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AVES Características básicas Evolução das Aves Forma e função Características básicas das Aves Corpo geralmente em forma de fuso, com quatro divisões: cabeça, pescoço, tronco e cauda. Pescoço desproporcionalmente longo para manutenção do equilíbrio e para apropriação de alimentos. Características básicas das Aves Homeotermia é a capacidade de manter uma temperatura corporal constante. Esta adaptação adquirida pelas aves permitiu-lhes explorar uma gama vasta de habitats não tanto limitados por temperaturas ambientais Enquanto alguns autores argumentam que os dinossáurios poderiam ter sido homeotérmicos, é provável que a transição da heterotermia a homeotermia ocorresse algures ainda na evolução de répteis (já que os mamíferos são também homeotérmicos). Características básicas das Aves Vertebrado bípede os membros são emparelhados: Membros anteriores modificados em asas geralmente para voar; Membros posteriores são patas recobertas de escamas. Pé com quatro dedos com garras (2 ou 3 dedos nalguns grupos). Há várias adaptações para empoleirar, caminhar, nadar, etc. Ossos pneumáticos leves com cavidades internas reforçadas por tabérculas, que permitem a redução do peso corporal. Características básicas das Aves Esqueleto completamente ossificado, mas tendo havido uma simplificação e fusão de vários ossos Características básicas das Aves Corpo coberto por penas Pele fina sem glândulas sudoríparas. Glândula de óleo na base da cauda (uropígio) Bico córneo ou seja uma bainha rija que cresce a partir das mandíbulas sem dentes Características básicas das Aves Pavilhão da orelha rudimentar Um único osso no ouvido médio Evolução das Aves • Constituem uma classe de vertebrados • A maioria dos paleontólogos considera que as aves evoluíram dos dinossáurios terópodes durante o período Jurássico, por volta de 150-200 milhões de anos atrás (Ma), • São o único clado de dinossáurios a sobreviver ao evento de extinção Cretácico- Paleogénico, aproximadamente 65,5 Ma. • Actualmente são reconhecidas no mundo aproximadamente 10 000 espécies de aves Evolução das Aves Archosauria Theropoda Origem das Aves Evidências fósseis tem demonstrado que vários pequenos terópodes tinham penas, mas só um grupo (ex.Oviraptoridae) terão originado as Aves. As aves diversificaram-se durante o Cretácico. Alguns grupos retiveram características primitivas, como dentes e garras nas asas. Depois os dentes foram perdidos independentemente em vários grupos de aves. Formas primitivas, como Archaeopteryx retiveram os longos ossos da cauda dos seus ancestrais, enquanto as caudas das aves mais avançadas foram encurtadas com o advento do osso pigóstilo. Origem das Aves Theropoda AVES AVES Archaeopterix AVES Origem das Aves Esqueleto Esterno desenvolvido com quilha. Fortalecimento dos processos das costelas e vértebras ex. uncinato. Cauda ossificada não alongada; pigóstilo Crânio • Ossos do crânio fundidos com um côndilo occipital. • Crânio diapsida com uma fenestra anteorbital.; • Mandíbula e maxila sem dentes, ambas coberta com uma bainha córnea formando um bico. Origem do voo das Aves a) Teoria cursória ("do solo para cima") b) Corrida inclinada com a ajuda das asas c) Teoria arbórea ("das árvores para baixo") a b c Do solo para cima • Assume ancestral corredor bípede. • Pernas (e ossos) longas, musculadas e corredoras Uma vez a correr: • Usar penas (e depois aletas » asas) para funções de equilíbrio • Capturar insectos • Tomar uma velocidade mínima pró salto » planação » vôo Corrida inclinada • A hipótese surgiu pela observação de filhotes de perdizes (Alectoris chukar). • As asas teriam desenvolvido as suas funções aerodinâmicas, devido ao impulso de correr rapidamente subindo planos inclinados tais como tronco de árvores, por exemplo para escapar de predadores. • Mas as primeiras aves, incluindo Archaeopteryx, eram desprovidas do sistema muscular necessário para a pressão para baixo das patas, da qual depende a corrida inclinada, já que a ajuda das asas é gerada pelos movimentos para cima. Das árvores para baixo • Assume um ancestral planador semi-bípede • Úmero com pressão muscular, • Osso externo sem quilha. • Membros dianteiros e traseiros distintamente adaptados: Os membros dianteiros começaram por ser apêndices alares com garras para escalar nos troncos e ramos das árvores. A superfície das "asas" progressivamente cresceu enquanto se desenvolvia uma boa habilidade de planar e depois ao evoluir aumentando a eficiência de voo. Os membros traseiros teria favorecido a evolução de metatarsos (ossos dos pés) alongados e um hálux ("dedão do pé") voltado para trás para poder segurar nos galhos, saltar das árvores e depois planar para o chão. Forma e Função Penas: estrutura e função As penas são estruturas epidérmicas peculiares, muito leves e flexíveis, revestidas de queratina, mas resistentes, embora com inúmeros espaços aéreos úteis, as quais actuam como isolante térmico. Protegem a pele contra o desgaste e as penas finas, achatadas e sobrepostas das asas e da cauda formam superfícies para sustentar a ave durante o vôo. Penas: estrutura e função Penas: morfogénese O crescimento da pena começa com uma papila dérmica local que força para cima a epiderme sobreposta (A). A base deste primórdio de pena aprofunda-se numa depressão circular, o futuro folículo, o qual manterá a pena na pele (B). As células epidérmicas mais externas deste primórdio formam uma bainha lisa cornificada, chamada periderme (C), dentro da qual outras câmaras epidérmicas dispõem-se em costelas paralelas, uma maior mediana formando a futura ráquis e as outras produzindo as barbas. O pigmento para a coloração só é depositado nas células epidérmicas durante o crescimento no folículo (D), não depois. Quando o crescimento termina, rompe-se a bainha e é retida por alisamento com o bico. Então a pena vai distender-se na sua forma completa. Vôo: características evolutivas essenciais • Endotermia • Desenvolvimento das penas • Desenvolvimento de ossos pneumatizados • Perda, atrofia ou fusão de ossos e órgãos • Corpo leve e aerodinâmico • Desenvolvimento de um sistema de sacos aéreos • Presença de quilha, expansão do osso esterno, na qual se prendem os músculos que movimentam as asas • Ausência de dentes • Ausência de bexiga urinária • Postura de ovos Resultado » redução do peso corporal Vôo: mecanismo básico Elevar resulta da força de sustentação produzida, porque o ar tem uma pressão menor acima da asa e maior pressão abaixo. Planar é possível porque a força de sustentação é gerada em ângulo de vôo recto com o fluxo de ar, enquanto o vôo planado, faz um ângulo um pouco abaixo da horizontal. Assim a força de sustentação tem uma componente para a frente que neutraliza o arrasto do corpo para trás. Bater - as asas dá elevação, contraria o peso e fornece impulso para a frente, aumentado a velocidade da ave, permitindo-lhe manter a altura ou subir. Bater as asas envolve duas etapas: batimentos descendentes que fornecem a maioria do impulso e os batimentos ascendentes que também podem (dependendo asas da ave) oferecer algum impulso. Em cada batimento ascendente a ponta da asa é ligeiramente dobrada para dentro para reduzir a resistência para cima. As aves mudam o ângulo de vôo entre os dois tipos de batimentos das suas asas: durante os descendentes o ângulo de ataque é aumentado, enquanto é diminuído durante os movimentos ascendentes. Arrastar - paraalém do seu peso, existem três forças de atrito importantes no vôo aéreo de uma ave: fricção causada pelo atrito do ar na superfície das asas; pressão corporal devido à forma da área frontal da ave; e atrito de elevação devido à turbulência causada por vórtices nas pontas das asas. Estas forças são reduzidas através da configuração do corpo e das asas da ave. Respiração por pulmões ligeiramente expansíveis, ligados aos sacos aéreos que se introduzem por entre o esqueleto e as vísceras. Os sacos aéreos permitem tanto um suplemento de oxigénio quase contínuo nos pulmões (ciclos duplos de inspiração e expiração), como facilitam a volatibilidade do corpo da ave. Vocalização Siringe (caixa vocal) perto da saída da traquéia e dos brônquios Permite a emissão de sons: guinchos, assobios ou cantos. Sistema circulatório Quatro câmaras cardíacas (2 aurículas, 2 ventrículos) Arco aórtico direito persiste como a aorta dorsal. Portal renal reduzido. Sangue com glóbulos vermelhos nucleados Sistema digestivo Na boca (e bico) das aves não há dentes para mastigar. Daí o alimento segue pela faringe e esófago até entrar numa bolsa chamada papo. Nele o alimento vai sendo amolecido, para depois avançar até ao proventrículo (estômago químico) onde se soltam enzimas digestivas iniciando o processo de digestão, o qual findará na moela. Esta é um compartimento muito musculado do tubo digestivo, onde com a ajuda de pequenas pedras e areia, os nutrientes são esmagados (digestão mecânica). O tubo digestivo continua pelo intestino delgado e termina então na cloaca, a qual é o local de desemboque dos sistemas excretor, reprodutor e digestivo. Sistema excretor Rins metanéfricos. Ureteres abrem directamente na cloaca. Não há bexiga. A urina é semi-sólida, constituida por ácido úrico (pouco solúvel) e excretada com as fezes Reprodução •Dimorfismo sexual. •Fertilização interna por junção de cloacas (órgãos copulatórios apenas em poucos grupos ex. Anseridae). •Determinação (heterogamética) dos sexos pelas fêmeas. Reprodução Machos com testículos pareados, com o canal deferente abrindo na cloaca. Fêmeas com um único ovário esquerdo e respectivo oviduto. ovário Incubação externa dos ovos, geralmente num ninho. Ovo amniótico: membranas embrionárias; muita gema; concha calcária dura. Reprodução Eclosão de juvenis • precocial com crias nidífugas, activas e cobertas de penugem. • altricial com crias nidícolas, passivas, pele nua sem penas e que requerem cuidados parentais.
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