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Economia
1ª edição
2017
Economia
3
Palavras do professor
Olá, aluno (a)!
Seja bem-vindo (a) à disciplina de Economia! Nela, faremos uma aborda-
gem dos fatores macro e microeconômicos, entendendo a sua interação 
com o mercado. Você terá a oportunidade de estudar os fundamentos da 
demanda e da oferta no contexto dos agregados macroeconômicos sobre 
o desenvolvimento das nações e a maximização do bem-estar social.
Nesta disciplina, você conhecerá a macroeconomia, ou seja, as contas 
nacionais, como o PIB e as políticas econômicas que os governos podem 
adotar. Com isso, você verá como elas podem influenciar nas empresas e 
nas nossas vidas. Também compreenderemos o que é a microeconomia, 
que aborda as interações entre consumidores e produtores, analisando 
como os consumidores têm suas decisões afetadas por vários fatores, 
inclusive pelo comportamento dos produtores. 
A Economia é uma ciência social muito importante para o administra-
dor, pois estabelece as bases de análise do cenário externo à empresa. 
Sendo assim, o estudo dessa área nos auxilia a entender a nossa realidade, 
principalmente por nos permitir o conhecimento da macroeconomia, da 
microeconomia, do desenvolvimento econômico e da sustentabilidade 
nas organizações que venhamos a gerenciar, analisando as políticas eco-
nômicas adotadas pelos governos municipal, estadual ou federal. A partir 
dos estudos de Economia, você poderá utilizar esses conhecimentos em 
sua vida pessoal, conhecendo melhor a realidade em que vive. Portanto, 
a ciência que aqui vamos estudar propicia não somente a boa gestão das 
organizações, como também uma melhor administração da vida pessoal; 
ela nos permite analisar melhor nosso processo de escolha, de forma que 
possamos definir nossas preferências de maneira mais eficiente. Ao estu-
darmos Economia, temos a oportunidade de conhecer como definimos 
aquilo que vamos consumir, bem como avaliar nossas decisões sobre a 
administração de nossos recursos financeiros, de nosso tempo e de nos-
sos bens materiais. 
Esperamos que você aproveite bastante esta disciplina e aprenda muito 
com ela!
Bons estudos!
1
4
Unidade 1
Introdução à Economia
Para iniciar seus estudos
Nesta unidade, trataremos de alguns conceitos básicos da Economia, 
para que você possa começar a se familiarizar com o assunto. Assim, serão 
apresentados temas como: o conceito de Economia, os problemas econô-
micos fundamentais que a Economia se preocupa em solucionar, os sis-
temas econômicos. Conheceremos também a curva de possibilidade de 
produção, que mostra a capacidade máxima de produção de uma socie-
dade, evidenciando a alocação de recursos escassos. Além disso, veremos 
como se dá o fluxo real e monetário da Economia, bem como a definição 
dos vários tipos de bens.
Objetivos de Aprendizagem
• Entender o conceito de Economia; 
• Conhecer o que são problemas econômicos fundamentais; 
• Compreender os sistemas econômicos; 
• Analisar a curva de possibilidade de produção;
• Entender a diferença entre fluxo real e fluxo monetário;
• Conhecer os tipos de Mercado na área da Economia. 
5
Economia | Unidade 1 - Introdução à Economia
1.1 Conceito de Economia
Economia é uma ciência social que estuda como os recursos escassos são produzidos e distribuídos entre os 
grupos da sociedade para a satisfação das necessidades humanas.
Vasconcellos e Garcia (2014, p. 2) afirmam que a “Economia deriva do grego oikonomía (de óikos, casa; e nómos, 
lei), que significa a administração de uma casa, ou do Estado.”
Os estudos de Economia se baseiam em conceitos como: escassez, necessidades, recursos, produção, escolhas 
e distribuição. 
É importante entendermos que os recursos de produção sempre são limitados, sejam eles matérias-primas, terra 
ou mão de obra. Em contrapartida, as necessidades humanas são ilimitadas e, sempre que supridas, iniciam-se 
novamente, seja pelo desejo de aumento do padrão de vida ou pelo crescimento da população.
Veja que o problema central da Economia é exatamente este: como atender ao maior número possível de neces-
sidades humanas com recursos escassos? Por isso, a Economia é conhecida como a ciência da escassez, sendo 
uma área que estuda a produção, a circulação e o consumo dos bens e serviços que são utilizados para satisfazer 
às necessidades humanas. 
1.2 A subdivisão do estudo da Economia
O estudo da Teoria Econômica subdivide-se em Microeconomia e Macroeconomia, áreas que vamos conhecer 
agora. Acompanhe!
1.2.1 Microeconomia
A Microeconomia estuda o comportamento econômico dos agentes individuais, os produtores e os consumidores. 
A partir dessa visão, este campo de estudo explica o sistema de preços e as forças do mercado. Além disso, analisa 
a demanda e a oferta de bens e serviços, bem como a determinação de seus preços.
1.2.2 Macroeconomia
A Macroeconomia estuda a Economia do ponto de vista agregado: a produção total, o desemprego global, taxas 
de inflação e desenvolvimento econômico.
Neste segmento , estudam-se também as estratégias de crescimento e a satisfação do padrão de vida ao longo 
do tempo. Afora isso, a Macroeconomia ilustra a Economia Internacional, que trata da interação entre as várias 
economias de países individuais, no que tange à troca de bens, serviços e recursos financeiros. 
6
Economia | Unidade 1 - Introdução à Economia
1.3 Problemas econômicos básicos
Um dos principais problemas econômicos é a dúvida sobre o que, quando e quanto deve ser produzido pelas 
empresas. Devido à escassez existente, a sociedade deverá sempre definir a quantidade e quais são os produtos 
que devem ser produzidos.
Então, perguntamo-nos o seguinte: como deve ser a produção destes itens?
Devido à concorrência, os produtores devem escolher qual o método que será utilizado para se fazer a produção. 
Geralmente, essas empresas optam por meios que apresentem uma tecnologia mais avançada e que impliquem na 
redução de custos. Porém, é a sociedade quem escolhe quais são os bens e serviços que precisam ser fabricados.
Mas ainda há outra questão: para quem devemos produzir? Precisamos produzir aos membros da sociedade que 
participam da distribuição da renda, sejam os proprietários que adquirem os lucros, os empregados da empresa 
que recebem o salário ou os bancos, que arrecadam juros pelos empréstimos.
Para solucionar a todas essas questões, os países contam com o que chamamos de sistema econômico, fator que 
detalharemos na sequência de nossas discussões. 
1.4 Sistemas econômicos
De acordo com Vasconcellos e Garcia (2014, p. 4), um sistema econômico é a “[...] forma política, social e econô-
mica pela qual está organizada uma sociedade.”
Este sistema determina o método de organização da produção, distribuição e consumo de bens e serviços dentro 
daquilo que é adotado por uma sociedade, visando ao maior bem-estar possível das pessoas que a integram. 
É muito importante lembrar que existem vários elementos que compõem este meio, os quais serão alocados e admi-
nistrados de formas diferentes em sistemas econômicos distintos, sendo eles, segundo Vasconcellos e Garcia (2014):
a. a quantidade disponível de fatores de produção, como:
 » recursos humanos: são as capacidades físicas e intelectuais das pessoas. Essas habilidades intervêm 
no processo produtivo, representadas basicamente pela força de trabalho e capacidade de gerencia-
mento empresarial;
 » capital: terra, reservas naturais e tecnologia são exemplos de capital.
b. o conjunto das unidades de produção, que são as empresas;
c. as instituições que se constituem nos pilares organizacionais da sociedade, por exemplo: instituições 
políticas, jurídicas, econômicas e sociais.
Segundo Vasconcellos e Garcia (2014), os sistemas econômicos são classificados da seguinte forma: 
• Sistema capitalista: também conhecido como economia de mercado,este sistema possui uma econo-
mia regida pelas forças de mercado, ou seja, a intervenção governamental não é predominante. Nele, 
os fatores de produção são de propriedade privada e a livre iniciativa prevalece. Além disso, os preços e 
salários são determinados pelas forças da oferta e da demanda, sem intervenção governamental.
7
Economia | Unidade 1 - Introdução à Economia
• Sistema socialista ou economia centralizada: neste sistema, há um órgão central de planejamento, 
predominando a propriedade governamental dos fatores de produção, abrangendo os meios de fabri-
cação, terras, prédios, bancos e matérias-primas. Afora isso, os preços e os salários não são decididos 
pelo mercado, e sim pelo Governo, que também detém a grande maioria dos fatores de produção (terra, 
capital e máquinas).
• Sistema de economia mista: neste sistema, as forças de mercado prevalecem, mas o Governo cuida da 
produção dos bens públicos, como educação, saúde, saneamento, justiça, defesa nacional etc.
Na verdade, nos sistemas ditos capitalistas, prevalece a Economia Mista, uma vez que o Estado atua na alocação 
e na distribuição de recursos em algumas áreas, como infraestrutura, energia, saneamento, telecomunicações e 
transporte. 
Quanto ao Socialismo, nos dias atuais, apenas Cuba e a Coréia do Norte parecem se encaixar nas característi-
cas de economias centralizadas. Outras economias, que anteriormente se caracterizavam como centralizadas, 
passaram por um processo de abertura à iniciativa privada. Este é o caso da China e da Rússia. Esses dois países, 
apesar de ainda manterem características políticas do sistema socialista, passaram a ter suas economias regidas, 
cada vez mais, pelas forças de mercado. Pode-se dizer que existe regime político comunista, mas com uma eco-
nomia de mercado (VASCONCELLOS; GARCIA, 2014). 
Existem diversos textos e vídeos sobre os sistemas econômicos, porém sugerimos o seguinte 
link para que você conheça, resumidamente, alguns aspectos importantes sobre este assunto: 
<http://mundosefazcomhistoria.blogspot.com.br/2012/01/capitalismo-e-o-socialismo.
html>. Boa leitura!
1.5 Curva de Possibilidade de Produção (CPP)
A CPP é a expressão da capacidade máxima de produção de uma sociedade, em que se utilizam todos os recursos 
de fabricação que estão disponíveis em um determinado momento.
Devido à escassez de recursos disponíveis em certas sociedades, há um limite para a capacidade produtiva da 
Economia, que é quando ocorre o pleno emprego dos recursos produtivos: todos os trabalhadores estão empre-
gados, assim como os demais fatores de produção. Neste caso, não há capacidade ociosa, ou seja, não há recur-
sos sobrando e que poderiam ser utilizados para se produzir mais.
Dada essa limitação, a sociedade terá que fazer escolhas, ou seja, deve optar por uma ou outra alternativa de 
produção.
Vasconcellos e Garcia (2014, p. 6-7) apresentam como exemplo uma Economia que só produz máquinas e ali-
mentos. Ela deve definir como alocar seus fatores de produção entre estes dois únicos produtos.
Conforme apresentado na Figura 1.1, a curva que contém os pontos A, B, C, D e E indica todas as possibilidades 
potenciais de fabricação de máquinas ou de alimentos nessa Economia, contando com o pleno emprego de seus 
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Economia | Unidade 1 - Introdução à Economia
recursos. Qualquer ponto dessa curva indica que a Economia está trabalhando em sua capacidade máxima. Se 
estiver produzindo no ponto A, ela está fabricando 25 mil máquinas e zero de alimentos. No ponto C, ela está 
produzindo 15 mil máquinas e 47,5 toneladas de alimentos, e assim por diante. As combinações são explicitadas 
na Tabela 1.1, conforme você verá mais adiante. 
No ponto F, ou em qualquer ponto dentro da curva de possibilidade de produção, a Economia está trabalhando 
com capacidade ociosa, ou seja, há desemprego, e não estão sendo utilizados todos os seus fatores de produção. 
No ponto F, ela estaria produzindo 30 toneladas de alimentos e 10 mil máquinas. Há uma subutilização dos fato-
res de produção, ou seja, a Economia não está aproveitando seu máximo potencial. 
O ponto G, por outro lado, assim como qualquer outro acima e à direita da curva, é impossível de ser atingido com 
os recursos que a Economia possui no momento atual. Esse ponto representa uma combinação de 50 toneladas 
de alimentos e 25 mil máquinas, o que é uma alternativa que não se conseguiria atingir, pois isso requer fatores 
de produção e tecnologia acima daquelas que estão disponíveis. Esse sinal poderia ser atingido apenas em longo 
prazo, caso ocorresse o aumento da força de trabalho e de outros fatores de produção ou, ainda, evoluções tec-
nológicas.
Figura 1.1 – Curva de Possibilidade de Produção
Legenda: No eixo Y do gráfico, temos a produção de alimentos em toneladas; no eixo X, existem máqui-
nas, em milhares. Os pontos A, B, C e D representam a produção a pleno emprego. Por sua vez, o ponto 
F representa a capacidade ociosa, sendo que o ponto G não pode ser atingido no curto prazo.
Fonte: Vasconcellos e Garcia (2014, p. 7).
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Economia | Unidade 1 - Introdução à Economia
Os pontos dispostos na Figura 1.1 são detalhados na Tabela 1.1. Acompanhe!
Tabela 1.1. Possibilidades de produção
Alternativas de Produção Máquinas (milhares) Alimentos (toneladas)
A 25 0,0
B 20 30,0
C 15 47,5
D 10 60,0
E 0 70,0
Legenda: A, B, C, D e E representam diferentes combinações de produção de máquinas e alimentos.
Fonte: Vasconcellos e Garcia (2014, p. 6).
Será que com o que você estudou até agora é possível iniciar a resolução do Fórum Desafio? 
Não deixe de compartilhar as suas considerações com os outros colegas no Ambiente Virtual 
de Aprendizagem (AVA)!
1.5.1. Custo de oportunidade
Da Curva de Possibilidade de Produção advém um conceito bastante importante em Economia, que é o de custo 
de oportunidade. 
Este tipo de custo pode ser definido de forma simples, como ocorre quando você faz uma escolha e renuncia a 
algo, por exemplo: o que você tem que sacrificar para obter outra coisa diferente? 
No exemplo da CPP, vimos que para ir do ponto A para o ponto B, foi necessário “sacrificar” 5 mil máquinas para 
produzir 30 toneladas a mais de alimentos. Para ir do ponto B para o C, deixou-se de produzir mais 5 mil máquinas 
em troca de 17,5 toneladas a mais de alimentos.
De acordo com Vasconcellos e Garcia (2014), espera-se que os custos de oportunidade sejam crescentes, uma 
vez que, para aumentar a quantidade produzida de um determinado bem, devem ser transferidos fatores de 
produção de um bem para outro, os quais se tornam cada vez menos aptos para desempenhar a nova atividade. 
Com isso, a transferência vai ficando cada vez mais onerosa. 
O conceito de custo de oportunidade é primordial para todas as decisões econômicas e, por que não dizer, para 
todas as decisões que tomamos na vida? Para priorizar uma escolha, é importante lembrarmos que sempre pre-
cisamos sacrificar outra. 
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Economia | Unidade 1 - Introdução à Economia
No caso de nossas finanças pessoais, como a nossa renda é limitada, precisamos tomar deci-
sões a todo momento sobre o que e quanto iremos consumir, o que iremos poupar, onde 
iremos investir (escolher um investimento implica abrir mão de outro), e assim por diante. 
Como você lida com o custo de oportunidade no seu dia a dia?
1.5.2. O deslocamento da CPP e o crescimento econômico 
A Curva de Possibilidade de Produção se deslocará para a direita, no caso de crescimento econômico, o que pode 
ocorrer devido a vários fatores:
• aumento de quantidade física dos fatores de produção;
• melhor aproveitamento dos fatores existentes: progresso tecnológico, maior eficiência produtiva e orga-
nizacional das empresas, melhoria no grau de qualificação da mão-de-obra. 
Neste contexto, é valido salientar também que a Curva de Possibilidade de Produção desloca-separa cima e para 
a direita, permitindo que a Economia tenha quantidades maiores de ambos os bens (pode elevar a produção de 
um deles sem diminuir a produção do outro bem).
Figura 1.2 – Crescimento econômico.
Legenda: Eixo Y= alimentos, em toneladas; Eixo X= máquinas, em milhares. Como você foi 
capaz de observar, o gráfico representa duas curvas de possibilidade de produção. 
Fonte: Vasconcellos e Garcia (2014, p. 8).
11
Economia | Unidade 1 - Introdução à Economia
1.6 Fluxos reais e monetários da Economia de Mercado
O fluxo real de uma Economia, conforme ilustrado na Figura 1.3, pode ser explicado da seguinte forma: sem qualquer 
tipo de interferência, as empresas, que são os agentes produtores, recebem o fornecimento dos fatores de produção 
das famílias. As famílias, por sua vez, recebem os produtos das empresas, também chamados de bens e serviços. 
Este fluxo que ocorre entre as empresas e famílias é o que chamamos de fluxo econômico real. 
Figura 1.3 – Fluxo real da Economia.
Legenda: No fluxo circular da renda, as famílias vendem para as empresas sua força de tra-
balho, terra e capital (mercado de fatores de produção). As empresas demandam esses fato-
res e pagam por eles. Com a remuneração, as famílias compram produtos das empresas. 
Fonte: Vasconcellos e Garcia (2014, p. 9).
Já o fluxo monetário é composto principalmente pela moeda que serve para remunerar os fatores de produção 
das empresas e das famílias. Neste sistema, os recursos são recebidos pelos trabalhadores na forma de salários e 
voltam paras as empresas quando as famílias consomem os bens e serviços por elas oferecidos. 
Figura 1.4 – Fluxo monetário da Economia.
Legenda: O fluxo monetário representa a movimentação de recursos financeiros entre famílias e empresas.
Fonte: Vasconcellos e Garcia (2014, p.10).
12
Economia | Unidade 1 - Introdução à Economia
Quando unimos os fluxos real e monetário da Economia, chegamos ao fluxo circular da renda, conforme você 
poderá observar na Figura 1.5.
Tanto no mercado monetário como no mercado real, atuam conjuntamente as forças da oferta e da demanda. 
Dessa forma, no mercado de bens e serviços, são formados os preços destes elementos destinados ao consumo. 
Por outro lado, no mercado de fatores de produção, formam-se os preços dos salários, aluguéis, lucros, juros, 
dentre outros. 
Figura 1.5 – Fluxo circular da renda.
Legenda: A Figura 1.5 ilustra a junção do lado real (fluxo de bens, serviços e fatores de produção) com 
o fluxo monetário (fluxo de remuneração de fatores e do pagamento por bens e serviços).
Fonte: Vasconcellos e Garcia (2014, p. 10).
Conforme pudemos observar, o fluxo apresentado na Figura 1.5 é o considerado básico, pois no fluxo circular da 
renda em uma Economia real, há ainda que se considerar os setores público e externo e o sistema financeiro.
13
Economia | Unidade 1 - Introdução à Economia
1.7 Fatores de produção
Como já foi mencionado, os fatores de produção são os meios necessários à fabricação, quais sejam: os recursos 
humanos (trabalho, inteligência empresarial), a terra, a tecnologia e o capital.
Para cada fator de produção, existe uma recompensa. O trabalho, por exemplo, é remunerado pelo salário; a terra 
é remunerada pelo aluguel; a tecnologia, pelos seus royalties; e o capital, pelo juro.
Royalty é o termo utilizado para designar a importância paga ao detentor ou proprietário de 
um território, recurso natural, produto, marca, tecnologia, patente de produto, processo de 
produção ou obra original, pelos direitos de exploração, uso, distribuição ou comercialização. 
Glossário
Quadro 1 – Fatores de produção e remuneração.
Fator de produção Tipo de remuneração 
Trabalho Salário
Capital Juro
Terra Aluguel
Tecnologia Royalty
Capacidade empresarial Lucro
Legenda: O quadro mostra a remuneração dos fatores de produção, que pode ser sintetizada da seguinte 
forma:Trabalho = salário; capital = juro; terra= aluguel; tecnologia = royalty; capacidade empresarial = lucro. 
Fonte: Elaborado pelo autor (2017).
14
Economia | Unidade 1 - Introdução à Economia
1.8 Definição dos tipos de bens
1.8.1 Bens de capital
Os bens de capital são aqueles utilizados para a fabricação de outros, mas que não se desgastam totalmente no 
processo de produção, ou seja, eles podem ser reutilizados muitas vezes no processo produtivo, sendo conheci-
dos como um ativo fixo das empresas. São exemplos de bens de capital: as instalações, máquinas e equipamentos 
industriais. Portanto, é necessário lembrar que a sua função principal é contribuir com a produtividade.
1.8.2 Bens de consumo
Os bens de consumo são aqueles que têm como função suprir às necessidades humanas diretamente. Eles podem 
ser subdivididos em bens de consumo duráveis e não duráveis. No primeiro grupo, encaixam-se produtos como 
geladeira, fogão ou automóveis; no segundo, estão os alimentos, energia elétrica, produtos de higiene pessoal etc.
1.8.3 Bens intermediários
Os bens intermediários são aqueles consumidos completamente no processo produtivo, sendo agregados à pro-
dução de outros bens; são as matérias-primas e insumos. 
15
Economia | Unidade 1 - Introdução à Economia
1.9 Introdução ao estudo dos mercados
O mercado é o local onde se encontram os vendedores e compradores de determinados bens e serviços. Ele pode 
ser subdividido, de acordo com alguns critérios, em: concorrência perfeita, monopólio, oligopólio, monopsô-
nio, oligopsônio e concorrência monopolística. Acompanhe agora a definição destes mercados. Vamos lá!
1.9.1 Concorrência perfeita
Este tipo de mercado tem várias características específicas. Na prática, pode-se dizer que a concorrência perfeita, con-
forme a sua definição na Teoria Econômica, é praticamente inexistente. Porém, suas premissas são bastante úteis para que 
alguns conceitos econômicos possam ser entendidos. Pode-se dizer que o mercado de concorrência perfeita é o “labo-
ratório” para se estudar Economia, no qual todas as condições ideais são respeitadas. Essas premissas são as seguintes:
a. existe um grande número de pequenos vendedores e compradores que, sozinhos, representam uma fra-
ção extremamente pequena do total do mercado;
b. o produto negociado nesse mercado é homogêneo, o que significa que todas as empresas fabricam pro-
dutos iguais que não se distinguem por qualidade, marca ou características especiais de embalagem;
c. há livre entrada e saída de empresas no mercado. Além disso, não há restrições para a entrada de concor-
rentes, bem como práticas desleais de preços ou associações para impedir a entrada de novas empresas;
d. há uma transparência perfeita no mercado, ou seja, há o conhecimento, pela parte de compradores e ven-
dedores, de tudo o que ocorre no mercado. Por exemplo, se uma empresa conseguir um avanço tecnológico, 
as demais empresas terão conhecimento imediato do fato;
e. há perfeita mobilidade dos recursos produtivos, ou seja, a mão-de-obra e os outros insumos utilizados 
podem ser deslocados facilmente da fabricação de um produto para outro;
f. nenhum vendedor ou comprador tem influência sobre o preço de mercado; 
g. nenhum vendedor conseguirá vender seu produto por preço superior ao de mercado, pois o comprador 
simplesmente comprará de uma empresa concorrente. 
1.9.2 Monopólio
O monopólio é o mercado que se caracteriza pela existência de um único vendedor. Existem dois casos tipos de 
monopólio: o legal e o técnico.
O monopólio legal ocorre quando a lei assegura ao vendedor a prioridade do mercado. Um exemplo é o da Petro-
brás, que até 1995 era a única empresa que podia explorar a extração de petróleo no Brasil.
Por sua vez, o monopólio técnico acontece quando o meio mais barato de produção é quando se dá por uma 
única empresa. Um exemplo é a energia elétrica.
16
Economia | Unidade 1 - Introduçãoà Economia
1.9.3 Oligopólio
O oligopólio ocorre quando existe no mercado um número muito pequeno de produtores ou vendedores de um 
determinado bem. Ele pode, ainda, ser definido como um mercado em que, apesar de haver muitos produtores/
vendedores, apenas um pequeno número deles domina o mercado. São exemplos de oligopólio as indústrias 
automobilística e de bebidas. 
Fique atento! Muitas pessoas confundem um conceito com outro, mas oligopólio é diferente 
do conceito de cartel. Veja que cartel é definido como 
“[...] acordos explícitos ou tácitos entre concorrentes dentro de um mesmo 
mercado, determinando politicas em torno de itens como preços, cotas de pro-
dução e distribuição e divisão territorial, para todas as empresas desse setor” 
(VASCONCELLOS; GARCIA, 2014, p. 300). 
1.9.4 Monopsônio
O monopsônio é um mercado em que há um único comprador. Um exemplo é quando, em uma determinada 
região, há vários produtores de leite e apenas uma grande usina onde o leite é pasteurizado.
1.9.5 Oligopsônio
O oligopsônio ocorre em casos em que há poucos compradores e um grande número de vendedores. Um exem-
plo é o mercado automobilístico, em que as grandes montadoras compram os produtos das autopeças de mui-
tos vendedores. Outro exemplo deste tipo de mercado é quando grandes beneficiadoras de produtos agrícolas 
compram de muitos agricultores.
17
Economia | Unidade 1 - Introdução à Economia
1.9.6 Concorrência monopolística
A concorrência monopolística é o tipo mais comum de mercado, aquele que mais se assemelha ao mundo real. 
Nele, existe um grande número de compradores e muitos vendedores e, além disso, os produtos são diferencia-
dos, ou seja, eles podem ser semelhantes, mas são diferenciados por algumas características particulares, como 
a marca, as características de design, dentre outras.
O acesso ao mercado é livre e as empresas se valem de estratégias de publicidade para diferenciar seus produtos 
aos olhos dos consumidores.
 Agora que você concluiu a primeira unidade da disciplina Economia, não deixe de incluir 
as suas considerações no Fórum Desafio!
18
Considerações finais
Nesta primeira Unidade de nossa disciplina, vimos que Economia é uma ciên-
cia social que estuda como os recursos escassos são produzidos e distribuídos 
entre os grupos da sociedade para a satisfação das necessidades humanas. 
Entendemos que os estudos sobre a Economia têm base em conceitos 
como: escassez, necessidades, recursos, produção, escolhas e distribui-
ção. Neste sentido, compreendemos que o estudo da Teoria Econômica 
divide-se em microeconomia e macroeconomia.
Na sequência, percebemos que um dos principais problemas econômi-
cos é a dúvida do que deve ser produzido, quando e quanto deve ser pro-
duzido pelas empresas. Para isso, devemos produzir para os membros da 
sociedade que participam da distribuição da renda, sejam os proprietários 
que recebem os lucros, os empregados da empresa que recebem o salário 
e os bancos que arrecadam juros pelos empréstimos.
Para solucionar todas essas questões, os países contam com o sistema eco-
nômico, que é quem determina o sistema de organização da produção, dis-
tribuição e consumo de bens e serviços dentro de que é adotado por uma 
sociedade, visando ao maior bem-estar possível de seus participantes.
Conhecemos também a curva de possibilidade de produção (CPP), uma 
expressão da capacidade máxima de produção de uma sociedade, em 
que se utilizam todos os recursos de produção que estão disponíveis em 
determinado momento.
Falamos também do fluxo real de uma economia, que pode ser explicado 
da seguinte forma: sem qualquer tipo de interferência, as empresas, que 
são os agentes produtores, recebem o fornecimento dos fatores de pro-
dução das famílias.
Entendemos que o fluxo monetário é composto principalmente pela 
moeda que serve para remunerar os fatores de produção das empresas e 
das famílias. Assim, quando unimos os fluxos real e monetário da Econo-
mia, chegamos ao fluxo circular da renda.
Vimos também que os fatores de produção são os recursos de produção: 
os recursos humanos (trabalho, inteligência empresarial), a terra, a tecno-
logia e o capital. Para cada fator de produção, é dada uma remuneração.
19
Considerações finais
Outro ponto importante abordado na unidade foi a definição dos tipos 
de bens. Os bens de capital são aqueles utilizados para a fabricação de 
outros, mas que não se desgastam totalmente no processo de produção, 
ou seja, eles podem ser reutilizados muitas vezes no processo produ-
tivo e são conhecidos como ativo fixo das empresas. Por sua vez, os bens 
de consumo são aqueles que têm como função suprir às necessidades 
humanas diretamente, e os bens intermediários, aqueles que consumidos 
completamente no processo produtivo, sendo agregados à produção de 
outros bens, como as matérias-primas e insumos. 
Fechamos esta unidade falando um pouco sobre o conceito de mercados. 
Compreendemos que o mercado é o local onde se encontram os vende-
dores e compradores de determinados bens e serviços, podendo ser ser 
subdividido em: concorrência perfeita, monopólio, oligopólio, monopsô-
nio, oligopsônio e concorrência monopolística.
Referências bibliográficas
20
VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval de; GARCIA, Manuel E. Funda-
mentos de economia. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2014.

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