Buscar

Parto - Desencadeamento, Eutocia e Estática Fetal

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

PARTO NORMAL NAS FÊMEAS DOMÉSTICAS
O trabalho de parto consiste no mecanismo fisiológico no qual o útero gravídico expulsa o feto.
Vias fetais – ducto pelo qual o feto transita no momento do feto. As vias fetais são divididas em moles e ósseas.
VF Moles – cérvix, vagina, vestíbulo da vagina, nervo pudendo, arco isquiático, vulva
VF Óssea – púbis, ísquio, íleo, últimas vértebras coccíneas e o sacro formando a pelve.
Deve ocorrer o relaxamento desse conjunto de estruturas para que ocorre o parto.
A cérvix, o lúmen e a vulva = dificultam a passagem do feto.
Desencadeamento do parto → periparto
Momento em que antecede o parto e culmina com o total amadurecimento do feto, ou seja, que ele nasça e tenha condições de sobreviver.
Há preparação da glândula mamária, preparação para a involução uterina, maturação final do feto e início da atividade ovariana.
O desencadeamento do parto se dá pela maturação do SNC do feto, que se torna apto à secretar e à responder aos hormônios. O feto cresce e passa a viver em um local extremamente pequeno. Com isso, o córtex da adrenal produz o CORTISOL, que ativa a 17 α hidroxilase I e II, que transformam a P4 em E2. Esse aumento de E2 no final da gestação é responsável por desencadear o parto.
A elevação dos níveis de E2 resulta em: aumento da sensibilidade à ocitocina; aumento da secreção de PGE2 (relaxamento da cérvix); aumento da secreção de PGI (vasodilatação) e PGF2α (contração e luteólise).
Vacas
	O feto se desenvolve e juntamente com ele o SNC. Há liberação de ACTH, que atua sobre o córtex da adrenal, liberando cortisol. Há transformação de P4 em E2 e, consequentemente há aumento da produção de PGE2, PGF2α, PGI....
Porcas
	A produção de P4 é 100% ovariana. Logo, é a P4 ovariana que é convertida em E2, pela ativação da 17-α-hidroxilase placentária. O aumento de E2 gera um aumento dos níveis de prostaglandina.
Cadelas
	Pelo amadurecimento do SNC, há liberação de cortisol pelo córtex da adrenal→ P4 em queda e E2 fica constante (tanto em cadelas prenhes quanto em não prenhes). Quando E2 está constante → aumento da produção de PG!!
Éguas
	Aumento da atividade do córtex da adrenal = aumento do cortisol. E2 e P4 em queda, mas a P4 cai mais rapidamente que E2. Assim, quando E2 sobressai a P4 → momento do parto.
Papel da RELAXINA
	Produzida pelo CL, placenta e folículos pré-ovulatorios. Próximo ao parto a maior fonte de relaxina é a placenta. Só é produzida em altos níveis de E2 (próximo ao parto). Causa relaxamento dos ligamentos pélvicos, sínfise púbica, endométrio e glândulas mamárias. Como?? Altera os índices de glicosaminoglicanos e colágeno → relaxamento.
Fases do Parto
1) Prodrômica ou preparação do parto
2) Fase de dilatação da via fetal
3)Contração uterina
4) Expulsão Uterina
1) FASE PRODRÔMICA
Vaca
	- Fase de sinais eminentes de parto;
	-Afrouxamento dos ligamentos, sífise púbica (2 semanas antes de parir)
	-Descida de colostro nos tetos
	-Aparecimento de corrimento na vagina – fluidificação do tampão mucoso cervical → significa que a vaca vai parir em 12 horas.
	-Edema de vulva e vagina
Égua
	- Relaxamento dos nervos pélvicos e arco isquiático.
	- Inquietação e sudorese
	- Descida do colostro (significa que daqui 2 – 3 dias ela vai parir)
	- Dosagem de Ca, K e Na no leite 
		Ca → 40mg/dL – vai parir em 12 – 24h ; 12 mg/dL – feto imaturo
Cada dosagem tem um score. A somatória desses scores deve ser 35 ou maior . Valores 40 mg/dL – escore 15 e 12mg/dL – escore 5. Se tiver 35 ou mais – 12 ou 24 horas do parto.
		
	Cadela e gata 
	- Queda de 1ºC da temperatura corpórea (12 a 24 h antes do parto)
	- Inquietação
	- Inapetência
	- Comportamento de fazer ninho
- Descida de colostro não é um bom indicativo de proximidade de parto (algumas fêmeas podem iniciar a produção de leite com 40 dias de gestação).
No US → indicativo de que está próximo ao parto – dilatação do estômago dos fetos; Batimentos cardíacos < 180 – 230 – sofrimento fetal – proximidade do parto! (relativo!! Varia de animal pra animal – usar a clínica do animal para saber se realmente se aproxima do parto).
	Porca
	- Aumento de 1ºC na temperatura corporal (12 – 24 h antes do parto)
	- A porca apresenta 1ºC a mais no parto e durante toda a lactação.
	- Comportamento de fazer ninho. 
	
2) FASE DE DILATAÇÃO DAS VIAS FETAIS
Caracterizada pelas contrações uterinas.
Vaca – dura 6 – 12 horas 
Égua – dura 2 horas
Sinais – desconforto do animal; envoltórios na vagina.
3) FASE DE CONTRAÇÃO UTERINA
	- As contrações se iniciam lentas e tornam-se cada vez mais rápidas;
	- No início → contrações irregulares com duração de 25-50 segundos.
- Depois → contrações rítmicas e vigorosas, energéticas com duração de 50 – 90 segundos.
- Na fase de expulsão = contrações bastante ativas, de até 120 segundos.
- O normal é ter 6 contrações a cada 15 minutos. Menos que isso = relaxamento insuficiente; Mais que isso – ruptura de tecidos moles.
	4) FASE DE EXPULSÃO DO FETO
		- O animal deita;
		- Rompimento das bolsas antes da expulsão do feto
		- Nessa fase há contração do útero e do abdômen
		- As contrações do útero fazem com que os envoltórios e o próprio feto se depositem na vagina. Esse estímulo na vagina, estimula o nervo pudendo, que estimula a medula, que leva à contração abdominal → Reflexo de Fergunson. A contração abdominal + contração.
Égua
	- Rompimento da estrela cervical
	- Nascimento do feto envolto pelo âmnio (o alantoide já se rompeu). O âmnio é branco. Se o feto nascer envolto por uma membrana vermelha- significa que o alantoide não se rompeu = romper manualmente.
	- O parto dura 30 min.
	- A placenta sai após o feto (adeciduada)
Vaca 
	- O alantoide e o âmnio se rompem na vagina.
	-Como o codão umbilical é mais curto, ele se rompe quando o feto sai.
	-A placenta sai depois do feto (adeciduada).
	-O parto, em vacas, dura 2 horas; em novilhas = 4 horas 
Ovelha
	-Idem a vaca; também é adeciduada.
Cadela
	-Feto pode nascer com ou sem os envoltórios fetais.
	-Secreção esverdeada na vulva (pela metabolização da hemoglobina no ambiente placenta pela uteroverdina)
	-Intervalo na liberação de um feto e outro pode variar de 15min à 5h → P/ saber se é o último feto ou não fazer raio x ou aplicar ocitocina.
	- Evitar mexer muito nos filhotes para que a fêmea não rejeite o filhote.
PARTO NORMAL EM ÉGUAS
Os principais sintomas do início do parto nas éguas são: edema de vagina (vulva); descida do colostro (mojo); inquietação e relaxamento dos ligamentos sacro isquiáticos.
O cordão umbilical do potro é longo pois permite que ele alcance o ambiente externo antes que a placenta se descole completamente. O cordão se rompe quando a fêmea fica em pé, quando o feto passa pela vagina ou quando o potro se levanta. Junto no parto, sai o Boosmane (nos bovinos) e o Hipomanes (nos equinos) → é uma substância gelatinosa verde que é formada por excretas, leite uterino....
	
OPÇÕES DE AUXÍLIO AO PARTO DISTÓCICO EM CÃES E GATOS
Episiotomia – corte no períneo
Cesariana 
Fórceps
Estímulo à contração
Tração manual
→ Distocias de Causa Materna
1 – Distúrbio Geral da Parturiente
2 – Estreitamento da via fetal óssea
3 – Alterações da via fetal mole
1 – Ausência ou insuficiência nas contrações uterinas → atonia uterina primária ou secudária.
	- contração excessiva/violenta → principalmente em equinos → ruptura de útero, vagina, vulva, períneo.
2 - Alteração na ossificação da pelve, com consequente estretamento da via fetal óssea e dificuldade da passagem do feto.
3 – Estreitamento de vulva e vagina; cicatrizes na vulva, vagina, edema, estreitamento secundário.
	Estreitamento do canal cervical → comum em Ruminantes;
		Grau I → passagem dos membros anteriores e cabeça, ou membros os posteriores até o coxal.
		Grau II → passagem, apenas, das articulações társicas e cárpicas (cabeça e coxal não passam).
		Grau III → o feto não se insinua no canal.
	Estreitamentode corno uterino
MANEJO CLÍNICO DO PARTO
O feto começa a se desenvolver em um ambiente pequeno → estresse → produção pelo córtex da adrenal de cortisol. Esse cortisol estimula / ativa a 17 α hidroxilase I eII que transnformam a P4 placentária em E2.
O ↑ E2 desencadeia:
	Separação da placenta
	Dilatação cervical 				PARTO
	Aumento da sensibilização à ocitocina
	Há liberação de prolactina – lactação 
1) Dilatação – demora 6 – 12 horas – fase de dilatação das vias fetais moles e duras, há alteração na estática fetal, queda de 1ºC na temperatura corporal da parturiente.
2)Expulsão do feto – 3 – 12 horas – contração uterina mais contração abdominal.
3) Fase de expulsão da placenta – secreção puerperal normal (esverdeada, marrom ou vermelha; a involução uterina completa se dá em 12 – 15 semanas.
Na fase 2 (expulsão do feto) devemos examinar a cadela se:
	- houver corrimento vaginal esverdeado, vermelho ou marrom
	-se a parturiente estiver debilitada ou sem contrações uterinas há 2 – 4 horas (atonia uterina).
	- Se a parturiente apresenta contrações fortes há mais de 20 – 30 minutos sem expulsão (distocias)
	- Se a parturiente estiver à mais de 12 horas na fase de expulsão.
Na fase 3 (fase de expulsão da placenta) devemos avaliar a cadela se:
	-Não forem expelidas todas as placentas
	-Se houver lóquios com odor fétido
	-Houver hemorragia pós expulsão placentária
	-A temperatura corporal ultrapassar 39,5ºC
	-Se os neonatos estiverem comprometidos
	-Se a parturiente estiver comprometida
Distocia
	Dificuldade em nascer (distocia fetal) ou dificuldade em que a fêmea apresenta ao expelir os fetos (distocias maternas).
	A ocorrência em cães é 5%. Em raças como bulldog, a ocorrência é acima de 70%. Em cães há uma maior tendência que em gatos. Em carnívoros as causas de distocias na maioria das vezes é de origem materna.
Inércia (atonia uterina)
	Primária – não há resposta aos hormônios liberados pela contração uterina. 
Onde ocorre: síndrome do feto único; presença de muito líquido fetal, falta de Ca na alimentação, fetos absolutos ou relativos grandes. 	
Secundária – O útero não contrai por exaustão, devido à uma obstrução do canal do parto.
Tratamento para inércia uterina
Promover pequenas caminhadas → Observar se tem abertura de cérvix → Aplicar gluconato de cálcio IV – lento ( cadela – 2 -20 ml / gatas 2 – 5 ml) → Depois de 30 minutos → Nascimento ou s/ resposta → Pode-se repetir o gluconato de cálcio mais uma vez e aguardar ou aplicar ocitocina (cadela 1 a 5 UI/IV | gatas 0,5 UI/IV). Se a ocitocina não funcionar: fórceps, cesariana. Somente se o feto estiver insinuado no canal do parto.
Desvantagem da ocitocina 
	Contrações de longa duração
	Ruptura uterina
	Separação precoce da placenta
	Estenose cervical
→ Tração Forçada
- contenção da fêmea
-higienização
-lubrificação intensa (mucilagem)
-uso de correntes
-sedação/tranquilização
-animal em estação
Correntes: colocar em ossos longos; no máximo 3 pessoas; não prender os envoltórios fetais juntos; prender 1 membro em cada corrente; as correntes não podem ser muito finas; usar correntes de fácil limpeza/esterilização; usar somente força humana; acompanhar a contração abdominal; as forças de tração devem ser alternadas (para redução do diâmetro torácico).
CONDUÃO DO PARTO E ESTÁTICA FETAL
Na condução do parto, espera-se que se tenha a melhor higienização possível, o melhor exame ginecológico e que o tratamento seja planejado!!
Auxílio às contrações
Episiotomia
Cesariana
Fetotomia
Correção de distocias
Tração forçada
Estática Fetal
Atitude → Estendida (é relação entre as partes flexíveis do feto e o seu corpo).
Membros 			X 			Cabeça
Estedidos 					Desvio lateral
Flexionados *					Desvio medial
Cruzados * 					Desvio dorsal
*patológicos
	Apresentação → relação entre o eixo longitudinal do feto com o eixo longitudinal da mãe.
	Posterior
	Anterior
	1) Longitudinal – Posterior / Anterior
	2) Transverso – Ventral / Dorsal
3) Vertical – Ventral/Dorsal
Posição → relação do dorso do feto e o dorso da mãe:
	Dorsal ou superior → dorso pra cima
	Ventral ou inferior → dorso para baixo
	Lateral → esquedo ou direito

Continue navegando