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PETIÇAO INICIAL INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE (1)

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EXCELENTÍSSIMO(A) DR(A). JUIZ(A) DE DIREITO DA __ VARA DE FAMÍLIA DO FORO DA COMARCA DE SÃO PAULO –SP.
João dos Santos Bastos, brasileiro, menor impúbere, portador do RG n. 4.893.566, inscrita no CPF sob o número 087.826.738-00 neste ato representada por sua genitora, Regina dos Santos, brasileira, solteira, manicure portadora do RG 2.786.989, inscrita no CPF sob o número 012.489.932.00, com endereço eletrônico reginadosantos@gmail.com, ambos residentes e domiciliados na rua José Lacerda, nº 98, no bairro Jardim das Flores, São Paulo /SP, sob o CEP 89.295-000, vem por meio de seus defensores que adiante subscrevem, com procuração em anexo e endereço profissional na rua Amélia Luzon 50,Centro, São Paulo, sob o CEP 88.295-000 ,informa em cumprimento ao artigo 77 , V do NCPC, onde serão encaminhadas as intimações e notificações do feito, e com fundamentos nos artigos 294 e 319 seguintes do NCPC e da Lei 5.478/68 e da Lei 8.560/92 vem por meio desta propor AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE c/c ALIMENTOS COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA EM FACE DE ALBERTO BASTOS,brasileiro,solteiro,representante de vendas, portador do RG 5.748.996,CPF 106.066.769.59,com endereço eletrônico bastosalberto@gmail.com ,residente e domiciliado atualmente na rua Bocaiúva, nº 325,Centro,Florianópolis,CEP nº 88.015-530,pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir expostos.
EXPOSIÇÃO DOS FATOS
A genitora do autor alega ter engravidado após relacionamento amoroso exclusivo com o réu Alberto Bastos. Relacionamento este que durou até o quinto mês de gravidez da genitora do menor, havendo troca de cartas e inúmeras fotos juntos em redes sociais.
No dia 9 (nove) de junho de 2015, nasce João, filho da genitora, mas o Réu sempre se negou a reconhecer a paternidade do menor, sob o argumento de haver dúvidas se o menor é realmente seu filho.
O Réu alega ainda que a genitora(Regina) ficava cerca de um mês sozinha durante o relacionamento. Motivo esse dado às viagens de trabalho que o Réu realizava, duvidando, assim de sua fidelidade.
Contudo. Sabe-se, ainda acerca do Réu que seu salário bruto, com as comissões recebidas chega ao valor estimado de R$ 10.000,00(dez mil reais) mensais, conforme anexo (xxx), atualmente, fixou domicilio em Florianópolis /SC.
Nota-se, que a genitora não vê uma possibilidade de manter entendimento ou voltar para um relacionamento com o Réu, sendo assim a mesma parou de exercer suas funções profissionais para cuidar do recém-nascido, necessitando de imediata ajuda financeira para arcar com as despesas do menor, atualmente orçadas no valor de R$1.000,00(mil reais),qual sofre variações dependendo do mês.
A genitora requer que o Réu seja declarado pai do menor após feito o exame de DNA, como consequência participar de todo o custeio das despesas que envolva o menor (João).
II DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA
Consigna-se, de plano, que os Requerentes, assegurados pela Constituição Federal, artigo 5º, inciso LXXIV, Art. 1º, § 2º da Lei n. 5478/68, bem como Art. 98 da Lei 13.105/2015, à vista de que momentaneamente não podem arcar com as despesas processuais sem prejuízo de seu sustento próprio e de sua família, conforme declaração anexa, pleiteiam os benefícios da Justiça Gratuita.
III TUTELA DE URGÊNCIA ANTECIPADA COM MEDIDA LIMINAR INAUDITA ALTERA PARTE
Inicialmente, destaca-se que o requerente é merecedor da tutela de urgência uma vez que estão presentes os requisitos exigidos pelo artigo 300 do Código de Processo Civil de 2015, se não vejamos:
  
Art. 300.  A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
[...]
§ 2o A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia.
É latente o direito do requerente a tutela antecipada, uma vez que se trata de requerimento de alimentos provisórios, o qual possui caráter alimentar, além disso, o autor é recém-nascido, vulnerável e economicamente hipossuficiente, necessitando com urgência da pensão alimentícia para prover sua subsistência. Pelo que se observa o autor foi fruto de uma relação amorosa entre sua genitora e o requerido, relação esta de conhecimento da comunidade onde viviam. Ressalta-se que o próprio requerido afirmava-se pai da criança, conforme já informado, o que evidencia a paternidade, desta forma, emergindo-se o dever da prestação de alimentos. Além disso, é importante frisar que a obrigação de alimentos está fundamentada num interesse superior, que é a preservação da vida humana, assim esculpido no artigo 5º de nossa carta magna, que acaba se desdobrando em outros direitos fundamentais, como podemos destacar os direitos a educação, saúde, alimentação, lazer, segurança, proteção à infância, todos previstos no artigo 6º da Constituição Federal, sendo assim, a responsabilidade de prestar alimentos recai não apenas sobre os pais, mas para toda a sociedade. É o que se infere do Artigo 227 da Constituição Federal, que assim dispõe:
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança a ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e a à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvos de toda forma de negligencia, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
 Pelo exposto, observa-se a existência da probabilidade do direito e do perigo de dano, sendo assim, requer-se a este juízo a concessão da tutela de urgência antecipada em caráter liminar inaudita altera parte para que o requerido preste os alimentos provisórios ao autor na quantia de R$ 3.000,00 (três mil reias) mês.
IV DA ASSISTÊNCIA AO NÚCLEO FAMILIAR
Não bastassem tais argumentos, por se fazer relação incindível, lembre-se que o Requerido deixou de dar assistência à família em momento delicado, quando as crianças necessitam de amparo e cuidados. Agindo desta forma, o requerido incorre em abandono material, previsto no próprio Código Penal, no seu Art. 244, in verbis: (Citar dispositivo).
Bem se sabe que, sendo evidenciada essa prática, o Ministério Público deverá apurar os indícios da prática criminosa para eventual Ação Penal. É o que dispõe o Art. 532, do CPC de 2015.
Tal quadro faz com que se evidencie a importância do recebimento de pensão de natureza alimentar, que tem a finalidade de garantir a sobrevivência daqueles que precisam de auxílio financeiro.
V DOS PEDIDOS
Diante do exposto requer-se:
O beneficio da Assistência Judiciária gratuita, por serem pobres nos termos do artigo 98 e seguintes do Código de Processo Civil de 2015 consoantes com o artigo 5º, LXXIV, da Constituição Federal/88;
Concessão da tutela de urgência, para a fixação de alimentos provisórios no valor de R$ 3.000,00 (três mil reias) do requerido, o qual deve ser pago até o dia 10 (dez) de cada mês, bem como que no final se convertam em definitivos;
A intimação do ilustre representante do Ministério Público, nos termos do artigo 178, inciso II, do Código de Processo Civil de 2015;
A designação de audiência prévia de conciliação, nos termos do artigo 319, inciso VII, do Código de Processo Civil de 2015;
Determinar a citação do requerido, inicialmente pelo correio e sendo ineficaz, por oficial de justiça, ou ainda, por meio eletrônico, tudo nos termos do artigo 246, incisos I, II e V do Código de Processo Civil de 2015;
Julgamento procedente da guarda e alimentos definitivos;
A condenação do requerido ao pagamento de custas e honorários sucumbências;
Ao final, sejam julgados procedentes todos os pedidos veiculados nesta ação.
Protesta provar o alegado por todo gênero de provas em direito admitidas.
Dá-se a causa o valor de R$ 36.000,00 (trinta e seis mil reias).
Nestes Termos,
Pede e aguarda Deferimento.
São Paulo 14 de Maio de 2019
Eliane Wantowsky                                   Luana Milcheski                          
 OAB/SP
nº 1254-15                                OAB/SP nº 2803-15
            Assinado Digitalmente                  Assinado Digitalmente

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