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Resumo de Cartografia Edvaldo Menezes Junior PRESIDENTE PRUDENTE 21/05/2019 2 Resumo dos capítulos 07 e 08 do livro Roteiro de Cartografia Resumo apresentado à Professora Doutora Fernanda Sayuri Yoshino Watanabe da disciplina de Cartografia da turma XVI, no curso de Engenharia Ambiental da FCT — Unesp. UNESP – Faculdade de Ciências e Tecnologia Presidente Prudente - 28/05/2019 3 As transformações cognitivas são modificações sofridas pela informação geográfica para a sua representação cartográfica. Tais transformações são descritas como alterações do conhecimento, pois as características das informações podem se alterar ao longo do processo, a fim de se obter uma representação cada vez mais próxima de sua ocorrência no mundo real. No processo cartográfico, as transformações mais importantes são a generalização e a simbolização, sendo responsáveis por adaptar a informação geográfica, selecionando quais delas são de interesse para o produto esperado. A generalização é um processo que seleciona e simplifica os detalhes de um produto a partir da escala e dos objetos de interesse do mapa, tendo a transformação de escala como operação mais relevante para sua imposição. Esse processo pode ser efetuado de dois modos: o manual e o automático. O manual é subjetivo e depende do conhecimento cartográfico e geográfico do responsável pelo trabalho, já o automático se baseia nas especificações de tarefas e padrões de trabalho. Ampliar ou reduzir uma imagem não é equivalente a generalizá-la. Os fatores que definem o processo de generalização são: a escala, a finalidade do documento cartográfico, o tema representado, as características da região mapeada e a natureza das informações disponíveis sobre a região. Temos ainda uma distinção da generalização em dois tipos: a gráfica e a conceitual. Sendo a gráfica aquela que não afeta a simbologia dos elementos, ou seja, mantém a forma dos objetos, diferentemente da conceitual, em que se pode ter modificação nos mesmos. Quanto a forma de conhecimento da informação geográfica, se há duas classificações: a generalização semântica e a geométrica. Dependendo do conhecimento de conceitos geográficos, a generalização semântica aborda a seleção da informação apresentada no mapa. Já a generalização geométrica, é caracterizada por ser capaz de criar uma interface entre a generalização semântica e o processo de simbolização da informação. Ambas formas possuem conceitos coincidentes, o que faz necessário a indicação do processo em que determinado conceito está sendo empregado. Os processos da generalização gráfica são: ● Simplificação: Aplicado a feições lineares e em limites de feições planares; ● Ampliação: Se faz necessário em quando alguns elementos desaparecem por conta da escala empregada; 4 ● Deslocamento: Por causa da ampliação, o deslocamento de alguns elementos é necessário para facilitar a interpretação do produto; ● Aglutinação: Usada para agrupar feições ou elementos com características semelhantes. ● Seleção: Seleciona quais elementos de uma determinada classe serão representados. Os processos da generalização conceitual são: ● Aglutinação: Em termos conceituais deve ser feito com conhecimento técnico, pois tem influência na legenda do mapa, omitindo alguns símbolos; ● Seleção: Necessita do conhecimento sobre o fenômeno representado no mapa; ● Simbolização: Relaciona-se com o que as mudanças entre espaço e símbolo representam; ● Exagero: Evidencia-se símbolos e elementos de interesse. A generalização semântica pode ser classificada em: ● Qualitativa: Hierarquiza a informação selecionando aquelas de interesse para o mapa conforme sua ocorrência; ● Quantitativa: Também hierarquiza a informação, seja de forma ordinal ou por intervalos definidos; ● Aglutinação ou agregação: Compõe um fenômeno pelas partes que o constituem. Por fim, as operações da generalização geométrica podem ser divididas em: ● Eliminação: Remove informações irrelevantes. ● Simplificação de detalhes: Aplicada em linhas, contornos e superfícies, reduzindo determinadas características das mesmas; ● Realce: Aplica um efeito de suavização de linhas retas, as deixando numa forma mais próxima da realidade; ● Aglutinação ou combinação: Agrupa diferentes elementos em um único; ● Redução: Define a transformação de geometria de um objeto original em sua forma generalizada; ● Exagero: Aumenta, propositalmente, as dimensões de um objeto de interesse; ● Deslocamento: Acrescenta um espaçamento entre os objetos para facilitar sua interpretação. Todo processo de generalização parte de princípios, que giram em torno do por quê, de quando e de como a representação cartográfica será feita. 5 A simplificação é necessária pois nem todos elementos de uma determinada região a ser mapeada se alinham com os objetivos da representação cartogŕafica em questão. Tem-se que o processo de generalização cartográfica pode ser agrupado em quatro categorias ou sub processos, sendo esses: simplificação, classificação, simbolização e indução. E para isso, são definidos controles da generalização para permitir sua aplicação, que são: objetivo, escala, limites gráficos e qualidade de dados. A classificação, ao invés de eliminar elementos, os modifica conforme sua importância na representação. É um processo intelectual que agrupa fenômenos com o objetivo de auxiliar a interpretação do produto por seu usuário. A simbolização cartográfica é a última das transformações cognitivas a que são submetidas as informações geográficas. Em mapas gerais, provenientes da cartografia de base, os símbolos utilizados são normalmente extraídos de convenções, ou seja, se há sempre um padrão a ser seguido. Já em mapas temáticos, a simbologia costuma não seguir uma determinada convenção, pois as informações presentes nesses produtos podem ser das mais diversas e interpretadas de diferentes maneiras pelo autor do produto. Os símbolos de uma representação cartográfica podem ser divididos em qualitativos e quantitativos. Os símbolos qualitativos são empregados para tipificar a informação, e o quantitativo, para dar valor à ela. A forma de associação desses dois tipos de informação define uma classe de observação dos fenômenos, que são denominados como nominais, ordinais, intervalos e razão. Existem algumas classes que dividem os símbolos de um mapa. Essas segregam os símbolos em: símbolos pontuais (pontos), símbolos lineares (linhas) e símbolos zonais (polígonos). Os elementos gráficos primários são variáveis gráficas visuais que cada símbolo apresenta. As principais variáveis gráficas são: cor, valor, tamanho, forma, espaçamento, orientação e posição. Os símbolos cartográficos possuem limites para sua percepção, diferenciação e separação, baseados na escala empregada na carta ou mapa e noprincípio de que, nada que possua menos de 0,2 mm será representado. A toponímia é o estudo linguístico ou histórico dos topônimos ou a relação dos nomes de um lugar, país ou região. Os topônimos correspondem a um determinado acidente topográfico ou sociocultural. 6 E reambulação é o nome dado ao processo de coleta de topônimos, dados e informações, relativos aos acidentes naturais e artificiais, além da materialização das linhas divisórias nacionais e internacionais e respectivos marcos de fronteira.
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