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Slides - Títulos de Crédito

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*
Prof. André Luiz Carrenho Geia
*
CONCEITO
Conceito de Cesare Vivante: 
“Título de crédito é documento necessário para o exercício do direito literal e autônomo, nele mencionado.” – O art. 887 do C.C. adotou o conceito de Vivante para títulos de crédito:
Art. 887. O título de crédito, documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei.
*
Títulos de crédito e o N.C.C.
O C.C. trouxe novos aspectos a Teoria Geral dos Títulos de Crédito, sem alterar a legislação especial sobre a matéria (vide art. 903 - Salvo disposição diversa em lei especial, regem-se os títulos de crédito pelo disposto neste Código. 
Importante ressaltar que, com o advento do N.C.C. passamos a dispor de títulos típicos (regulados por lei especial) e os atípicos (perfil traçado pelo C.C).
*
1. TEORIA GERAL DOS TÍTULOS DE CRÉDITO
1.1 - Atributos do título de crédito: 
negociabilidade: permite maior celeridade e segurança nas relações creditícias. 
executividade: permite procedimento judicial mais rápido e eficaz para recebimento do crédito.
*
1.2 – CARACTERÍSTICAS OU PRINCÍPIOS
A) CARTULARIDADE: é o documento que identifica o direito do credor. 
Atualmente esse princípio tem apresentado algumas exceções: Exemplo: Lei de Duplicata (L. 5.474/68 arts. 13, parág. 1o. e 15)
*
B) LITERALIDADE: não terá eficácia para a relação jurídico-cambial aqueles atos jurídicos não expressos na própria cártula. 
Diz o art. 901, parágrafo único C.C. - “Pagando, pode o devedor exigir do credor, além da entrega do título, quitação regular”.
1.2 – CARACTERÍSTICAS OU PRINCÍPIOS
*
C) AUTONOMIA: as relações representadas por um mesmo título de crédito são autônomas e independentes umas das outras. 
A autonomia se subdivide em:
1.2 – CARACTERÍSTICAS OU PRINCÍPIOS
abstração: o título de crédito é desvinculado de sua causa original ou da causa debendi.
inoponibilidade das exceções pessoais aos terceiros de boa fé – só é possível argüir exceções pessoais às próprias partes que mantiveram relação negocial direta.
*
1.3 - Classificação tradicional da doutrina
A) Quanto ao modelo: 
Livre - não precisa observar um padrão normativo estabelecido, bastando apenas que o título contenha os requisitos legais ( letra de câmbio e nota promissória).
Vinculado - além de conter os requisitos legais, deve o título observar uma forma ou modelo-padrão previsto em lei (cheque, duplicata mercantil).
*
1.3 - Classificação tradicional da doutrina
Ordem de pagamento: o emitente (sacador) dá uma ordem de pagamento a outrem (sacado) para que este pague a um terceiro (tomador). Exemplos: cheque, letra de câmbio. 
B) Quanto a estrutura:
Promessa de pagamento: o emitente (subscritor) promete pagar ao favorecido (credor) determinada quantia consignada no título. Exemplo: nota promissória.
*
1.3 - Classificação tradicional da doutrina
Abstrato (não causal) pode ser criado em qualquer causa obrigacional. Exemplos: cheque, nota promissória e letra de câmbio. 
C) Quanto a natureza:
Causal: somente pode ser emitido se ocorrer o fato (causa) que a lei elegeu como possível para sua emissão (duplicata mercantil: compra e venda mercantil a prazo)
*
1.3 - Classificação tradicional da doutrina
Ao portador: são aqueles que, por não identificarem seu credor, são transmissíveis por mera tradição. 
D) quanto a circulação ou transferência da titularidade:
Nominativos: identificam o seu credor e sua transferência pressupõe, além da tradição, a prática de outro ato jurídico. Subdividem-se em: “a ordem” circulam pela tradição e mediante endosso; e “não a ordem” circulam pela tradição e mediante cessão civil.
*
1.4 - Constituição do crédito cambiário
*
É a forma de transmissão de título de crédito nominativo com cláusula à ordem. É efetuado mediante a assinatura do proprietário do título no próprio instrumento de crédito. 
O art. 910 do C.C. estabelece que: “o endosso deve ser lançado pelo endossante no verso ou anverso do próprio título.
§ 1º Pode o endossante designar o endossatário, e para validade do endosso, dado no verso do título, é suficiente a simples assinatura do endossante.
§ 2º A transferência por endosso completa-se com a tradição do título.
§ 3º Considera-se não escrito o endosso cancelado, total ou parcialmente”.
A) Endosso 
*
A) Endosso 
*
Endosso impróprio:
A) Endosso 
A) Endosso mandato: não transfere a titularidade do crédito representado pelo título. O endossatário fica como mero cobrador do título. Deve ser expressa na cártula esta modalidade de endosso: pague-se a Fulano de Tal, por mandato.
B) Endosso caução: o endossante não transfere o crédito ao endossatário mas, fica apenas investido na qualidade de credor pignoratício do endossante. No caso do endossante não cumprir a obrigação principal assumida para com o endossatário, este terá direito a receber o crédito do título. Também deve ser expressa na cártula esta modalidade de endosso: pague-se a Fulano de Tal por Caução.
*
Observações gerais em matéria de endosso:
A) Endosso 
qualquer pessoa poderá ser endossatária, inclusive a já coobrigada anteriormente.
endosso posterior ao vencimento ou protesto (endosso póstumo) tem os mesmos efeitos da cessão civil.
endosso sem garantia: o qual o endossante transfere a titularidade do crédito, sem se obrigar ao pagamento.
endosso com cláusula “não à ordem” - transfere-se mediante cessão civil.
quanto ao endosso em branco, o art. 1o. caput, da Lei n. 8.021/90 aplica-se aos títulos de crédito propriamente ditos, vedando essa espécie de endosso. Isso visa identificar os contribuintes para efeitos fiscais que participam da relação jurídico-negocial.
*
B) SAQUE
É o ato pelo qual se dá uma ordem de pagamento. Na letra de câmbio o saque é o ato de sua criação, onde o sacador emite a ordem contra o sacado para que este pague ao tomador o título emitido. 
*
C) RESSAQUE
Embora previsto nos artigos 37 e 38 do Decreto n. 2.044 e no art. 52 da Lei Uniforme, não há sua utilização cotidiana. Dá-se o ressaque quando o sacado não paga o título e o seu portador emite nova letra baseada naquela não paga, desde que protestada. 
*
D) ACEITE
É o reconhecimento da validade da ordem, mediante a assinatura do sacado, que passa, então, a ser o aceitante. A falta ou a recusa do aceite prova-se pelo protesto. O aceite pode ser total ou parcial. Ocorrendo a recusa do aceite pelo sacado na letra ou sendo ele parcial, esse fato gera o vencimento antecipado do título, ficando o sacador responsável pela diferença não aceita. 
*
E) AVAL
É uma garantia que terceiro dá em favor da solvabilidade de um título de crédito. Sua obrigação é autônoma em relação à do seu avalizado. Responde o avalista pelo pagamento do título perante todos os credores do avalizado. Aval antecipado e póstumo são válidos.
*
Fiança X Aval 
na fiança é necessária a formalização da obrigação do fiador, por escrito 
o aval é autônomo
no aval é sempre solidária
o aval é dado para garantir títulos de crédito
o aval só pode ser dado no próprio título ou em seu alongamento
o aval é garantia do título
no aval basta o lançamento de sua assinatura no título
a fiança é um contrato acessório
na fiança a responsabilidade é subsidiária
a fiança é dada para garantir contratos
a fiança pode ser dada em documento separado
a fiança é garantia pessoal
*
E) AVAL 
OBS.: o N.C.C. estabeleceu no art. 1647, III que no aval há a necessidade de outorga do cônjuge para sua validade, assim como já ocorria na fiança.
Justificativa: Discussão sobre esta exigência: Exigir anuência do cônjuge para a outorga de aval é afrontar a Lei Uniforme de Genebra e descaracterizar o instituto. Ademais, a celeridade indispensável para a circulação dos títulos de crédito é incompatível com essa exigência, pois que não se pode esperar que, na celebraçãode um negócio corriqueiro, lastreado em cambial ou duplicata, seja necessário, para a obtenção de um aval, ir à busca do cônjuge e da certidão do seu casamento, determinadora do respectivo regime de bens.
*
F) PROTESTO
é a apresentação pública do título ao devedor, para o aceite, devolução ou para o pagamento. É necessário para garantir direito de regresso contra o sacador (letra de câmbio), endossantes e de seus avalistas. Para cobrança do título contra o aceitante, emitente e seus avalistas o protesto é facultativo.
*
o art. 202, III do N.C.C. estabeleceu que protesto cambial interrompe a prescrição.
F) PROTESTO
o protesto indevido ou abusivo pode ser sustado através de medida cautelar inominada ou em tutela antecipada:
por defeito do protesto (falta de intimação do devedor ou irregularidade no edital); 
por defeito do título reconhecido por sentença (cheque falso, duplicata fria); 
pelo pagamento do título protestado, com anuência do credor. O protesto poderá ser cancelado com a apresentação do título original quitado ou anuência de todos que figurem no registro de protesto.
*
1.5 – AÇÃO CAMBIAL
A ação cambial é executiva. 
Não é necessário processo de conhecimento. 
Os títulos de crédito tem força executiva sendo considerados títulos executivos extrajudiciais.
Salienta-se que, com o advento do N.C.C. e a criação dos títulos de crédito atípicos, estes serão objeto de ação monitória.
*
2. TÍTULOS DE CRÉDITO TÍPICOS
*
2.1 - LETRA DE CÂMBIO 
(Decreto n. 2.044/1908 e Decreto n. 57.663/1966)
A letra de câmbio é uma ordem de pagamento. 
Tem-se três figuras distintas que nascem de sua criação:
Sacador: aquele que dá a ordem de pagamento, que determina que certa quantia seja paga por uma outra pessoa.
Pode ocorrer: do sacador e tomador serem a mesma pessoa.
 do sacador e sacado serem a mesma pessoa.
Sacado: para quem a ordem é dirigida, o destinatário da ordem, que deverá, dentro das condições estabelecidas realizar o pagamento ordenado.
Tomador: favorecido da ordem de pagamento, é o credor da quantia mencionada no título
*
2.1 - LETRA DE CÂMBIO 
Saque:
*
Requisitos: 
2.1 - LETRA DE CÂMBIO 
expressão “letra de câmbio” no título em língua empregada na sua redação.
mandato puro e simples, não sujeito a nenhuma condição, de pagar quantia determinada.
nome do sacado (identificação)
o lugar de pagamento ou a indicação de um lugar ao lado do nome do sacado, o qual será tomado como lugar do pagamento e como domicílio do sacado.
nome do tomador, não se admitindo letra de câmbio sacada ao portador.
*
local e data do saque, podendo ser a indicação deste local substituída por menção de um lugar ao lado do nome do sacador.
2.1 - LETRA DE CÂMBIO 
assinatura do sacador.
a época do vencimento, cuja falta não descaracteriza o título que será à vista.
 Época de vencimento:
 1 - à vista;
 2 - data certa;
 3 - a certo termo de vista;
 4 - a certo termo de data.
*
2.1 - LETRA DE CÂMBIO 
O sacado só se vincula a Letra de Câmbio se efetuar o aceite. 
Na letra de câmbio a recusa do aceite é comportamento lícito do sacado. Com o aceite é que ele expressa sua obrigação perante o tomador. O aceitante é devedor principal da letra de câmbio. 
Se ocorrer a recusa do aceite ocorrerá o vencimento antecipado da dívida, podendo o tomador voltar-se contra o sacador.
Súmula 387 do S.T.F.: “A cambial emitida ou aceita com omissões, ou em branco, pode ser completada pelo credor de boa-fé antes da cobrança ou do protesto.”
*
2.1 - LETRA DE CÂMBIO 
*
Prescrição:
2.1 - LETRA DE CÂMBIO 
do vencimento contra o devedor principal e avalistas;
do protesto para com os coobrigados: sacador, endossantes e seus avalistas)
do pagamento para ação de regresso.
*
2.2 - NOTA PROMISSÓRIA 
(Decreto n. 2.044/1908 e Decreto n. 57.663/1.966)
É uma promessa de pagamento que uma pessoa faz em favor de outra. 
Beneficiário, credor: aquele que se beneficia com tal promessa, credor do título.
emitente, devedor ou subscritor: pessoa que se compromete a pagar quantia determinada, na data avençada, em favor do outrem.
*
2.2 - NOTA PROMISSÓRIA 
Requisitos:
expressão “nota promissória” no corpo do título.
promessa incondicional de pagar quantia determinada.
nome do beneficiário. Não permite promissória ao portador.
data do saque.
Local do saque ou a menção de um lugar ao lado do nome do subscritor, que se considera, também, o domicílio deste.
assinatura do emitente e sua identificação.
Requisitos não essenciais: data e local de pagamento ( na omissão, será pagável à vista no local do saque ).
*
2.2 - NOTA PROMISSÓRIA 
Prescrição:
Prescreve: mesmo prazo da letra de câmbio:
do vencimento contra o devedor principal e avalistas;
do protesto para com os coobrigados: sacador, endossantes e seus avalistas), caso o título não tenha cláusula “sem despesa”, hipótese que não é necessário protesto, fluindo o prazo de 1 ano da data do vencimento;
do pagamento ou do ajuizamento da execução cambial para ação de regresso.
*
2.2 - NOTA PROMISSÓRIA 
aval em branco favorece o seu subscritor
as notas promissórias, embora não admitam aceite, podem ser emitidas com vencimento a certo termo da vista. Nesta hipótese, o credor deverá apresentar o título ao visto do emitente no prazo de um ano do saque, sendo a data desse visto o termo “a quo” do lapso temporal de vencimento. 
Peculiaridades:
protesto da N.P. é facultativo para executar devedor principal e seu avalista. É obrigatório para executar o endossante e seu avalista.
*
2.3 - CHEQUE 
Lei 7.357/1985
É ordem de pagamento à vista, sacada contra um banco e com base em suficiente provisão de fundos, depositados pelo sacador em mãos do sacado ou decorrente de contrato de abertura de crédito entre ambos. Sua natureza à vista não pode ser descaracterizada por acordo entre as partes, sendo nula qualquer cláusula neste sentido.
O sacado de um cheque não tem nenhuma obrigação cambial. O sacado não garante o pagamento do cheque e nem pode garantir, posto que a lei proíbe o aceite do título bem como o seu endosso e o aval de sua parte. 
*
2.3 - CHEQUE 
Requisitos:
expressão “cheque” no próprio título.
ordem incondicional de pagar quantia determinada, não descaracterizando o título à insuficiência de fundos.
identificação do banco sacado que só pode ser banco (não se permite sacado não banqueiro).
local de pagamento ou a indicação de um ou mais lugares ao lado do nome do sacado, ou ainda, a menção de um local ao lado do nome do emitente.
data de emissão;
assinatura do sacador, seu mandatário com poderes especiais, admitindo-se a chancela mecânica ou processo equivalente. 
o local da emissão também deve constar do título, mas, na sua ausência, entende-se como tendo sido o cheque emitido no local designado ao lado do nome do sacador.
*
2.3 - CHEQUE 
*
Modalidades:
2.3 - CHEQUE 
A) Cheque visado: é aquele em que o banco sacado lança declaração de suficiência de fundos, a pedido do emitente ou do portador legitimado. O sacado deve reservar, da conta corrente do sacador, em benefício do credor, quantia equivalente ao valor do cheque, durante o prazo de apresentação. Somente pode ser emitido nominativo.
B) Cheque administrativo: é aquele sacado pelo banco contra um de seus estabelecimentos. Sacador e sacado se identificam no cheque administrativo. Somente pode ser emitido nominativo. Uma de suas modalidades é o cheque viagem (traveller`s check).
*
2.3 - CHEQUE 
C) Cheque cruzado: possibilita identificar a qualquer tempo a pessoa em favor de quem foi liquidado. Deverá ser pago mediante depósito em conta do sacador. 
Cruzamento geral é a inserção de dois traços paralelos no anverso do cheque. Cruzamento especial é aquele que, entre os traços paralelos, há indicação de um determinado banco.
D) Cheque para ser levado em conta: é a inserção pelo emitenteou portador entre os traços paralelos (cruzamento) de cláusula “para ser creditado em conta” ou outra equivalente. menção que identifique depósito em favor do beneficiário do título (art. 46 Lei do Cheque). 
*
2.3 - CHEQUE 
Do pagamento:
O cheque deve ser apresentado para pagamento no prazo de: 
Entende-se por cheque da mesma praça, para fins de definição do prazo de apresentação, aquele em que o local designado como sendo o de emissão é o mesmo município onde se encontra a agência pagadora do sacado, sendo de praças distintas aquele que não coincidem o município de local de emissão e o da agência pagadora.
*
2.3 - CHEQUE 
Se não for observado o prazo de apresentação o credor estará sujeito a:
Do pagamento:
perda do direito creditício contra coobrigados do cheque, ou seja, endossante e avalistas de endossantes, em qualquer hipótese;
perda do direito creditício contra o emitente do cheque se havia fundos durante o prazo de apresentação e eles deixaram de existir, em seguida ao termino deste prazo, por culpa não imputável ao correntista.
Um cheque apresentado fora do prazo para sua apresentação pode ser pago pelo sacado, desde que não prescrito, excetuadas as situações acima elencadas.
*
Sustação do pagamento do cheque pode se dar em duas situações:
2.3 - CHEQUE 
Sustação:
revogação: ato do emitente praticado por aviso ou notificação extrajudicial ou judicial, após o término do prazo para apresentação e antes de liquidado, expondo as razões do ato.
oposição: ato que pode ser praticado pelo emitente ou portador legitimado do cheque, mediante aviso escrito, fundado em razão de direito.
Se o emitente ou portador agir com dolo e fraudulentamente na sustação, poderá ser caracterizado crime 171, §2º, VI do CP.
*
O cheque pode servir como prova de pagamento e de extinção da obrigação. Desde que nominativo, é prova do pagamento de determinada obrigação, quando liquidado. 
Se indicar a obrigação no verso do cheque servirá de prova de sua extinção.
2.3 - CHEQUE 
O pagamento feito por cheque tem efeito pro solvendo, ou seja, até a sua liquidação não prova o pagamento ou extingue a obrigação a que se refere.
*
A execução do cheque prescreve em 6 meses, contra o devedor, após o prazo de apresentação para pagamento. O direito de regresso de um coobrigado contra outro, contra o devedor principal ou seu avalista prescreve em 6 meses contados do pagamento.
Prescrição:
2.3 - CHEQUE 
Se o cheque pós-datado for apresentado antes da data nele indicada, para efeito de prescrição conta-se a data de sua apresentação e não a de sua emissão.
*
Cheque sem fundo:
O correntista que tiver seu cheque devolvido duas vezes por insuficiência de fundos será incluído na lista do CCF (Cadastro de Cheque sem Fundos) do Bacen, sofrendo restrições de natureza administrativa.
2.3 - CHEQUE 
*
2.4 - DUPLICATA
(Lei n. 5.474/68)
É um título de crédito criado pelo direito brasileiro. 
Tem o fim de documentar a promessa de pagamento do preço estipulado numa compra e venda mercantil ou na prestação de serviços que se ajustou a prazo.
O prazo concedido na venda é de no mínimo 30 dias.
A duplicata mercantil deve ser emitida com base na fatura ou na NF-fatura que substitui a duplicata.
*
Requisitos:
2.4 - DUPLICATA
expressão duplicata, data de sua emissão e o número de ordem.
o número da fatura ou da NF-fatura da qual foi extraída.
a data do vencimento ou a declaração de ser à vista.
nome e domicílio do vendedor e do comprador.
importância a pagar em algarismos e por extenso.
o local de pagamento
cláusula “a ordem” (não admite emissão com cláusula “não a ordem”)
declaração do reconhecimento de sua exatidão e da obrigação de pagá-la destinada ao aceite do comprador.
assinatura do emitente, podendo ser utilizada a rubrica mecânica.
*
Trata-se de título de modelo vinculado devendo ser lançada em impresso próprio do vendedor, nos termos da Res. n. 102 do Conselho Monetário Nacional.
2.4 - DUPLICATA
Deverá ser escriturada no Livro de Registro de Duplicatas.
Não admite a lei a emissão de uma duplicata representada por mais de uma fatura. No caso de vendas em parcelas, poderá ser emitida uma duplicata única, em que se discriminarão todas as prestações e vencimentos, ou série de duplicatas, uma para cada parcela, distinguindo-se o número de ordem pelo acréscimo de letra do alfabeto.
*
2.4 - DUPLICATA
É um título causal, pois a lei estabelece que, para sua emissão deve existir uma compra e venda mercantil ou prestação de serviços.
A emissão de duplicata que não corresponde à mercadoria vendida, em quantidade ou qualidade pode ser tipificada por crime previsto no art. 172 do C.P.
Art. 172 - Emitir fatura, duplicata ou nota de venda que não corresponda à mercadoria vendida, em quantidade ou qualidade, ou ao serviço prestado. Pena - detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.  
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrerá aquêle que falsificar ou adulterar a escrituração do Livro de Registro de Duplicatas. 
*
2.4 - DUPLICATA
A duplicata deve ser remetida pelo vendedor ao comprador que poderá:
assinar o título e devolvê-la ao vendedor dentro do prazo de 10 dias do recebimento;
devolver o título ao vendedor sem assinatura;
devolver o título ao vendedor acompanhado de declaração por escrito, das razões que motivam sua recusa em aceitá-lo; RECUSA JUSTIFICADA.
não devolver o título, mas, desde que autorizado por eventual instituição financeira cobradora, comunicar ao vendedor o aceite;
não devolver o título simplesmente.
Qualquer que seja o comportamento do comprador, isto em nada altera a sua responsabilidade cambial. A duplicata é título de aceite obrigatório, independente da vontade do sacado (comprador).
*
Recusa do aceite:
A recusa do aceite da duplicata somente pode se dar nas hipóteses dos art.s 8º e 21 da Lei de Duplicatas:
2.4 - DUPLICATA
divergência nos prazos e preços ajustados.
avaria ou não recebimento da mercadoria, quando não expedidas ou não entregues por conta a risco de vendedor.
vícios na qualidade ou quantidade de mercadorias
não-correspondência com os serviços efetivamente contratados;
vícios ou defeitos na qualidade dos serviços prestados, devidamente comprovados;
divergências no prazos ou nos preços ajustados. 
*
2.4 - DUPLICATA
ordinário: resulta da assinatura do comprador aposta no local apropriado do título de crédito.
O aceite poderá ser de três espécies:
comunicação: resulta da retenção da duplicata mercantil pelo comprador autorizado por eventual instituição financeira cobradora, com a comunicação, por escrito, ao vendedor, de seu aceite.
presunção: resulta do recebimento das mercadorias pelo comprador, desde que não tenha havido causa legal motivadora da recusa, com ou sem devolução do título ao vendedor. Deverá o credor dispor da NFF, canhoto de recebimento das mercadorias e instrumento de protesto do título.
*
2.4 - DUPLICATA
A duplicata pode ser protestada por falta de:
Protesto deve ser efetuado na praça de pagamento constante da duplicata e no prazo de 30 dias a contar de seu vencimento.
Se não for encaminhada para protesto no prazo legal, importa na perda, por parte do credor do direito creditício contra os coobrigados (endossantes e seus avalistas). Contra o endossante principal (sacador) e seu avalista não é necessário o protesto.
*
2.4 - DUPLICATA
Quanto à execução judicial da duplicata, esta vai variar de acordo com o tipo de aceito que ocorreu.
Aceite ordinário: bastará o título de crédito para a constituição do título executivo. Seu protesto será necessário caso tenha coobrigados.
Aceite por comunicação: o título executivo será a própria carta enviada pelo comprador ao vendedor, em que informa o aceite e a retenção da duplicata. Esta comunicação substitui a cártula no protesto e na execução. O vendedor não precisa protestar a comunicação para a execução.
Aceite por presunção: quando o comprador não assina a duplicataou devolve-a, mas recebendo as mercadorias adquiridas, se faz necessário:
protesto cambial - a duplicata deve ser protestada.
Comprovante de entrega da mercadoria - deverá ter prova do recebimento da mercadoria pelo comprador.
Nota Fiscal e Fatura ou Nota Fiscal Fatura (NFF).
Competência para ajuizamento da ação de execução da duplicata é do juízo da praça de pagamento ou do domicílio do devedor.
*
2.4 - DUPLICATA
Prescrição:
a contar do vencimento contra o devedor principal e seus avalistas. 
a partir do protesto, contra os coobrigados sacador, endossantes e seus avalistas)
para o exercício do direito de regresso, contado do dia do pagamento do título.
*
2.4 - DUPLICATA
A duplicata pode ser oriunda da prestação de serviços tendo as seguintes especificidades em relação às regras ora traçadas:
*
2.4 - DUPLICATA
*
3. DOS TÍTULOS DE CRÉDITO IMPRÓPRIOS
Existem determinados instrumentos jurídicos que não são títulos de crédito propriamente ditos, mas, devido sua proximidade com a matéria jurídico-cambial recebem denominação de títulos de créditos impróprios:
*
3.1 - Títulos representativos
CONHECIMENTO DE DEPÓSITO E WARRANT
O conhecimento de depósito é emitido por armazéns gerais e representam que determinadas mercadorias se encontram depositadas neles.
Legitima o portador na propriedade das mesmas.
Conhecimento de transporte: é título representativo de mercadorias transportadas, seja por água, terra ou ar.
É emitido pela transportadora que se responsabiliza a entregar as mercadorias no destino.
Possibilita ao proprietário das mercadorias negociá-las com o valor delas, mediante endosso no título.
Warrant emitido juntamente com o conhecimento de depósito.
Para a liberação das mercadorias depositadas é necessário se apresentem os dois documentos, apesar de poderem circular separadamente. 
A transmissão de ambos se faz mediante endosso.
Apenas o Warrant pode ser protestado para execução de garantia pignoratícia, mediante leilão realizado no próprio armazém.
*
3.2 - Títulos de Financiamento
São títulos decorrentes de financiamento aberto por instituição financeira.
Tais títulos costumam ser chamados de “Cédula de Crédito” quando o pagamento do financiamento é garantido por hipoteca ou penhor (garantia real). Inexistindo a garantia real o título é chamado de “Nota de Crédito” (garantia pessoal ou fidejussória).
Cédula e Nota de Crédito Rural (Dec.-lei n. 167 de 1967) relacionados com financiamentos das atividades agrícolas e pecuárias.
Cédula e Nota de Crédito Industrial (Dec.-lei n. 413 de 1969) financiamento da indústria.
Cédula e Nota de Crédito Comercial (Lei n. 6840 de 1980) destinadas a financiamento de atividades comerciais ou prestações de serviços.
Cédula Hipotecária (Dec.-lei n. 70 de 1966) destinada ao financiamento da casa própria pelo sistema Financeiro de Habitação.

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