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Filosofia Competência: 1 Habilidade: 3 Assunto: Filosofia antiga, moderna e contemporânea Página 1 de 1 0001_CH_FIL_AMC 1. Leia e observe atentamente a imagem a seguir. Disponível em: <www.elsiglodetorreon.com.mx>. Acesso em: maio 2013. Na charge apresentada, é possível observar pensadores de diferentes períodos trazendo palavras que, de certo modo, mostram os objetivos da educação. Essas palavras ilustram suas origens, assim como as roupas e outros elementos de sua apresentação visual. De acordo com o que a charge oferece e, principalmente, com os termos utilizados pelas personagens, identifique (da esquerda para a direita) os valores, os pensamentos e as épocas em que viveram os filósofos referenciados e como isso influenciou a educação de então e dos períodos posteriores. ( a ) O primeiro filósofo viveu na Idade Média, e a “virtude” é a representação da busca pelos ideais divinos; o segundo filósofo viveu na Idade Moderna, e o “dever” está associado à submissão ao Absolutismo; o terceiro viveu na Idade Contemporânea, e a “utilidade” se relaciona ao fato de que os homens precisam ser socialmente úteis. ( b ) O primeiro filósofo viveu na Idade Antiga, e a “virtude” é a representação da busca pelo ser humano íntegro, ético e racional, que vive em harmonia; o segundo filósofo viveu na Idade Moderna, e o “dever” está associado ao surgimento do Estado, das leis e da ordem; o terceiro filósofo viveu na Idade Contemporânea, e a “utilidade” se relaciona ao fato de que os homens precisam ser economicamente úteis e produtivos para serem felizes. ( c ) O primeiro filósofo viveu na Idade Antiga, e a “virtude” é a representação da busca pela perfeição em um tempo em que os homens eram pecadores; o segundo filósofo viveu na Idade Contemporânea, e o “dever”está ligado à ideia de impostos e pagamento de taxas; o terceiro filósofo viveu na Idade Moderna, e a “utilidade” se relaciona ao fato de que os homens precisam trabalhar para o governo e gerar riqueza para todos. ( d ) O primeiro filósofo viveu na Idade Antiga, e a “virtude” é a representação de uma vida sem defeitos, com grande prosperidade; o segundo filósofo viveu na Idade Contemporânea, e o “dever” está relacionado ao cumprimento das leis que foram elaboradas pelo próprio povo; o terceiro filósofo viveu na Idade Moderna, e a “utilidade” é a representação do serviço prestado ao rei por cada cidadão. ( e ) O primeiro filósofo viveu na Idade Média, e a “virtude” é a representação da busca pela perfeição; o segundo filósofo viveu na Idade Moderna, e o “dever” está ligado ao pagamento de impostos, independentemente da idade do cidadão; o terceiro filósofo viveu na Idade Contemporânea, e a “utilidade” é a representação de um objeto que pode servir para mais de uma função. Alternativa: B É preciso observar atentamente a charge e identificar as personagens pelas suas vestimentas (estão representados os pensadores Aristóteles, Kant e Stuart Mill); contextualizar quanto ao tempo histórico cada uma dessas personagens (Grécia antiga, Idade Moderna e Idade Contemporânea, respectivamente); perceber os valores expressos nas palavras proferidas pelas personagens e que remontam a pensadores e educadores que viveram naquele período e sintetizam o pensamento de cada um (Aristóteles foi aluno de Platão; Erasmo produziu suas obras antes de Kant, na mesma Idade Moderna; Stuart Mill elaborou seus trabalhos durante o período da industrialização e pensou no conceito de utilitarismo como tudo aquilo que fosse útil à felicidade do homem, tanto no aspecto econômico quanto no cultural; além de filósofo, era também economista e influenciou o pensamento liberal); os conceitos trabalhados na alternativa relacionam-se à educação, economia, história, geografia, sociologia e política; compreender a ideia de governo, poder, tributos e taxas; situar-se historicamente, ou seja, conhecer a cronologia que se relaciona ao pensamento dos filósofos representados. Filosofia Competência: 5 Habilidade: 24 Assunto: Democracia ateniense Página 1 de 1 1. Leia o texto a seguir. Nossa constituição nada tem a invejar dos outros: é modelo e não imita. Chama-se democracia porque age para o maior número e não para uma minoria. Todos participam igualmente das leis concernentes aos assuntos públicos; é apenas a excelência de cada um que institui distinções e as honras são feitas ao mérito e não à riqueza. Nem a pobreza nem a obscuridade impedem um cidadão capaz de servir à cidade. Livres no que respeita à vida pública, livres também o somos nas relações cotidianas. Cada um pode dedicar-se ao que lhe dá prazer sem incorrer em censura, desde que não cause danos. Apesar dessa tolerância na vida privada, nós nos esforçamos para nada fazer contra a lei em nossa vida pública. Permanecemos submetidos aos magistrados e às leis, sobretudo àquelas que protegem contra a injustiça e às que, por não serem escritas, nem por isso trazem menos vergonha aos que as transgridem. Tucídides (II, 37). “História da Guerra do Peloponeso”; In: Marilena Chaui. Introdução à História da Filosofia: dos pré-socráticos a Aristóteles. Vol. I, 2 ed. São Paulo: Cia. das Letras, 2002. p. 135. De acordo com o texto, assinale a alternativa que contenha características da democracia. ( a ) Ruptura da isonomia e a igualdade de todos os cidadãos perante a lei, caracterizada pela representatividade política na figura dos magistrados. ( b ) Sutil ausência da isegoria, ou seja, o direito de todo cidadão de exprimir em público sua opinião, caracterizando a liberdade de expressão. ( c ) Existência do princípio da soberania, que reside nas mãos daqueles considerados os melhores e mais ricos cidadãos, traduzindo a democracia ateniense como uma aristocracia disfarçada. ( d ) A soberania dos cidadãos ser estabelecida como princípio, sem distinção entre eles, de modo que cabe a representatividade e o respeito à lei por todos para que ela se exerça de maneira plena. ( e ) Influência da filosofia política de Aristóteles, que considerava a cultura grega superior à cultura estrangeira, considerada bárbara, nos dizeres “nossa constituição nada tem a invejar dos outros”. Alternativa: D O texto apresenta duas das principais características da democracia: o princípio da soberania, que provém dos cidadãos, e o respeito à lei, definida em comum acordo com os cidadãos como aquela que trará ordem na gestão dessa sociedade. Filosofia Competência: 5 Habilidade: 24 Assunto: Democracia ateniense Página 1 de 1 1. Leia o texto a seguir. Nossa constituição nada tem a invejar dos outros: é modelo e não imita. Chama-se democracia porque age para o maior número e não para uma minoria. Todos participam igualmente das leis concernentes aos assuntos públicos; é apenas a excelência de cada um que institui distinções e as honras são feitas ao mérito e não à riqueza. Nem a pobreza nem a obscuridade impedem um cidadão capaz de servir à cidade. Livres no que respeita à vida pública, livres também o somos nas relações cotidianas. Cada um pode dedicar-se ao que lhe dá prazer sem incorrer em censura, desde que não cause danos. Apesar dessa tolerância na vida privada, nós nos esforçamos para nada fazer contra a lei em nossa vida pública. Permanecemos submetidos aos magistrados e às leis, sobretudo àquelas que protegem contra a injustiça e às que, por não serem escritas, nem por isso trazem menos vergonha aos que as transgridem. Tucídides (II, 37). “História da Guerra do Peloponeso”. In: Marilena Chauí. Introdução à História da Filosofia: dos pré-socráticos a Aristóteles. Vol. I. 2 ed. São Paulo: Cia. das Letras, 2002. p.135. Assinale a alternativa que apresenta corretamente característica(s) da democracia presente(s) no texto. ( a ) A ruptura daisonomia, a igualdade de todos os cidadãos perante a lei, caracterizada pela representatividade política na figura dos magistrados. ( b ) A sutil ausência da isegoria, ou seja, o direito de todo cidadão de exprimir em público sua opinião, caracterizando a liberdade de expressão. ( c ) A existência do princípio da soberania que reside nas mãos daqueles considerados os melhores cidadãos, traduzindo a democracia ateniense como uma aristocracia disfarçada. ( d ) O fato de a democracia estabelecer o princípio da soberania aos cidadãos, sem distinção entre eles, de modo que cabe a presença e o respeito à lei por todos para que se exerça a função soberana na democracia. ( e ) Influência da filosofia política de Aristóteles que considerava a cultura grega superior à cultura estrangeira, considerada bárbara, nos dizeres "nossa constituição nada tem a invejar dos outros". Alternativa: D O texto apresenta duas das principais características da democracia: o princípio da soberania que provém dos cidadãos, e a lei, definida em comum acordo com os cidadãos, como aquela que trará ordem na gestão dessa sociedade. Filosofia Competência: 5 Habilidades: 23 e 24 Assunto: Democracia Página 1 de 1 0001_CH_FIL_DEM 1. Leia os textos a seguir. Texto I O primado do domínio público preconizado pela polis define, em Atenas, a assembleia como lugar privilegiado de decisão política. Na prática da assembleia constitui-se, como instância determinante, a resolução do querer coletivo da cidadania. A elaboração desse querer dá-se pelo diálogo que com ele tecem as ações discursivas da cidadania individualmente destacada. Assim define-se que ações e que sujeitos conformam a prática política: de um lado, o querer coletivo da cidadania pela prerrogativa da decisão da assembleia; de outro, os discursos individuais da cidadania pela capacidade retórico-persuasiva dos líderes. Francisco M. Pires. Mithistória. v. II, 2 ed. São Paulo: Humanitas, 2006, p. 349. Texto II Em 1989, o nosso país teve uma eleição presidencial. E se estabeleceu neste país a ideia de que havia um candidato novo. E o povo votou no tal do novo para dirigir o país. O novo era o (Fernando) Collor e vocês sabem o que aconteceu. Agora, estamos vendo em Diadema a mesma fantasia e o mesmo discurso – criticou Luiz Inácio Lula da Silva. Discurso do ex-presidente Lula, em 21 out. 2012. Disponível em: <http://oglobo.globo.com/pais/com-discurso-diferente-lula-ataca-novo-em-diadema-6472622>. Acesso em: 13 jan. 2013. Os textos apontam formas de participação política dos indivíduos. Com relação a essas formas, assinale a alternativa que expressa uma afirmação correta sobre o conceito de democracia. ( a ) É algo isento de discursos de convencimento para que os indivíduos tomem decisões. ( b ) A democracia é formada por campos restritos de participação individual, sendo dirigida por grupos e/ou partidos. ( c ) É uma ideia comum em ambos os casos, na qual a democracia deve ser representada por um eleito, e não com decisões diretas. ( d ) É mutável ao longo do tempo; em um caso, podendo ser direta e, em outro, por meio da representação. ( e ) É petrificada, pelo sentido de consultar o coletivo em todas as decisões da vida política, econômica ou social. Alternativa: D Devem-se diferenciar os conceitos de democracia, tanto na Grécia antiga como na atualidade. Entender as diferenças entre cidadania de participação direta e cidadania de representação por meio de governantes eleitos. Filosofia Competência: 4 Habilidade: 20 Assunto: Descartes Página 1 de 1 0001_CH_FIL_DSC 1. Disponível em: <www.diarioaborbo.com/2011/03/13/figuro-en-google-luego-existo/>. Acesso em: jun. 2013. Ao ler a charge, logo a relacionamos à reflexão de René Descartes “Penso, logo existo”, uma das frases mais famosas da história, que tornou conhecida mundialmente uma linha de pensamento filosófico surgida na Idade Moderna, influenciando a humanidade até hoje. Com as reflexões introduzidas por Descartes, o homem se afirmava diante de um universo que, até então, havia sido dominado pelo teocentrismo. A frase clássica foi, nessa charge, modificada por meio da substituição do termo penso pela expressão, em espanhol, “figuro en Google”, que se pode traduzir como “estou presente no Google”. Com relação à nova base de pensamento que substituiu o teocentrismo e ao sentido gerado pela modificação na frase clássica pelo autor da charge, assinale a alternativa correta. ( a ) Superou-se o teocentrismo com o anarquismo. A substituição apenas nos leva à constatação de que o homem hoje vive em redes sociais, sendo nesse ambiente que ele se relaciona e pensa. ( b ) Superou-se o teocentrismo com a globalização e o neoliberalismo. A substituição nos faz crer que o homem não é mais um ser pensante. ( c ) Superou-se o teocentrismo com o Socialismo. A substituição demonstra como as redes sociais e a internet, por meio de ferramentas como o Google, potencializaram o pensar humano. ( d ) Superou-se o teocentrismo com o Racionalismo cartesiano. A substituição representa uma ironia por parte do autor quanto à necessidade de existir, que está presente principalmente nas redes sociais virtuais, onipresentes no século XXI. ( e ) Superou-se o teocentrismo pelo consumismo e pelo mercantilismo. A substituição representa a constatação de que o cérebro humano tornou-se parte de uma grande e poderosa rede virtual. Alternativa: D O teocentrismo foi substituído pelo Racionalismo cartesiano. No caso da charge, o autor faz uma ironia quanto à necessidade das pessoas de se fazerem presentes nas redes sociais, no século XXI. É preciso ler a charge e contextualizá-la quanto ao tempo histórico (Idade Moderna); reconhecer o pensador mencionado (René Descartes); saber o que é teocentrismo, globalização, neoliberalismo, Socialismo, Racionalismo cartesiano, consumismo e mercantilismo (conceitos estudados em Geografia, História, economia, política, Sociologia); compreender o sentido de rede virtual, redes sociais e internet; além de reconhecer a funcionalidade do Google como ferramenta mundialmente conhecida e usada hoje em dia. Sociologia Competência: 3 Habilidade: 14 Assunto: Ética e moral Página 1 de 1 1. Leia o texto a seguir. Por “moral” entende-se um conjunto de valores e regras de ação propostas aos indivíduos e aos grupos por intermédio de aparelhos prescritivos diversos, como podem ser a família, as instituições educativas, as Igrejas etc. Acontece de essas regras e valores serem bem explicitamente formulados numa doutrina coerente e num ensinamento explícito. Mas acontece também de elas serem transmitidas de maneira difusa e, longe de formarem um conjunto sistemático, constituírem um jogo complexo de elementos que se compensam, se corrigem, se anulam em certos pontos, permitindo, assim, compromissos ou escapatórias. Com essas reservas pode-se chamar “código moral” esse conjunto prescritivo. Michel Foucault. “O uso dos prazeres: moral e prática de si”. In: Danilo Marcondes. Textos básicos de ética. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008. p.133. Assinale a alternativa que traz uma afirmação correta sobre o texto. ( a ) Pode-se concluir que a moralidade possui dimensão universal e seu ensino deve se realizar pela educação da racionalidade. ( b ) Trata-se de provar a incapacidade de se comunicar conceitos morais de forma precisa e objetiva, devido ao problema do solipsismo. ( c ) Foucault compreende o código moral como uma convenção às vezes explícita, às vezes difusa, mas que está ligado às instituições sociais, como a escola, a Igreja e a família. ( d ) O texto argumenta que o código moral só não será difuso se se constituir de uma doutrina racional, universal e coerente.( e ) Argumentação reside em provar que o código moral se provará falho se nele houver contradições e resíduos de superstição. Alternativa: C O texto nos comunica que o código moral pode ser ensinado explicitamente em uma doutrina sistemática, como também pode ser fruto de uma difusão irregular e possuir imperfeições internas. Em ambos os casos, porém, ele está relacionado com as instituições sociais, como família, escola e religião. Filosofia Competência: 5 Habilidade: 23 Assunto: Filosofia antiga – Sócrates Página 1 de 1 0001_CH_FIL_FAS 1. Leia e observe o quadrinho a seguir. Disponível em: <www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/tvmultimidia/imagens/5filosofia/4so_sei_que_nada%20sei.jpg> Acesso em: 05 maio 2013. Considerando ao quadrinho apresentado, que evoca a Grécia antiga e Sócrates, assinale a alternativa correta. ( a ) Os soldados que atiram flechas no sábio filósofo agem em nome do governo, e assim o fazem porque interpretam as palavras do pensador como ofensivas ao sistema de segurança nacional vigente. ( b ) “Só sei que nada sei” afirma a necessidade de constante estudo e busca, e não a acomodação do homem em relação aos saberes já construídos, mesmo diante das arbitrariedades do governo. ( c ) Não há sentido implícito nas palavras do filósofo, apenas a constatação da falência dos sistemas educacionais, que vinha ocorrendo desde a Grécia antiga. ( d ) Os soldados atiram flechas antes mesmo de perguntar algo para o filósofo, pois entendem que se tratava de uma pessoa sem instrução. ( e ) As flechas lançadas em direção ao filósofo significam novos conhecimentos, porém não foram bem recebidas, pois ele declarou que não sabia de nada. Alternativa: B É necessário compreender a figura, contextualizando-a quanto ao tempo histórico (Grécia antiga) pelas vestimentas e, principalmente, pela frase “Só sei que nada sei”; relacionar a educação e os pensamentos filosóficos trabalhados no texto, que se referem a Sócrates e Platão; compreender que os sistemas políticos autoritários reprimem o livre pensamento. Sociologia Competência: 5 Habilidade: 23 Assunto: Filosofia Iluminista – Kant Página 1 de 1 2. Leia o texto a seguir. Para o esclarecimento, porém, nada é exigido além da liberdade; e mais especificamente a liberdade menos danosa de todas, a saber: utilizar publicamente sua razão em todas as dimensões. Mas agora escuto em todos os cantos: não raciocineis! O oficial diz: não raciocineis, exercitai-vos! O Conselho de Fianças: não raciocineis, pagai! O líder espiritual: não raciocineis, crede! [...] Por todo canto há restrição de liberdade. E qual restrição serve de obstáculo ao esclarecimento? Qual não o impede e até mesmo o sustenta? Respondo: O uso público do entendimento deve ser livre em qualquer momento, e só ele pode gerar o esclarecimento entre os seres humanos. [...] Immanuel Kant. “Resposta à pergunta: O que é esclarecimento?”. In: Danilo Marcondes. Textos básicos de ética. 3 ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008. p.89. Assinale a alternativa que interpreta corretamente o texto. ( a ) As ideias do texto se inserem na tradição marxista, na medida em que esta critica o sistema capitalista e sua consequente elucubração de um complexo aparato burocrático que impede qualquer tentativa de emancipação social e política. ( b ) Trata-se de um texto de inspiração da filosofia cristã, visto que encerra a ideia de uma liberdade interna e pessoal, conceituada como livre-arbítrio, na qual o indivíduo pode se manter livre na vida privada mesmo se eliminar sua liberdade política efetiva. ( c ) O texto vem em defesa da necessidade legítima da liberdade que contribua efetivamente para o esclarecimento do indivíduo e da sociedade, sendo qualquer tipo de restrição um obstáculo ao uso público da razão. ( d ) As restrições à liberdade, principalmente no que diz respeito às influências religiosas, colocam o texto como parte da tradição pós-moderna que colocou em xeque o projeto iluminista de liberdade, igualdade e fraternidade. ( e ) Para contribuir para o esclarecimento do homem e da sociedade, cada um deve fazer uso de sua liberdade e de sua razão em projetos privados, assim, por meio da competição entre si, encontrarão o melhor projeto da sociedade. Alternativa: C O texto de Kant reflete sobre o Iluminismo, chamado aqui de Esclarecimento, e propõe que o progresso do homem e da sociedade se faça com base na liberdade como condição essencial para o uso público da razão. Filosofia Competência: 1 Habilidade: 4 Assunto: Rousseau Página 1 de 1 0001_CH_FIL_ROS 1. Observe a charge e leia as frases a seguir, de autoria de Jean-Jacques Rousseau, pensador iluminista do século XVIII, que elaborou obras de grande repercussão, como O Contrato Social. Disponível em: <www.ivancabral.com/2007/06/tica.html>. Acesso em: jun. 2013. A instrução das crianças é um ofício em que é necessário saber perder tempo, a fim de ganhá-lo. Que a criança corra, se divirta, caia cem vezes por dia, tanto melhor, aprenderá mais cedo a se levantar. Jean-Jacques Rousseau. Disponível em: <http://educarparacrescer.abril.com.br/pensadores-da-educacao/jean-jacques-rousseau.shtml>. Acesso em: 29 maio 2013. Considerando a charge e os pensamentos de Rousseau, é correto concluir que: ( a ) o roubo do giz e a ética são elementos do cotidiano que inferem a possibilidade do aprendizado por parte do aluno e constituem elementos de “instrução das crianças” que, de posse destes saberes, “aprenderão mais cedo a se levantar” e a se defender, agindo de forma ética ou não, conforme a situação. ( b ) a postura da professora, atenta e predisposta a ensinar o conceito de ética mesmo diante do roubo do giz, condiz com os pensamentos de Rousseau, pois fica clara sua intenção de “instruir as crianças” para que, pela experiência, “aprendam cedo” a perceber a ética do mundo e a agir de acordo com o que for mais conveniente. ( c ) as “quedas” previstas por Rousseau como parte do aprendizado das crianças e o “tempo perdido” em sua instrução em um ambiente corrompido tendem a causar danos, pois, como se vê, o conceito de ética pedido pela professora, na charge, entra em contradição com o roubo do giz, oportunidade para a educadora abordar questões como o certo e o errado. ( d ) ética é um conceito intrínseco à educação; é preciso “perder tempo” ensinando o conceito para que os alunos “caiam várias vezes”, mas aprendam, como acontece na charge, em que a professora evidentemente quer dar um exemplo a seus alunos de situações em que a ética não está presente. ( e ) Rousseau discorreu sobre educação do ponto de vista prático e institucional, ou seja, falando sobre processos e métodos que não incluem o debate sobre a ética; sendo assim, o debate sobre ética é subliminar e não tem relação direta com os pensamentos do filósofo iluminista. Alternativa: C Pode-se aprender com base nos exemplos, nas tentativas, nos acertos e nos erros; tentar várias vezes até consolidar conceitos, teorias, ações e práticas que revertam posteriormente na vida dos educandos. A relação entre as frases de Rousseau e a charge encontra-se na delicada situação em que se inicia a discussão de um tema abstrato, complexo, mas cotidiano e premente a todos, como a ética, seu confronto com a ausência desta ideia e a prática percebida no roubo do giz. No momento da charge, a professora poderia utilizar o caso para explicitar de modo mais concreto o que é ético e o que não é ético nesta situação, transferindo depois para outras circunstâncias da vida cotidiana. Filosofia Competência: 5 Habilidade: 23 Assunto: Filosofia iluminista (Kant) Página 1 de 1 1. Leia o texto a seguir. Para o esclarecimento,porém, nada é exigido além da liberdade; e mais especificamente a liberdade menos danosa de todas, a saber: utilizar publicamente sua razão em todas as dimensões. Mas agora escuto em todos os cantos: não raciocineis! O oficial diz: não raciocineis, exercitai-vos! O Conselho de Fianças: não raciocineis, pagai! O líder espiritual: não raciocineis, crede! [...] Por todo canto há restrição de liberdade. E qual restrição serve de obstáculo ao esclarecimento? Qual não o impede e até mesmo o sustenta? Respondo: O uso público do entendimento deve ser livre em qualquer momento, e só ele pode gerar o esclarecimento entre os seres humanos. [...] Immanuel Kant. “Resposta à pergunta: O que é esclarecimento?”. In: Danilo Marcondes. Textos básicos de ética. 3 ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008. p. 89. Assinale a alternativa que interpreta corretamente o texto. ( a ) As ideias do texto se inserem na tradição marxista na medida em que critica o sistema capitalista e sua consequente elucubração de um complexo aparato burocrático que impede qualquer tentativa de emancipação social e política. ( b ) O trecho demonstra inspiração na filosofia cristã, visto que encerra a ideia de uma liberdade interna e pessoal, conceituada como livre arbítrio, na qual o indivíduo pode se manter livre na vida privada mesmo eliminando sua liberdade política efetiva. ( c ) O texto vem em defesa da necessidade legítima de uma liberdade que contribua efetivamente para o esclarecimento do indivíduo e da sociedade, sendo qualquer tipo de restrição um obstáculo ao uso público da razão. ( d ) As restrições à liberdade, principalmente no que diz respeito às influências religiosas, colocam o texto como parte da tradição pós-moderna que põe em xeque o projeto iluminista de liberdade, igualdade e fraternidade. ( e ) Para contribuir com o esclarecimento do homem e da sociedade, cada um deve fazer uso de sua liberdade e de sua razão em projetos privados que, por meio da competição entre si, encontrarão o melhor projeto da sociedade. Alternativa: C O texto de Kant reflete sobre o Iluminismo, chamado aqui de esclarecimento, e propõe que o progresso do homem e da sociedade se faça com base na liberdade como condição essencial para o uso público da razão. Filosofia Competência: 3 Habilidade: 14 Assunto: Ética Página 1 de 1 1. Leia o texto a seguir. Assim, pode-se ter como essencial da prática de fidelidade o estrito respeito das interdições e das obrigações nos próprios atos que se realizam. Mas pode-se também ter como essencial da fidelidade o domínio dos desejos, o combate obstinado que se tem contra eles, a força com a qual se sabe resistir às tentações: o que constitui, então, o conteúdo da fidelidade é essa vigilância e essa luta, os movimentos contraditórios da alma, muito mais que os próprios atos em sua efetivação, é que serão, nessas condições, a matéria da prática moral. Michel Foucault. “O uso dos prazeres: moral e prática de si”. In: Danilo Marcondes. Textos básicos de ética. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008. p. 134. Sobre o texto de Foucault, pode-se afirmar corretamente que: ( a ) a fidelidade reside mais no respeito absoluto do código moral do que em controlar os desejos de rompê-lo. ( b ) a prática moral não é passível de plena realização, visto que o estrito respeito ao código moral esbarra na constituição contraditória de nossos desejos. ( c ) implicitamente, o texto faz a defesa de instituições reguladoras, sejam religiosas ou estatais, que contribuam para que o indivíduo siga efetivamente as práticas morais. ( d ) a fidelidade é estritamente uma convenção e vai de encontro às características da moralidade utilitária da sociedade de consumo. ( e ) o texto traz a ideia de que é preciso reconhecer as contradições e fraquezas dos desejos da alma e sua luta para se manter fiel ao código moral. Alternativa: E O texto de Foucault não trata de ver o indivíduo apenas como alguém que seja capaz de cumprir única e estritamente os códigos morais; não trata também de enxergá-lo como alguém incapaz de jamais seguir a conduta moral. Para Foucault, é preciso enxergar a luta travada dentro do sujeito entre seus desejos e a decisão de viver dentro da moralidade como a própria “matéria da prática moral”.
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