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[ Roteiros de Aula Prática Materiais de Construção ENSAIO de granulometria dos agregados miúdos – areia AULA 3: GRANULOMETRIA DA AREIA 1. OBJETIVO Método para a determinação da composição granulométrica de agregados miúdos e graúdos para concreto. Determinam-se as porcentagens de uma amostra que pertence a uma determinada faixa granulométrica, de acordo com o tamanho dos grãos. 2. LISTA DE EQUIPAMENTOS E MATERIAIS Estufa; Balança com sensibilidade de 0,1 g; Jogo de peneiras, com tampa e fundo; Agitador de peneiras (facultativo) Escova com cerdas de nylon; Cápsulas de alumínio pequenas, para pesagem do material; Peneiras Série Normal e Intermediária. Amostras de agregado miúdo (areia) M1(527 ± 0,1)g e M2 (524 ± 0,1)g. SÉRIE NORMAL SÉRIE INTERMEDIÁRIA 4,8 mm 63 mm 2,4 mm 50 mm 1,2 mm 31,5mm 0,6 mm 25 mm 0,3 mm 12,5 mm 0,15 mm 6,3mm Tabela 1: Série de peneiras – Normal e Intermediária FONTE: NBR 7217 3. NORMAS TÉCNICAS NBR 7217/87 – Agregados – Determinação da composição granulométrica – Método de ensaio. NBR NM 248:2002 – Granulometria. 4. PROCEDIMENTOS Preparar as amostras de agregado miúdo (areia) M1(527 ± 0,1)g e M2 (524 ± 0,1)g. Secar as amostras do agregado a ser utilizado em estufa (105 - 110)ºC, e esfriar a temperatura ambiente e determinar sua massa (M1 e M2). Tomar a amostra (M1) e reservar a outra (M2); Encaixar a série de peneiras, previamente limpas, com abertura de malha em ordem crescente, da base para o topo, juntamente com a tampa e o fundo; Colocar a amostra (M1) sobre a peneira superior do conjunto, tampar e agitar, até a completa classificação do material. Esta agitação deve ser feita por um tempo razoável, que permita a separação e classificação da amostra; Remover o material retido em cada peneira para bandejas identificadas. Escovar a tela em ambos os lados para limpar a peneira. Determinar a massa total de material retido em cada uma das peneiras e no fundo do conjunto. O somatório de todas as massas não deve diferir mais de 0,3 % da massa seca da amostra, inicialmente introduzida no conjunto de peneiras. Proceder ao peneiramento da amostra (M2), seguindo o mesmo procedimento. Para cada uma das amostras de ensaio, calcular a porcentagem retida, em massa, em cada peneira, com aproximação de 0,1 %. Retirar as peneiras e remover o material retido para uma cápsula, determinando sua massa. Ter o cuidado de remover todo o material aderido à tela, utilizando escova de nylon; Nota: Se não for possível utilizar a agitação mecânica do conjunto, classificar manualmente toda a amostra em uma peneira (maior malha), para depois passar a peneira seguinte; Agitar cada peneira com a amostra, ou porção desta, por tempo não inferior a 2 minutos. Repetir o procedimento, para a outra amostra do mesmo material. 5. CÁLCULOS Calcular as porcentagens médias retidas e acumuladas, das amostras (M1) e (M2) em cada peneira, com aproximação de 1%. As duas amostras devem apresentar, necessariamente, o mesmo diâmetro máximo e, nas demais peneiras, os valores percentuais retidos individualmente não devem diferenciar mais que quatro unidades percentuais (4%) entre si. Caso isso ocorra, repetir o peneiramento para outras amostras de ensaio até atender a esta exigência. Calcular o módulo de finura, o qual é determinado através da soma das porcentagens retidas acumuladas, em massa, nas peneiras da série normal (exceto as peneiras intermediárias) dividida por 100, expressar o resultado com aproximação de 0,01. Determinar o diâmetro máximo, correspondente à abertura nominal, em milímetros, da malha da peneira da série normal ou intermediária, na qual o agregado apresenta uma porcentagem retida acumulada igual ou imediatamente inferior a 5%, em massa. Traçar o gráfico da curva granulométrica, Tabela 3 – Curva Granulométrica, incluindo as peneiras intermediárias, se houver. Observação: Ao fim do ensaio, determinar a massa total de material retido em cada uma das peneiras e no fundo do conjunto. PENEIRAS 1° DETEMINAÇÃO 2° Determinação % Retido Médio % Retido Acumulado N° MM Peso Retido (g) % Retido Peso Retido (g) % Retido 3,8" 9,5 4 4,8 8 2,36 16 1,18 30 600 50 300 100 150 Fundo < 150 Total Diâmetro Máximo: Módulo de Finura: Tabela 2: Composição Granulométrica Agregado Miúdo FONTE: NBR 7217 Porcentagem Passante 0 Porcentagem Retida10 1000 90 20 80 30 70 40 60 50 50 60 40 70 30 80 20 90 10 100 0 150mm 4,75 2,36 1,18 150 µ m 300 µ m 600 µ m 9,5 19 37,5 75 ( Peneiras ) Tabela 3: Curva Granulométrica – ABNT – NM248 NOTA: 1 - A diferença do somatório do material retido total não deve diferir mais do que 3% da massa total da Amostra; 2 - As porcentagens retidas individualmente não devem diferir mais do que 4% para amostras de mesma Origem; 3 - Os módulos de finura não devem variar mais do que 0,2 para o material de mesma origem; 4 - Determinar o módulo de finura com aproximação de 0,01. 6. RESULTADOS 1. A amostra ensaiada se enquadra em qual tipo de agregado miúdo, areia fina, média ou grossa? 2. De acordo com as curvas granulométricas da ABNT – Tabela 3, o agregado utilizado no ensio se enquadra nas faixas recomendadas para o concreto? 3. Calcular o módulo de finura das amostras. CLASSIFICAÇÃO DA AREIA MÓDULO DE FINURA Muito Fina 1,39 a 2,25 Fina 1,71 a 2,85 Média 2,11 a 3,38 Grossa 2,71 a 4,02 Areia de Praia 1,39 Tabela 4: Classificação das areias – Módulo de finura 7. REFERÊNCIAS NBR 7217/87 – Agregados – Determinação da composição granulométrica – Método de ensaio. NBR NM 248:2002 – Granulometria. Apostila de Materiais de Construção – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte - (IFRN). Disponível em: https://docente.ifrn.edu.br/marciovarela/disciplinas/materiais-de-construcao/apostila-de-materiais-de-construcao-curso-tecnico. ENSAIO DE MASSA ESPECÍFICA DA AREIA AULA4: ENSAIO DE MASSA ESPECIFICA DA AREIA 1. OBJETIVO Esta norma prescreve o processo de determinação da massa específica de agregados miúdos para concreto pelo frasco de Chapman. Massa específica (ou massa especifica real) é a massa da unidade de volume excluindo-se os vazios entre grãos e os permeáveis, ou seja, a massa de uma unidade de volume dos grãos do agregado. 2. LISTA DE EQUIPAMENTOS E MATERIAIS Amostra M1 - (500 ± 0,1)g e M2 – (500 ± 0,1)g de agregado miúdo – areia; Balança com sensibilidade de 0,1 g; para 1 kg Frasco Chapman; Espátula; Funil; Pipeta; Pá; Estufa; Cápsula de porcelana; Água destilada. 3. NORMAS TÉCNICAS NBR/NM 52:2009 – Agregado miúdo – Determinação da massa e massa especifica aparente. NBR 9776/87 – Determinação da massa especifica do agregado miúdo por meio do frasco Chapman. 4. PROCEDIMENTOS 4.1 PREPARAÇÃO DA AMOSTRA Secar a amostra em estufa a 110ºC, até constância de peso; Pesar 500 g de agregado miúdo - areia; Colocar água destilada no frasco Chapman, até a marca de 200 cm3; Introduzir cuidadosamente as 500 g de agregado no frasco, com auxílio de um funil; Agitar o frasco, cuidadosamente, com movimentos circulares, para a eliminação das bolhas de ar (as paredes do frasco nãodevem ter grãos aderidos); Fazer a leitura final do nível da água, que representa o volume de água deslocado pelo agregado (L); Repetir o procedimento pelo menos mais uma vez, para outra amostra de 500 g. 5. CÁLCULOS A massa específica do agregado miúdo é calculada através da expressão: Onde: Ƿ = massa especifica do agregado miúdo em g/cm³ ou kg/dm. Ms = Massa do material seco (500g). L0= Leitura inicial do frasco (200cm³). L = Leitura final do frasco Observação: Duas determinações consecutivas feitas com amostras do mesmo agregado, não devem diferir entre si de mais de 0,05 g/cm; ou seja: 1 - 2 0,05g/cm³ Resultado expresso com três algarismos significativo. 6. RESULTADOS AMOSTRA 1 AMOSTRA 2 Ms (g) Lf (cm³) Ms (g) Lf (cm³) 500 500 1 (g/cm³) 2 (g/cm³) ǀ1 – 2ǀ médio (g/cm³) Tabela 1: Resultados do ensaio de massa específica Qual a importância de se determinar a massa específica dos materiais? Os resultados encontrados estão de acordo com os encontrados estão de acordo com a norma? Discutir possíveis erros. 7. REFERÊNCIAS NBR/NM 52:2009 – Agregado miúdo – Determinação da massa e massa especifica aparente. NBR 9776/87 – Determinação da massa especifica do agregado miúdo por meio do frasco Chapman. ENSAIO de granulometria dos agregados GRAÚDOS – BRITA AULA 5: ENSAIO DE GRANULOMETRIA DA BRITA 1. OBJETIVO Prescreve o método para a determinação da composição granulométrica de agregados miúdos e graúdos para concreto. 2. LISTA DE EQUIPAMENTOS E MATERIAIS Série de Peneiras denominadas normal: ( ... 31,5 - 25 – 19 – 12,5 – 9,5 - 6,3 – 4,75)mm e fundo; Balança → Cap. Mínima de 1kg e sensibilidade de 1g Espátula; 2 kg de agregado miúdo seco em estufa até a constância de massa; Agitador de Peneiras. 3. NORMAS TÉCNICAS NBR 7217/87 – Agregados – Determinação da composição granulométrica – Método de ensaio. 4. PROCEDIMENTOS 4.1 PREPARAÇÃO DA AMOSTRA Formar a amostra para o ensaio seguindo a tabela abaixo: AGREGADO MIÚDO AGREGADO GRAÚDO 0,3Kg D.Max = 9,5mm 1kg D.Max = 12,5mm 2kg D.Max = 19mm 5kg D.Max = 25mm 10kg D.Max = 37,5mm 15kg Montar a série de peneiras e fundo apropriadamente; Colocar a amostra ou porções da mesma sobre a peneira superior do conjunto, de modo a evitar a formação de uma camada espessa de material sobre qualquer uma das peneiras. A tabela abaixo mostra a máxima quantidade de material sobre as telas das peneiras: AGREGADO MIÚDO AGREGADO GRAÚDO 0,2Kg D.Max = 4,75mm 0,33Kg D.Max = 9,5mm 0,67kg D.Max = 12,5mm 0,89kg D.Max = 19mm 1,4kg D.Max = 25mm 1,8kg D.Max = 37,5mm 2,7kg A amostra é peneirada através da série normal de peneiras, de modo que seus grãos sejam separados e classificados em diferentes tamanhos; O peneiramento deve ser contínuo, de forma que após 1 minuto de peneiramento contínuo, através de qualquer peneira não passe mais que 1% do peso total da amostra (agitador de peneiras por ± 5 min e peneiramento manual até que não passe quantidade significativa de material); O material retido em cada peneira e fundo é separado e pesado; O somatório de todas as massas não deve diferir mais de 0,3% da massa inicial da amostra. Se um agregado fino apresentar entre 5% a 15% de material mais grosso do que 4,8mm, será ele ainda considerado globalmente como “agregado miúdo”; Se um agregado grosso apresentar até 15% de material passando pela peneira 4,8mm, será ele, ainda, globalmente considerado como “agregado graúdo”; Se, porém, mais do que 15% de um agregado fino for mais grosso do que 4,8mm, ou mais do que 15% de um agregado grosso passar na peneira 4,8mm, serão consignadas separadamente as composições granulométricas das partes do material acima e abaixo da referida peneira. 5. CÁLCULOS PENEIRAS PESO RETIDO (g) % PERCENTUAL RETIDA % RETIDA ACUMULADA 31,5 mm 25 mm 19 mm 12,5 mm 9,5 mm 6,3 mm 4,75 mm FUNDO TOTAL Tabela 1: Composição Granulométrica Agregado Graúdo Dimensão Máxima Característica (DMC): Corresponde à abertura da malha da peneira (em mm) na qual o agregado apresenta uma porcentagem retira acumulada igual ou imediatamente inferior a 5% da massa. ABERTURA DAS PENEIRAS (mm) Nº 0 Nº 1 Nº 2 Nº 3 Nº 4 BRITA BRITA BRITA BRITA BRITA 4,75 / 12,5 9,5 / 25 19 / 31,5 25 / 50 37,5 / 75 75 0 - 5 63 5 - 30 50 0 - 5 75 - 100 37,5 5 - 30 90 - 100 31,5 0 - 5 75 - 100 95 - 100 25 0 - 5 5 - 25 87 - 100 19 2 - 15 65 - 95 95 - 100 12,5 0 - 5 40 - 65 92 - 100 9,5 2 - 15 80 - 100 92 - 100 6,3 40 - 65 92 - 100 95 - 100 4,75 80 - 100 95 - 100 2,36 95 - 100 Tabela 2: Classificação dos agregados 6. RESULTADOS Calcular o Módulo de Finura (M.F.): O Módulo de Finura é calculado pela fórmula: 7. REFERÊNCIAS NBR 7217/87 – Agregados – Determinação da composição granulométrica – Método de ensaio. ENSAIO DE DETERMINAÇÃO DA CONSISTÊNCIA PELO ABATIMENTO DO TRONCO DE CONE AULA 6: ENSAIO DE ABATIMENTO - SLAMP TEST 1. OBJETIVO Determinar a consistência do concreto fresco através da medida de seu assentamento, em laboratório e obra. O método é aplicável aos concretos plásticos e coesivos que apresentem um assentamento igual ou superior a 10 mm, como resultado do ensaio realizado de acordo com esta Norma. O método não se aplica a concreto cujo agregado graúdo apresente dimensão nominal máxima superior a 37,5 mm. Este ensaio fornece uma metodologia simples e convincente para se controlar a uniformidade da produção do concreto em diferentes betonadas. Desde que, na dosagem, se tenha obtido um concreto trabalhável, a constância do abatimento indicará a uniformidade da trabalhabilidade. 2. LISTA DE EQUIPAMENTOS E MATERIAIS Haste de Compactação (de seção circular, reta, feita de aço ou outro material adequado, com diâmetro de 16 mm, comprimento de 600 mm e extremidades arredondadas); Placa de Base (Para apoio do molde; deve ser metálica, plana, quadrada ou retangular, com lados de dimensão não inferior a 500 mm e espessura igual ou superior a 3 mm); Tronco Cônico ; Auxiliar do Tronco Cônico. 3. NORMAS TÉCNICAS NBR NM67/98 – Concreto – Determinação da Consistência pelo abatimento do tronco de cone. NM 33:94 - Concreto - Amostragem de concreto fresco. NM 36:95 - Concreto fresco - Separação de agregados grandes por peneiramento. 4. PROCEDIMENTOS 4.1 PREPARAÇÃO DA AMOSTRA Umedecer o molde (2.3) e a placa de base (2.2) e colocar o molde sobre a placa de base. Durante o preenchimento do molde com o concreto de ensaio, o operador deve se posicionar com os pés sobre suas aletas, de forma a mantê-lo estável; Encher rapidamente o molde com o concreto coletado, em três camadas, cada uma com aproximadamente um terço da altura do molde compactado; NOTA - A placa de base deve ser colocada sobre uma superfície rígida, plana, horizontal e livre de vibrações. Compactar cada camada com 25 golpes da haste de socamento. Distribuir uniformemente os golpes sobre a seção de cada camada. Para a compactação da camada inferior, é necessário inclinar levemente a haste e efetuar cerca de metade dos golpes em forma de espiral até o centro. Compactar a camada inferior em toda a sua espessura. Compactar a segunda camada e a camada superior, cada uma através de toda sua espessura e de forma que os golpes apenas penetrem na camada anterior. No preenchimento e na compactação da camada superior, acumular o concreto sobre o molde, antes de iniciar o adensamento. Se, durante a operaçãode compactação, a superfície do concreto ficar abaixo da bordado molde, adicionar mais concreto para manter um excesso sobre a superfície do molde durante toda a operação da camada superior. Rasar a superfície do concreto com uma desempenadeira e com movimentos rolantes da haste de compactação. Limpar a placa de base e retirar o molde do concreto, levantando-o cuidadosamente na direção vertical. A operação de retirar o molde deve ser realizada em 05 seg. a 10 seg., com um movimento constante para cima, sem submeter o concreto a movimentos de torção lateral. A operação completa, desde o início de preenchimento do molde com concreto até sua retirada, deve ser realizada sem interrupções e completar-se em um intervalo de 150 seg. NOTA - A duração total do ensaio deve ser de no máximo 05 min, desde a coleta da amostra até o desmolde (final do ensaio). Imediatamente após a retirada do molde, medir o abatimento do concreto, determinando a diferença entre a altura do molde e a altura do eixo do corpo-de-prova, que corresponde à altura média do corpo-de-prova desmoldado, aproximando aos 05 mm mais próximos. Caso ocorra um desmoronamento ou deslizamento da massa de concreto ao realizar o desmolde e esse desmoronamento impeça a medição do assentamento, o ensaio deve ser desconsiderado e deve ser realizada nova determinação sobre outra porção de concreto da amostra. Caso nos dois ensaios consecutivos definidos em ocorra um desmoronamento ou deslizamento, o concreto não é necessariamente plástico e coeso para a aplicação do ensaio de abatimento. 5. CÁLCULOS 6. RESULTADOS TRABALHABILIDADE ABATIMENTO (mm) Abatimento zero 0 Muito Baixa 0 a 10 Baixa 15 a 30 Média 45 a 75 Alta 80 a 155 Muito Alta 160 ao desmoronamento Tabela 1: Relação entre a trabalhabilidade e a grandeza de abatimento TIPO DE OBRA ABATIMENTO EM CM MÁXIMO MÍNIMO Bloco sobre estaca e sapata 8 2 Viga e parede armada 10 2 Pilar de edifício 10 2 Laje maciça e nervurada 8 2 Tabela 2: Abatimento recomendado para os diferentes tipos de obra CONSISTÊNCIA ABATIMENTO (mm) TIPOS DE OBRAS CONDIÇÕES DE ADENSAMENTO Extrema/ Seca 0 Pré-fabricados Condições especiais de adensamento Muito Seca 0 Grandes massas, pavimentação Vibração muito enérgica Seca 0 - 20 Estruturas de concreto armado ou protendido Vibração enérgica Rija 20 - 50 Estruturas correntes Vibração Normal Plástica (média) 50 - 120 Estruturas correntes, concreto bombeado Vibração normal ou adensamento manual Úmida 120 - 200 Estruturas correntes, paredes diafragma, sem grande responsabilidade Adensamento manual ou auto-adensável Fluída 200 - 250 Concreto inadequado para qualquer uso Tabela 3: Índices de consistência do concreto em função de diferentes tipos de obras e condições de adensamento Fonte: Profa Dra Carmeane Effting 7. REFERÊNCIAS NBR NM67/98 – Concreto – Determinação da Consistência pelo abatimento do tronco de cone. NM 33:94 - Concreto - Amostragem de concreto fresco. NM 36:95 - Concreto fresco - Separação de agregados grandes por peneiramento. ENSAIO DE RESISTÊNCIA A COMPRESSÃO AULA 7: ENSAIO DE RESISTÊNCIA A COMPRESSÃO 1. OBJETIVO Este procedimento descreve o método para a determinação da resistência a compressão axial. Na maior parte das estruturas, o concreto está submetido a esforços que resultam em tensões de compressão. Este fator, somado à simplicidade e precisão do ensaio, faz com que a resistência axial seja a propriedade mais avaliada para a verificação da qualidade de um concreto. 2. LISTA DE EQUIPAMENTOS E MATERIAIS Prensa Classe 1 para laboratórios (conforme ABNT NB NM ISO 7500-1); Paquímetro. Placa de vidro para alisar e nivelar a superfície; Nível de bolha; Betoneira; Moldes metálicos cilíndricos; 3. NORMAS TÉCNICAS NBR 5738/2003: Concreto – Procedimento para moldagem e cura de corpos de prova. ASTM C 1231/C 1231M (2000). ABNT NBR NM ISO 7500-1/2004: Materiais metálicos - Calibração de máquinas de ensaio estático uniaxial. 4. PROCEDIMENTO PREPARAÇÃO DA AMOSTRA Corpos de Prova: devem ter relação altura/diâmetro máxima de 2,02. No formato cilíndrico, os moldes dos tamanhos 100 mm x 200 mm, devem ser preenchidos com concreto em duas camadas sucessivas, cada uma delas recebendo 12 golpes com a haste de socamento, e os moldes de 150 mm x 300 mm, devem ser preenchidos aplicando-se 25 golpes em cada uma de suas três camadas de preenchimento. Manter os corpos-de-prova em cura úmida ou saturada até o momento do ensaio. Podem ser retirados para a preparação das suas bases, retornando assim que possível. 5. CÁLCULOS Determinar a média de duas medidas ortogonais do diâmetro do corpo-de-prova, na metade da sua altura, com precisão de 0,1 mm. Determinar altura do corpo-de-prova no eixo longitudinal, incluindo o capeamento. O rompimento deve acontecer na idade especificada, dentro das tolerâncias da Tabela 1. Para idades diferentes, obter a tolerância por interpolação. Apoiar o corpo-de-prova no prato inferior da prensa, centrado e com o topo de moldagem para cima. Escolher a escala de força de maneira que o rompimento ocorra no intervalo de calibração da prensa. Aplicar o carregamento continuamente e sem choques, na velocidade entre (0,30 + 0,60) MPa/segundo, até a ruptura. Calcular a resistência à compressão (fc) com três algarismos significativos, pela expressão: Onde: fc = Resistência à compressão, em megapascals (MPa); F = força máxima, em N; D = diâmetro do corpo-de-prova, em milímetros. IDADE DE ENSAIO 24h 3d 7d 28d 63d 91d TOLERÂNCIA (h) 0,5 2 6 24 36 48 Tabela 1 – Tolerância para a idade de rompimento. Se a relação altura / diâmetro (h/d) for menor que 1,94, a força F deve ser multiplicada pelo fator correspondente da Tabela 2. Valores não indicados podem ser obtidos por interpolação. RELAÇÃO h/d 2.00 1.75 1.50 1.25 1.00 FATOR DE CORREÇÃO 1.00 0.98 0.96 0.93 0.87 NOTA: Os índices correspondentes á relação h/d não indicada podem ser obtidos por interpolação linear, com aproximação de centésimos. Tabela 2 – Fator de correção h/d AVALIAÇÃO ESTATÍSTICA A avaliação da eficiência das operações de ensaio é realizada a partir do coeficiente de variação dos resultados (cve). Recomenda-se que a amostra tenha ao menos 10 exemplares de 2 ou mais corpos-de-prova cada. Obter o desvio–padrão do ensaio pela média das amplitudes dos resultados dos exemplares: Onde: Ai = amplitude dos resultados, diferença entre o maior e menor resultado do exemplar, em megapascals (MPa); n = número de exemplares da amostra; d2 = coeficiente da Tabela 3. N° CORPOS DE PROVA DO EXEMPLAR 2 3 4 5 6 COEFICIENTE D2 1,128 1,693 2,059 2,326 2,534 Tabela 3 – Coeficiente d2 Calcular o coeficiente de variação do ensaio (CVe) pela equação: Onde: CVe = Coeficiente de variação do ensaio Se = Desvio padrão calculado no item 4 fcm = resistência média dos exemplares, em MPa; Avaliar a eficiência do ensaio, de acordo com a Tabela 4. NÍVEL 1 EXCELENTE NÍVEL 2 MUITO BOM NÍVEL 3 BOM NÍVEL 4 RAZOÁVEL NÍVEL 5 DEFICIENTE CVe ≤3,0 3,0 < CVe ≤ 4,0 4,0 < CVe ≤ 5,0 5,0 < CVe ≤ 6,0 CVe ≥ 6,0 Tabela 4 – Nível de Eficiência do Ensaio 7. RESULTADOS O certificado de resultados de ensaio de corpos de prova moldados segundo a NBR 5738 deve conter as seguintes informações: Número de identificação do corpo-de-prova; Data de moldagem; Idade do corpo-de-prova; Data do ensaio; Dimensões dos corpos de prova; Tipo de capeamento empregado; Classe da máquina de ensaio (segundo NBR-NM-ISO-7500-1:2004); Resultado da resistência à compressão individual dos corpos-de-provae do exemplar; Tipo de ruptura do corpo-de-prova (opcional). Quando a dispersão entre resultados de um mesmo exemplar for significativa, convém investigar o tipo de ruptura, pois defeitos na moldagem e/ou no arremate dos topos e bases dos corpos de prova podem ser identificados e sanados. Geralmente, quando ocorre uma dispersão significativa, a ruptura enquadra-se com fraturas junto ao topo e/ou base. 8. REFERÊNCIAS NBR 5738/2003: Concreto – Procedimento para moldagem e cura de corpos de prova. ASTM C 1231/C 1231M (2000). ABNT NBR NM ISO 7500-1/2004: Materiais metálicos - Calibração de máquinas de ensaio estático uniaxial. 20
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