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Aula Demonstrações Consolidadas

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C:\Meus Documentos\Docência\Estácio\2019-1\Contabilidade Societária II \Aula Demonstrações Consolidadas 
1 
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ – Cotia/SP 
CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
Contabilidade Societária II – 2019/1 
Prof. Ricardo Welter 
 
 
Muitos alunos me perguntam o que é Consolidação? Quando e como devo fazer? O que devo 
considerar? 
 
Para começar, vamos dar uma olhada rápida no que diz a NBC TG 36 (R3) 
 
Demonstrações Consolidadas 
 
É extremamente importante que se leia a NBC TG 36 (R3) Demonstrações Consolidadas, para 
que possamos entender em detalhes quando e como se aplica a Consolidação, porém vou tentar 
esclarecer de uma maneira mais simples e prática. 
 
A Consolidação de Balanços deve ser feita pela empresa Controladora, com exceções definidas 
na norma, a saber: 
(…) 
a controladora pode deixar de apresentar as demonstrações consolidadas somente se 
satisfizer todas as condições a seguir, além de permitido legalmente: 
• (i) a controladora é ela própria uma controlada (integral ou parcial) de outra entidade, a 
qual, em conjunto com os demais proprietários, incluindo aqueles sem direito a voto, foram 
consultados e não fizeram objeção quanto à não apresentação das demonstrações 
consolidadas pela controladora; 
• (ii) seus instrumentos de dívida ou patrimoniais não são negociados publicamente (bolsa 
de valores nacional ou estrangeira ou mercado de balcão, incluindo mercados locais e 
regionais); 
• (iii) ela não tiver arquivado nem estiver em processo de arquivamento de suas 
demonstrações contábeis na Comissão de Valores Mobiliários ou outro órgão regulador, 
visando à distribuição pública de qualquer tipo ou classe de instrumento no mercado de 
capitais; e 
• (iv) a controladora final, ou qualquer controladora intermediária da controladora, 
disponibiliza ao público suas demonstrações em conformidade com as normas do CFC, 
em que as controladas são consolidadas ou são mensuradas ao valor justo por meio do 
resultado de acordo com esta norma; (Alterado pela NBC TG 36 (R3)) 
 
Também se faz necessário ler a Norma Contábil para entender com clareza as circunstâncias 
que devem ser consideradas para a definição de controladora, porém não vamos entrar nessa 
disciplina, pois além de ficar extenso demais, já foi visto na disciplina Contabilidade Societária I 
(semestre passado). 
 
Importante se faz saber que a consolidação é obrigatória para as Controladoras. 
 
Fazer a consolidação de balanços nada mais é do que somar os saldos das contas semelhantes 
dos Balanços Patrimoniais da Controladora e Controladas, e eliminar (zerar) os saldos das 
contas que representam transações entre elas. 
 
Talvez, resumir em um único parágrafo o que é consolidação torne difícil o seu entendimento, 
portanto vamos partir diretamente para um Exemplo para facilitar a compreensão. 
 
 
 
 
C:\Meus Documentos\Docência\Estácio\2019-1\Contabilidade Societária II \Aula Demonstrações Consolidadas 
2 
 
Exemplo: 
 
Digamos que a Investidora tem 100% de participação na Investida, sendo então Controladora 
desta, e por isso irá providenciar o Balanço Consolidado. 
A primeira coisa a fazer é elaborar um papel de trabalho onde colocaremos um balanço ao lado 
do outro, com suas contas correspondentes, conforme a figura 1 abaixo: 
 
 
 
O Próximo passo agora é identificar Contas que representam transações realizadas entre a 
Controladora e a Controlada. No caso deste exemplo, temos na Controladora a Conta “Contas a 
Receber de Controlada” e na Controlada temos a conta “Contas a Pagar Controladora”, ambas 
com o mesmo saldo, como não poderia deixar de ser. Essas contas demonstram que a 
controladora vende produtos para a controlada, gerando valores a receber em seu balanço e 
valores a pagar no balanço da controlada. Em um balanço consolidado essas duas contas se 
anulam, porque no grupo de empresas esse valor não existirá. 
 
Dessa forma a primeira coisa a fazer é eliminar os saldos, lançando a Débito e a Crédito conforme 
demonstrado na Figura 2 a seguir: 
C:\Meus Documentos\Docência\Estácio\2019-1\Contabilidade Societária II \Aula Demonstrações Consolidadas 
3 
 
 
Agora nós temos outro valor a ser eliminado, trata-se do valor do Investimento contabilizado na 
Controladora. No caso do nosso exemplo, a Controladora detém 100% de participação na 
Controlada, portanto o valor de Investimento contabilizado na Controladora é exatamente igual 
ao valor do Patrimônio Líquido da Controlada. Faremos como no caso anterior, vamos debitar e 
creditar esses valores zerando os saldos, conforme está na Figura 3 a seguir: 
C:\Meus Documentos\Docência\Estácio\2019-1\Contabilidade Societária II \Aula Demonstrações Consolidadas 
4 
 
 
Bom, o que fizemos até agora foi eliminar os saldos das contas que representam transações 
entre a Controladora e a Controlada, bem como o valor do investimento. Agora resta apenas 
somar os saldos das contas restantes para que tenhamos então o Balanço Consolidado, 
conforme demonstrado na Figura 4: 
C:\Meus Documentos\Docência\Estácio\2019-1\Contabilidade Societária II \Aula Demonstrações Consolidadas 
5 
 
 
Assim terminamos a elaboração simples das Demonstrações Consolidadas, mais precisamente 
do Balanço Consolidado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
C:\Meus Documentos\Docência\Estácio\2019-1\Contabilidade Societária II \Aula Demonstrações Consolidadas 
6 
LUCROS NÃO REALIZADOS 
 
A Consolidação, na verdade, pode incluir outras situações um pouco mais complexas, como por 
exemplo o tratamento de LUCROS NÃO REALIZADOS, vejamos então como devemos tratar 
essa situação. 
 
Primeiro vamos entender o que são os LUCROS NÃO REALIZADOS. 
 
Esta situação está prevista na Lei das Sociedades por Ações, no item I do art. 248, onde 
estabelece que, no valor do patrimônio da coligada ou controlada, “não serão computados os 
resultados não realizados decorrentes de negócios com companhia, ou com outras sociedades 
coligadas à companhia, ou por ela controladas”. 
 
Por que esta definição? 
 
Isto acontece porque, de fato, somente se deve reconhecer lucro em operações com terceiros, 
porque em termos de grupo empresarial, as vendas ocorridas entre coligadas, controladas e 
controladoras, não geram efetivamente lucro para o grupo, uma vez que as diferenças de preços 
ficam dentro do grupo. 
 
Dessa maneira, todas as vezes em que tivermos uma venda de uma coligada ou controlada, 
para a controladora, só poderemos reconhecer como lucro na controladora a parte desse estoque 
que for vendida a terceiros. 
Novamente, para entendermos bem, vamos nos utilizar de um exemplo 
 
A empresa ALFA é Controladora de BETA. 
 
BETA (controlada) adquiriu mercadorias pelo valor de R$65.000,00, incorreu em mais custos no 
valor de R$10.000,00 até o momento da venda, e as vendeu para ALFA (controladora) pelo valor 
de R$100.000,00, portanto esta venda está com um lucro embutido de R$25.000,00 
(R$100.000,00 – R$65.000,00 – R$10.000,00). 
 
ALFA por sua vez, registra em seu estoque estas mercadorias pelo valor de 100.000,00, ou seja, 
valor de compra. 
 
Como BETA e ALFA participam do mesmo grupo empresarial (coligada e controladora, 
respectivamente), no momento de fazermos a equivalência patrimonial, o lucro auferido por 
BETA (25.000,00) nessa transação, só será considerado, se ALFA tiver vendido todo o estoque 
(100.000,00) para terceiros, caso contrário o lucro de 25.000,00 será considerado como “não 
realizado”. Isso funciona para parte do estoque também. 
 
Vamos considerar que do estoque comprado por ALFA (100.000,00), ela conseguiu vender 40% 
até a data do fechamento do balanço. Neste caso vamos considerar como lucro não realizado, o 
equivalente ao estoque que permanece com ALFA, a saber 
 
Estoque remanescente em ALFA = 60.000,00 (60% de 100.000,00, ou seja, aparte que não 
foi vendida) 
Lucro de BETA na transação = 25.000,00 
LUCRO NÃO REALIZADO = 25.000,00 x 60% = 15.000,00 
 
Veja um resumo na Figura abaixo 
 
C:\Meus Documentos\Docência\Estácio\2019-1\Contabilidade Societária II \Aula Demonstrações Consolidadas 
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