Projeto de articulação 2019

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CRIGINA CRISTINA MOHR
GRADUADA EM PEDAGOGIA
PROJETO ARTICULADOR DE APRENDIZAGEM
Pedra Preta – MT
2019
JUSTIFICATIVA
 
Tomando por base a vivência e a experiência de cada aluno em seu percurso educacional, constatamos a necessidade de se desenvolver novas práticas pedagógicas que pudessem favorecer situações de ensino-aprendizagem nas quais os alunos pudessem tornar-se sujeitos da própria aprendizagem.
A educação brasileira por meio da Constituição Federal, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação e demais documentos da legislação educacional garante entre outros itens, a igualdade de condições para o acesso e permanência na escola e estabelece fins da educação de seus sujeitos. De modo especifico, o artigo 2º da LDB/1996 determina que:
 Educação dever da família e do estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento de educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. (Lei 9394 de 20 de Dezembro de 1996).
No entanto a escola nos tempos atuais vive um grande desafio, que é desenvolver as capacidades cognitivas, atitudinais e procedimentais, que são constituídas mediante a internalização dos modos historicamente determinados e culturalmente organizados, isso significa que o processo de aprendizagem e autonomia conquistada pelos educadores e educando ocorrerá progressivamente, desde que trabalhados e consolidados com aplicações e estratégias e técnicas apropriadas, relacionadas aos conteúdos ministrados e as experiências que o educando carrega interiorizado.
Neste contexto há uma grande preocupação de melhoria de qualidade de ensino no Estado de Mato Grosso, já que a escola organizada em ciclos de formação humana, implantada em nosso estado Desde o ano de 2000, trouxe inovações no processo de ensino-aprendizagem, como inclusão, valorização dos educandos e dos Direitos Humanos onde o educador passa a ser um mediador do conhecimento e das atividades interventivas.
Dessa forma o Laboratório de Aprendizagem objetiva impulsionar o estudante a vivenciar novas experiências as quais potencializam a sua aprendizagem, proporcionando a atuação mais direta, dentro de um espaço lúdico, integrado ao uso de ferramentas tecnológicas e acervo de materiais com foco pedagógico, oportunizando um estudo diferenciado, a fim de proporcionar uma aprendizagem significativa da leitura, da escrita e da matemática aos estudantes que apresentarem defasagem de conhecimento no percurso ano/idade da garantia de seus direitos de aprendizagem.
OBJETIVOS
OBJETIVO GERAL
Promover o desenvolvimento das potencialidades dos educandos com dificuldades nas aprendizagens relacionadas a prática da leitura, escrita, a estrutura numérica e operatória, através de práticas pedagógicas diferenciadas e atendimento individualizado, contribuindo assim para que esses alunos construam conhecimentos e cresçam como cidadãos plenamente conscientes de seu papel na sociedade
	
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Oferecer atividades diferenciadas criando novas estratégias e métodos para qualificar a aprendizagem dos alunos;
Elaborar plano de aula e adequá-lo frequentemente;
Propiciar atendimento individual e em pequenos grupos;
Promover junto aos alunos situações de aprendizagem que possibilitem desenvolvimento de habilidades mentais e linguísticas (capacidade de se expressar oralmente e na escrita, identificar, comparar, estabelecer relações, classificar, analisar, interpretar e sintetizar);
Estimular a criatividade, a formulação de hipóteses, de crítica, de resolução de situações-problema;
Propiciar estimulo do raciocínio reflexivo-crítico, de atenção, de observação, da socialização e das relações interpessoais;
Dar oportunidade de aplicação dos conhecimentos construídos em novas situações e de fazer generalizações;
Desenvolver vivência lúdica por meio de jogos relacionados à atividade;
Usar tecnologias no apoio do desenvolvimento de habilidades nos alunos;
Contribuir com a construção, reflexão e execução do Projeto Político Pedagógico em todas as suas dimensões;
Atender, conforme projeto de articulação construído pela Escola, os alunos desafios de aprendizagem, utilizando estratégias pedagógicas complementares, proporcionando vivências formativas cidadãs integradas as atividades desenvolvidas pelo professor regente;
Receber do professor regente o relatório individual dos alunos a serem atendidos pelo projeto de articulação, identificar o perfil de aprendizagem, considerando o estágio de desenvolvimento de cada aluno;
Elaborar com o coordenador pedagógico no coletivo de professores do ciclo o plano de atendimento aos alunos com desafios de aprendizagem;
Participar com o coletivo da escola dos momentos de avaliação (conselho de classe) dos alunos atendidos pelo projeto de articulação, bem como da socialização do processo de aprendizagem aos pais e/ou responsáveis;
Construir com o professor regente um plano de intervenção pedagógica que contemple a especificidade de cada aluno, identificando estratégias eficientes para potencializar as aprendizagens nas diferentes áreas de conhecimento;
Promover a aprendizagem de todos os alunos atendidos pelo projeto da articulação por meio do uso de estratégias variadas de ensino-aprendizagem;
Organizar pedagogicamente o tempo e o espaço escolar no sentido de assegurar os processos de aprendizagem dos alunos a serem atendidos pelo projeto de articulação, considerando o estágio de desenvolvimento dos alunos para o atendimento;
Investigar/avaliar e registrar continuamente as medidas adotadas durante o processo de desenvolvimento dos alunos atendidos pela articulação;
Encaminhar ao professor regente o relatório descritivo das situações de aprendizagens dos estudantes atendidos, relatando as medidas adotadas, destacando os avanços no processo de desenvolvimento e superação dos desafios iniciais e/ou avanços no processo formativo no ciclo ou de um ciclo para o outro;
Emitir relatório descritivo final do perfil de aprendizagem, bem como das medidas adotadas que foram eficientes para superar os desafios de aprendizagem dos alunos que não necessitam mais de medidas de apoio pedagógico da articulação;
Fazer da avaliação uma ferramenta pedagógica para realizar intervenções focadas na aprendizagem.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O ciclo de formação humana, numa perspectiva renovadora aborda em seus pressupostos, a importância em se considerar o aluno como sujeito-histórico do conhecimento, desde então, a mesma pretende formar cidadãos democraticamente participantes da sociedade. A escola organizada em ciclos desenvolve um currículo flexível, privilegiando as práticas sociais, a história, as diversas culturas e contextos sociais. Além disso, a forma de avaliar os alunos sofreu algumas transformações, pois passou abarcar todos os aspectos da vida escolar do aluno e não somente sua aprendizagem. A retenção que anteriormente, na escola seriada, era feita a cada ano, no ciclo de formação humana, ocorre a cada três anos, ou seja nas últimas fases de cada ciclo. (Freitas 2003)
No contexto Educacional, desde o ano de 2000, no estado de Mato Grosso, começamos a viver sob os novos paradigmas da educação: os ciclos de formação humana, que constituem uma nova concepção de escola para ensino fundamental e procuram alterar os tempos e espaços da instituição escolar. Segundo Krug (2001), os ciclos foram elaborados com a intenção de tomar as questões da aprendizagem como um direito da cidadania. Nessa perspectiva, os ciclos direcionam grande importância as fases de desenvolvimento das crianças, e assim cada ciclo corresponde a uma determinada fase de desenvolvimento: infância (6 a 8 anos), pré-adolescência (9 a 11 anos) e adolescência (12 a 14 anos). Desta forma o modelo em ciclos de formação humana do Mato Grosso, salienta que essa enturrmação supõe que os alunos com seus pares de idade terão mais facilidade nas trocas socializantes e na construçãode sua identidade, por isso são considerados interesses, curiosidades e desejos próprios de cada ciclo de vida.
O professor do ciclo de formação humana verifica continuamente o que o aluno sabe e o que ele ainda não sabe, e principalmente, porque ele não aprendeu o conteúdo desejado. A partir dessas informações, reflete e cria novas estratégias de ensino.
Nessa perspectiva, a Secretaria Estadual de Educação faz opção por uma proposta de avaliação Educacional como mecanismo de diagnóstico da situação de aprendizagem do educando, replanejamento e intervenção tendo em vista o seu avanço, crescimento e não estagnação disciplinadora. É por isso que tem como referência os ciclos de Formação, voltados para uma concepção progressista de formação e desenvolvimento humano como sujeitos cognitivos, afetivos e sócio históricos, por isso em interação consigo mesmo, com o outro e com o mundo. (Mato Grosso, 2001).
Entretanto, sabemos que o processo de letramento é de suma importância para viver em sociedade, condição do indivíduo de se tornar capaz de desenvolver a leitura e escrita em um contexto social, sem apresentar dificuldades que, tanto a leitura como escrita faça sentido para o educando, sabendo fazer o uso de tal ferramenta cultural.
Nesse contexto, entendemos que alfabetização é um trabalho interdisciplinar e coletivo, pois até uma resolução de problemas matemáticos tem que haver interpretação de texto. Portanto, ver o mundo numa ótica de alfabetizado e conhecer seu espaço, é como relacionar esse meio numa transdisciplinariedade nas áreas de matemática, linguagens, ciência natural e ciências humanas, uma vez que essas áreas influenciam entre si, possibilitando o educando adquirir habilidades diversas e muito importante no processo de alfabetização e letramento.
Alfabetizar é propiciar condições para que o indivíduo, criança ou adulto, tenham acesso ao mundo da escrita, tornando-se capaz não só de ler e escrever, enquanto habilidade de decodificação e codificação do sistema de escrita, mas, sobretudo, de fazer o uso real e adequado da escrita em todas as funções em que ela tem em nossa sociedade, também como instrumento de luta pela conquista da Cidadania. Assim, letramento é usar a escrita para se orientar no mundo (o atlas), nas ruas (os sinais de trânsito) para receber instruções (para encontrar um tesouro... para consertar um aparelho... para tomar um remédio), enfim, é usar a escrita para não ficar perdido. (SOARES apud VALEIRO; 2013, p. 3)
Por outro lado, ressaltamos a importância da alfabetização matemática ou letramento matemático está intimamente relacionado à capacidade dos alunos em analisar, compreender o mundo, fazer conjecturas, comunicar ideias, não só resolvendo como também formulado problemas matemáticos. Segundo Menezes apud Coura (2010, p. 5) a matemática, enquanto área do saber de enorme riqueza é possuidora de uma linguagem própria, constituindo-se num meio de comunicação possuidor de um código particular com uma gramática e que é utilizado por certa comunidade
Dessa maneira, salientamos também capacidade de um indivíduo para identificar e entender o papel que a matemática representa no mundo, fazer julgamentos matemáticos bem fundamentados e empregar a matemática de formas que satisfaçam as necessidades gerais do indivíduo e de sua vida futura como cidadão construtivo, preocupado e reflexivo.
PROCEDIMENTO METODOLÓGICO
O projeto de articulação tem a função de estimular a aprendizagem, desenvolvendo atividades de linguagem oral, afetiva e escrita, através do uso de material de manipulação, sempre que possível, para facilitar a formação de conceitos abstratos.
Para desenvolver esse projeto prevê-se o trabalho com jogos didáticos, carimbos, leituras diversas, individualizada, silenciosa, trabalho envolvendo rótulos e outros recursos disponíveis na Unidade Escolar, com a intenção específica de provocar uma aprendizagem significativa, estimulando a construção de novos conhecimentos.
Sendo assim a confecção de materiais pedagógicos é uma das estratégias para o desenvolvimento da aprendizagem, articuladamente com o professor regente e coordenador pedagógico, buscar estratégias que garantam a aprendizagem daqueles alunos que por motivos vários apresentam dificuldades ou defasagem em seu desenvolvimento escolar.
Outro instrumento importante para o articulador é avaliação, existem técnicas que ajudam o educador realizar a prática no dia a dia da vida escolar como:
1- Caderno de Campo: nele o educador registra o processo de construção dos conhecimentos dos alunos. A interação em sala de aula não anula o grau de autonomia e responsabilidade, capacidade de solução de conflitos, conteúdos e conceitos aprendidos, são alguns dos aspectos dos alunos que devem estar sempre na ponta do lápis do professor. O registro atualizado no caderno de campo deve proporcionar o diagnóstico das deficiências da aprendizagem dos alunos, proporcionando a criação imediata de alternativas para solucioná-las;
2- Observação: ela deve ser constante, é olhar afiado do professor que o fará perceber se a turma está realmente avançando, e quais são os talentos e as dificuldades de cada um;
3- Auto avaliação: ao invés de um caminho de mão única, avaliar pode tornar-se a reflexão sobre as atitudes de cada um, bem como suas próprias atitudes;
4- Portfólio ou passa avaliativa: com ela, os alunos e professores podem analisar e melhorar os trabalhos desenvolvidos no corredor do decorrer do ano letivo.
A prática avaliativa deve ser também a participação da família, como os pais e responsáveis estão percebendo o desenvolvimento e aprendizagem do filho, contribuindo com dados relevantes sobre a vida do aluno no desempenho das suas produções, tais como: textos, situações problemas, pesquisa e atividades diversas que constituirão a pasta avaliativa do aluno e que deverá estar sempre à disposição de todos os envolvidos no processo educativo, informando com responsabilidade o processo de escolarização do educando.
A avaliação será contínua, permitindo ao professor um monitoramento constante do aluno em todos os aspectos, respeitando o tempo de aprendizagem deste. Esse tipo de avaliação permitirá ao educador obter informações e subsídios para favorecer o desenvolvimento do aprendiz e de ampliação dos seus conhecimentos. Ao dispor dessas informações e com base nas necessidades do aluno, é possível adotar procedimentos para correções e melhorias do processo, aprimorando o trabalho pedagógico e garantindo que todos aprendam.
RESULTADOS ESPERADOS
Contribuir, em parceria com os professores regentes, coordenação e família, que aprendizagem dos alunos seja efetivada integralmente.
Que além das habilidades elencadas nas orientações curriculares, BNCC e SIGEDUCA também possam aprender a estudar, a pesquisar, ou seja a construir seu conhecimento de maneira contextualizada em consonância com sua vida cotidiana, tornando-se agentes ativos da sua aprendizagem.
CRONOGRAMA
	Cronograma de ação 2019
	Descrição
	Jan
	Fev
	Mar
	Abr
	Maio
	Jun
	Jul
	Ago
	Set
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	Nov
	Dez
	Elaboração do Plano de Ação
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	Apresentação do Plano de Ação
	
	
	
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	Elaborar avaliação diagnóstica para aplicar aos alunos selecionados para o projeto
	
	
	
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	Analise do resultado da avaliação diagnostica e elaboração de relatório individual dos alunos
	
	
	
	
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	Desenvolvimento do projeto de intervenção em consonância com os objetivos traçados
	
	
	
	
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	Elaboração de relatório dos resultados alcançados
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
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	Encerramento do projeto
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
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REFERENCIAS
COURA, Flavia C. Figueiredo. Matemática e Língua Materna: Propostas para uma Interação Positiva. São Paulo, 2003.
Escola Ciclada de Mato Grosso: novos tempos e espaços para ensinar aprender, a sentir, ser e fazer. Cuiabá: SEDUC, 2000.
FREITAS,Luiz Carlos de. Ciclos, Seriação e Avaliação: confronto de lógicas. 1ª ed. São Paulo: Moderna, 2003.
GONÇALVES, Heitor Antônio. O Conceito de Letrameto Matemático: Algumas Aproximações. São Paulo, 2001.
HOFFMANN, Jussara. Avaliação mito&desafio – uma perspectiva construtivista. Mediação, Porto Alegre, 2003.
KRUG, Andréa. Ciclos de Formação: uma proposta transformadora. Porto Alegre: Mediação, 2001.
MATO GROSSO, Secretaria de Estado de Educação. Escola Ciclada de Mato Grosso: novos tempos e espaços para ensinar – aprender a sentir, ser e fazer. 2ª edição. Cuiabá: Seduc, 2001.
PERRENOUD, Philippe. Avaliação da excelência a regulação das aprendizagens – entre duas lógicas. Artes Médicas Sul, Porto Alegre, 1999.
VALEIRO, Maria de Fatima. A alfabetização e letramento no processo de aprendizagem. São Paulo, 2003.