Buscar

AIA_2014_Aula 5-CA_Geral

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

*
*
Compensação Ambiental
Instrumento da PNMA – Regulamentação SNUC (Lei 9.985/00)
Processo de Licenciamento de atividades potencialmente poluidoras
Prof. Luis Antônio Coimbra Borges
UFLA 
2014
*
*
Sumário
Objetivos
Histórico
Legislação sobre Compensação Ambiental
Estudo de Caso
Considerações Finais
*
*
Objetivo:
Apresentar o instrumento de Compensação Ambiental no Brasil.
Objetivo:
*
*
Legislação Brasileira e CA
Compensação pela supressão de Áreas de Preservação Permanente (APP);
Compensação de Reserva Legal;
Compensação pela supressão de Mata Atlântica;
Compensação pela implantação de empreendimentos causadores de significativo impacto ambiental / Compensação por dano ambiental irreversível.
*
*
Justificativa
Terça – Feira, 1º de novembro de 2011.
Hidrelétrica de Santo Antônio, Jirau e Belo Monte a CA foi de R$ 200 milhões e orçamento do ICMBio em 2011 foi de 155 milhões. 
*
*
Dúvidas:
Critérios para C.A.;
Formas de cobrança / aplicação;
Avaliação da efetividade;
Ponto de vista técnico-científico;
Benefícios para o meio ambiente.
*
*
 
Padrões de qualidade ambiental;
Zoneamento ambiental;
Incentivo à produção de equipamentos que visem a melhorar a qualidade ambiental;
Criação de espaços territoriais especialmente protegidos;
Gerenciamento de recursos hídricos;
Avaliação de Impactos Ambientais;
Licenciamento ambiental;
Plano Diretor;
Penalidades pelo não cumprimento da preservação ambiental;
Sistema Nacional de Informações sobre o Meio Ambiente;
Cadastro técnico federal de atividades potencialmente poluidoras e de atividades de defesa ambiental;
Divulgação de relatório nacional das informações relativas ao meio ambiente – garantia de prestação de informações sobre o meio ambiente;
Valoração econômica dos recursos naturais (PSA – Pagamento por Serviços Ambientais).
Instrumentos de Gestão Ambiental PNMA – Lei 6.938 de 1981
*
*
Histórico da Compensação Ambiental
*
*
 SNUC: Art. 36. Nos casos de licenciamento ambiental de empreendimentos de significativo impacto ambiental, assim considerado pelo órgão ambiental competente, com fundamento em estudo de impacto ambiental e respectivo relatório - EIA/RIMA, o empreendedor é obrigado a apoiar a implantação e manutenção de unidade de conservação do Grupo de Proteção Integral, de acordo com o disposto neste artigo e no regulamento desta Lei.
Legislação vigente para Compensação Ambiental 
*
*
I. Estradas de rodagem com duas ou mais faixas de rolamento; 
III. Portos e terminais de minério, petróleo; 
IV. Aeroportos; 
V. Oleodutos, gasodutos, minerodutos, coletores de esgotos sanitários; 
VI. Linhas de transmissão de energia elétrica (>230KV); 
VII. Obras hidráulicas para exploração de recursos hídricos: barragem acima de 10MW; de saneamento; de irrigação; de canais para navegação; retificação de cursos d’água; transposição de bacias; 
VIII. Extração de combustível fóssil; 
IX. Extração de minério; 
X. Aterros sanitários; 
XI. Usinas de geração de eletricidade (>10MW); 
Art. 2º RESOLUÇÃO CONAMA 01/86
Relação dos empreendimentos que necessitam de EIA/RIMA para o licenciamento ambiental
*
*
 § 1o O montante de recursos a ser destinado pelo empreendedor para esta finalidade não pode ser inferior a meio por cento dos custos totais previstos para a implantação do empreendimento, sendo o percentual fixado pelo órgão ambiental licenciador, de acordo com o grau de impacto ambiental causado pelo empreendimento.  (Vide ADIN nº 3.378-6, de 2008)
SNUC: Art. 36 
*
*
 § 2o Ao órgão ambiental licenciador compete definir as unidades de conservação a serem beneficiadas, considerando as propostas apresentadas no EIA/RIMA e ouvido o empreendedor, podendo inclusive ser contemplada a criação de novas unidades de conservação. 
SNUC: Art. 36 
*
*
 § 3o Quando o empreendimento afetar unidade de conservação específica ou sua zona de amortecimento, o licenciamento a que se refere o caput deste artigo só poderá ser concedido mediante autorização do órgão responsável por sua administração, e a unidade afetada, mesmo que não pertencente ao Grupo de Proteção Integral, deverá ser uma das beneficiárias da compensação definida neste artigo.
SNUC: Art. 36 
*
*
Estrutura
*
*
 CA = VR x GI
 
 
Regulamento (Decreto nº 6.848 de 2009) 
Compensação Ambiental
 GI = ISB + CAP + IUC
 
 
Grau de Impacto
CA: Compensação Ambiental
VR: Valor de Referencia
GI: Grau de Impacto
ISB: Impacto sobre a Biodiversidade 
CAP: Comprometimento de Áreas Prioritárias
IUC: Influência em UC
*
*
Regulamento (Decreto nº 6.848 de 2009) 
 GI = ISB + CAP + IUC
 
 
Grau de Impacto
 ISB = IM x IB (IA+IT)
 140
 
 
CAP = IM x ICAP x IT, 
 70
 
 
Influência em Unidade de Conservação
 Comprometimento da Área Prioritária
Impacto sobre a Biodiversidade
Regulamento (Decreto nº 6.848 de 2009) 
*
*
Índice de Magnitude (IM):
Regulamento (Decreto nº 6.848 de 2009) 
*
*
Índice Biodiversidade (IB):
Regulamento (Decreto nº 6.848 de 2009) 
*
*
Índice Abrangência (IA):
*
*
Índice Temporalidade (IT): 
Regulamento (Decreto nº 6.848 de 2009) 
*
*
Comprometimento de Áreas Prioritárias (ICAP):
*
*
IUC: Influência em Unidade de Conservação
Regulamento (Decreto nº 6.848 de 2009) 
*
*
Estudo de Caso: UHE Couto Magalhães
ANEEL
(Agência Nacional de Energia Elétrica)
Contrato de Concessão
35 anos
CONSÓRCIO ENER
REDE COUTO MAGALHÃES
2002
*
*
Localização:
Rio Araguaia
Santa Rita do Araguaia- GO; 
Alto Araguaia – MT.
Estudo de Caso: Couto Magalhães
*
*
Aproveitamento Hidrelétrico:
 
150 MW de potência instalada;
reservatório de 9,11 km² de área total na cota 623,00 m. 
Hidrelétrica Couto Magalhães
*
*
Estradas de rodagem com duas ou mais faixas de rolamento; 
III. Portos e terminais de minério, petróleo; 
IV. Aeroportos; 
V. Oleodutos, gasodutos, minerodutos, coletores de esgotos sanitários; 
VI. Linhas de transmissão de energia elétrica (>230KV); 
VII. Obras hidráulicas para exploração de recursos hídricos: barragem acima de 10MW; de saneamento; de irrigação; de canais para navegação; retificação de cursos d’água; transposição de bacias; 
VIII. Extração de combustível fóssil; 
IX. Extração de minério; 
X. Aterros sanitários; 
XI. Usinas de geração de eletricidade (>10MW); 
RESOLUÇÃO CONAMA 01/86
Relação dos empreendimentos que necessitam de EIA/RIMA para o licenciamento ambiental
*
*
Fonte: Sanchez, 2008
Audiências Públicas :
 - Alto Araguaia (MT) 
 - Santa Rita do Araguaia (GO) Com a participação do MPF e MPE.
*
*
Decreto no 4.340, de 22 de agosto de 2002
Comprometimento de Áreas Prioritárias (ICAP):
APA Rio Araguaia, Córrego Rico, Couto Magalhães e Rio Aragainha e áreas que se encontram fora da APA, porém inseridas na área do Corredor Ecológico Cerrado Pantanal.
Muito Alta
Extremamente Alta
*
*
Índice de Magnitude (IM):
*
*
Índice Biodiversidade (IB):
Diagnóstico do Meio Biótico: Spps Ameaçadas de extinção em diferentes grupos de fauna e flora. 
*
*
Índice Abrangência (IA):
Mar
rio Araguaia 
rio Tocantins
*
*
Índice Temporalidade (IT): 
*
*
ISB = IM x IB (IA+IT), onde:
 140
ISB: Impacto sobre a Biodiversidade
*
*
 CAP = IM x ICAP x IT, onde:
 70
CAP: Comprometimento de Área Prioritária
*
*
IUC: Influência em Unidade de Conservação
*
*
GI – Grau de Impacto
GI = ISB + CAP + IUC
*
*
 VR = investimentos necessários para a implementação do AHE Couto Magalhães é de
R$509.268.000,00
 
 CA = VR x GI = 509.268.000 x 0,5%= R$ 2.546.340,00
 
Compensação Ambiental 
Regulamento (Decreto nº 6.848 de 2009) 
*
*
Compensação Ambiental Federal
 Aplicação: 
Comitê de
 Compensação
 Ambiental
 Federal (CCAF)
CCAF
 Órgão colegiado criado no âmbito do IBAMA (Portaria Conjunta nº 225, de 30 de junho de 2011). 
 presidido pelo IBAMA, órgão licenciador federal, e conta com membros indicados pelo MMA e ICMBio;
 principal atribuição: deliberar sobre a divisão e a finalidade dos recursos oriundos da compensação ambiental federal para as unidades de conservação beneficiadas ou a serem criadas. 
*
*
 
 
Compensação Ambiental em MG
 Aplicação: 
Câmara de 
Compensação da 
Biodiversidade
(CPB)
Regulamentação em MG
Plano Operativo Anual (POA) 2013
IEF
50% para regularização fundiária;
15% plano de manejo, bens e serviços
(5% prevenção e combate a incêndios)
5% estudos para criação de novas UC
30% para as UC afetadas. 
*
*
*
*
Proteção da biodiversidade;
Regularização Fundiária;
Planos de Manejo para UC’S;
Compra de Equipamentos e Serviços – infraestrutura da UC.
Considerações Finais
Compensação Ambiental 
*
*
Procedimentos de Compensação Ambiental
Federal
http://www.ibama.gov.br/licenciamento/ 
Minas Gerais
http://www.ief.mg.gov.br/compensacao-ambiental/diretrizes-dos-planos-operativos-anuais
*
*
 -
*
*
*
O IB varia de 0 a 3, avaliando o estado da biodiversidade previamente à implantação do empreendimento.
*
*
*
Decreto no 4.340, de 22 de agosto de 2002
O ICAP varia de 0 a 3, avaliando o comprometimento sobre a integridade de fração significativa da área prioritária impactada pela implantação do empreendimento, conforme mapeamento oficial de áreas prioritárias aprovado mediante ato do Ministro de Estado do Meio Ambiente. 
Nota: para empreendimentos lineares deverão ser considerados compartimentos homogêneos da paisagem para que os impactos sejam mensurados adequadamente em termos de comprometimento de área prioritária, não devendo ser considerados de forma cumulativa. O resultado final do ICAP será considerado de forma proporcional ao tamanho deste compartimento em relação ao total de compartimentos.  Impactos em Unidades de Conservação serão computados exclusivamente no IUC.
*
O IUC varia de 0 a 0,15%, avaliando a influência do empreendimento sobre as unidades de conservação ou suas zonas de amortecimento, sendo que os valores podem ser considerados cumulativamente até o valor máximo de 0,15%.  Este IUC será diferente de 0 quando for constatada a incidência de impactos em unidades de conservação ou suas zonas de amortecimento, de acordo com os valores abaixo:
G1:parque (nacional, estadual e municipal), reserva biológica, estação ecológica, refúgio de vida silvestre e monumento natural = 0,15%;
G2:florestas (nacionais e estaduais) e reserva de fauna = 0,10%;
G3:reserva extrativista e reserva de desenvolvimento sustentável = 0,10%;
G4:área de proteção ambiental, área de relevante interesse ecológico e reservas particulares do patrimônio natural = 0,10%; e
G5:zonas de amortecimento de unidades de conservação = 0,05
 
  Proteção Integral G1 Estação Ecológica; 0,15% Reserva Biológica; Parque Nacional; Monumento Natural; Refúgio de Vida Silvestre   Unidades de Uso Sustentável G2 G3 G4 Área de Proteção Ambiental; 0,10% Área de Relevante Interesse Ecológico; Floresta Nacional; Reserva Extrativista; Reserva de Fauna; RDS; RPPN. G5 Zona de Amortecimento 0,05% 
*
*
Araguaia, Municípios de Santa Rita do Araguaia, Estado de Goiás, e Alto Araguaia, Estado do Mato Grosso
*
Araguaia, Municípios de Santa Rita do Araguaia, Estado de Goiás, e Alto Araguaia, Estado do Mato Grosso
*
XI. usinas de geração de eletricidade (>10MW); 
XII. complexo e unidades industriais e agro-industriais; 
XIII. distritos industriais e zonas estritamente industriais – ZEI; 
XIV. Exploração econômica de madeira ou lenha;
XV. Projetos urbanísticos (> 100 ha), ou em áreas de relevante interesse ambiental;
XVI. Atividades que utilizem carvão vegetal e derivados;
XVII. Projetos agropecuários acima de 1.000 ha, ou menores, caso seja em áreas relevantes do ponto de vista ambiental;
XVIII - Empreendimentos potencialmente lesivos ao patrimônio espeleológico nacional.
*
*
*
*
4 - Índice Temporalidade (IT):
O IT varia de 1 a 4 e se refere à resiliência do ambiente ou bioma em que se insere o empreendimento. Avalia a persistência dos impactos negativos do empreendimento.
*
*
IM = Índice Magnitude;
ICAP = Índice Comprometimento de Área Prioritária; e
IT = Índice Temporalidade.
O CAP terá seu valor variando entre 0 e 0,25%.
O CAP tem por objetivo contabilizar efeitos do empreendimento sobre a área prioritária em que se insere. Isto é observado fazendo a relação entre a significância dos impactos frente às áreas prioritárias afetadas. Empreendimentos que tenham impactos insignificantes para a biodiversidade local podem, no entanto, ter suas intervenções mudando a dinâmica de processos ecológicos, afetando ou comprometendo as áreas prioritárias.
*
 - CA será calculado pelo produto do Grau de Impacto - GI com o Valor de Referência – VR
*
 - CA será calculado pelo produto do Grau de Impacto - GI com o Valor de Referência – VR
*

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando