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FARMACOLOGIA APLICADA À ENFERMAGEM (1).pdf

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APOSTILA DIGITAL DE FARMACOLOGIA APLICADA À ENFERMAGEM 
 
A Farmacologia é a ciência que estuda a interação entre uma substância química e um 
organismo vivo ou sistema biológico, cujo resultado pode ser um efeito benéfico ou nocivo a este 
organismo. 
 
 
 
AULA 1 
Administrar medicação ao paciente hospitalizado consiste em cerca de 70% do serviço da 
enfermagem, que pela sua responsabilidade, é muito mais que uma simples prestação de serviço, seja 
pelo ponto de vista legal, ético ou prático. Caracteriza-se por uma habilidade altamente técnica, que 
implica em um conhecimento amplo para garantir uma terapia medicamentosa segura e eficaz para 
seus clientes. 
O profissional de enfermagem precisa familiarizar-se com as indicações, dosagens habituais e 
os efeitos desejados das medicações prescritas a fim de garantir a bem estar do paciente, com a 
resposta terapêutica desejada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Divisões da Farmacologia 
Definições de termos: 
Farmacologia – é a ciência que estuda os medicamentos 
Medicamento – é toda substância química que tem ação profilática, terapêutica e auxiliar de diagnóstico 
Ação profilática – prevenção de doenças. Ex: vacinas 
Ação terapêutica – ação de cura ou alívio das enfermidades. Ex: antibióticos, anti-hipertensivos. 
Auxiliar de diagnóstico – substância utilizada em exames radiológicos para facilitar o diagnóstico. Ex: o contraste 
Droga – é toda substância capaz de alterar os sistemas fisiológicos ou estados patológicos, com ou sem benefícios para 
o organismo. 
Remédio – todo meio utilizado para combater um estado patológico, por meio de medicamentos, ações físicas (por 
exemplo: massagem) e psíquicos (por exemplo: terapia) 
Princípio ativo – substância quimicamente ativa, responsável pela ação do medicamento representado pelo nome 
genérico. 
Medicamento genérico - medicamento similar a um produto de referência ou inovador, que se pretende ser com este 
intercambiável, geralmente produzido após a expiração ou renúncia da proteção da patente ou de outros direitos de 
exclusividade, comprovada a sua eficácia, segurança e qualidade 
Medicamento Similar – que contém o mesmo ou os mesmos princípios ativos, apresenta a mesma concentração, 
forma farmacêutica, via de administração, posologia e indicação terapêutica, preventiva ou diagnóstica, do 
medicamento de referência registrado no órgão federal responsável pela vigilância sanitária, podendo diferir somente 
em características relativas ao tamanho e forma do produto, prazo de validade, embalagem, rotulagem, excipientes e 
veículos, devendo sempre ser identificado por nome comercial ou marca 
Veículo – substância líquida que dá volume à fórmula, não apresentando ação farmacológica. 
Excipiente – substância sólida ou pastosa que dá volume à fórmula, também sem ação farmacológica. 
 
 Farmacocinética- parte da farmacologia que estuda os processos de absorção, distribuição, 
metabolismo e excreção das drogas no organismo. 
 Farmacodinâmica – Parte da farmacologia que estuda os efeitos das drogas e o seu mecanismo de 
ação. 
 Farmacotécnica - Estuda a preparação de fármacos. 
 Toxicologia - É o ramo que estuda os efeitos colaterais dos fármacos. 
 Farmacologia - Estuda a aplicação dos fármacos nas doenças (Farmacologia Clínica). 
 
Ação das medicações no organismo 
 Ação Local: Aquele que exerce seu efeito no local da aplicação, podendo ser na pele, na corrente 
sanguínea ou através das mucosas. 
 Tipos de ação local : 
 Anti-séptico – Tem como objetivo impedir o desenvolvimento de microorganismos. Ex: álcool 70% 
ou solução de clorexedina; 
 Adstringente: Medicamento que contrai o tecido. Ex: loção para fechar os poros; 
 Irritante: Medicamentos que irritam os tecidos; 
 Paliativo: Aplicado no local para alívio dos sintomas; 
 Emoliente: Lubrifica e amolece o tecido; 
 Anestésico: Paralisa as terminações nervosas sensoriais. 
 Ação Geral ou Sistêmica: para produzir um efeito geral, é necessário que o remédio caia na corrente 
sangüínea, pois através dela o medicamento atinge o órgão ou tecido sobre o qual tem ação específica. 
Tipos de ação geral ou sistêmica 
 Estimulante: aumentam a atividade de um órgão ou tecido. EX: Cafeína estimula o SNC; 
 Depressor: diminuem as funções de um tecido ou órgão Ex.: Morfina ddeprime o SNC; 
 Cumulativo: medicamento cuja a eliminação é mais lenta do que sua absorção, e em conseqüência sua 
concentração vai aumentando no organismo. Ex.. Digitalicos; 
 Antiinfeccioso: Capaz de destruir os microorganismos responsáveis por uma infecção; 
 Antagônicos: Quando as duas ou mais substâncias administradas têm efeito contrário. 
 
 Ação Local Geral: Uma droga aplicada poderá produzir um efeito local, ser absorvida e provocar um 
efeito geral. Ex: epinefirna aplicada na mucosa nasal = estanca a hemorragia = absorção da corrente 
circulatória = aumento da pressão arterial. 
 
 Ação Remota: Ocorre em partes distantes do organismo, podendo agir sobre mais de um órgão ou 
sistema diferente; 
 
 
 Ação Local Geral: Uma droga aplicada poderá produzir um efeito local, ser absorvida e provocar um 
efeito geral. Ex: epinefirna aplicada na mucosa nasal = estanca a hemorragia = absorção da corrente 
circulatória = aumento da pressão arterial. 
 
Formas de Apresentação 
 
Sólidos 
Pó - Deve ser tomado em colheradas ou é 
acondicionado em saches 
Comprimidos – de consistência 
sólida e formato variável. São obtidos 
pela compreensão em moldes da 
substância medicamentosa. 
Drágeas - O princípio ativo está no núcleo da 
drágea, contendo revestimento com goma-laca, 
açúcar e corante. São fabricados em drágeas os 
medicamentos que não devem ser administrados 
em forma de comprimidos, por apresentarem: 
sabor desagradável, exigem absorção no 
intestino, medicamentos que atacam a mucosa 
e/ou que devem ser deglutidos com facilidade. 
 
 
Cápsulas - formas farmacêuticas que 
contém uma ou mais substâncias 
medicinais e/ou inertes, acondicionadas em 
um invólucro à base de gelatina., que 
podem ser rígidas ou maleáveis, a serem 
administradas por via oral e possuem 
propriedades de desintegrarem-se e 
dissolverem-se no tubo digestivo. 
Pastilhas – forma farmacêutica 
destinada a se dissolverem lentamente na 
boca, constituída por grande quantidade 
de açúcar e mucilagens associadas a 
princípios medicamentosos. 
Supositórios – são preparações farmacêuticas à 
base de manteiga de cacau (lipossolúvel) junto com 
a glicerina gelatinada (hidrossolúvel), que se 
dissolve com a temperatura corporal, utilizado para 
introduzir no reto. 
 
 
 
Pomadas - forma farmacêutica semi – 
sólidas, com excipiente gorduroso. 
Cremes - forma farmacêutica semi – 
sólidas, com excipiente emulsivo, tende 
a ser mais fluídos que as pomadas. 
Grânulos - formas farmacêuticas composta de 
pó umedecido posteriormente são secos com 
objetivo de produzir grânulos de tamanho maior. 
 
 
 
Óvulos - formas farmacêuticas obtidas 
por compressão ou moldagem para 
aplicação vaginal, onde devem se dissolver 
para exercerem uma ação local. O 
excipiente em geral é a glicerina 
Gel - forma semi-sólida, coloidal, de 
pouca penetração na pele, usados 
principalmente para administração de 
substâncias voláteis. 
 
- 
 
 
Líquidos 
Soluções - mistura homogênea de líquidos ou 
de um líquido e um sólido 
Xarope - Solução que 
contém dois terço de 
açúcar. 
Elixir: São preparações líquidas, 
hidroalcóolicas;. açucaradas ou 
glicerinadas, destinadas ao uso oral, 
contendo substâncias aromáticas e 
medicamentosas. 
 
 
Emulsão: Preparação feitade dois líquidos, 
óleo e água. 
 Colírios: Soluções aquosas para uso 
na mucosa ocular. 
 
 
 
Gasoso 
Spray e Aerosol - Oxigenioterapia 
 
 
 
 
 
Ações terapêuticas 
- Curativa ou específica – Tem por objetivo erradicar o agente causador da doença, como por exemplo o 
Antibiótico; 
- Paliativa ou Sintomática – Tem por objetivo aliviar os sintomas de uma determinada patologia ou distúrbio, 
como por exemplo analgésico para aliviar a dor; 
- Repositora ou substituítiva –Visa repor substâncias deficientes, como por exemplo a Insulinoterapia ou as 
vitaminas. 
 
Nomenclatura das Drogas 
 Os medicamentos possuem nomes diferentes: 
Nome Químico: Deriva da estrutura molecular da substância. 
Nome Oficial: é o que consta nos livros oficiais, farmacopéias. 
Nome Comercial: Nome registrado pelo laboratório. 
 
 
EXEMPLO: 
Nome genérico: paracetamol 
Nome químico: 4-hidroxiacetanilida, p-
acetilaminofenol, N-acetil-p-aminofenol 
Nome oficial: paracetamol 
Nome comercial: Tylenol ® 
 
AULA 2 
 
Vias de Administração de Medicamentos 
Conceito: 
 Chama-se via de administração o local onde o fármaco entra em contato com o organismo. 
 
 
 
 
 
 Os fatores que determinam a escolha da via de administra pelo médico, depende do tipo de ação 
desejada, bem como da rapidez e também da natureza do medicamento. 
VIA VANTAGENS 
 
DESVANTAGENS 
 
 
ORAL • Auto-administração, 
econômica, fácil aceitação, 
• Confortável, Indolor 
• Possibilidade de remover o 
medicamento 
• Efeitos locais e sistêmicos 
• Absorção variável, pode ter sabor 
desagradável, Interação com 
alimentos, pacientes não 
colaboradores, Fenômeno de 
primeira passagem 
• pH do trato gastrintestinal 
 
SUB-LINGUAL • Fácil acesso e aplicação 
• Circulação sistêmica, 
Emergência 
• Pacientes inconscientes 
• Irritação da mucosa 
• Dificuldade em pediatria 
 
VIA RETAL • Circulação sistêmica 
• Pacientes não colaboradores 
(semi-conscientes, vômitos) 
• Impossibilidade da via oral 
• Impossibilidade da via 
parenteral 
• Lesão da mucosa 
• Incômodo 
• Expulsão 
• Absorção irregular e incompleta 
• 
 
INTRA-
MUSCULAR 
 
• Efeito rápido com segurança 
• Via de depósito ou efeitos 
sustentados 
• Fácil aplicação 
• 
• Dor local; Não pode se utilizar 
substâncias irritantes ou com pH 
diferente; Não suporta grandes 
volumes; 
• Absorção relacionada com tipo de 
substância: 
• Solução aquosa - absorção rápida 
• Solução oleosa - absorção lenta; 
aplicação; Possui risco de trauma 
ou compressão acidental de 
nervos, aplicação acidental em 
• Auxiliar na absorção através 
de aplicação de calor/ 
massagens; 
• Para retardar a absorção, 
utilizar aplicação de gelo no 
local. 
 
Enteral 
•Via Oral 
•Via Sublingual 
•Via Gástrica 
•Via Retal 
Parenteral 
•Via Intradérmica 
•Via Subcutânea 
•ViaIntramuscular 
•Via Intravenosa 
Via Tópica 
•Via Cutânea 
•Via Auricular 
•Via Nasal 
• Via Vaginal 
• Via Ocular 
 
DOSAGEM DOS MEDICAMENTOS 
As doses dos medicamentos podem ser classificadas em dose mínima, Máxima, 
toxica e Letal. 
Existem também vias de 
administração que são 
executadas somente pelo 
médico: 
 Via Intratecal 
 Via Intrarterial 
 Via Intrarticular 
 Via intravesical 
 Via Intracardíaca 
veia ou artéria; Injeção em 
músculo contraído; 
• Lesão do músculo por soluções 
irritantes e Abscessos 
ENDOVENOSA • Efeito farmacológico 
imediato 
• Controle da dose 
• Admite grandes volumes 
• Permite substâncias com pH 
diferente da neutralidade 
• 
• Efeito farmacológico imediato 
• Material esterilizado 
• Pessoal competente 
• Irritação no local da aplicação 
• Facilidade de intoxicação 
• Acidente tromboembólico 
• 
Pode causar complicações 
como: Flebites, 
tromboflebites, acidentes 
embólicos; 
• Infecções; Extravasamento; 
• Necrose; Sobrecarga 
circulatória e Reações 
alérgicas 
SUBCUTÂNEA • Absorção constante • Apesar de absorção constante é 
lenta e Suporta muito pouco 
volume 
 
INTRADÉRMICA • Fácil acesso, possuindo ação 
locais e sistêmicas 
• Suporta muito pouco volume Muito utilizada para testes 
alérgicos e vacina 
 
 
Cuidados de enfermagem na administração de medicamentos 
 
Sublingual: 
 Siga os seis certos do preparo; 
 Peça para o paciente abrir a boca e coloque o medicamento sob a língua: 
 Oriente o paciente para não engolir o medicamento; 
 Não coloque a mão na medicação, utilize uma gaze para realizar o procedimento; 
 Oriente o paciente para não tomar água até que o medicamento esteja totalmente dissolvido. 
 
Tópico: 
 Após abrir a pomada coloque a tampa virada para cima, dentro da bandeja; · Despreze a primeira 
porção da pomada, antes de usá-la; 
 Coloque a pomada sobre uma espátula sem contaminá-la; 
 Nunca recoloque a espátula dentro do pote, se for necessário mais pomada deixe uma espátula dentro 
do pote para ir retirando e colocando sobre gaze estéril; 
 Use somente o necessário, não desperdice; 
 Registre o procedimento e o aspecto da lesão. 
 
Auricular 
 Não utilize soluções geladas elas são desconfortáveis e podem causar náuseas ou tontura 
 O aquecimento pode ser dentro da mão ou em banho-maria; 
 Oriente o paciente para sentar e deixar a cabeça lateralizada, expondo o ouvido que receberá a 
medicação; 
 O conta-gota não pode entrar em contato com o ouvido: 
 Após a aplicação mantenha por alguns instantes o paciente com a cabeça lateralizada; 
 Coloque um pequeno chumaço de algodão no ouvido (cuidar para que não entre no canal auditivo), 
após a aplicação do medicamento – ver rotina da instituição 
 Anote no prontuário o procedimento. 
 
Ocular - Colírios 
 Coloque o paciente sentado, com a cabeça hiperestendida; 
 Limpe os olhos com água boricada, soro fisiológico ou água destilada; 
 Não encostar o frasco do colírio no olho do paciente; 
 Pingar a gota sobre o fórnix do olho, não deixar a gota cair sobre a córnea para não provocar 
sensação desagradável; 
 Após a aplicação peça ao paciente para fechar os olhos e a seguir que os abra, permitindo que o 
medicamento se espalhe no olho; 
 Ofereça uma gaze para o paciente secar os olhos, sem esfregar: 
 Fechar logo o frasco; 
 Não colocar colírios em geladeira, exceto se por orientação do fabricante; 
 Rotular o frasco ao ser aberto com data, hora e nome do responsável, porque em média a validade é 
de 15 dias; 
 Proteger o frasco da ação da luz; 
 Registrar no prontuário logo após a realização do procedimento. 
 
Ocular – pomadas: 
 Proceda a limpeza do olho; 
 Afaste a pálpebra e introduza pequena quantidade no saco conjuntival, usando a própria bisnaga da 
pomada; 
 Não encostar o tubo da pomada no paciente; 
 Peça ao paciente que feche as pálpebras e mova o globo ocular, permitindo que o medicamento se 
espalhe; 
 Limpe a abertura da bisnaga, com gaze limpa, feche e guarde; 
 De preferência que seja de uso individual a pomada; 
 Anote logo após o procedimento no prontuário do paciente. 
 
Nasal: 
 Coloque o paciente de preferência deitado com a cabeça bem inclinada para trás, permitindo que o 
medicamento penetre profundamente; 
 Não encoste o conta-gotas no nariz do paciente; 
 Segure o conta-gotas ligeiramente acima das narinas, para introduzir as gotas, dirigindo sua 
extremidade para a parte média da concha superior do etmóide; 
 Instrua o paciente a permanecer deitado de costas por alguns minutos, para que o medicamento seja 
absorvido; 
 Anote no prontuário o procedimento realizado. 
 
Retal: 
Com o paciente em decúbito lateral esquerdo, com a perna superior fletida, insira o supositório retal, 
segurando sua extremidade com lima gaze. 
 Com auxilia de uma luva introduza o supositório logo além do esfincter anal, evitando assim sua 
expulsão; 
 Oriente o paciente para permanecer deitado por alguns minutos; 
 Anote no prontuário do paciente o procedimento realizado. 
 
Instilação na garganta: 
 Coloque o paciente sentado, peça para ele inclinar a cabeça para trás: · Abra a boca e abaixe a língua 
com auxílio de uma espátula; 
 Faça o jato do medicamento ou pincele as lesões com "swab"; 
 Registre no prontuário o procedimento realizado. 
A administração de medicamentos parenterais, estará sendo demonstrada na aula 5 da 
Apostila Digital de Fundamentos da Enfermagem. 
As principais Diretrizes para uma administração segura de medicamentos nos pacientes, tem 
como base o conhecimento das normas institucionais, a administração de medicamentos prescritos 
pelo médico, com assinatura e carimbo do mesmo. É importante também que o profissional tenha sua 
total atenção voltada para o procedimento que esta sendo realizado, sem conversar com os demais 
colegas, e o profissional de enfermagem deve procurar ajuda do Enfermeiro, sempre que tiver 
dúvidas com relação à prescrição e solicitar sempre ao Enfermeiro ou colega para conferir os cálculos 
de diluição de medicamentos. 
 
 
 
 
AULA 3 
Sistema de Medidas em Farmacologia 
 
 
Medidas domésticas: 
1 COLHER DE CHÁ 5 ML 
1 COLHER DE SOPA 15 ML 
1 XÍCARA 240 ML 
1 COPO AMERICANO 250 ML 
1 GOTA 0,060 ML 
1 ML 20 GTS 
1 GOTA 3 MICROGOTAS 
 
 UNIDADES UTILIZADAS: 
 O volume é expresso em Litro, enquanto que o peso, em gramas. 
 1000 ml = 1 litro(l) 
 1000 mg = 1 grama(g) 
 1000g = 1 quilograma(Kg) 
 
Conversão 
 
 
 
 
EX: Foram prescritos pelo médico 50mg de um determinado remédio. Na farmácia este 
medicamento esta disponível em mg. O cálculo é feito através da regra de 3 simples: 
 1g------------1000mg 
 x g ----------50 mg 
 
 x.1000mg = 50mg . 1g 
 x = 50mg x 1g 
 1000mg 
 = 0,05g 
 
 
 
Mg em g DIVIDIR POR 1000 
Ml em L DIVIDIR POR 1000 
G em Kg DIVIDIR POR 1000 
G em mg MULTIPLICAR POR 1000 
L em ml MULTIPLICAR POR 1000 
Kg em g MULTIPLICAR POR 1000 
DOSE – quantidade de determinada substância 
presente em um medicamento. 
VOLUME - quantidade do medicamento a ser 
administrado. 
Ex.: 5ml de Cefalotina 500mg – 5ml é o volume 
administrado, enquanto que a dose é de 500mg. 
UI – unidades internacionais 
ml (mililitros) e cc (centímetro 
cúbico) = sinônimos 
Cálculo para administração de Penicilina Cristalina 
A Penicilina recebe um cuidado especial por se apresentar em UI, aumento do volume não 
proporcional ao volume acrescentado. Veja o exemplo: 
Foram prescritos pelo médico 2.000.000 UI de Penicilina Cristalina EV de 4/4 horas. Na farmácia do 
hospital só tem disponível frasco ampola de 5.000.000 UI. 
 Para administrar temos que considerar: 
a) Dose do frasco → 5.000.000 UI 
b) Dose prescrita → 2.000.000 UI 
c) Volume do frasco → 5 ml ( Pois o medicamento vem em pó dentro do frasco ampola e o 
profissional dilui com Água Destila – o volume do pó corresponde a 2ml e o profissional 
acrescentou 3ml de AD, dando um total de 5ml) 
 5.000.000 UI ---------5 ml 
 2.000.000 UI ----------x ml 
 X ml = 2.000.000UI . 5 ml 
5.000.000 
 10 
 5 = 2 ml 
 O profissional deverá administrar 2ml da solução preparada. 
 
 
Cálculo de gotejamento 
 Qual não houver a disponibilidade da infusão através da Bomba Infusora, que controla o volume 
da solução o administrada, no tempo exato, o profissional de enfermagem deve fazer este controle 
através do gotejamento pelo equipo de soro. 
 
 
 
 
 
 FÓRMULA PARA GOTAS FÓRMULA PARA MICROGOTAS 
 
Nº de Gotas/minuto = V/ T x3 Nº de Microgotas/minuto = V/T 
 
V = Volume em ml V = Volume em ml 
T = Tempo em horas T = Tempo em horas 
3 = Constante 
 
Soluções Endovenosas 
Solução 
É uma mistura homogênea composta de duas partes distintas, que são: 
 Soluto - é a substância a ser dissolvida. Ex.: cloreto de sódio 
 Solvente - é o liquido no qual o soluto será dissolvido. Ex.: água 
A quantidade de soluto contida em uma solução pode ser indicada diretamente ou vir expressa em 
proporção, porcentagem, p.p.m. e mEq. 
 Diretamente - e expressa a quantidade do soluto em relação a um determinado volume de 
solvente, como por exemplo: cloranfenicol suspensão - 150mg/5ml; 
 Porcentagem - expressa a quantidade de grama do soluto contida em 100ml do solvente, 
como por exemplo: Kcl (Cloreto de Potássio) 10% -10g de Kcl em cada 100ml; 
 Proporção - expressa as partes do soluto (g) em relação as partes de solvente (ml), como por 
exemplo: Permaganato de potássio 1:10.000 ou seja, 19 de KMn04 para 10.000 ml de água; 
 P.P.m. (partes de soluto por um milhão) de partes de solvente, por exemplo: Hipoclorito de 
sódio - 10.000 ppm - 10.000g em 1.000.000 de ml de água; 
Podemos usar o vídeo que mostra o soro gotejando – feito no laboratório de 
enfermagem + http://www.youtube.com/watch?v=TSvs2rPNTRI&feature=related 
 mEq (Miliequivalente) - expressam as quantidades de eletrólitos a serem administrados. Não 
se usa unidades de peso (g, ou mg) porque a atividade elétrica dos íons deve ser expressa por 
mEq, por exemplo: Cloreto de sódio 20% = 3,4 mEq/ml. 
 
Soluções parenterais de grande volume 
 
 Glicose em solução isotônica de cloreto de sódio (glico-fisiológico) 
* Indicações em desidratações, especialmente quando há perda de energia. 
* Apresentação frasco de 250, 500 e 1000 ml. 
* Composição glicose 5g, cloreto de sódio 0,9 g, água p/ inj. qsq 100ml 
 
 Cloreto de potássio, 10% 
* Indicações em hipocalemia ou alcalose hipoclorídrica, acompanhada de hipocalemia 
* Apresentação ampola 10 ml 
 * Composição por 10 ml 
 
 Solução de glicose a 5% 
* Indicação - suprimento de calorias, toxícose, hipoglicemia, choque, diarréia infantil. 
 * Apresentação frasco 250, 500 e 1000 ml 
 * Composição glicose 5g, água para inj. qsq 100ml 
 
 Solução de glicose a 10% 
* Indicação - suprimento de calorias, toxícose, hipoglicemia. choque, diarréia infantil 
* Apresentação frasco 250, 500 e 1000 ml 
* Composição glicose 10g, água para inj. qsq 100m1 
 
 Solução de glicose 25% 
* Indicação - perdas hídricas, pós-operatório, vômitos, queimaduras, edemas, intoxicações 
* Apresentação - ampola 10 e 20 ml 
* Composição - glicose 25g, água para inj. qsq 100ml 
 
 Solução de glicose a 50% 
* Indicação - perdas hídricas, pós-operatório, vômitos, queimaduras, edemas, intoxicações. 
* Apresentação ampola 10 e 20 ml 
* Composição glicose 50g, água p/ inj. qsq 100 ml 
 
 Solução de cloreto de sódio 0,9% 
* Indicações - acidose metabólica, hiperidratação, anemia, veículo para medicamentos. 
* Apresentação frasco 250, 500 e 1000 ml 
* Composição cloreto de sódio 0,9g, água p/ inj. qsq 1000 ml 
 
 Solução de ringer simples 
* Indicação - desidratação, vômitos, equilíbrio eletrolítico, hemorragias. 
* Apresentação - frasco 250 e 500 m! 
* Composição - cloreto de sódio 0,860g, cloreto de potássio 0,03 g, cloreto de cálcio O,033g, água p/ 
inj qsq 100ml . 
 
 Solução de ringer com lactato de sódio 
* Indicação - correção de eletrólitos, queimaduras,desidratação, nefrites, vômitos, pós-operatório, 
cetose, toxicose. Apresentação - frasco 250, 500 e 1000 ml 
* Composição - cloreto de sódio O,6g, cloreto de potássio O,03g, cloreto de cálcio O,02g, lactato de 
sódio O,3g, água p/ inj qsq 100ml. 
 
 Solução de manitol 
* Indicação - edema cerebral, insuficiência renal, ascite, neurocirurgia . 
* Apresentação - frasco de 250 m1 
* Composição – manitol 20 g, água p/ inj qsq 100ml. 
 
 Solução de bicarbonato de sódio 8,4% 
* Indicação acidose metabó1ica, insuficiência rena1 aguda, choque, intoxicação por barbitúricos, 
inseticidas. 
* Apresentação - ampola de 20 ml 
* Composição - bicarbonato de sódio 8,4g, água p/ inj qsq 100ml; 
 
 Solução de cloreto de sódio 20% 
* Indicação - hiponatremia, hipercloremía 
* Apresentação - ampola 20 ml 
* Composição - cloreto de sódio 20g, água p/ inj qsq 100ml. 
 
 
 
AULA 4 
Atuação das Drogas no Organismo Humano - ANALGÉSICOS 
Analgésicos são drogas que aliviam a dor. São de grande importância em medicina, pois a dor 
é um traço comum e angustiante de diversos tipos de patologias. Deve ser lembrado, no entanto, que 
a dor tem suas utilidades, tanto como um aviso da presença da doença, como pela sua natureza, pode 
ajudar na localização e no diagnostico da causa fundamental. 
 
Tipos de Analgésicos 
 Analgésicos Não-Narcóticos 
 Analgésicos Narcóticos 
 
Analgésicos Não-Narcóticos 
 São indicados para o caso das dores de leves à moderadas, pois agem no sítio da dor, não 
causando dependência e não alteram a percepção individual como os narcóticos podem fazer. Os 
analgésicos não narcóticos são também antiinflamatórios, já que inibem a produção das 
prostaglandinas, substância envolvida nas reações inflamatória. 
 Acetaminofeno (Paracetamol); 
 Metamizol (Dipirona ); 
 Ácido Acetil Salicílico (Aspirina); 
 O paracetamol e a dipirona são os analgésicos não-narcóticos mais comumente empregados 
sem prescrição médica, combatendo a dor e a febre. 
 A aspirina também é um analgésico não narcótico, porém com muitas restrições, por isso o 
paracetamol (Acetaminofeno) é um analgésico substituto da aspirina, que atua diretamente nas 
terminações nervosas para suprimir a dor, mas que em doses excessivas pode causar danos letais ao 
fígado, principalmente em bebedores inveterados. 
 A aspirina, administrada por via oral proporciona um alívio moderado de 4 a 6 horas, mas 
tem efeitos secundários. A aspirina pode irritar o estômago, causando úlceras pépticas. Devido à sua 
ação sobre a coagulação sanguínea, a aspirina faz com que possam aparecer hemorragias em qualquer 
parte do organismo. 
 Todos os analgésicos não opiáceos são anti-inflamatórios não esteróides (AINE), com 
exceção do paracetamol (acetaminofeno). A ação destes fármacos é dupla: em primeiro lugar, 
interferem com o sistema das prostaglandinas, um grupo de substâncias que interagem e são em parte 
responsáveis pela sensação de dor. Em segundo lugar, a maioria destes fármacos reduz a inflamação, 
o edema e a irritação que muitas vezes rodeia uma ferida e que aumenta a dor. 
Todos os AINE causam irritação na mucosa gástrica, ocasionando úlceras, devendo ser 
ingeridos juntamente com alimentos e antiácidos para prevenir as lesões no estômago. 
Efeitos colaterais dos antiinflamatórios não-esteroidais 
 Sistema Digestivo: o uso por curto período pode causar dos no estômago (dispepsia). O uso mais 
prolongado, principalmente em doses altas, pode causar úlcera gástrica e sangramento no estômago. 
 Fígado: o uso prolongado desses antiinflamatórios pode causar lesão no fígado. 
 Rins: o uso, mesmo que por período curto, pode prejudicar os rins, principalmente em pessoas que já 
apresentam problema renal. 
 Ouvidos: indivíduos que usam aspirina em doses altas podem apresentar zumbido nos ouvidos 
(tinido), embora esse sintoma possa ocorrer com outros antiinflamatórios. Costuma melhorar após 
redução da dose do medicamento. 
 
Analgésicos Narcóticos 
 Os analgésicos narcóticos podem ser opiáceos ou opióides, onde os opiáceos são compostos 
encontrados no ópio, líquido extraído das sementes da papoula, e o opióide são derivados dos 
opiáceos, naturais ou sintéticos. Estes analgésicos são indicados para alívio de dores moderadas a 
intensas, particularmente de origem visceral, são analgésicos fortes, sendo usados no tratamento da 
dor crônica e intensa. 
O uso concomitante dos analgésicos com outras drogas pode ser perigosa, como por exemplo 
o álcool junto com analgésicos pode causar tonteira, diminuição da coordenação motora e dos 
reflexos 
 
Efeitos colaterais mais comuns dos Opióides/Opiáceos 
 Náuseas e vômitos 
 Tonteira 
 Boca seca 
 Pupilas contraídas 
 Queda da pressão arterial quando a pessoa fica em pé (hipotensão ortostática) 
 Retenção de urina 
 Constipação intestinal 
 Efeitos colaterais menos comuns: 
 Confusão mental 
 Alucinações 
 Coceira/lesões de pele 
 Queda da temperatura do corpo 
 Redução ou aumento da freqüência de batimentos cardíacos 
 Rigidez muscular 
 Efeitos colaterais graves 
 Depressão respiratória (diminuição da respiração) 
 Overdose fatal 
MORFINA 
NOMES COMERCIAIS → Dimorf, MS Long, MST Continus. 
INDICAÇÕES → Dor grave; edema pulmonar; dor associada com infarto do miocárdio. 
CONTRA-INDICAÇÕES → Hipersensibilidade, diarréia causada por envenenamento, cirurgias do trato ou anastomose e durante a gestação ou o trabalho de parto. 
MECANISMO DE AÇÃO → Efeito primário no SNC e na musculatura lisa. Da mesma forma que os outros opióides, atua como um antagonista que se liga aos sítios 
receptores estereoespecíficos e saturáveis do cérebro, na medula espinhal e em outros tecidos. 
EFEITOS COLATERAIS → Depressão respiratória, parada cardíaca, rubor facial, taquicardia, bradicardia, arritmia, palpitações, hipertensão, hipotensão postural, 
hipotensão, síncope, prurido, urticária, sudorese, diminuição da libido ou potência, náusea, vômito, boca seca, constipação, retenção urinária, oligúria, depressão 
respiratória, apnéia, parada respiratória, laringoespasmo, broncoespasmo, diminuição do reflexo da tosse, anorexia, tontura, sedação, euforia, insônia, agitação, 
ansiedade, alucinação, desorientação, sonolência, letargia, coma, mudança de humor, cefaléia, tremor convulsão, dependência física e psicológica. 
CUIDADOS DE ENFERMAGEM → a) A medicação deve ser administrada exatamente conforme recomendado. b) A medicação não deve ser usada durante a 
gestação ou o trabalho de parto. c) Informe ao paciente sobre a possibilidade de desenvolvimento de dependência á droga. d) Informe o paciente às reações adversas 
mais freqüentemente relacionadas ao uso da medicação. e) Recomende que o paciente mude lentamente de posição para minimizar a hipotensão postural. f) 
Recomende ao paciente o consumo de alimentos que contenham fibras para diminuir a constipação. g) Durante a terapia, monitorize a função renal do paciente. h) 
Pode causar tontura ou sonolência. Recomende que o paciente evite dirigir ou outras atividades que requerem estado de alerta, durante a terapia. i) Recomende que o 
paciente evite o consumo de álcool ou de outros depressores do SNC durante a terapia. j) VO: os comprimidos não devem ser macerados, ou mastigados, a medicação 
pode ser administrada com alimentos para evitar desconforto GI. l) IV: administre lentamente para evitar reações adversas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CODEÍNA 
NOME COMERCIAL → Codein 
INDICAÇÃO → Alívio da dor moderada. 
CONTRA-INDICAÇÕES → Hipersensibilidade, diarréia associada com colite pseudomembranosa causada por cefalosporina, lincomicina ou penicilina, diarréia 
porenvenenamento (devido a menor eliminação do material tóxico), depressão respiratória, alcoolismo, instabilidade emocional, aumento da pressão intracraniana, 
arritmia, convulsão, disfunções hepática e renal, inflamação intestinal, hipertrofia e obstrução prostáticas, hipotireoidismo, cirurgias recentes do trato GI e urinário e 
paciente com tendências suicidas. 
MECANISMO DE AÇÃO → Os analgésicos opióides ligam-se aos receptores estereoespecíficos em vários sítios do SNC, alterando os processos que afetam tanto 
a percepção da dor como a resposta emocional à mesma. Embora ainda não tenham sido determinados precisamente o sítio e o mecanismo de ação, as alterações na 
liberação de vários neurotransmissores dos nervos aferentes sensitivos aos estímulos da dor podem ser responsáveis pelo efeito analgésico. 
EFEITOS COLATERAIS → Estimulação do SNC (principalmente em crianças), confusão e sensação de despersonalização, tontura, sensação de desmaio, 
convulsão, alucinação, depressão, letargia, euforia, delírio, insônia, sonolência, ansiedade, cefaléia, tremor, depressão respiratória, broncoespasmo, perda do apetite, 
náusea, vômito, constipação, rash, prurido, choque, edema. 
CUIDADOS DE ENFERMAGEM → a) A medicação deve ser administrada exatamente conforme recomendado. b) A medicação não deve ser usada durante a 
lactação. c) Se houver necessidade de drenagem de secreções brônquicas (expectoração), informe ao paciente que o uso desta droga está contra-indicado. d) Os 
pacientes idosos devem receber doses baixas e em intervalos maiores. e) Recomende ao paciente aumento na ingestão de líquidos e de alimentos ricos em fibras. f) 
Recomende ao paciente maior atenção com a higiene oral e bochechos com soluções bactericidas, para evitar o desenvolvimento de cáries, doença piriodontal ou 
candidíase oral. g) Recomende que o paciente evite dirigir ou outras atividades que requerem estado de alerta, durante a terapia. h) Recomende que o paciente evite a 
ingestão de álcool ou de outros depressores do SNC, durante a terapia. 
 
MEPERIDINA 
NOMES COMERCIAIS → Dolantina, Dolosal, Dornot. 
Indicação → Alívio da dor. 
CONTRA-INDICAÇÕES → Hipersensibilidade, diarréia causada por envenenamento, asma brônquica, DPOC, depressão respiratória, anoxia, alcoolismo, 
hipertensão intracraniana e durante a gestação. 
MECANISMO DE AÇÃO → Potente analgésico. Produz analgesia, euforia e sedação. 
EFEITOS COLATERAIS → Depressão circulatória, parada cardíaca, rubor facial, taquicardia, bradicardia, arritmia, palpitações, hipertensão, hipotensão, 
hipotensão postural, síncope, prurido, urticária, sudorese, diminuição da libido ou da potência, náusea, vômito, constipação, retenção urinária, oligúria, efeito 
antidiurético, depressão respiratória, apnéia, parada respiratória, laringoespasmo, anorexia, tontura, sedação, euforia, delírio, insônia, agitação, ansiedade, medo, 
alucinação, desorientação, sonolência, letargia, mudança no humor, cefaléia, tremor, convulsão, diminuição do reflexo da tosse, dependências físicas e psicológicas. 
CUIDADOS DE ENFERMAGEM → a) A medicação deve ser administrada exatamente conforme recomendado. b) A medicação não deve ser usada durante a 
gestação. c) Informe ao paciente sobre a possibilidade de desenvolvimento de dependência á droga. d) Recomende que o paciente mude lentamente de posição para 
minimizar a hipotensão postural. e) Informe o paciente às reações adversas mais freqüentemente relacionadas ao uso da medicação. f) Durante a terapia, monitorize a 
função renal do paciente. g) Recomende ao paciente o consumo de alimentos que contenham fibras para diminuir a constipação. h) Pode causar tontura ou sonolência. 
Recomende que o paciente evite dirigir ou outras atividades que requerem estado de alerta, durante a terapia. i) Recomende que o paciente evite o consumo de álcool 
ou de outros depressores do SNC durante a terapia. 
ÁCIDO ACETILSALICÍLICO 
INDICAÇÃO → Analgésico, antiagregante plaquetário, antiinflamatório não-esteróide (AINE), antitérmico, antireumático. 
CONTRA-INDICAÇÕES → Hipersensibilidade, úlcera GI, sangramento GI, crianças ou adolescentes com varicela (devido á associação epidemiológica com 
síndrome de Reye) e durante a gestação (recomenda-se evitar o uso, devido às possibilidades de maior risco de hemorragia materno-fetal e de defeito congênito no 
coração e de outras malformações). Use cuidadosamente nos casos de disfunção renal, hipoprotrombinemia, deficiência de vitamina K e em pacientes asmáticos. 
NOMES COMUNS → AAS, Aceticil, Alidor, Aspirina, Aspisin, Bufferin, Ecasil, Somalgin. 
MECANISMO DE AÇÃO → os efeitos antipirético e antiinflamatório dos salicilatos são essencialmente devido ao bloqueio da síntese de prostaglandinas nos 
centros termorreguladores hipotalâmicos e em sítios-alvo periféricos. 
EFEITOS COLATERAIS → Rash, náusea, vômito, desconforto GI, sangramento oculto, tempo de sangramento prolongado, hematoma, disfunção hepática, 
zumbido, perda da audição, síndrome de Reye. 
CUIDADOS DE ENFERMAGEM → a) Orientar o paciente para não interromper o tratamento medicamentoso, mesmo que se sinta melhor. B) Durante a terapia 
prolongada monitorize hematócrito, hemoglobina, função renal. C) Oriente o paciente para observar petéquias, sangramento na gengiva, sangramento no trato GI. 
Oriente o uso de escova de dente macia e mantenha uma boa. 
 
DIPIRONA SÓDICA 
NOMES COMUNS → Novalgina, Neosaldina, Anador. 
INDICAÇÕES → Analgésico e antipirético. 
CONTRA INDICAÇÕES → Paciente com insuficiência hepática e renal, há, alterações das funções cardíacas, história de gastrite e úlcera péptica. Intolerância aos 
derivados pirazolônicos. Pacientes com hipersensibilidade à droga ou portadores de discrasias sanguíneas. O uso em idosos deve ser monitorado, pois estes são mais 
propensos à toxicidade. 
MECANISMO DE AÇÃO → A dipirona é um analgésico e antipirético da classe dos pirazolônicos com ação central e periférica. Atua inibindo a enzima COX e 
previne a formação de endoperóxidos das PGG2 e PGH2, que são formados a partir do ácido aracdônico. No fígado a dipirona sofre a desmetilação (efeito de 
primeira passagem). 
EFEITOS COLATERAIS → Hipersensibilidade, choque, discrasias sanguíneas, inchaço no rosto, coceira, sensação de compressão na região do coração, pulso 
rápido, sensação de frio nos membros superiores e inferiores, sangramento com ousem pontos hemorrágicos na pele e mucosas, distúrbios renais transitórios. Podem 
produzir anemia aplástica e hemolítica, rash, edema, tremores, vômitos, hemorragia GI, anúria e reações como asma e angioedema. 
CUIDADOS DE ENFERMAGEM → a) Instrua o paciente a tomar a medicação conforme prescrição médica. b) Informar ao paciente as reações mais freqüentes. c) 
Atenção durante o uso concomitante de outras drogas. 
 
PARACETAMOL 
NOMES COMUNS → Acetofen, Calpol, Cefalex, Cetynol, Dorfen, Dórico, Dorvan, Febralgin, Gripeonil, Pacemol, Paralgen, Piramin, Pyrimel, Termo-Ped, 
Termol, Tilekin, Trifen, Tylenol, Tylephen. 
INDICAÇÃO → Dor leve à moderada e febre. 
CONTRA INDICAÇÕES → Hipersensibilidade prévia. Alguns produtos contêm álcool, aspartama, sacarina, açúcar ou tartrazina e devem ser evitados em paciente 
com hipersensibilidade ou intolerância a estas combinações. Use cuidadosamente nos casos de doença hepática grave, doença renal, alcoolismo crônico e desnutrição. 
MECANISMO DE AÇÃO → Atua inibindo a síntese de PGs no SNC, o que explica suas propriedades analgésica e antipirética. Apresenta um menor efeito sobre a 
COX em tecidos periféricos, o que se traduz em fraca atividade antiinflamatória. O paracetamol não afeta plaquetária, nem aumenta o tempo de coagulação. 
EFEITOS COLATERIAS → Rash, urticária e necrose hepática na superdosagem. 
CUIDADOS DE ENFERMAGEM → a) Instrua o paciente a tomar a medicação conforme prescrição médica. b) Informar ao paciente as reações adversas mais 
freqüentes.c) Administrar com alimentos para evitar desconforto no trato GI. d) Atenção durante o uso concomitante de outras drogas. 
 
 
 
 
 
 
Aula 5 
Também chamados corticosteróide, são hormônios produzidos pelas glândulas supra-renais, com 
função no balanço eletrolítico e na regulação do metabolismo. Utilizados de forma sintética como 
medicamentos, possui uma potente ação antiinflamatória, sendo indicado nas reações alérgicas e 
quadros agudos de asma, rinite, urticária, eczemas, farmacodermias e da reação anafilática. 
 Os corticóides são amplamente conhecidos como cortisona, além da ação antiinflamatória, é 
também imunosupressora 
O uso terapêutico dos corticóides em patologias endócrinas, funciona como terapia de 
reposição nos diversos distúrbios que acometem as supra-renais, tais como: 
* Insuficiência da supra-renal, com lesões estruturais ou funcionais do córtex da supra-renal; 
* Insuficiência primária e secundária da supra-renal, por cirurgia ou disfunção hipofisária 
respectivamente; 
* Hiperplasia congênita da supra-renal. 
Nas patologias não endócrinas, o suo terapêutico e indicado nos seguintes distúrbios: 
 Distúrbios reumáticos; 
 Doenças renais; 
 Doenças alérgicas; 
 Asma Brônquica. 
 
Os corticóides podem ser administrados por várias vias, inclusive a inalatória e tópica. Podem ser 
prescritos corticóides em colírios, soluções para administração nos ouvidos e também nos casos de 
artrites a via pode ser diretamente intra-articular (infiltração). 
Efeitos adversos dos Corticóides 
O s efeitos adversos estão diretamente relacionados a dose e ao tempo de uso, na maioria das 
vezes estes efeitos são menos graves do que as doenças que se pretende tratar (relação risco x 
benefício) 
 Efeitos colaterais dos corticóides na pele → Entre os efeitos estéticos os mais comuns 
podemos citar a equimose e a púrpura associadas ao corticóide. São pequenas hemorragias que 
ocorrem em baixo da pele, normalmente em áreas expostas ao sol, como mãos e antebraços. 
Estrias de cor arroxeada e localizadas na região abdominal, calvície, crescimento de pêlos em 
mulheres e acne também ocorrem com frequências em usuários crônicos de corticóides. 
Um sinal típico da toxicidade pelos corticóide é o desenvolvimento da aparência cushingóide que se 
caracteriza por um face arredondada (chamada de fácies em lua), pelo acúmulo de gordura na 
região posterior do pescoço e das costas (chamado de corcova ou giba de búfalo) e pela 
distribuição irregular da gordura corporal, com predomínio na região abdominal e tronco. 
 Efeitos colaterais dos corticóides nos olhos →O uso contínuo de corticóides sistêmicos, 
normalmente por mais de 1 ano com doses maiores que o equivalente a 10mg de prednisona 
pode levar a alterações oftalmológicas como a catarata e glaucoma. Tanto os corticóides usados 
por via oral, usados por via nasal (spray nasal para asma ou bronquite) ou como forma de 
colírios podem causar ambas doenças. 
 Efeitos colaterais metabólicos dos corticóides → Além do ganho de gordura já descrito 
anteriormente, a corticoterapia crônica também leva a alterações do metabolismo da glicose, 
podendo inclusive induzir ao Diabetes Mellitus e a elevação dos níveis de colesterol 
 Efeitos colaterais cardiovasculares dos corticóides→ A incidência de várias doenças 
cardiovasculares costuma aumentar com o uso prolongado de corticóides. Podemos citar o 
aumento da ocorrência de hipertensão, infartos do miocárdio, insuficiência cardíaca e AVC 
 Efeitos colaterais músculo-esqueléticos dos corticóides → A corticoterapia prolongada é 
responsável por aumento da incidência de osteoporose, necrose óssea, lesões musculares 
(miopatia), fraturas ósseas e distúrbios do crescimento quando usado em crianças. 
 Efeitos colaterais dos corticóides no sistema nervoso central → O uso de corticóides em um 
primeiro momento pode causar uma sensação de bem-estar e euforia. Porém, a longo prazo está 
Pulsoterapia → consiste na administração venosa de até 1000mg de 
metilprednisolona por 3 dias seguidos, indicado em casos graves de 
vasculite ou rejeição de órgãos transplantados. 
associado a uma maior incidência de quadros psiquiátricos como psicose e depressão, além de 
insônia e alterações da memória. 
 Efeitos colaterais imunológicos dos corticóides → A imunossupressão causada pela 
corticoterapia é um efeito desejável nos casos das doenças auto-imunes, mas pode também ser 
um grande problema por facilitar a ocorrência de infecções. É preciso saber balancear bem os 
risco com os benefícios. Além de facilitar infecções, os corticóides também inibem o surgimento 
da febre, dificultando o reconhecimento de um processo infeccioso em curso. 
Doentes submetidos a altas doses de corticóides devem evitar tomar vacinas compostas por 
vírus vivos sob o risco de desenvolver infecções vacinais. Vacinas com vírus mortos podem ser 
administradas, porém, a corticoterapia também pode impedir a formação de anti-corpos fazendo com 
que a vacina apresente pouca eficácia. Muitas vezes são necessárias doses maiores para uma eficaz 
imunização. 
 
Cuidados de Enfermagem 
 O uso de corticóide por período prolongado, inibe a produção natural de cortisol pela 
supra-renal. Como os corticóides sintéticos têm uma meia-vida de algumas horas apenas, a suspensão 
abrupta faz com que após 2 ou 3 dias os níveis de cortisol fiquem próximo de zero. Quando a supra-
renal fica muito tempo inibida pelo administração de corticóides exógenos, ela demora até voltar a 
produzir o cortisol natural. Como o cortisol é um hormônio essencial para a vida, o paciente que 
suspende o corticóide abruptamente entra em um estado chamado de insuficiência supre-renal, 
podendo evoluir para choque circulatório, coma e óbito. 
Desta forma o principal cuidado de enfermagem visa a orientação quanto a importância da 
suspensão lenta e gradual da terapia com corticóides. 
 
 Púrpura pelo corticóide 
 
Estrias pelo corticóide 
 
Fácies em lua 
 
 Corcova ou giba de búfalo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NOMES COMERCIAIS 
Hidrocortisona ® Cortisona ® 
Corticosterona ® Dexametazona ® 
Fludrocortizona ® Aldecina ® 
Alersan Betametasona ® Celestone ® 
Cortisonal ® Flebocortid ® 
Prednosolona ® Corticorten ® 
Meticorten ® Predicorten ® 
Prednisona® 
 
CONTRA-INDICAÇÕES E CUIDADOS DE ENFERMAGEM 
Agrupamos nesta aula as contra-indicações e os cuidados de enfermagem, de forma a facilitar a compreensão, e relacionadas de 
acordo com os fármacos mais utilizados em unidades hospitalares. 
 
Betametasona: 
Contra-indicação → em pessoas hipersensíveis à droga, infecção fúngica sistêmica. Deve ser utilizada cuidadosamente em pacientes com 
disfunção renal, úlcera no trato gastrointestinal, hipertensão, osteoporose, varicela, vacina, exantema, diabete melittus, síndrome de Cushing, 
tromboembolia, convulsão, miastenia grave, ICC, tuberculose, herpes simples ocular, hipoalbuminemia, instabilidade emocional, tendências 
psicóticas. 
Cuidados de enfermagem → 1. Avisar a equipe médica se o paciente faz uso continuado por conta própria, devido aos seus inúmeros efeitos 
colaterais. 
2. Paciente idoso pode ser mais suscetível osteoporose. Administrar vitamina D ou cálcio conforme prescrição médica. 
3. Após o uso prolongado da droga, dieta com restrição de calorias ou sódio pode ser necessário. 
4. Orientar sobre os sintomas apósa suspensão da droga, que são: fadiga, fraqueza, artralgia, hipotensão e dispnéia. 
5. Orientar ao paciente sobre as reações adversas. 
6. Pesar diariamente o paciente antes de começar a terapia e durante a terapia. 
7. Monitorizar glicose e potássio no sangue. Paciente diabética pode necessitar de ajuste por insulina. 
8. Oferecer a dose diária pela manha para obter um resultado melhor e ter menos risco de toxicidade. 
9. Oferecer a droga com alimento ou leite para evitar irritação no trato gastrointestinal. 
10. Infundir com soro fisiológico 0,9% ou soro glicosado 5% pela via I.V. 
11. Por via I.M administrar profundamente no músculo sempre o local de aplicação, para prevenir atrofia muscular. 
12. Orientar ao paciente que faz uso prolongado da droga para periodicamente procurar um oftalmologista. 
 
 
 
Sccinato Hidrocortisona (Solu- cortef, Flebocortid) 
Contra-indicação → em paciente hipersensível à droga, infecção, tuberculose, infecção por fungo, amebíase, hepatite B, vacina, varicela, 
insuficiência renal e hepática, cirrose, hipotireoidismo, colite ulcerativa, diverticulite, úlcera péptica, inflamação gastrointestinal, ICC, 
tendência tromboembolítica, osteoporose, convulsão, diabete mellitus, lactação. 
Cuidados de enfermagem → 1. Administrar antes das nove horas da manha para diminuir o nível de corticosteróide durante a noite, 
diminuindo a toxicidade e obtendo melhores resultados. 
2. Manter repouso após administração intra-articular. 
3. Orientar ao paciente para sinais de insuficiência adrenal, tais como: fadiga, fraqueza muscular, dor na articulação, febre, anorexia, náusea, 
dispnéia, tontura. 
4. Observar caso de depressão e episódio, em altas doses. 
5. Fazer uso de antiácido por via oral ou outro bloqueador da acidez gástrica ao usar corticosteróides para prevenir úlcera péptica. 
 
Acetato Metilprednisona 
Contra-indicação→ em pacientes hipersensíveis à droga, infecção, tuberculose, infecção fúngica, amebíase, vacinas, varicela, infecção 
resistente a antibioticoterapias, lactação, alergia a ácido acetilsalicílico. Usar cuidadosamente em pacientes com disfunção hepática e renal, 
hipotireoidismo, colite ulcerativa, diverticulite, úlcera péptica, inflamação intestinal, ICC, hipertensão, tromboembolia, osteoporose, 
convulsão, diabete mellitus. 
Cuidados de enfermagem → 1. Usar cuidadosamente em pacientes com alergia a ácido acetilsalicílico. 
2. Orientar a paciente para usar contraceptivo 
Aula 6 
ANTIBIÓTICOS 
 São drogas que atuam especificamente no controle e combate a infecção, por sua ação 
bactericida ou bacteriostática. Possuem origem natural ou sintética. 
Os antibióticos (ATBs), inibem o crescimento de microrganismos e são produzidos por organismos 
(microorganismos, vegetais superiores ou animais) ou cuja a porção fundamental da molécula tenha 
sido obtida a partir de produtos de organismos vivos. Os antibióticos podem ser de amplo espectro, ( 
eficaz contra muitos microorganismos), ou podem ser de espectro limitado ( eficaz contra 
determinados microrganismos). 
 
a) Penicilinas 
Foi o primeiro antibiótico descoberto, sendo amplamente utilizado até hoje. Originado 
do fungo Penicilium. 
Tipos : 
 Penicilina G Potássica 
 Penicilina G Procaína 
 Penicilina G Benzatina 
 Penicilina semi-sintética 
 Amoxacilina ácido clavulânico 
 Amoxicilina 
 Ampicilina Sódica 
 Cloridrato de bacampicilina 
 Cloxacilina sódica 
 Dicloxacilina sódica 
 Oxacilina sódica 
 Ticarcilina dissódica e clavulanato de potássio 
 
b) Cefalosporina de 1ª Geração 
É derivado de fungos e são ativos nos microrganismos das vias urinárias e algumas cepas de 
estafilococos e estreptococos. 
Tipos: 
 Cefadroxil 
Cefalexina 
 Cefazolina sódica 
 Cefradina 
 
d) Cefalosporina de 2ª Geração: 
Também derivam originalmente de fungos , atinge os mesmos microrganismos da 1 geração e 
também contra o haemophilus influenzae, invasor comum do ouvido médio e das vias respiratórias. 
Tipos: 
 Cefaclor 
 Cefotetan dissódico 
 Cefoxitina sódica 
 Cefprozil 
 Ceforuxina Acetil 
 Ceforuxina sódica 
 Naftato de cefamandol 
 
d) Cefalosporina de 3ª Geração 
Eficaz contra estreptococos e pneumococos, e principalmente contra os gram negativos do 
trato gastrointestinal. 
Tipos: 
 Cefdinir 
 Cefixima 
 Cefoperazona sódica 
 Cefotaxima sódica 
 Cefpodoxima sódica 
 Ceftizoxima sódica 
 Ceftibuteno 
 
e) Tetraciclina 
Antibiótico de amplo espectro e eficazes contra muitos microrganismos, em especial os que 
invadem o sistema respiratório, e os tecidos moles. 
Tipos: 
 Cloridrato de tetraciclina. 
 
d)Eritromicina 
Utilizada frequentemente em infecções por estafilococo, haemophilus influenzae, mycoplasma 
pneumoniae, usados em uretrites não gonocócicas e no acne vulgaris. 
Tipos: 
 Eritromicina 
 Estolato de eritromicina 
 Azitromicina 
 Claritromicina 
 Diritromicina 
 
e) Quilononas 
Antibacteriano de largo espectro, utilizados em microrganismos que invadem as vias 
respiratórias , gastrointestinais e urinárias. 
Tipos: 
 Cloridrato de ciprofloxacino 
 Acido Nalidíxico 
 Levofloxacino 
 Norfloxacino 
 Ofloxacina 
 
ANTIMICÓTICOS 
Consistem em um grupo de medicamentos que combatem as infecções causadas por fungos. 
a) Anfotericina B → Eficaz para infecção por fungos sistêmica. 
b) Cetoconazol →Eficaz em infecções severas por fungos. 
c) Cloridrato de Terbinafina → Indicado v. o para micoses de unhas e pés. 
d)Flucitosina → Eficaz para infecção sistêmica grave. 
f) Fluconazol → Eficaz em Candidíase intestinal. 
g) Griseofulvina → Indicado para micoses superficiais. 
h) Itraconazol → Indicado em infecção sistêmica para paciente imunodeprimido. 
i)Nistatina → Indicado para paciente com infecção vaginal e tópico para infecção por leveduras 
sistêmico para grandes infecções. 
j) miconazol →Indicado para monilíase cutânea. Admintrada exclusivamente por VO 
 
ANTIVIRAIS 
 Consistem em um grupo de medicamentos que combatem as infecções causadas por vírus, 
atuando em eventos específicos da replicação viral, inibição da síntese de ácidos nucléicos ou 
proteínas do vírus, dado que utilizam a maquinaria celular para sua reprodução. 
 
a)Aciclovir sódico → Indicado para Herpes simples, varicela zoster oral ou genital, varicela, e em 
pacientes imunodeprimidos. 
b) Cidofovir → Indicado para citomegalovírus , retinite na AIDS. 
c)Cloridrato de ranitidina → Indicado na profilaxia de Influenzae. 
d)Cloridrato de valaciclovir → Indicado para Herpes zoster. 
e) Didanosina → Indicado para HIV avançado. 
f) Fanciclovir → Indicado para herpes zoster e herpes genital. 
g)Foscarnete sódico → Indicado em retinite. 
h) Ganciclovir sódica → Indicado em citomegalovírus. 
i) Ribavirina → Indicado para infecções de vírus respiratórios, pneumonia por adenovírus , hepatite 
crônica. 
j) Vidarabina → Intravenoso é indicado para Herpes simples, encefalite,herpes neonatal , varicela 
em pacientes imunodeprimidos, herpes neonatal, herpes zoster e tópico em ceratite por herpes 
simples. 
l) Zalcitabina →: Indicado no tratamento da AIDS. 
m) Zidovudina → é indicado no tratamento de AIDS e CRA( complexo relacionado a 
AIDS) 
 
 
ANTIPARASITÁRIOS 
Consistem em um grupo de medicamentos que combatem os prejuízos causados pelo 
parasitismo. 
a) Albendazol →Indicado para lesões ativas do SNC, causado por Taenia Solium, e 
por doença hidática císticas , que envolve pulmão, fígado, peritônio causados por formar 
larvária da taenia do cão. 
b) Mebendazol → Indicado para ascaris, ancilóstomo, triquinas, oxiúrides e muitos 
parasitas tropicais. 
c) Tiabendazol → Indicado no tratamento da larva migrans cutânea e das 
infestações por triquina. 
e) Lindano→ Indicado para piolhos. 
e) Permetrina→ Indicado para piolhos ( creme rinse) e para escabiose. 
 
 
SULFONAMIDAS 
Consistem em um grupo de medicamentos de origem sintética, também chamados de Sulfas 
que agem em doenças infecciosas , impedindo o crescimento de bactérias e de outros 
microrganismos, são drogas sintéticas. 
a) Sulfisoxazol →Indicado para infecções urinárias agudas e recorrentes. 
b) Sulfametizol →Indicado em infecções renais e infecção urinária. 
 Existem aquelas as Sulfonamidas de Ação prolongada 
a) Sulfametoxazol → Indicada em infecções urinárias agudas ou recorrentes. 
b)Sulfazalasina → Indicada para colite ulcerativa e para doença de Crohn (é uma doença 
crônica inflamatória intestinal, que atinge geralmente o íleo e o cólon). 
c) Co-trimoxazol Trimetoprim e sulfametoxazol → Indicado para infecções urinárias e na Otite 
média aguda. 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 7 
ANTICOAGULANTES 
São medicamentos que aumentam o tempo de coagulação. 
São classificados em: 
 Anticoagulantes injetáveis (heparina) – possuem imediata após a administração, baseada na inibição 
da trombina e do fator X ativado, catalizando a reação dos mesmos com a antitrombina III (AT-III) 
 Anticoagulantes orais (cumarínicos / warfarina) – possuem ação mais lenta, inibindo a síntese dos 
fatores vitamina K dependentes 
 
Mecanismo de ação 
 Heparina IV: 05 minutos após a administração. 
 Heparina SC: até 60 minutos. 
 Warfarina: 12 a 16 horas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGENTES HIPOGLICEMIANTES ORAIS 
 Constituem um grupo de medicamentos que diminuem a concentração de glicose no sangue, 
sendo indicados para pacientes portadores de Diabetes tipo II, permitindo o controle da doença e 
evitando as complicações que são comuns neste tipo de patologia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
NOMES COMERCIAIS → Heparina (Hemozol®, Heparin®, Liquemine®); Warfarina (Marevan®). 
INDICAÇÕES → Os anticoagulantes são usados para prevenir a trombose (tanto venosa quanto arterial) e a embolia pulmonar. 
CONTRA-INDICAÇÕES → Hipersensibilidade às drogas, Sangramento dos tratos gastrintestional, geniturinário e respiratório. 
 Trauma grave; Cirurgia cerebral, oftálmica ou na medula espinhal; Alcoólatras. 
 Gravidez (warfarina tem ação teratogênica e pode causar aborto). 
EFEITOS COLATERAIS 
 Complicações hemorrágicas: A principal complicação é o sangramento. O sangramento excessivo causado pela 
administração de heparina pode ser controlado pela suspensão do fármaco ou pela administração de sulfato de protamina (antagonista 
da heparina). O sangramento causado pela administração de warfarina pode ser tratado com a administração de vitamina K. 
 Trombocitopenia: Após cerca de 8 dias de terapia com heparina, pode ocorrer diminuição no número de plaquetas 
circulantes. Isto se deve ao fato da heparina produzir anticorpos antiplaquetas e gerar agregação plaquetária. 
 Reações de hipersensibilidade: podem ocorrer calafrios, febre, urticária ou choque anafilático, visto as preparações de 
heparina obtidas de fontes animais e poderem ser, dessa forma, antígenos. 
 
CUIDADOS DE ENFERMAGEM 
 Monitorizar, com freqüência, o tempo de tromboplastina parcial, o tempo de pro trombina, os valores da hemoglobina e hematócrito, 
a contagem de plaquetas e o nível de fibrinogênio. 
 Detectar o sangramento (deve ser relatado imediatamente e a terapia interrompida). 
 Aplicar gelo antes e após a aplicação de heparina SC durante 10 a 15 minutos, no local de administração (o gelo tem ação 
vasoconstritora e evita o sangramento). 
 Orientar a tomar o comprimido de anticoagulante no mesmo horário. 
 Orientar quanto ao uso de medicamentos analgésicos e antiinflamatórios não-esteróides (podem desencadear sangramento). 
 Evitar álcool, porque ele pode mudar a resposta do corpo ao anticoagulante. 
 Manter vitamina K disponível em caso de superdosagem de warfarina. 
 Manter sulfato de protamina disponível em caso de superdosagem de heparina. 
 Orientar pata evitar lesão que possa causar traumatismos. 
 
I - SULFONILURÉIAS 
INDICAÇÃO → utilizadas no controle da hiperglicemia em pacientes com Diabetes tipo 2, que não conseguem atingir o controle 
adequado apenas com modificações na dieta. 
CONTRA-INDICAÇÃO → diabéticos jovens e magros, propensos á acidose; b) diabética grávida ou nutriz; c) nos diabéticos 
com insuficiência hepática ou renal significativa. 
NOMES MAIS COMUNS 
 Clorpropamida (Diabinese®), Gliclazida (Diamicron®), Glibenclamida (Daonil®, Euglucon®, Lisaglucon®), Glipiza 
(Minidiab®). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INSULINAS 
 
 
Hormônio que promove o aumento do transporte da glicose nas células e músculos. Sua 
administração pode ocorrer por via subcutânea, intramuscular ou intravenosa, e possui tipos 
diferentes, que diferem de acordo com sua origem e tempo de ação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MECANISMO DE AÇÃO → Atuam estimulando a liberação de insulina pelas células betas das ilhotas pancreáticas. Daí 
depreende-se que estes produtos não atuam nos casos de ausência de produção de insulina, como ocorre na diabete infanto-juvenil 
humano. Determinam ainda diminuição da liberação de glicose pelo fígado através da inibição da glicogenólise e da 
gliconeogênese. 
EFEITOS COLATERAIS → Náuseas e vômitos, icterícias colestática, agranulocitose, anemias aplástica e hemolíticas, reações 
dermatológicas, anorexia, sensação de gosto metálico. Logicamente a sulfoniluréias, podem causar reações hipoglicemicas, 
inclusive coma. 
 
II - BIGUANIDAS 
INDICAÇÃO → Adequadas para os diabetes químicos e de menor intensidade, como a da maturidade, ou nos indivíduos obesos, 
quando não consegue o controle apenas pela dieta. Podem ser utilizadas na diabete infanto-juvenil em associação à insulina, 
possibilitando a redução das doses do hormônio. Na diabete lenta, pode ser utilizada para evitar as hipoglicemias reativas. 
CONTRA-INDICAÇÃO → Pacientes com comprometimento renal, doenças hepáticas, historia pregressa de acidose lática, 
insuficiência cardíaca ou doença pulmonar hipóxica crônica. 
NOMES MAIS COMUNS → Fenformin (Deber®), Metformin (Glucophage Retard®). 
EFEITOS COLATERAIS → Os efeitos colaterais mais freqüentes relacionam-se ao aparelho digestivo: gosto metálico, náuseas 
ou vômitos e diarréia. A redução da dose ou suspensão temporária controla esses efeitos. 
CUIDADOS DE ENFERMAGEM PARA OS HIPOGLICEMIANTES ORAIS 
 Monitorar a taxa de glicose no sangue e na urina; 
 Orientar ao paciente para não ingestão alcoólica; 
 Orientar quanto à importância da dieta; 
 Orientar quanto ao horário das administrações medicamentos. 
 
Classificação da insulina de acordo com seu tempo de ação 
 Insulina Ultra-rápida – tem seu pico de ação em 1 hora – indicada em casos de cetoacidose diabética. 
 rápida (Regular) – tem seu pico de ação entre 2 e 4 horas – indicada nos c asos de diabetes descompensada Insulina 
associada a situações de infecção, choque e trauma cirúrgico. 
 Insulina Intermediária (NPH) - tem seu pico de ação entre 8 e 12 horas – indicada no controle diário, não devendo ser 
utilizada em casos de emergência, só podendo ser administrada por via SC. 
 Insulina Prolongada – não possui pico de ação, pois sua liberação é praticamente continua, e com efeito prolongado. 
Deve ser administrada em dose única diária e pode provocar hiperglicemia no período da manhã. 
CONTRA-INDICAÇÃO → Em pacientes hipersensíveis a drogas, alergia a carne suína e bovina. Use cuidadosamente nagestação e lactação. 
NOMES MAIS COMUNS → Insulinas humanas: BIOHULIN-N (NPH); BIOHULIN-L (LENTA); BIOHULIN-R 
(REGULAR); HUMULIN-R (REGULAR); HUMULIN-N (NPH); HUMILIN-L (LENTA); IOLIN-R (REGULAR); IOLIN-N 
(NPH); ACTRAPID-MC; MONOLIN-R (REGULAR);MONOTARD-MC; MONOLIN-N (NPH); NEOSULIN-R (REGULAR); 
NEOSULIN-N (NPH); NOVOLIN-R (REGULAR); HUMULAN-R, NOVOLIN-N (NPH). 
MECANISMO DE AÇÃO → 
 É um hormônio que reduz o nível de glicose no sangue: 
 Aumentando a capacidade celular de pentoses e certas hexoses do sangue por ativação do sistema de transporte de dentro da 
membrana plasmática; 
 Estimulando a glicogênese (o armazenamento de glicose na forma de glicogênio) nas células sensíveis como a fibra muscular, 
célula hepática etc. inibindo a glicogenólise (quebra do glicogênio); 
 Inibindo a gliconeogênese hepática (conversão de aminoácidos e ácidos graxos em glicose); Etc. 
EFEITOS COLATERAIS → Rush, anafilaxia ou angioedema, hipoglicemia, reações no local da injeção tais como edema, 
prurido, inflamação. 
 
O cuidado mais importante na administração da insulina, consiste na alternância dos locais de 
aplicação, para prevenir uma complicação denominada Lipodistrofia insulínica, que consiste em 
um processo inflamatório local. 
 
CUIDADES DE ENFERMAGEM 
 Não agite o frasco de insulina, apenas role gentilmente entre as mãos; 
 Mude o local de injeção subcutânea e oriente o paciente sobre a importância do rodízio dos locais 
para evitar hipertrofia; 
 Dose de manutenção é SC. Em severa cetoacidose e coma diabético administre IV ou IM; 
 Administre cuidadosamente os dois tipos de insulina; 
 O paciente diabético que usa insulina, em especial, deve aprender o máximo possível sobre este 
medicamento: saber que existem diferentes tipos comerciais do produto, seu tempo de aço, sua 
potencia e os meios de conservá-los corretamente, o modo correto de aplicação de insulina e aprender 
a fazer misturas de diferentes tipos dessa substancia. Devem ser informados ainda sobre a 
possibilidade de hipoglicemia, quais seus sintomas e como se prevenir e também sobre os testes de 
urina para a pesquisa de glicose e cetona; 
 Monitorizar cuidadosamente o paciente que estiver mudando de um tipo de insulina para outro; 
 Armazenar a insulina em local fresco e protegido da luz. Não coloque no congelador; 
 Em caso de stress e trauma pode ser necessário reajustar a dose; 
 Monitorizar glicose no sangue (AMES) e urina (glicofita); 
 Orientar o paciente para não usar bebida contendo álcool porque causa sérias reações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 8 
BRONCODILATADORES 
Os medicamentos usados como broncodilatadores, têm seu efeito proporcionando a expansão 
dos brônquios, facilitando a respiração. Dentre os broncodilatadores de maior destaque estão: 
 Aminofilina; 
 Sulfato de terbutalina; 
 Salbutamol; 
 Ipratrópico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AMINOFILINA 
 Reações adversas: Agitação, arritmia cardíaca, aumento da glicemia, hipertermia, convulsão, diarréia, náusea, dor de cabeça, 
vômito. 
 Interações medicamentosas: Pode ter sua reação aumentada com anticoncepcional, alopurinol, betabloqueador; Pode ser 
antagonizado por barbiturato, cetoconazol, cigarro; Pode ter aumento de reações com tetraciclina. 
 Cuidados de enfermagem: 
• Atentar para sinais de irritabilidade na criança amamentando; 
• Avaliar risco beneficio em casos de doença hepática, convulsão, edema pulmonar agudo, febre prolongada, idosos, 
infarto do miocárdio; 
• Orientar para não comer ou beber produtos contendo xantinas: café, chocolate; 
• Evitar mudanças bruscas de posição, cuidado ao subir e descer escadas; 
• Evitar fumar; 
• Atentar para terapêutica medicamentosa. 
 
TERBUTALINA 
 Nome comercial: Bricanyl®, Duriles®, Bricanyl Turbohaler®. 
 Reações adversas: Alterações de PA, ansiedade, arritmia cardíaca, azia, cãibras, confusão mental, dificuldade para urinar, 
dor de cabeça, distúrbio precordial. 
 Internações medicamentosas: Aumenta efeitos pressores dos vasoconstrictores; Pode antagoniozar B bloqueador e pode 
ter sua reação aumentada com antideoressivos tricíclicos, antihistamínicos. 
Cuidados de enfermagem 
• Orientar puérperas a não amamentar, pois é excretado no leite; 
• Orientar para não usar em casos de arritmia cardíaca, taquicardia; 
• Avaliar condições de risco benefício em casos de diabetes, asma crônica, arritmia cardíaca, hipertensão, convulsões; 
• Evitar uso excesivo. 
 
SALBUTAMOL 
 Nomes comerciais: Aero ped®, Aerojet®, Aerolin®, Asmaliv®, Saltamol®, Teoden®. 
 Reações Adversas: Angina, aumento do apetite, aumento dos batimentos cardíacos, câimbras, dificuldade para urinar, 
dilatação das pupilas, dor de cabeça, dor no tórax, excitação, fraqueza, insônia. 
 Interações medicamentosas: Pode diminuir a ação de antihipertensivo, insulina, antiglicemiante oral, e pode ter sua reação 
aumentada com antidepressivos tricíclicos, antihistamínico. 
 Cuidados de enfermagem 
• Atentar para mães amamentando, pois não se sabe se a droga é excretada no leite ou não; 
• Não usar o produto no caso de aborto iminente e hipersensibilidade simpaticomimética; 
• Avaliar risco-benefício em caso de diabetes, hipertensão hipertireoidismo; 
• Estimular ingesta hídrica; 
• Evitar uso excessivo. 
 
IPRATRÓPICO 
Nomes comerciais: Brometo de Ipratrópio ( Nome comercial Atrovent®, Ibrapon®). 
Indicação → Manutenção de bronco espasmo associado com bronquite crônica, DPOC, enfisema pulmonar, tratamento adjunto 
com outros brocondilatadores na exarcebação aguda da asma. 
Reações adversas: Cárie dentária, ansiedade, cólicas, dor de cabeça, dor na boca, náusea, tontura, vômito, tosse. 
Interações medicamentosas: Pode ter efeitos aditivos com outros anticolinérgicos. 
Cuidados de enfermagem: 
• Atentar para casos de gravidez, pois não se sabe se medicamento é eliminado no leite; 
• Orientar para não usar em casos de hipersensibilidade; 
• Avaliar condições de risco beneficio em pacientes com Glaucoma e retenção urinária. 
 
bromidrato de fenoterol (berotec) – Importante broncodilator de efeito rápido, amplamente utilizado 
na nebulização, mas também se apresenta em forma de xarope. Efeitos indesejáveis freqüentes 
atribuídos a BEROTEC são leves tremores dos músculos esqueléticos, nervosismo, cefaléia, tontura, 
mas a taquicardia e as palpitações, são os grandes vilões , pois se não for administrado conforme 
rigorosa prescrição médica e supervisão pode levar a morte por parada cardíaca. 
 
 
 
 
 
EXPECTORANTES 
A tosse é um mecanismo reflexo protetor, cuja finalidade é remover o material estranho e as 
secreções dos brônquios e bronquíolos. O acúmulo de secreções pode levar ao bloqueio das vias 
aéreas. Para ajudar na expectoração das secreções pelo cliente podemos nos utilizar diferentes tipos 
de técnicas, dentre elas temos: 
 Farmacológica 
 Aumento da ingesta hídrica 
 Meios fisioterápicos, como drenagem postural, massagem, vibromassagem, tapotagem,... 
 Umidificação do meio ambiente e/ou umidificação das V.A.S. 
Dentre os fármacos, podemos utilizar os iodetos (Iodeto de Potássio associado), o guaiacol (e seus 
ésteres); a ipeca; xaropes aromáticos; acetilcisteína, enzimas como estreptoquinase, estreptodornase e 
bromelina; além dos acetatos; dos detergentes; e os corticosteróides; e broncodilatadores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANTITUSSÍGENOS 
Os antitussígenos só devem ser utilizadosem caso de tosse seca e irritativa, isto é quando a 
tosse é estimulada inadequadamente o que pode ocorrer quando há inflamação do trato respiratório 
ou neoplasia. 
Nesses casos podem-se usar medicamentos antitussígenos (supressores da tosse). Esses 
medicamentos agem por efeito pouco definido no centro cerebral, deprimindo o “centro da tosse”. Os 
antitussígenos suprimem o sintoma sem influenciar a condição primaria. Podem ser prejudiciais por 
acarretarem espessamento e retenção do escarro. 
Não devem ser usados quando a tosse estiver associada à asma. 
 
NOMES MAIS COMUNS : Codeina, dextrometafano, levodropropizina, levopropoxifeno 
 
CUIDADOS DE ENFERMAGEM 
- A mudança de decúbito, deambulação e outros exercícios, se possível também são imprescindíveis 
para a expectoração. 
- Orientar o paciente sobre melhor posição para promover a drenagem dos seios, conforme a 
localização da inflamação ou infecção. 
 
 
 
 
 
 
ACETILCISTEÍNA 
Ação: Mucolítico. 
Indicações: Geralmente utilizada no tratamento de bronquites e outras afecções respiratórias. 
Nomes Comerciai: Mucomyst, Acetadote, Fluimucil e Parvolex. 
 
IODETO DE POTÁSSIO 
Ação: Mucolítico, expectorante, usado em associações. 
Indicações: Asma brônquica, broquiectasia, bronquite, enfisema. 
Contra-indicações: Hipersensibilidade ao Iodo, tuberculose ativa, gravidez e lactação (causa problemas na tireóide do bebê). 
Reações adversas: sialorréia, gosto metálico, lesão nos dentes e gengiva, problema nas glândulas salivares. 
 
OBSERVAÇÃO: A água também é um ótimo mucolítico e expectorante, talvez o ideal. 
Além do aumento da ingesta hídrica o cliente pode fazer nebulizações, utilizar umidificador (com 
umidade na medida certa no quarto), e respirar O2 úmido (se for o caso). 
Gargarejo ou ingesta de líquidos mornos diminuem a irritação e a dor nas V.A.S. 
 
 
 
 
 
 
Aula 9 
ANTI-HIPERTENSIVOS 
A Hipertensão Arterial (H.A) é a elevação persistente da pressão do sangue nas artérias acima 
dos níveis considerados normais ou seja, pressão diastólica ou máxima de 90 a 140 mmHg e pressão 
diastólica ou mínima de 60 a 100 mmHg. 
As principais drogas anti-hipertensivas são: 
 
 DROGAS BETA-BLOQUEADORAS 
Antagonistas dos receptores beta-adrenérgicos, possui efeito anti-hipertensivo por reduzir o 
débito cardíaco, e também a liberação de renina pelos rins. São comumente administrados juntamente 
com um diurético ou vasodilatador. 
Exemplo de antihipertensivos beta-bloqueadores: 
 Atenolol, 
 Metrapolol 
 Propranolol 
 
 INIBIDORES DA ENZIMA CONVERSORA DE ANGIOTENSINA (ECA) 
Droga que tem a ação de inibir a enzima responsável por transformar a angiotensina I em 
angiotensina II que é um vasoconstritor poderoso, a angiotensina promove ainda a retenção de sal e 
água e conseqüente aumento da P.A. 
Exemplos de antihipertensivos inibidores de ECA: 
 captopril; 
 enalapril; 
 fosinopril; 
 lisinopril; 
 ramipril. 
 
 ANTAGONISTAS DE RECEPTORES DE ANGIOTENSINA II 
Estas drogas tem efeito de inibir a ação vasoconstrictora da angiotensina II, promovendo então 
uma vasodilatação. Apresentam poucos efeitos colaterais, pois são seletivos agindo somente nos 
receptor de angiotensina, que é o receptor subtipo AT. 
Exemplos de drogas antagonistas da Angiotensina: 
 Losartan (Losartec); 
 Valsartan (Tareg) 
 
 BLOQUEADORES DOS CANAIS DE CÁLCIO 
As drogas antagonistas do Ca tem ação de reduzir a resistência vascular periférica através da 
diminuição da concentração de cálcio nas células musculares lisas. 
Exemplos de drogas bloqueadoras dos canais de cálcio: 
 Nifedipina; 
 Verapamil; 
 Diltiazen 
 
 
 
 
 
CAPTOPRIL (CAPOTEN, CAPTOPRIL) 
CONTRA-INDICAÇÕES → Hipersensibilidade, insuficiência cardíaca congestiva, gestação e lactação. 
REAÇÕES-ADVERSAS → Taquicardia, hipotensão postural, irritação gástrica, insuficiência renal, proteinúria, tosse seca (devido ao 
acúmulo de bradicinina) e persiste, anorexia, tontura. 
INTERAÇÕES-MEDICAMENTOSAS: 
 Anti-ácidos: diminuem o efeito do captopril. 
 Digitálicos: aumenta a concentração sérica da digoxina. 
 Diuréticos: possível hipotensão súbita. 
 Hipoglicemiantes orais e insulina: maior risco de hipoglicemia (no início da terapia com o captopril). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CUIDADOS E ENFERMAGEM COM A ADIMINISTRAÇAÕ DE ANTI-HIPERTENSIVOS 
 Orientar ao paciente quanto à dose certa da medicação e a não interromper o tratamento sem 
orientação médica; 
 Monitorar a P.A de 6/6 h. 
 Orientar quanto aos sinais de hipotensão; 
 Estimular bochechos freqüentes com água para aliviar a xerostomia provocada por alguns 
anti-hipertensivos; 
 Atentar para os riscos e sinais de anúria comum em drogas que diminuem o débito cardíaco; 
 Recomendar a visita ao nutricionista para implementar alimentos ricos em potássio; 
 Observar sinais de hiponatremia e hipocalemia; 
 Orientar quanto às reações adversas; 
 Estimular a mudança no leito a fim de evitar a hipotensão postural; 
 Pacientes com angina em uso de Nifedipina devem ser monitorados pois a droga pode agravar 
o quadro de angina; 
 
 DIURÉTICOS 
Os diuréticos formam um grupo indispensável de agentes terapêuticos utilizados para ajustar 
o volume e/ou composição dos líquidos corporais, atuam aumentando a excreção de sais e água. Os 
principais diuréticos são os de alça e as tiazidas. 
 
 Diuréticos de alça – Indicados para pacientes com sobrecarga de sal e água devido a: 
 edema pulmonar agudo; 
 insuficiência cardíaca crônica; 
 cirrose hepática complicada por ascite; 
 síndrome nefrética; 
 insuficiência renal; 
 hipertensão (acompanhada de comprometimento renal); 
 tratamento agudo de hipercalemia. 
 Diuréticos tiazídicos - são indicados nos casos de hipertensão; insuficiência cardíaca leve; 
 edema grave e resistente e na prevenção de formação recorrente de cálculos renais. 
 
Contra-indicações gerais dos diuréticos: 
 Distúrbio hidroeletrolítico; 
 Pacientes hipersensíveis a componentes da droga; 
 Hipocalemia; 
 Diabetes mellitus; 
 Gravidez e lactação; 
NIFEDIPINA (Adalat, Adalex e Orcord) 
CONTRA-INDICAÇÕES → Hipersensibilidade e gestação. 
REAÇÕES-ADVERSAS → Rubor, rash, diarréia, constipação, cólica, visão turva, fadiga, tosse, distúrbios do sono. 
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: 
 Anti-hipertensivos: potencialização dos efeitos da Nifedipina. 
 Digoxina: possível redução do clearance dessas drogas e bloqueio cardíaco variante. 
 
METILDOPA (Adomet) 
CONTRA-INDICAÇÕES → Hipersensibilidade e disfunção hepática. 
REAÇÕES ADVERSAS →Miocardite, bradicardia, rash, impotência, diminuição da libido, náusea, vômitos, boca seca, necrose 
hepática, disfunção hepática, icterícia, sedação, cefaléia e tontura. 
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: 
 Exames laboratoriais: possível interferência nos resultados dos testes de ácido úrico, creatinina, TGO e catecolaminas. 
 
 Anúria; 
 Coma hepático; 
 Hiponatremia; 
 Hipercalemia; 
 Uremia sintomática (gota ou calculo de acudo úrico). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CUIDADOS DE ENFERMAGEM 
 Administrar o diurético pela manhã devido o aumento da eliminação de urina; 
 Administrar por via oral, sempre antes das refeições para evitar desconforto gástrico; 
 Monitorar balanço hídrico, peso diário, hidratação e função hepática; 
 Encaminhar ao nutricionista para oferecer dieta rica em potássio, observar sinais de 
hipocalemia, tais como fraqueza, e cãibra muscular; 
 Atentar, especialmente idosos, quanto a excessiva diurese; 
 Orientar o paciente para levantar-se lentamente a fim de evitar a hipotensão postural; 
 Orientar o paciente

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