagogia II; Didática; Metodologias ativas de aprendizagem: projetos interdisciplinares; Políticas Educacionais e Estrutura e Organização da Educação Básica; Psicologia da Educação e Teorias do Currículo foram aplicados para a elaboração e aplicação do Projeto Integrador II, esses parâmetros teóricos pedagógicos nos auxiliaram na perspectiva de soluções para o melhor ensino e aprendizagem escolar. 
3. MATERIAL E METODOS EMPREGADOS
Baú de histórias – Criando Textos Coletivamente
Objetivo(s)
Desenvolver e estruturar o espaço-temporal, Praxia fina, competências sociais, memória, coordenação motora a atenção e concentração.
Estimular a criatividade na produção de histórias;
Desenvolver a oralidade através de narrativas criadas pelos próprios alunos;
Compreender a estrutura de um texto narrativo produzido, através da criação de histórias;
Exercitar o trabalho em grupo, respeitando a vez de cada colega se expressar, valorizando as diferentes contribuições da turma.
Conteúdo(s)
Linguagem oral;
Produção de textos (narrativas) oralmente;
Estrutura textual – narrativa.
Tempo estimado
3 horas
Material necessário
Um baú enfeitado e colorido (que pode ser construído previamente com as crianças) e vários objetos que podem ou não ter relação com um tema. Os objetos serão trazidos pelo professor e dispostos dentro do baú.
 
Desenvolvimento
1ª etapa
A professora apresentará um baú e explicará a proposta, dizendo que este baú contém muitas histórias que estarão representadas por objetos e que os alunos criativamente, ajudarão a contar. 
2ª etapa
A atividade será iniciada assim que todos os alunos observarem os objetos dentro do baú. 
Primeiramente, será necessário que a professora explique o tipo de texto que irão produzir e que os objetos terão de inspirar ou fazer parte da história.Pode fazer referência a outras histórias e narrativas já trabalhadas em sala, perguntando as histórias que os alunos conhecem e expor aos alunos a estrutura básica de toda história, com início, meio e fim. 
E, para começar a criação, farão um primeiro movimento de criação de personagens. Reunidos em grupos (a definir pelo tamanho da classe), escolherão e definirão seus personagens para atuarem na história.
3ª etapa
As criações dos alunos serão expostas à frente e apresentadas por cada grupo. Assim, começarão a surgir as ideias de histórias, a partir dos personagens e objetos. A professora evitará interferir na história criada, apenas fará perguntas e provocações que motivem o grupo a desenvolver com coerência e detalhamento da narrativa oral.
4ª etapa
Nesta etapa, o ápice da atividade, a produção oral da história coletiva será realizada. A professora estará à frente da turma para registrar em áudio e vídeo as criações, os alunos, um por vez, irão até o baú de objetos (que estará disposto em lugar central da sala) e escolherão um objeto para desencadear as sequências da narrativa. Assim, cada aluno terá a oportunidade de, a partir dos personagens e objetos, desenvolver criativamente partes da história. Toda a turma poderá contribuir a cada objeto escolhido, mas o aluno da vez, terá a oportunidade antes, de expressar de que maneira o objeto o inspirou para a construção da história. A atividade será concluída quando a história tiver as etapas de início, meio e fim concluídas e quando todos os alunos tiverem sido contemplados com a oportunidade de participação.
5ª etapa
“O pegador”
Após a conclusão das apresentações das narrativas criadas, o primeiro “Pegador” personagem será escolhido por todos.
Os outros participantes devem chegar bem perto do “Pegador”, quietinhos, contar até três e gritar:
"Acorda, senhor (nome do personagem) ...!".
Em seguida, todos saem correndo.
A personagem (aluno) levanta para tentar pegar quantos participantes conseguir. Só não pode pegar quem chegar ao outro lado da rua.
Quem for pego vira pegador também.
Os últimos 3 personagens (alunos) que não forem pegos receberão parabenização de todos.
 
AVALIAÇÃO
Os alunos serão avaliados continuamente e qualitativamente durante o processo de aprendizagem, quanto à participação e quanto à compreensão demonstrada sobre os elementos que compõem a narrativa como modalidade textual. Será observada a coerência na construção das etapas da história, bem como a criatividade e a sequência respeitada na construção textual. Os aspectos sociais como respeito à vez dos colegas, às ideias diferentes e à exposição de ideias também serão considerados.
Flexibilização
Alunos com dificuldade na exposição oral de suas ideias poderão usar recursos de imagem ou escrita para expô-las. Alunos com deficiência visual poderão participar e contribuir através do tato, explorando cada objeto escolhido para a história. Alunos com deficiência intelectual poderão contribuir na etapa de escolha de objetos e receberem auxílio com perguntas diretas para a construção da história. Alunos com deficiência física poderão receber auxílio dos colegas para ter acesso ao baú (que pode ser levado até o aluno) e para pegar as peças (se não for possível, ele vai indicar ao colega o objeto escolhido).
4. ANÁLISES E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS PARCIAIS
A ser realizado.
5. CONSIDERAÇÕES PARCIAIS
Em resposta ao problema de pesquisa elaborado neste tema, considera-se que a psicomotricidade é uma ferramenta de grande importância para o desenvolvimento infantil, entendendo que esta ciência compreende o movimento humano, o relacionamento através da ação. Também como tomada de consciência que se dá através da união do ser corporal, mental, espiritual e social em relação ao meio em que vive.
Entende-se que o desenvolvimento infantil, independente da teoria relacionada a ele, tem como pontos principais o movimento, o afeto e o intelecto, o que remete diretamente a psicomotricidade. As etapas do desenvolvimento infantil se dão pelo contato com o meio relacionando o corpo com o ambiente. Para o corpo desenvolver suas funcionalidades é necessário um bom desenvolvimento psicomotor.
É importante pontuar que, a psicomotricidade no desenvolvimento infantil contribui para melhor coordenação motora, tarefas de praxia global e praxia fina, também como para a aprendizagem ajudando nas atividades de leitura, escrita, concentração, raciocínio lógico.
A relação que a criança tem como meio em que vive se bem estimulado passa a ser mais intensa, possibilitando a criança de conhecer-se melhor e compreender o mundo que a rodeia.
Considera-se com essas colocações, que o objetivo geral dessa pesquisa foi alcançado, visto que foi possível conhecer a importância da psicomotricidade no desenvolvimento infantil.
	
REFERÊNCIAS
BRASIL. DF. Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de graduação em Educação Física. 18/2/2004, PARECER CNE/CES 58/2004. Art. 3º. DBEN (1996, p.01) .Lei nº 9.394, de 20/12/96. LDB - Título II - Dos Princípios e Fins da Educação Nacional. LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996
FONSECA, V. da. Psicomotricidade: perspectivas multidisciplinares. Porto Alegre:Artmed, 2004.
______________. Desenvolvimento Psicomotor e Aprendizagem. Porto Alegre; Artimed, 2008.
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
FREIRE (2002, p.20). A ludicidade no desenvolvimento e aprendizado da criança na escola: reflexões sobre a Educação Física, jogo e inteligências múltiplas. http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 13 - N° 119 - Abril de 2008.
GALVANI, C. A formação do psicomotricista, enfatizando o equilíbrio tônicoemocional. In: COSTALLAT, D. M. M. (Org.). A psicomotricidade otimizando as relações humanas. São Paulo: Arte e Ciência, 2002.
LE BOULCH, Jean ( 1984, p. 24). Considerações sobre a Psicomotricidade na Educação Infantil . Revista Vozes dos Vales: Publicações Acadêmicas. Reg.: 120.2.095–2011 – PROEXC/UFVJM Nº 01 – Ano I – 05/2012. www.ufvjm.edu.br/vozes. Francieli Santos Rossi
NEGRINE, (1995, p. 15). Considerações sobre a Psicomotricidade na Educação Infantil. Revista Vozes dos Vales da UFVJM: Publicações Acadêmicas – MG – Brasil – Nº 01 – Ano I – 05/2012 Reg.: 120.2.095–2011 – PROEXC/UFVJM – www.ufvjm.edu.br/vozes
OLIVEIRA, Z. R. Educação infantil: Fundamentos e Métodos. São Paulo: Cortez, 2002.
PIAGET, Jean. A psicologia da criança. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1998.
	
VYGOTSKY, L.S.A. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
ZANLUCHI (2005, p. 91). O Brincar na Educação Infantil: Jogos, Brinquedos e Brincadeiras. Um Olhar Psicopedagogico.RevistaCientífica Aprender. 5ªedição.12/2011.ISSN19835450.fundacaoaprender.org.br
FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL I MódulosSemana 4Texto-base - A criança e o brincar como experiência de cultura | Evelise Maria Labatut Portilho e Carla Cristina Tosatto- UNIVESP
https://contacausos.com.br/texto-coletivo-contacausos-contacao-de-historias/, acesso em 08/05/2019

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