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PENSAMENTO TALES MILETO

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ATIVIDADE SIGA III
ALUNA: LAUANDA HONÓRIO FERNANDES
FILOSOFIA, ÉTICA E DIREITOS HUMANOS 
EXPLIQUE O PENSAMENTO DE TALES DE MILETO, PITÁGORAS E HERÁCLITO.
Tales de Mileto acreditava em deuses. Só que a resposta que ele dá à pergunta acerca da origem ou princípio de tudo o que vemos no mundo já não é mítica; já não se baseia em entidades sobrenaturais. Dizia Tales que o princípio de todas as coisas era algo que por todos podia ser diretamente observado na natureza: a água. Tendo observado que a água tudo fazia crescer e viver, enquanto que a sua falta levava os seres a secar e morrer; tendo, talvez, reparado que na natureza há mais água do que terra e que grande parte do próprio corpo humano era formada por água; verificando que esse elemento se podia encontrar em diferentes estados, o líquido, o sólido e o gasoso, foram assim levados a concluir que tudo surgiu a partir da água. A explicação de Tales ainda não é científica; mas também já não é inteiramente mítica. Têm características da ciência e características do mito. Não é baseada na observação sistemática do mundo, mas também não se baseia em entidades míticas. Não recorre a métodos adequados de prova, mas também não recorre à autoridade religiosa e mítica.
Pitágoras estabeleceu-se em Crotona, depois de viagens que duraram cerca de 30 anos, devendo, portanto, à época, beirar os 50 anos de idade. Estudou com os sábios fenícios na Síria; no Egito, por cerca de 20 anos conviveu com os sacerdotes dos templos existentes nas margens do rio Nilo; foi levado para a Babilônia, como prisioneiro, após uma invasão persa ao Egito. Seus problemas não acabaram em Crotona. Questões políticas o levaram a uma nova expulsão. A realidade comprovada pelos historiadores é que, depois da expulsão de Crotona, se organizaram várias comunidades pitagóricas no mundo helênico e, sobretudo, na Magna Grécia. Tais comunidades tiveram longa vida e aportaram notáveis desenvolvimentos à obra do mestre fundador. As duas mais importantes foram: que viveu em meadosa escola de Filolau do século V, tendo surgido na Magna Grécia e sido transferida a Tebas, e a de Arquitas (início do século IV) - que floresceu em Tarento e dominou a cidade também politicamente. Esta última exerceu grande influência em Platão e na Academia. De Filolau nos chegaram os principais fragmentos, base principal para reconstituir a doutrina de Pitágoras. Podem-se caracterizar Pitágoras como um dos pensadores mais originais da história. 
Os filósofos de Mileto (Tales, Anaximandro, Anaxímenes, entre outros) haviam percebido o dinamismo das mudanças, como o nascimento, o crescimento e a morte, mas não chegaram a problematizar a questão. Heráclito, inserido no contexto pré-socrático, parte do princípio de que tudo é movimento, e que nada pode permanecer parado - "tudo flui", "tudo se move", exceto o próprio movimento.
Mas este é apenas um pressuposto de uma doutrina que vai mais além. O devir, a mudança que acontece em todas as coisas é sempre uma alternância entre contrários: coisas quentes esfriam, coisas frias esquentam; coisas úmidas secam, coisas secas umedecem etc. A realidade acontece, então, não em uma das alternativas, posto que ambas são apenas parte de uma mesma realidade, mas sim na mudança ou, como ele chama, na guerra entre os opostos. Esta guerra é a realidade, aquilo que podemos dizer que é. "A doença faz da saúde algo agradável e bom"; ou seja, se não houvesse a doença, não haveria por que valorizar-se a saúde, por exemplo. Ele ainda considera que, nessa harmonia, os opostos coincidem da mesma forma que o princípio e o fim, em um círculo; ou a descida e a subida, em um caminho, pois o mesmo caminho é de descida e de subida; o quente é o mesmo que o frio, pois o frio é o quente quando muda (ou, dito de outra forma, o quente é o frio depois de mudar, e o frio, o quente depois de mudar, como se ambos, quente e frio, fossem "versões" diferentes da mesma coisa).
"Tudo flui como um rio" é o célebre aforismo no qual a tradição filosófica subseqüente identificou sinteticamente o pensamento de Heráclito com o tema do devir, em contraposição à filosofia do ser próprio de Parmênides.
Mas, na realidade, o famoso mote panta rei não é atestado nos fragmentos conhecidos da obra de Heráclito, e pode ser atribuído ao seu discípulo Crátilo, que desenvolveu o pensamento do mestre, radicalizando-o. A fórmula léxica panta rei será cunhada e utilizada pela primeira vez somente por Simplício. A expressão deriva de um fragmento do tratado Sobre a natureza: “Não se pode percorrer duas vezes o mesmo rio e não se pode tocar duas vezes uma substância mortal no mesmo estado; por causa da impetuosidade e da velocidade da mutação, esta se dispersa e se recolhe, vem e vai”.

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