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Ecossistemas Lênticos e Lóticos

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
CAMPUS SENADOR HELVÍDIO NUNES DE BARROS-PICOS
CURSO: LICENCIATURA PLENA EM BIOLOGIA
DISCIPLINA: BIOLOGIA DAS CRIPTÓGAMAS
PROFESSORA: MARIA DO SOCORRO MEIRELES DE DEUS
Ecossistemas Lênticos e Lóticos
A ciência que estuda as águas continentais é chamada de Limnologia, é responsável pelo estudo de lagoas, represas, riachos, rios, áreas alagáveis, brejos, nascentes entre outros. Os ecossistemas aquáticos são classificados em ecossistema de água salgada e ecossistema de água doce. Os ecossistemas de água salgada são divididos em Oceanos e Mares (ocupam 70% de todo território mundial), já os ecossistemas de água doce ou lacustre, em Lênticos e Lóticos. 
Ambientes aquáticos, onde a água é parada em sua maior parte do tempo, são chamados de ecossistemas lênticos, como por exemplo, lagoas, lagos, pântano, etc. Esse ecossistema é classificado como um importante distribuidor de biodiversidade, pois apresentam em particular suas fronteiras (ecótonos) bem definidas. Habitam províncias lênticas uma diversidade de espécies, porém estão suscetíveis a distúrbios devido ao curto espaço onde vivem e ao ciclo de vida curto. Contudo, ocorre uma adaptação no ambiente favorável e sendo ecossistemas menores, facilita a ligação com outros habitats. 
Os compartimentos de um ecossistema lacustre lêntico são: região litorânea ou ripária, região limnética ou pelágica, região bentônica e interface água-ar. É uma classificação com caráter didático, uma vez que estes compartimentos não estão isolados dentro do ecossistema aquático, mas sim em constante interação de trocas de matéria e energia, superpondo-se na maioria das vezes. 
Região Litorânea – corresponde ao compartimento do ecossistema aquático que está em contato direto com o ecossistema terrestre adjacente e sobre influência direta deste. Pode ser subdivida em duas regiões, eulitoral e sublitoral. Sua principal característica é a densa colonização por vegetação aquática podendo esta ser constituída por macroalgas, briófitos, pteridófitos e plantas superiores; 
Região Limnética ou Pelágica – em geral a região liminética pode ser dividida em dois estratos verticais, a zona eufótica e a zona afótica. A zona eufótica é a camada de água vertical determinada pela penetração de luz capaz de manter valores positivos de produção primária líquida. A extensão da zona eufótica é determinada não só pela profundidade do ambiente, mas também pela transparência da água. As comunidades características da região limnética são o plâncton (vírus, bactérias, algas unicelulares, protozoários, fungos e invertebrados) e o necton (formado quase que exclusivamente por peixes); 
Região Bentônica – compreende os substratos não consolidados ou consolidados associados ao fundo do ecossistema aquático. Pode estar localizada na região eufótica ou afótica dependendo da profundidade do ambiente. Os táxons dominantes na região bentônica são algas perifíticas, macrófitas aquáticas, bactérias, protozoários e uma grande diversidade de insetos aquáticos e outros invertebrados; 
Interface Água-ar – região habitada por duas comunidades: a do nêuston e a do plêuston. A existência destas comunidades se deve à tensão superficial da água. A comunidade do nêuston é formada por organismos microscópicos como bactérias, fungos e algas e a do plêuston por macrófitas aquáticas (aguapé, alface d’água) e animais (larvas de Culex), que permanecem pendurados verticalmente na película superficial, perfurando-a e obtendo ar atmosférico para sua respiração. Outros organismos como Coleoptera, Hemíptera, Thysanura, andam sobre a película que compreende a interface água-ar. Vegetação do continente
Zona de transição
Zona litoral
Zona limnética
Bentos
Plâncton
Necton
Ambientes Aquáticos Continentais
Zona fótica
Ilustração do ecossistema lacustre lêntico: principais compartimentos e respectivas comunidades
Fauna
 
Nos ecossistemas lênticos podemos encontrar organismos consumidores (heterotróficos) que sua alimentação decorre de compostos inorgânicos e orgânicos, como por exemplo, os zooplânctons (protozoários, rotíferos, cladóceros e copépodes), pequenos peixes (que se alimentam de zooplânctons) e peixes maiores (que se alimentam de peixes menores). E os organismos decompositores que se alimentam de matéria morta e transformando as substâncias orgânicas que se alimentam em minerais, que posteriormente serão reutilizados pelos produtores, como exemplo os bivalves (filtradores), detritívoros, fungos e bactérias.
Flora
Na zona litoral é que ocorre o maior número de plantas nos ecossistemas lênticos, exemplo dessas plantas são os aguapés e jacintos de água (Pontederiaceae), lirio-do-brejo (Hedychium chrysoleucum), Lemna gigante (Spirodela polyrhiza) e a alface-d’água (Pistia stratiotes) 
Ecossistemas Lóticos
O ecossistema lótico é aquele cuja água é corrente, como por exemplo, rios, nascentes, ribeiras e riachos. Esse ecossistema tem como características o movimento, o contato água e terra e o teor de oxigênio. 
Os rios se originam a partir de pequenos cursos de águas derivados de nascentes ou águas em demasia que escoam sobre a superfície formando córregos. Conforme o córrego se move, a temperatura da água vai elevando-se, a velocidade diminui e ocorre um aumento no número de nutrientes.
De maneira geral o tipo de fundo do ambiente lótico, seja de areias, argila, laje rochosa ou cascalho, tem muita importância na determinação da natureza das comunidades e na densidade populacional dos respectivos dominantes. Como por exemplo, a zona perifítica que é denominada como uma comunidade complexa onde ocorrem algas, fungos, animais, substratos inorgânicos e detritos orgânicos aderidos e organismos vivos ou mortos. 
 A corrente é o principal fator limitante nos ecossistemas lóticos, porém o fundo duro, sobretudo formado por pedras, pode oferecer superfícies favoráveis para os organismos (tanto plantas como animais) se fixarem. O fundo brando, de superfícies pouco firmes e variáveis, das zonas de remanso limita geralmente os organismos bentônicos, menores, à forma de escavadores de galerias, porém a água mais funda, correndo mais lentamente, é mais favorável ao nécton, nêuston e plâncton.
Nas províncias lóticas são denominadas três zonas:
Zona inicial – onde ocorrem correntes de águas rápidas, leitos profundos, turbulência e um número limitado de espécies (devido o fator limitante – velocidade da água); 
Zona média – correnteza moderada, predomínio de vegetação nas margens (produz matéria orgânica – folhas, árvores mortas e raízes) favorecendo diversos tipos de seres vivos;
Zona final – água turva, predomínio de matéria orgânica com acumulo de sedimento, número reduzido de seres vivos. 
Os organismos das comunidades das águas rápidas, e em menor grau os que integram comunidades dos remansos, apresentam adaptações que lhe permitem manter a sua posição em águas rápidas. Algumas das mais importantes são:
Fixação permanente – fixa-se a um substrato firme (pedras, cepo, monte de folhas), como por exemplo, algas verdes fixas (Cladophora), musgos aquáticos (Fontinalis), esponjas de água-doce e larvas de tricópteros (casulos nas pedras); 
Ganchos e ventosas – permitem agarrar-se à superfícies, exemplos como, as larvas de dípteros (Simulium e Blepharocera), tricóptero (Hydropsyche); 
Superfícies ventrais pegajosas – alguns animais são capazes de aderir às superfícies por meio de suas partes ventrais pegajosas, exemplo os caracóis e os vermes chatos; 
Corpos achatados – permite obter refúgio debaixo das pedras, em fendas, etc. Exemplo são os corpos das ninfas de moscas de pedra e de efémeras.
Fauna
É encontrado um número grande de insetos de água doce nos ecossistemas lóticos, porém passam maior parte do tempo como larvas, como a do mosquito borrachudo (Simulium).
Os rios servem como um grande berçário, algumas espécies de peixes saem do mar para se reproduzir nos rios, o salmão(Salmo salar) é um exemplo. Outros peixes fazem o inverso, saem dos rios para se reproduzir no mar, como o salmonete (Mullus surmuletus) e as enguias (Anguilla anguilla). Várias outras espécies habitam as águas lóticas, como piranha-doce (Serrasalmus spilopleura), cachara (Pseudoplatystoma corruscans), corvina (Plagioscion squamossisinus), dourado (Brachyplatystoma rousseauxii), pintadinho (Calophysus macropterus), entre outros.
Flora
A vegetação está ligada a composição biológica, física e química de um rio, pois produz matéria orgânica que serve de alimento para muitos animais e como substrato no fundo do ambiente.
Fixadas nas pedras as algas de água doce estão por quase toda parte dos rios, córregos, riachos e igarapés. Os micro-organismos consomem as algas. Algumas plantas aquáticas são encontradas em ecossistemas lóticos, entre elas o chapéu-de-couro (Echinodorus macrophyllus), aguapé (Eichhornia azurea), marrequinha (Salvinia spcarnea) e a vitória-régia (victoria amazonica). Essas plantas também servem de substrato para algas perifíticas.
 
AguapéSalvina
 Vitória-régia
Bibliografia
FRONTIER, S. Os ecossistemas. Instituto Piaget, 2001.
ESTEVES, F. A. Fundamentos de Limnologia. 3ª ed. Interciência/FINEP. Rio de Janeiro, 2011.
SCHAEFER, A. Fundamentos de ecologia e biogeografia das águas continentais. Ed. da Universidade, UFRGS, Porto Alegre, 1985.
MARTINS, C. Biogeografia e Ecologia. 5ª ed. Nobel. São Paulo, 1992.

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