Conceito de Mineral

Prévia do material em texto

O Conceito de Mineral 
MINERALOGIA: ciência que 
estuda os minerais. Constitui 
disciplina básica na formação de 
geólogos e engenheiros de minas. 
Principal objeto de estudo são as 
rochas (agregados de minerais). 
 
MINERAIS 
• NOMES DOS MINERAIS 
• Para um mineral ser reconhecido e receba um nome 
deve: 
• Obedecer à definição completa; 
• Não deve ter sido descrito anteriormente; 
• Estrutura cristalina e composição química deve ser 
determinada; 
• Amostra deve ser guardada em local apropriado 
(museu, univ. / inst. de pesquisa); 
• O nome pode estar relacionado com pessoa, local, 
composição química ou propriedade química/física. 
 
 
 MINERAIS valor: beleza estética 
 minério composição química 
propriedades estrutura cristalina 
 
MINERAL: “Sólido homogêneo que ocorre 
na natureza e que possui um arranjo 
ordenado e uma composição química 
definida, embora geralmente não fixa. É 
comumente formado por processos 
inorgânicos”. 
 
 
“Um mineral 
 
 é um elemento ou composto químico 
 
 que normalmente é cristalino 
 
 e que é resultado de processos geológicos. ” 
 
 
 
 
 
 
 
Pirita – FeS2 
Navajún - Espanha 
1)“Sólido homogêneo que possui 
arranjo atômico ordenado” 
 
-Substância cristalina é substância sólida com 
estrutura interna ordenada dos átomos com forma 
externa regular e poliédrica 
O termo “cristalino”, como usado geralmente em mineralogia, 
significa um ordenamento cristalino numa escala que possa produzir um 
padrão indexável de difração (isto é, com índices de Miller) quando a 
substância é atravessada por uma onda com um comprimento adequado 
(raios-x, elétrons, neutrons, etc..). 
• Cristal - substância cristalina que mostra 
forma geométrica regular e poliédrica 
(sólido limitado por faces). 
SUBSTÂNCIA CRISTALINA é toda substância 
sólida que possui estrutura interna ordenada de 
seus átomos, podendo apresentar uma forma 
externa regular e poliédrica. 
Fluorita rosa em octaedros associada com estilbitia clara. 
Há substâncias de ocorrência natural que não são cristalinas. 
Podem ser divididas em duas categorias: 
 
-1) amorfas, substâncias que nunca 
foram cristalinas e que não difratam 
 raios-x nem elétrons, e não apresentam 
estrutura ordenada , com forma externa 
 irregular. 
 
 
 
 Crisocola - México 
 
 
-2)metamictas, substâncias que já foram cristalinas 
mas cuja cristalinidade foi destruída 
por radiação. 
 
 
 Biotita (castanha) com inclusões 
 radioativas de apatita (incolores) 
com halos pretos de material metamicto. 
Os sólidos que não têm uma estrutura cristalina 
regular são chamados de amorfos 
O vidro:SiO2 Carbono amorfo: C 
2) “ocorre na natureza” 
 • As substâncias amorfas naturais sem 
estrutura cristalina, semelhantes aos 
minerais em composição química e 
ocorrência, são chamadas de mineralóides. 
• O mineral natural : Ex: diamante 
• O mineral produzido em laboratório: 
mineral sintético. Ex: diamante sintético 
3) “é sólido” 
• Exclui gases ou líquidos. 
 Caso especial de substâncias não-cristalinas de ocorrência 
natural são aquelas que são líquidos em condições normais de 
temperatura e pressão: 
 
A água não é considerada 
Cristalina; 
 -a forma sólida, o gelo é 
 cristalino. 
 
E o sistema não é cúbico ! É 
hexagonal . 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fotomicrografia de um floco 
de neve de Wisconsin – USA 
 
 
O mercúrio, é reconhecido como um mineral mesmo não 
ocorrendo em estado cristalino na Terra (exceção) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O petróleo e suas manifestações betuminosas, como o carvão não são 
consideradas minerais; não apresentam composição química definida 
nem arranjo atômico ordenado 
 
Mercúrio com Cinábrio 
Pfalz, Alemanha 
Revista Lapis, Out/1980 
Mercúrio 
Pfalz – Alemanha 
Revista Lapis, Junho 2001 
 Substâncias Extraterrestres 
 
Substâncias extraterrestres 
como meteoritos, pedras da lua, 
etc..., foram, aparentemente, 
produzidos por processos similares 
àqueles da Terra e, por isso, 
tais processos agora são chamados 
de geológicos, mesmo que o 
termo “geologia” significasse 
originalmente o estudo de 
rochas neste planeta. 
 
 
 
 
 
Consequentemente, componentes de ocorrência natural de 
rochas extraterrestres e poeiras cósmicas são consideradas 
como minerais, como, por exemplo, o mineral lunar tranquilitita (tranquillityte): 
Fe++8 (Zr,Y) 2Ti3 Si3O24 , encontrado na Base Lunar da Tranqulidade, por 
Apollo 11. 
 
Basalto de Mar Lunar visto ao microscópio 
petrográfico. 
4) “formado por processos 
inorgânicos” 
• Formado por processos geológicos; 
• Compostos organicamente produzidos e 
idênticos aos de origem orgânica não 
podem ser considerados minerais 
 Substâncias Antropogênicas 
 
 Substâncias antropogênicas são aquelas produzidas 
pelo homem e não são consideradas minerais. Se tais 
substâncias forem idênticas a minerais, podem ser chamadas 
de “equivalentes sintéticos” dos respectivos minerais. 
 
 
Zircônia sintética lapidada 
imitando diamante. 
Revista Lapis, Julho/Agosto 1993 
 Substâncias Biogênicas 
 Compostos químicos produzidos inteiramente por processos 
biológicos sem nenhum componente geológico: 
 - cálculo urinário 
 - cristais de oxalato em tecidos vegetais 
 - conchas de moluscos marinhos 
 (conchas de CaCO3, aragonita e calcita) 
 
 
 Estes materiais não são considerados como minerais. 
 
Se processos geológicos foram envolvidos na gênese do 
composto, então o produto pode ser aceito como mineral. 
 
 Exemplos de minerais que podem ser aceitáveis deste tipo são: 
- substâncias cristalizadas de matéria orgânica em “xisto” negro, 
-guano de morcegos em cavernas 
- minerais formados pela água do mar sobre excrementos de leões 
marinhos 
-constituintes de pedras calcárias ou fosfóricas originadas de organismos 
 marinhos
 
5) “que possui uma composição 
química definida, embora 
geralmente não fixa” 
 
• Pode ser representado por “fórmula química 
específica”, mas admite variações 
composicionais. 
 
• Exs: Olivina (Mg, Fe)2SiO4 
• Dolomita Ca(Mg,Fe,Mn)(CO3)2 
Todos os anos são descritos entre 20 e 60 minerais novos, normalmente 
muito raros e/ou muito pequenos. 
Cristais de Hillita, um fosfato triclínico de cálcio e zinco extremamente raro, 
encontrado na Austrália, descrito em 2003. Revista Lapis, Dezembro 2003 FIM