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GESTAO DE RECURSOS NATURAIS

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GESTAO DE RECURSOS NATURAIS
A Revolução Industrial teve início no século XVIII, em que o trabalho artesanal foi substituído pelo assalariado e a produção passou a ser em larga escala, graças à utilização das máquinas.
Desde a Revolução Industrial, as ações antrópicas têm alterado o meio ambiente e, mesmo com as inúmeras melhorias proporcionadas pelo processo de industrialização e pela revolução tecnológica, os fatores negativos levaram a uma piora nas condições ambientais e, consequentemente, a uma diminuição na qualidade de vida.
Entre os principais problemas podemos citar: aumento populacional, ocupação urbana crescente e desordenada, aumento do consumo e consequente elevação da demanda por recursos naturais, geração de resíduos e degradação ambiental.
Os impactos ambientais antrópicos foram agravados após a 2ª Guerra Mundial, mais precisamente a partir da década de 1950 e, já nos anos 60, tivemos cientistas nos alertando para as consequências futuras da degradação ambiental.
1962-Livro Primavera Silenciosa, de Rachel Carson – Nesse livro, cuja leitura é obrigatória para todos aqueles que trabalham com as questões ambientais, a autora alertava para os efeitos desastrosos das ações antrópicas sobre o ambiente, em especial a utilização de pesticidas como o DDT.
1968-Fundação do Clube de Roma – Fundada por Aurelio Peccei e Alexander King, tem como objetivo debater as questões relacionadas com a política, a economia internacional e, principalmente, o meio ambiente.
Ganhou notoriedade ao publicar, em 1972, o relatório “Limites do Crescimento” também conhecido como “Relatório Meadows” ou ainda “Relatório do Clube de Roma”.
Paris – Conferência sobre a conservação e o uso racional dos recursos da Biosfera – nessa conferência, foram estabelecidas as diretrizes para o lançamento do programa Homem e a Biosfera (MAB) no ano seguinte.
1971-Programa Homem e a Biosfera (MAB) – lançado pela UNESCO, trata da conservação da biodiversidade e das melhorias nas relações entre o homem e o meio ambiente.
1972-Os limites do Crescimento – também conhecido como “Relatório Meadows” ou “Relatório do Clube de Roma”, esse documento trazia à tona a discussão sobre problemas críticos para o futuro desenvolvimento da humanidade.
Abordava assuntos como energia, poluição, saúde, saneamento, meio ambiente, crescimento populacional e tecnologia. Essa publicação vendeu mais de 30 milhões de cópias em dezenas de idiomas, sendo considerado o livro ambiental mais vendido até hoje.
Suécia – Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente Humano (Declaração de Estocolmo) – Foi a primeira reunião internacional sobre o meio ambiente que teve a participação efetiva dos representantes de governos de 113 países e mais de 400 instituições governamentais e não governamentais.
Dela resultou um importante documento conhecido como Declaração de Estocolomo, que conta com 26 princípios norteadores para a relação do ser humano com o meio ambiente.
Foi aprovada, também, a proposta para a criação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente — PNUMA, com o objetivo de coordenar e acelerar as atividades de proteção ambiental dentro da ONU e de seus países membros.
Foi criado um fundo voluntário para o meio ambiente, e o dia 05 de junho passou a ser o Dia Mundial do Meio Ambiente.
1987-Protocolo de Montreal – Tratado, com adesão positiva de 47 países, em que produtos à base de CFC (gás clorofluorcarbono) e outras substâncias químicas halogenadas artificiais deixaram de ser utilizados por destruírem a camada de ozônio, a responsável por filtrar os raios ultravioleta B, emitidos pelo Sol.
Esses compostos eram utilizados na fabricação de propelentes aerossóis, extintores de incêndio, gases de refrigeração e solventes orgânicos.
Relatório Brundtland ou “Nosso Futuro Comum” – lançado em 1987, apresenta um olhar diferenciado sobre o desenvolvimento. Surge o desenvolvimento sustentável, processo que satisfaz as necessidades das gerações atuais sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades.
Esse relatório aponta as incompatibilidades entre os atuais padrões de produção e consumo e o desenvolvimento sustentável.
1992-Rio de Janeiro – Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento - ECO 92 (RIO 92) – Somente vinte anos após a realização da “Conferência de Estocolmo” (1972) é que líderes do mundo reuniram-se novamente para debater as questões ambientais do planeta.
Nessa conferência, representantes dos governos de 117 países e mais de 9 mil organizações não governamentais produziram os seguintes acordos e documentos:
1998-Protocolo de Kyoto – Documento internacional cujo principal objetivo é o de estabilizar a emissão dos gases de efeito estufa (GEE), de modo a diminuir o aquecimento global e seus possíveis impactos.
Até o momento, 184 países ratificaram o tratado. Os países desenvolvidos devem reduzir suas emissões em 5,2% em relação aos níveis de 1990. O prazo para cumprir a meta era 2012. Atualmente, estamos no segundo período de compromisso do documento, que vai até 2017.
2001-Suécia – Tratado de Estocolmo – Banimento de substâncias conhecidas como POPs (poluentes orgânicos persistentes) – Foi assinado por 127 países com a finalidade de erradicar os compostos tóxicos mais agressivos ao meio ambiente.
São 12 substâncias com características cancerígenas, a maioria utilizada na fabricação de agrotóxicos ou gerada a partir de queima em incineradores.
2009-Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas - Conferência de Copenhague – foi realizada na Dinamarca e contou com a participação de 190 delegações de todo o mundo, para discutir as resoluções de prevenção às mudanças climáticas pelo aquecimento global.
2012-Rio de Janeiro – Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) – Essa conferência marcou os 20 anos da realização da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92) e seu objetivo foi a renovação do compromisso político com o desenvolvimento sustentável.
Ela teve dois temas principais:
A economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e a erradicação da pobreza;
A estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável. O documento elaborado foi denominado “O Futuro que queremos”.
PS IMPACTOS CAUSADOS PELOS PADROES DE PRODUÇAO E CONSUMO VIGENTES
Analisando o trabalho de Zaluaf (2000) e projetando os valores da época para números atuais, poderíamos dizer que cerca de 2 bilhões e quatrocentos milhões de indivíduos compõem a sociedade de consumo e outros 2 bilhões e quatrocentos milhões estão em ascensão para esse grupo.
Ou seja, dos mais de 7 bilhões de indivíduos existentes no planeta, cerca de 2/3 (4 bilhões e oitocentos milhões) de pessoas utilizam de maneira pouco consciente os recursos naturais.
Isso nos leva a uma importante pergunta: nosso planeta possui recursos naturais suficientes para toda a população existente? Mais ainda, continuando a explosão populacional, os recursos naturais conseguirão ser suficientes para atender a demanda?
recursos naturais são finitos. Existe o processo de renovação de alguns deles, desde que respeitados os ciclos biológicos de regeneração, algo que quase não tem acontecido.
O uso indiscriminado está exaurindo algumas fontes, poluindo outras e, muitas vezes, para se extrair determinado recurso natural, vários outros são destruídos.
Alguns especialistas afirmam que os recursos existentes em nosso planeta são suficientes para, aproximadamente, 9 bilhões de pessoas e que, ao atingir esse limite, nossa população deverá se estabilizar quanto ao número de indivíduos.
CONSUMO ATUALMENTE
Hoje, nosso ritmo de consumo é maior do que nosso planeta pode suportar e, caso a situação não seja revertida, chegaremos ao ponto em que os recursos não serão suficientes para atender a demanda.
Veja um exemplo simples: os Estados Unidos possuem, hoje, cerca de 6% dos habitantes do nosso planeta e utilizam cerca de 20% dos recursos existentes.
Se todos os países consumissem ao ritmo dos EUA, precisaríamos de quatro planetas Terra para suprir nossas necessidades. Temos apenas um!
AS IMPLICAÇOES AMBIENTAIS DO CRECIMENTO POPULACIONAL
O aumento do número de indivíduos em nosso planeta, aliado ao atual modelo de produção e consumo, traz à tona preocupações importantes, tais como o aumento da demanda por água e alimentos.
São alguns dos fatores que merecem atenção por parte da sociedade:
Ocupações urbanas desordenadas, destruindo ecossistemas;
Falta de infraestrutura, de saneamento e de coleta de lixo;
Remoção de cobertura vegetal e assoreamento de rios, córregos e lagoas;
Produção, em larga escala, com grande pressão na extração de matéria-prima e geração de resíduos
IMPACTOS SOBRE A BIODIVERSIDADE
Atualmente, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente, os principais processos responsáveis pela perda de biodiversidade são:
Perda e fragmentação dos habitats;
Introdução de espécies e doenças exóticas;
Exploração excessiva de espécies de plantas e animais;
Uso de híbridos e monoculturas na Agroindústria e nos Programas de Reflorestamento;
Contaminação do solo, da água e da atmosfera por poluentes;
Mudanças climáticas.
então, que a diminuição da biodiversidade está ligada ao aumento da população humana, distribuição desigual da riqueza, exploração superior à capacidade de recuperação da espécie.
A perda de diversidade biológica envolve, portanto, aspectos sociais, econômicos, culturais, científicos e tecnológicos.
ATIVIDADE
Qual o direito, que pode ser , uma das soluções para superarmos a crise ambiental , e que analisa e discute as questões e os problemas ambientais e sua relação com o ser humano, tendo por finalidade a proteção do meio ambiente e a melhoria das condições de vida no Planeta. Marque a resposta correta:
AMBIENTAL
AULA 2
Desenvolvimento Sustentável
O termo desenvolvimento sustentável surgiu em 1980 no documento “World Conservation Strategy: Living Resource Conservation for Sustentable Development”, elaborado pela União Internacional para Conservação da Natureza e Recursos Naturais — IUCN.
pressão ganhou notoriedade em 1987, quando a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento — CMMAD — elaborou o relatório “Nosso Futuro Comum”, também conhecido como “Relatório Brundtland”, que definiu conceitos, princípios e objetivos para a harmonização da tríplice relação entre economia, sociedade e meio ambiente.
O Relatório Nosso Futuro Comum (Brundtland) define, em seu texto, o conceito de desenvolvimento sustentável como:
“aquele que atende às necessidades do presente, sem comprometer as possibilidades de as gerações futuras atenderem às suas próprias necessidades”.
 com Barsano e Barbosa (2012), além da definição base para o desenvolvimento sustentável, o documento insere dois conceitos-chave como princípios complementares para sua aplicação:
Conceito de Necessidades: principalmente, em relação às necessidades essenciais para as populações mais pobres do mundo que devem receber a máxima prioridade nas agendas governamentais das pautas de discussão;
Conceito de Limitação: que oriente sobre a conscientização que deve haver sobre as limitações que o estágio tecnológico e da organização social impõem ao meio ambiente, impedindo-o de atender às necessidades presentes e futuras.
Objetivo principal do desenvolvimento sustentável
É um processo de transformação no qual a exploração dos recursos naturais, a direção dos investimentos, a orientação do desenvolvimento tecnológico e a mudança institucional se harmonizam e reforçam o potencial presente e futuro, a fim de atender às necessidades e aspirações humanas”.
Em 25 de setembro de 2015, por unanimidade, os 193 Estados-Membros da ONU
aprovaram os 17 Objetivos e 169 Metas de Desenvolvimento sustentável para os
próximos 15 anos. O documento, que começou a ser elaborado em 2012 (Durante a
Rio+20) indica uma série de ações a serem cumpridas pelos governos de modo a
combater a pobreza e, também, propiciar o crescimento econômico.
As ações serão em áreas que, de acordo com a ONU, são cruciais para o planeta e toda
a humanidade. São elas: Pessoas, Planeta, Prosperidade, Paz e Parceria. (5 P´s para
o Desenvolvimento Sustentável).
SUSTENTABILIDAE COORPORATIVA
Graças a legislações mais severas, do ponto de vista ambiental, e a consumidores que buscam empresas comprometidas com as questões ambientais, o conceito de Desenvolvimento Sustentável vem se firmando de modo crescente no mundo corporativo. Isto leva as empresas a implementar meios de produção e serviços que atendam os objetivos da sustentabilidade ambiental.
De acordo com Ouchi (2006), o conceito de sustentabilidade corporativa é alvo de grande interesse. Ele é baseado no conceito de que um bom desempenho nas esferas ambiental e social agrega valor à empresa e, consequentemente, deve ser tratado com importância equivalente ao desempenho econômico.
Essa visão de negócios ampara-se no triple bottom line, conhecido no Brasil como tripé da sustentabilidade, pois leva em consideração as dimensões: ambiental, social e econômica.
Ainda de acordo com Ouchi (2006), a sustentabilidade corporativa é um conceito que deve estar arraigado em todos os instrumentos de gestão, devendo fazer parte da cultura organizacional.
Não se trata, portanto, de uma simples ferramenta gerencial e não pode ser aplicada apenas em algumas ações pontuais.
Ela deve ser pensada em nível estratégico como criadora de valor.
INDICE DE SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL
De acordo com o site oficial da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros BOVESPA – BM&F BOVESPA, o Índice de Sustentabilidade Empresarial - ISE é uma iniciativa pioneira na América Latina e tem como objetivo criar um ambiente de investimento compatível com as demandas de desenvolvimento sustentável.
Esse índice é baseado na eficiência econômica, equilíbrio ambiental, justiça social e governança coorporativa. Ele é administrado por um conselho deliberativo, de modo a garantir que o processo de seleção das empresas seja transparente e claro.
 ele reúne as empresas brasileiras listadas na BM&FBOVESPA, com as melhores práticas de gestão empresarial e com maior alinhamento estratégico com a sustentabilidade.
Sua grande missão é induzir as empresas a adotarem as melhores práticas de sustentabilidade empresarial e apoiarem os investidores na tomada de decisão de investimentos sustentáveis e responsáveis
PEGADA ECOLOGICA
Em 1996, os pesquisadores William Rees e Mathis Wackernagel publicaram o livro “Pegada Ecológica — Reduzindo o Impacto do Ser Humano na Terra”. E trouxeram para o mundo um novo conceito de sustentabilidade — a mensuração das marcas que todos nós deixamos no planeta!
Esse novo índice nos auxilia a saber o quanto de recursos da Natureza utilizamos para manter nosso estilo de vida, ou seja, qual a pressão que fazemos sobre os recursos naturais. Nele, são levados em consideração nossa moradia, tipo de alimentação, tipo de transporte, os produtos que compramos, como nos divertimos, entre outras coisas.
A Pegada Ecológica é expressa em hectares globais (gha) e nos permite comparar padrões de consumo e verificar se estão dentro da capacidade ecológica do planeta.
O que isso significa?
Significa, simplesmente, a extensão territorial, em hectares, que uma pessoa (ou uma sociedade) utiliza, em média, para sustentar seu modo de vida.
ara se calcular a pegada ecológica, leva-se em consideração:
Os recursos naturais renováveis (vegetais, carne, madeira, energia renovável, entre outros);
Os diferentes tipos de territórios produtivos (pastagens, oceanos, florestas, agricultura, áreas construídas);
As diversas formas de consumo (alimento, energia, transporte, entre outros),
Os tipos de tecnologias utilizadas e o tamanho das populações;
As áreas utilizadas para receber detritos e resíduos;
A reserva estratégica de recursos naturais para garantir a manutenção da biodiversidade, entre outras informações.
COMPONENTES DA PEGADA ECOLOGICA
Áreas
Construídas,Carbono, Áreas de Cultivo,Pastagens, Florestas e Estoques Pesqueiros
Chamamos, então, de Biocapacidade a capacidade que os ecossistemas têm de produzir recursos úteis e absorver os resíduos gerados pelos seres humanos.
Pegada Ecológica per capta:
Média Mundial: 2,7 hectares globais
Média Brasileira: 2,9 hectares globais
Média Americana: 7,19 hectares globais
claramente, que o Brasil ainda possui uma pegada ecológica média menor que sua biocapacidade, o que significa que ele é um “credor ecológico”.
Países como Índia e China têm uma pegada média maior que a sua biocapacidade e, portanto, possuem “saldo ecológico devedor”, que chamamos de “déficit ecológico”.
Outra análise preocupante é que, ao observarmos a média mundial, verificamos que a pegada ecológica é maior que a biocapacidade.
O nosso planeta possui, aproximadamente, 12 bilhões de hectares globais (gha) de terra e água biologicamente produtivas. Isto significa que, na atualidade, cada indivíduo pode utilizar, em média, 1,67 gha.
E o que isso significa?
Significa que estamos consumindo os recursos naturais em um ritmo maior do que a capacidade de reposição de absorção de resíduos pelos ecossistema
E o que podemos fazer?
Para entender isso, vamos aprender, a seguir, sobre a Sustentabilidade Cívica.
SUSTENTABILIDADE CIVICA
De acordo com Barsano e Barbosa (2012), o desenvolvimento sustentável deve ir além do simples cumprimento da legislação vigente.
A responsabilidade da utilização racional dos recursos naturais, para evitar sua escassez e o comprometimento das reservas para as gerações futuras, não é exclusiva das empresas, potencialmente mais poluidoras e captadoras dos recursos disponíveis. É uma obrigação de toda sociedade civil.
Precisamos ter atitudes ambientalmente corretas e contribuir de forma objetiva e contínua de modo a garantir a vida no planeta.
Temos que colocar em prática a sustentabilidade cívica e, para isso, precisamos exercer nossa cidadania, assumindo uma atitude responsável e ética. Denunciando os abusos ambientais de empresas e mudando nossos hábitos cotidianos de forma a incorporar práticas sustentáveis que, embora simples, são significativamente importantes.
ATIVIDAEDS
Uma das principais bases para os modelos de desenvolvimento sustentável consiste no controle do crescimento da população. As taxas de crescimento vegetativo da população de um país ou continente são representadas por meio de pirâmides etárias, nas quais a base representa os indivíduos mais jovens, aumentando a idade para o topo. Nesse contexto,
pirâmides com base larga indicam grande quantidade de jovens, significando crescimento populacional.
AULA 3
RECURSOS NATURAIS
A rápida expansão da população humana, aliada aos atuais padrões de produção e consumo, intensificou sobremaneira o ritmo da exploração dos recursos naturais.
São considerados recursos naturais todos aqueles que o homem encontra na natureza e utiliza para sua sobrevivência, bem-estar e aumento da qualidade de vida. Portanto, a água, o solo, os vegetais, a atmosfera, a madeira, o petróleo, o carvão etc.
Eles recebem esse nome porque são retirados na natureza e aproveitados em muitas atividades importantes em nosso cotidiano como, por exemplo, a geração de energia e a produção de papel.
Esses recursos são divididos em dois grupos: Recursos Naturais Renováveis e Recursos Naturais Não Renováveis.
RECURSOS NATURAIS RENOVAVEIS-ENERGETICOS,HIDRICOS E BIOLOGICOS
São recursos naturais que possuem capacidade de renovação após sua utilização pelo homem, como a água, o solo, as florestas, a madeira etc. Entretanto, o uso indiscriminado de tais recursos, impossibilitando-os de cumprir seu ciclo de renovação, poderá levá-los ao esgotamento.
RECURSOS NATURAIS NAO RENOVAVEIS- ENERGETICOS,MINERAIS
Recursos naturais não renováveis são aqueles utilizados nas atividades antrópicas e que não possuem capacidade de renovação, como o carvão mineral, o petróleo, o gás natural, o ferro, o urânio etc.
Sua extração e utilização precisam ser feitas de forma racional e planejada para que esses recursos possam ser utilizados pelo maior período de tempo possível.
USO INDISCRIMINADO DE RECUROSO NATURAIS
Relatório divulgado pela ONU, em 2011, informa que o consumo mundial de recursos naturais como combustíveis fósseis e minérios podem triplicar, até 2050, causando um impacto catastrófico sobre o meio ambiente.
O documento foi apresentado pelo PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) e alerta para que os países ajam com rapidez, evitando tal situação.
O mesmo documento mostra que a humanidade poderia consumir, até 2050, aproximadamente 140 mil toneladas de minérios, combustíveis fósseis e biomassa por ano, quase o triplo dos valores atuais.
é chegada a hora de reconhecermos os limites dos recursos naturais disponíveis para apoiar o desenvolvimento humano e o crescimento econômico, pois o mundo já está ficando sem recursos acessíveis e de alta qualidade, como petróleo, cobre e ouro.
A solução estaria na dissociação do uso dos recursos naturais e do impacto ambiental do crescimento econômico, sendo parte da transição rumo a uma economia verde, com baixas emissões de carbono e eficiente respeito aos recursos.
O mesmo órgão (PNUMA) já havia divulgado, em 2013, um relatório mostrando que a China é o país que mais utiliza recursos naturais no mundo. Lá, o consumo doméstico é quatro vezes maior que nos Estados Unidos. Apesar de o país mostrar melhora na eficiência energética, ele precisa aumentar suas políticas para redução do consumo de água e perda de terras aráveis.
Em junho de 2015, o relator especial das Nações Unidas Maina Kiai apelou para um novo tratado que obrigue empresas a respeitarem os direitos humanos fundamentais e para que os Estados e as corporações se envolvam totalmente com as organizações da sociedade civil, no contexto da exploração dos recursos naturais.
USO SUSTENTAVEL DE RECURSOS NATURAIS
A utilização e a extração dos recursos naturais têm causado impactos sem precedentes sobre o ambiente, o que torna imperiosa a necessidade de elaboração de estratégias globais e locais visando a gestão sustentável desses recursos.
Podemos citar, por exemplo, no Brasil, a “Iniciativa Cerrado Sustentável”, cujo objetivo é promover o aumento da conservação da biodiversidade e melhorar o manejo dos recursos ambientais e naturais do bioma Cerrado.
iniciativa vem da União Europeia (UE), que, em outubro de 2013, publicou o comunicado “Para uma Estratégia Temática sobre a Utilização Sustentável dos Recursos Naturais”.
Ele trazia como objetivo o estabelecimento de um quadro e adoção de medidas que permitissem a utilização dos recursos naturais de forma sustentável, sem continuar a degradar o ambiente.
O comunicado respeitava, simultaneamente, os objetivos fixados na “Estratégia de Lisboa”, que focava, entre outras coisas, no crescimento, na empregabilidade e no desenvolvimento sustentável.
 conjugada com as aulas 1 e 2, leva-nos a pensar sobre os reflexos do consumismo na extração dos recursos naturais e a necessidade de mudarmos nossos padrões de produção e consumo.
Precisamos investir em fontes de energia renováveis, aumentar a eficiência da utilização dos recursos e, principalmente, mudar nossos hábitos.
ATIVIDADE
A maré é uma fonte natural de energia, não poluidora e renovável. Ela pode gerar dois tipos de energia mareomotriz.
energia cinética, das correntes devido às marés, e a energia potencial, a diferença do nível entre as marés altas e baixas.
AULA 4
ECONOMIA DO MEIO AMBIENTE
Economia do Meio Ambiente ou, simplesmente, Economia Ambiental é o campo da Economia que aborda as questões relacionadas ao manejo e à preservação ambiental. Esse campo tem sido objeto de crescente interesse das empresas nos últimos anos.
De acordo com Costa (2005), as principais razões para isso são:
Sobrevivência corporativa a longo prazo
Está relacionada à necessidade de tecnologias que possibilitem a geração sustentável de recursos
básicos para a manutenção de alguns importantes setores da Economia, como, por exemplo, energia e celulose.
Oportunidades de mercado
Um exemplo de mercado gerado a partir de ações de preservação do meio ambiente é a venda de quotas de absorção de CO2.
Competitividade
Os consumidores começam a preferir produtos ecologicamente corretos, especialmente no mercado internacional. A própria ISO 14.000 já reflete essa exigência.
Permanência no mercado
Os padrões ambientais cada vez mais rigorosos têm sido responsáveis por expulsar empresas menos preparadas do mercado.
Mercado financeiro
Devido a novas regulamentações e a um agressivo clima de litígio, um atestado de saúde ambiental está se tornando cada vez mais vital para assegurar investimentos e financiamentos a novos projetos nos mais diversos setores produtivos.
Responsabilidade criminal e legal
As novas leis de proteção ao meio ambiente têm sido responsáveis pela adequação tecnológica de várias empresas, sob pena de inviabilizar a implantação ou a ampliação das mesmas.
Informação globalizada
A globalização traz consigo a distribuição praticamente uniforme da informação, o que está derrubando uma prática comum às grandes empresas: manter indústrias com tecnologia mais atrasada e mais poluidoras em países, em geral, menos desenvolvidos e com uma legislação ambiental menos rígida ou até mesmo inexistente.
leva à seguinte e importante conclusão: atualmente, a Economia do Meio Ambiente precisa ser encarada como uma das estratégias adotadas pela empresa para se manter no mercado ou mesmo para aquela que pretende iniciar suas atividade
ECONOMIA DE RECURSOS NATURAIS
De acordo com Rodrigues da Silva (apud VINHA, 2003), o que se conhece por Economia dos Recursos Naturais é um campo da teoria econômica que emerge das análises neoclássicas a respeito da utilização das terras agrícolas, dos minerais, dos peixes, da água, ou seja, de todos os recursos naturais renováveis e não renováveis.
Ainda de acordo com o autor, para a determinação do “uso ótimo” de tais recursos, os instrumentos utilizados são os mesmos da microeconomia neoclássica, baseado em modelos matemáticos.
relação à Economia do Meio Ambiente, existem duas correntes principais de interpretação, são elas:
Economia Ambiental e ecologica=Considera que os recursos naturais não representam, a longo prazo, um limite absoluto para a expansão da Economia. Justamente o contrário, esses recursos nem mesmo apareciam em suas representações analíticas da realidade econômica.
Considera o sistema econômico como um subsistema de um todo maior que o contém, impondo uma restrição absoluta à sua expansão. O Capital (construído) e o Capital Natural (recursos naturais) são, essencialmente, complementares. Existe, portanto, uma visão mais holística entre as relações do Homem (economia) e Natureza.
Romeiro (apud VINHA, 2003), essa visão é referida através do conceito de sustentabilidade forte. O progresso científico e tecnológico é visto como fundamental para aumentar a eficiência na utilização dos recursos naturais, tanto os renováveis quanto os não renováveis, sendo possível instituir uma estrutura regulatória baseada em incentivos econômicos, capaz de aumentar, imensamente, essa eficiência.
CAPITAL NATURAL
O Capital Natural pode ser definido como o nosso ambiente natural, constituído do estoque de recursos naturais (renováveis e não renováveis) bem como dos chamados ativos ambientais (como, por exemplo, as terras agricultáveis).
O Capital Natural fornece as funções ambientais (bens e serviços) úteis à sociedade e que podem ser convertidas em produtos que mantêm ou elevam seu bem-estar.
Podemos afirmar, portanto, que ele (o capital natural) desperta interesses econômicos, sociais e ambientais, uma vez que disponibiliza bens e serviços ecossistêmicos indispensáveis para a sobrevivência dos seres humanos e não humano
RENDA BIOLOGICA
Para Miller (2008), conservar o capital natural, no qual a sociedade está inserida, bem como entender a sua importância, de modo a atribuir valor econômico aos serviços prestados pelo meio ambiente, em analogia ao sistema financeiro, é uma maneira de o ser humano, ao utilizar os recursos renováveis, obter uma renda biológica indefinidamente renovável. Desde que não utilizada em taxas maiores do que aquelas que a natureza pode repor.
A busca do equilíbrio entre os sistemas está em conseguir sobreviver como espécie com a renda biológica existente, sem exaurir ou degradar o capital natural que o planeta nos oferece.
ECONOMIA VERDE E CONSUMO CONCIENTE
A Iniciativa Economia Verde (IEV, ou GEI-Green Economy Initiative, em inglês) do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) foi lançada em 2008 e define a Economia Verde como aquela que resulta em melhoria do bem-estar humano e da igualdade social, ao mesmo tempo em que reduz, significativamente, os riscos ambientais e a escassez ecológica.
Suas três principais características são:
Pouco intensiva em carbono;
• Eficiente no uso de recursos naturais;
• Socialmente inclusiva.
VALORIZAÇAO DA ECONOMIA AMBIENTAL
De acordo com Ortiz (apud VINHA, 2003), um bem ou serviço ambiental qualquer tem grande importância para o suporte às funções que garantem a sobrevivência das espécies. Portanto, todo recurso ambiental tem um valor intrínseco que reflete direitos de existência e interesses de espécies não humanas.
Dessa maneira, a valoração econômica ambiental busca avaliar o valor econômico de um recurso natural.
O principal objetivo é estimar os custos sociais da utilização dos recursos naturais escassos ou, ainda, incorporar os benefícios sociais advindos desses recursos.
A valoração econômica dos recursos ambientais é matéria muito recente; o dano ambiental, por sua vez, pode afetar uma pluralidade difusa.
modelos propostos para a valoração de ambientes impactados, entretanto, nenhum deles conseguiu ainda abordar e considerar todos os aspectos inerentes ao ecossistema degradado e os impactos ambientais, econômicos, sociais e culturais.
Dentre os poucos modelos existentes destacam-se:
O elaborado pelo IBAMA (coordenado por Peixoto, S.L. ― chefe do Parque Nacional da Tijuca), que propõe a valoração através de uma fórmula.
O valor total proposto para a compensação é composto pela soma de cinco parcelas de valoração econômica, multiplicado por um fator de redução social (FS). Logo:
VALOR =[ P1 + P2 + P3 + P4 + P5 ] x FS
Onde:
P1: Perda de Oportunidade de Uso
P2: Impacto Cênico 1
P3: Impacto Ecossistêmico
P4: Perda de Visitação
P5: Risco Ambiental
O utilizado pelos peritos da Polícia Federal para efetuar os cálculos de seus laudos:
VERA = VUD + VUI + VO + VE
Onde:
VERA = Valor Econômico do Recurso Ambiental
VUD = Valor de Uso Direto
VUI = Valor de Uso Indireto
VO = Valor de Opção
VE = Valor de Existência
Entretanto, nenhuma delas leva em consideração os demais aspectos sobre os ecossistemas (fatores geofísico-químicos), questões sociais e culturais.
O MERCADO DE CREDITOS DE CARBONO
O Protocolo de Kyoto (1997) criou o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), que prevê a redução certificada das emissões. Uma vez conquistada essa certificação, quem promove a redução da emissão de gases poluentes tem direito a créditos de carbono e pode comercializá-los com os países que têm metas a cumprir.
O MDL foi criado a fim de conceder créditos para projetos que reduzam ou evitem emissões nos países em desenvolvimento.
Trata-se de um canal em que governos e corporações privadas transferem tecnologia limpa e promovem o desenvolvimento sustentável, possibilitando o benefício das atividades de redução das emissões de GEE aos países em desenvolvimento.
O mecanismo deve implicar em reduções de emissões adicionais àquelas que ocorreriam na ausência do projeto, garantindo benefícios reais, mensuráveis e de longo prazo para a mitigação da mudança do clima.
O Brasil ocupa a terceira posição mundial entre os países que participam desse mercado, com cerca de 5% do total mundial
e 268 projetos. A expectativa inicial era a de absorver 20%. O mecanismo incentivou a criação de novas tecnologias para a redução das emissões de gases poluentes no Brasil.
CALCULO
A redução das emissões dos GEE (Gases do Efeito Estufa) é medida através de uma unidade denominada toneladas de dióxido de carbono equivalente ― t CO2e.
Cada tonelada reduzida ou removida da atmosfera corresponde a uma unidade, emitida pelo Conselho Executivo do MDL, denominada RCE (Redução Certificada de Emissão) ou seja, cada tonelada de CO2e equivale a 1 crédito de carbono.
Esses créditos de carbono podem ser negociados no mercado mundial por meio dos Certificados de Emissões Reduzidas (CER). Dessa maneira, as nações que não quiserem ou não conseguirem reduzir suas emissões poderão comprar os CER e utilizá-los para cumprir suas obrigações.
POLUIDOR PAGADOR, USUARIO PAGADOR E SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA DOS SISTEMAS DE GESTAO
O princípio do poluidor-pagador impõe ao poluidor tanto o dever de prevenir a ocorrência de danos ambientais quanto o de reparar, de modo integral, eventuais danos que ele venha a causar com sua conduta.
É importante salientar que esse princípio não autoriza a poluição mediante o pagamento do dano ambiental.
De acordo com Araújo (2010), o empreendedor deve internalizar todos os "Custos Ambientais" gerados por sua atividade, nos quais estão incluídos, naturalmente, os custos pela poluição que, porventura, venha a causar.
Um outro fato importante é que esse custo não deve ser apresentado ao consumidor por meio do repasse ao custo dos produtos e serviços.
O princípio do usuário-pagador postula que as pessoas que usam recursos naturais devem pagar por tal utilização.
A cobrança, além de modificar o comportamento do usuário, também precisa ser capaz de garantir sustentabilidade ao sistema de gestão. Para que isso aconteça, de acordo com Santos (apud VINHA, 2003), deve atender aos quesitos que veremos a seguir.
Eficiência Financeira
Refere-se aos custos de transação decorrentes dos encargos gerados pelos responsáveis por sua aplicação e para os usuários, ou seja, está relacionada com os custos administrativos e operacionais do sistema de gestão em relação à receita (total) gerada pela cobrança;
Efetividade Financeira
Ao ser montado, o sistema de gestão traçou os objetivos a serem alcançados. A efetividade financeira é a capacidade dos instrumentos de cobrança em gerar receitas para as atividades que permitam alcançar tais objetivos. Portanto, é a capacidade de gerar recursos para financiar o sistema de monitoramento, fiscalização, licenciamento e atividades de recuperação e preservação ambiental;
Praticabilidade
Refere-se a quão direto seja o instrumento para atingir seus objetivos. Clareza e simplicidade são considerados fatores primordiais que afetam a eficiência administrativa.
Um exemplo do caso do usuário-pagador é a utilização dos Recursos Hídricos.
A cobrança pelo uso da água fundamenta-se nos princípios do “poluidor-pagador” e do “usuário-pagador”.
Com base no disposto no artigo primeiro da Lei 9.433/1997, a água é um recurso natural limitado, finito e essencial à vida.
Ao entendê-la como um bem de uso público e dotado de valor econômico, o Poder Público, através do estabelecimento da cobrança pelo seu uso, pretende sensibilizar e incentivar os usuários a utilizar esse recurso de maneira racional e sustentável, garantindo qualidade, quantidade e acesso a esse bem às gerações atuais e futuras.
A cobrança pelo uso de recursos hídricos é um dos instrumentos de gestão da Política Nacional de Recursos Hídricos, instituída pela Lei nº 9.433/97, e tem como objetivos:
Dar ao usuário uma indicação do real valor da água;
Incentivar o uso racional da água;
Obter recursos financeiros para a recuperação das bacias hidrográficas do País.
Essa cobrança não é um imposto, mas uma remuneração pelo uso de um bem público, cujo preço é fixado a partir da participação dos usuários da água, da sociedade civil e do poder público no âmbito dos Comitês de Bacia Hidrográfica ― CBHs.
ATIVIDADES
Segundo Braga (2005), Recurso natural é qualquer insumo de que os organismos, as populações e os ecossistemas necessitam para a manutenção de sua existência. A partir da definição acima, julgue as seguintes asserções. Os Recursos naturais só serão reconhecidos como tal, se sua exploração for economicamente viável, como é o caso do etanol para uso em veículos, Porque ainda segundo Braga (2005), o fato de não se ter levado em conta o meio ambiente nas últimas décadas gerou aberrações, como o uso de elementos extremamente tóxicos como recursos naturais. A respeito das asserções acima, assinale a opção correta.
As duas asserções são verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa correta da primeira.
Qual o fenômeno que é a elevação da temperatura da Terra em razão do alto nível de liberação de dióxido de carbono (CO2)?
Aquecimento Global
AULA 5
Políticas públicas são conjuntos de programas, ações e atividades desenvolvidas pelo Estado, direta ou indiretamente, com a participação de entes públicos ou privados, que visam a assegurar determinado direito de cidadania, de forma difusa ou para determinado seguimento social, cultural, étnico ou econômico.
As políticas públicas podem ser formuladas, principalmente, por iniciativa dos poderes executivo ou legislativo, separada ou conjuntamente, a partir de demandas e propostas da sociedade, em seus diversos seguimentos.
Em alguns casos, a própria lei que as institui garante a participação da sociedade na formulação, no acompanhamento e na avaliação.
O meio ambiente é, também, reconhecido como um direito de todos, e a ele corresponde a Política Nacional do Meio Ambiente, instituída pela Lei Federal n.º 6.938.
POLITICA NACIONAL DE MEIO AMBIENTE
De acordo com Barsano e Barbosa (2012), para uma integração das políticas vigentes no país e sua harmonização em todos os níveis, foi aprovada uma política nacional como referência para definir os principais objetivos, instrumentos e diretrizes a serem seguidos pelas políticas estaduais e municipais de toda a União Federativa.
A política ambiental, a princípio, pode ser definida como um modelo de administração adotado por um governo ou empresa para direcionar as relações com o meio ambiente e os recursos naturais.
POLITICAS INTEGRANTES DA POLITICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE-PNMA
De maneira a auxiliar a PNMA, foram criadas políticas ambientais distintas para a prevenção da poluição ambiental em casos específicos e diferenciados, seja na terra, na água ou no ar (cf. BARSANO e BARBOSA, 2012).
POLITICA NACIONAL DE RECURSOS HIDRICOS- PNRH
Essa lei definiu a Política Nacional de Recursos Hídricos e instituiu o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos. De acordo com a nova lei, a água é considerada um recurso limitado dotado de valor econômico, cuja gestão deve ser descentralizada e combinada com a gestão ambiental.
Nesse sentido, a Secretaria de Recursos Hídricos tem conduzido o processo de criação dos Comitês de Bacia Hidrográfica e da Agência Nacional de Água (ANA). Esta última ficará responsável pela execução da Política Nacional de Recursos Híd
“I - assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de água, em
padrões de qualidade adequados aos respectivos usos;
II - a utilização racional e integrada dos recursos hídricos, incluindo o transporte
aquaviário, com vistas ao desenvolvimento sustentável;
III - a prevenção e a defesa contra eventos hidrológicos críticos de origem natural ou
decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais”.
POLITICA NACIONAL DE MUDANÇAS CLIMATICAS-PNMC
A Política Nacional sobre Mudanças Climáticas (PNMC) foi instituída pela Lei nº 12.187, de 29 de dezembro de 2009, cujos objetivos 
“deverão estar em consonância com o desenvolvimento sustentável a fim de buscar o crescimento econômico, a erradicação da pobreza e a redução das desigualdades sociais”.
Pegada de Carbono
Esse índice mede a “quantidade total
das emissões de gases do efeito estufa causadas diretamente e indiretamente por uma pessoa, organização, evento ou produto”.
De acordo com a ONG WWF, ela é a principal causa das mudanças climáticas, uma vez que nossas emissões estão acontecendo em um ritmo muito mais rápido do que o planeta é capaz de absorver.
POLITICA NACIONAL DE RESIDUOS SOLIDOS
A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) foi instituída pela Lei número 12.305 de 02 de agosto de 2010. Ela é bastante atual e contém instrumentos importantes para permitir o avanço necessário ao país no enfrentamento dos principais problemas ambientais, sociais e econômicos decorrentes do manejo inadequado dos resíduos sólidos.
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente (MMA), essa política:
Prevê a prevenção e a redução na geração de resíduos, tendo como proposta a prática de hábitos de consumo sustentável e um conjunto de instrumentos para propiciar o aumento da reciclagem e da reutilização dos resíduos sólidos (aquilo que tem valor econômico e pode ser reciclado ou reaproveitado) e a destinação ambientalmente adequada dos rejeitos (aquilo que não pode ser reciclado ou reutilizado)”.
Outra grande inovação é que ela “institui a responsabilidade compartilhada dos geradores de resíduos: dos fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes, o cidadão e titulares de serviços de manejo dos resíduos sólidos urbanos...)”.
POLITICA NACIONAL PARA RECURSOS DO MAR-PNRM
A Política Nacional para os Recursos do Mar (PNRM) foi instituída através do Decreto número 5.377, de 23 de fevereiro de 2005. De acordo com o próprio documento.
“A PNRM tem por finalidade orientar o desenvolvimento de atividades que visem
à efetiva utilização, exploração e aproveitamento dos recursos vivos, minerais e
energéticos do Mar Territorial, da Zona Econômica Exclusiva e da Plataforma
Continental, de acordo com os interesses nacionais, de forma racional e
contribuindo para a inserção social”.
“- a observância às orientações políticas e estratégicas da Presidência da República;
- a harmonização com as demais políticas nacionais e com o plano plurianual;
- a definição de prioridades para os programas e ações, conforme previsto no plano
plurianual e, também, em função de sua contribuição para a defesa dos interesses nacionais 
MAS, AFINAL, O QUE SÃO OS RECURSOS DO MAR?
Recursos do mar são todos os recursos vivos e não vivos existentes nas águas sobrejacentes ao leito do mar, no leito do mar e em seu subsolo, bem como nas áreas costeiras adjacentes, cujo aproveitamento sustentável é relevante sob os pontos de vista econômico, social e ecológico.
Os recursos vivos do mar são:
 Os recursos pesqueiros e a diversidade biológica, incluindo os recursos genéticos ou qualquer outro componente da biota marinha de utilidade biotecnológica ou de valor para a humanidade.
Os recursos não vivos do mar são:
 Os recursos minerais existentes nas águas sobrejacentes ao leito do mar, no leito do mar e em seu subsolo, e os recursos energéticos advindos dos ventos, marés, ondas, correntes e gradientes de temperatura.
Entre os recursos do mar também estão contempladas as potencialidades para as atividades de aquicultura marinha, turísticas, esportivas e de recreação.
É importante lembrar que:
A PNRM não contempla o transporte marítimo de cargas, que é objeto de políticas e normas legais específicas.
AMAZONIA AZUL
O mar territorial, a Zona Econômica Exclusiva e a extensão da Plataforma Continental formam as Águas Jurisdicionais Brasileiras, que, no caso brasileiro, alonga-se até 200 milhas da costa.
 
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente (MMA), além de toda essa área, o Brasil pleiteou, junto à Organização das Nações Unidas (ONU), um acréscimo de 900 mil km  a essa área, em pontos onde a Plataforma Continental vai além das 200 milhas náuticas. O pleito foi aceito, aumentando as águas jurisdicionais brasileiras para cerca de 4,5 milhões de Km. 
 área total foi chamada pela Comissão Interministerial sobre os Recursos do Mar (CIRM), de Amazônia Azul. Ela equivale à metade da extensão territorial, virtualmente, a uma nova Amazônia, porém, no mar. 
 
O apelido Amazônia Azul foi dado como forma de alertar a sociedade para a importância, não só estratégica, mas também econômica dessa vastidão diante de nossa costa.
POLITICA NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVEL DE POVOS E COMUNIDADES TRADICIONAIS
A Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais (PNPCT) foi instituída através do Decreto nº 6.040, de 07 de fevereiro de 2007.
Trata-se de uma ação do Governo Federal para promover o desenvolvimento sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais, com ênfase no reconhecimento, fortalecimento e garantia dos seus direitos territoriais, sociais, ambientais, econômicos e culturais, com respeito e valorização à sua identidade, suas formas de organização e suas instituições.
A PNPCT tem como principal objetivo promover o desenvolvimento sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais, com ênfase no reconhecimento, fortalecimento e garantia dos seus direitos territoriais, sociais, ambientais, econômicos e culturais, com respeito e valorização à sua identidade, suas formas de organização e suas instituições.
POLITICA NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVEL DA AQUICULTURA E DA PESCA
A Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável da Aquicultura e da Pesca (PNDSAP) foi instituída através da Lei nº 11.959, de 29 de junho de 2009.
Conforme o Art. 1º dessa lei, seus objetivos são:
“I – o desenvolvimento sustentável da pesca e da aquicultura como fonte de
alimentação, emprego, renda e lazer, garantindo-se o uso sustentável dos recursos
pesqueiros, bem como a otimização dos benefícios econômicos decorrentes, em
harmonia com a preservação e a conservação do meio ambiente e da biodiversidade;
II – o ordenamento, o fomento e a fiscalização da atividade pesqueira;
III – a preservação, a conservação e a recuperação dos recursos pesqueiros e dos
ecossistemas aquáticos;
IV – o desenvolvimento socioeconômico, cultural e profissional dos que exercem a
atividade pesqueira, bem como de suas comunidades”.
POLITICA NACIONAL DE AGROECOLOGIA E PRODUÇAO ORGANICA- PNAPO
A Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (PNAPO) foi instituída através do Decreto nº 7.794, de 20 de agosto de 2012.
Conforme seu Art. 1º, essa política
“tem como objetivo integrar, articular e adequar políticas, programas e ações
indutoras da transição agroecológica e da produção orgânica e de base
agroecológica, contribuindo para o desenvolvimento sustentável e a qualidade de
vida da população, por meio do uso sustentável dos recursos naturais e da oferta
e consumo de alimentos saudáveis”.
Pelo Art. 3º, suas diretrizes são:
“I - promoção da soberania e segurança alimentar e nutricional e do direito humano
à alimentação adequada e saudável, por meio da oferta de produtos orgânicos e de
base agroecológica isentos de contaminantes que ponham em risco a saúde;
II - promoção do uso sustentável dos recursos naturais, observadas as disposições que
regulem as relações de trabalho e favoreçam o bem-estar de proprietários e trabalhadores;
POLITICA NACIONAL DA BIODIVERSIDADE-PNB
 Política Nacional da Biodiversidade (PNB) foi instituída através do Decreto nº 4.339, de 22 de agosto de 2002.
Conforme seu Art. 5º, ela
“tem como objetivo geral a promoção, de forma integrada, da conservação da
biodiversidade e da utilização sustentável de seus componentes, com a repartição
justa e equitativa dos benefícios derivados da utilização dos recursos genéticos,
de componentes do patrimônio genético e dos conhecimentos tradicionais
associados a esses recursos.”
O âmbito da PNB abrange todos os componentes da biodiversidade existentes no
território nacional, plataforma continental, zona econômica exclusiva e aos processos
e atividades sob a jurisdição ou controle do Estado brasileiro nessas áreas ou áreas
internacionais.
Em 20 de maio de 2015,
foi sancionado o novo Marco Legal da Biodiversidade (Lei
número 13.123/2015), que regulamenta o acesso ao patrimônio genético e ao
conhecimento tradicional associado.

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