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Perfil pancreático Lilian de Oliveira Paulo Roberto Vanessa Lima Glândula mista Parte exócrina Ácino pancreático, fabrica as enzimas que atuam no processo de digestão. Produção e excreção do suco Pancreático Parte endócrina– Ilhotas pancreáticas/Ilhotas de Langerhans Secretam hormônios que regulam os níveis de glicose no sangue Células α- produz glucagon Células β- produz insulina Introdução Anatomia pancreática Fluido alcalino (Ph 7,8 – 8,2), rico em enzimas: Trispsina (atua nas proteínas) Quimiotripsina (atua nas proteínas) Carboxipolipeptidase (atua nas proteínas) Amilase (atua nos polissacarídeos e dissacarídeos) Lipase pancreática (atua nos lipídeos) Nucleases (atua sobre os ácidos nucleicos) Secreção pancreática A amilase e a lipase séricas são largamente utilizadas como marcadores de inflamação pancreática Pancreatite aguda, pancreatite crônica e obstrução do ducto pancreático Lipase é mais específica que a amilase Importância clínico laboratorial Classe de enzimas que hidrolisam amido, amidopectina e glicogênio. É uma metaloenzima – sua função depende do cálcio. É encontrada: Pâncreas (amilase pancreática); Variação órgão-específica Glândulas salivares (ptialina); hidrólise do amido na boca e esôfago Músculo esquelético; Intestino delgado; Trompas de falópio, ovários e testículos; Pulmão; Tecido adiposo. Amilase Hidrólise do amido no intestino Não é um teste pancreático específico São filtradas pelo glomérulo e excretadas na urina Grande importância no diagnóstico da pancreatite aguda Amilase pancreática Pancreatite aguda; Carcinoma pancreático ou pulmonar: Úlcera perfurada; Perfuração ou obstrução intestinal; Parotidites virais (caxumba) e não virais; Gravidez ectópica; Cetoacidose diabética; Insuficiência renal Causas de hiperamilasemia Enzimas que hidrolisam triglicerídeos, isto é, ésteres de glicerol com ácidos graxos. Atividade é dependente da emulsificação das gorduras pelos sais biliares. Filtradas pelos glomérulos e excretadas na urina Também é uma metaloenzima Os valores da lipase geralmente aumentam um pouco mais tarde do que os da amilase Lipase São encontradas: Pâncreas; Intestino delgado; Mucosa gástrica; Leucócitos; Tecido adiposo; Lipase Pancreatite aguda – mais específica que a amilase; Obstruções intestinais (aumento moderado); Úlceras perfuradas (aumento moderado); Insuficiência renal; Obstrução do ducto pancreático; Maior parte das condições inflamatórias da cavidade abdominal, doenças do trato biliar. Causas de hiperlipasemia Encontradas em 1-2% da população Resultado da combinação da molécula de amilase com imunoglobulinas (IgA e IgG) ou outras proteínas plasmáticas normais ou anormais Prevalência em homens A amilase pode ser proveniente de qualquer tecido já citado Macroamilasemia Quadro clínico: Aumento dos níveis sanguíneos de amilase sem aumento dos níveis urinários. Não apresenta sintomas clínicos de desordens pancreáticas É detectada durante a investigação de uma dor abdominal, resultando na internação do paciente por suspeita de pancreatite O resultado da depuração será menor que 1% na relação depuração de amilase/creatinina (valor de referência: de 1,2% a 3,8%) Valores acima de 10% sugerem pancreatite aguda. Macroamilasemia Ocorre ativação indevida dos zimogênicos (forma inativa das enzimas) dentro do próprio ácino pancreático A tripsina inicia uma cascata de ativações, ativa outras pró-enzimas que atuarão num processo de autodigestão Citocinas são liberadas por células acinares e células inflamatórias, que podem lesar diretamente a célula acinar Inibidores de citocinas podem melhorar o curso da pancreatite Pancreatite aguda Causas: Consumo crônico e abusivo de álcool; Litíase biliar (cálculos biliares) Cirrose ou hepatopatia alcoólica; Quadro clínico: Dor abdominal; Náusea; Vômitos e distensão abdominal; Hipotensão Taquicardia Febre Pancreatite aguda Amilase e lipase aumentam sua atividade entre 2 a 12 horas após a crise A elevação da atividade não se correlaciona ao grau de comprometimento pancreático A amilase também é dosada na urina , mas a lipase é totalmente reabsorvida A taxa de lipase pode alcançar de 5-10 vezes o limite superior de referência Atividade se mantém alta por mais tempo – diagnóstico tardio; Pancreatite aguda Quadro resultante de uma pancreatite aguda não tratada Resulta em necrose celular No final, os valores de amilase e lipase encontram-se diminuídos, por ausência de células sintetizantes Quadro clínico: Diabetes Perca de peso Icterícia Calcificação pancreática; Esteatorreia. Pancreatite crônica Também chamada de mucoviscidose Doença genética, incurável , não contagiosa Causa mal funcionamento do transporte de cloro e sódio nas membranas celulares Compromete o funcionamento dos tecidos exócrinos, que produzem substâncias mais espessas e de difícil eliminação, como o muco, suor e as enzimas pancreáticas Também afeta aparelho digestivo e respiratório Fibrose cística Resulta de lesão do pâncreas por pancreatite aguda ou crônica, que podem ter diversas causas É a incapacidade do pâncreas exócrino de secretar enzimas digestivas em quantidade suficiente para digerir os alimentos no intestino e permitir sua absorção Em crianças, as mais frequentes são a fibrose cística e a síndrome de Shwachman-Diamond Insuficiência pancreática A insuficiência pancreática pode estar associada a diabetes do tipo 1 ou diabetes autoimune Com menor frequência, pode estar associada a câncer de pâncreas Causa má absorção, desnutrição, deficiências de vitaminas e perda de peso (ou incapacidade de ganhar peso em crianças) Com frequência está associada a esteatorreia Insuficiência pancreática Utilizado em reações em que o analito é uma enzima A atividade da enzima é analisada por meio da reação dela com um composto químico denominado substrato Mudança de cor que deve ser observada em espectrofotômetro Amostra: soro ou plasma (heparina) Cinético Semelhante ao método cinético, porém o analito não é uma enzima e sim o substrato Cinético enzimático