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[54505-53638]AD_-_ACIDENTE_DO_TRABALHO_E_DIREITO_PROCESSUAL_PREVIDENCIARIO

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ACIDENTE DO TRABALHO E DIREITO PROCESSUAL PREVIDENCIÁRIO 
AVALIAÇÃO À DISTÂNCIA - AD
 
Disciplina: DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Professora: PATRICIA DE OLIVEIRA FRANÇA
Aluno: Guilherme Pacheco Coan
Valor: 10 (DEZ) PONTOS
QUESTÕES SUBJETIVAS: CASOS CONCRETOS
1ª. QUESTÃO: Um empregado de uma usina termoelétrica trabalhou durante trinta e dois anos na mesma atividade de programação das redes de distribuição internas da empresa. Todos os dias de sua atividade laboral ele era o responsável por alimentar as caldeiras de carvão para produzir a queima responsável pelo aquecimento da água que, quando transformada em vapor, movimenta as pás da turbina que aciona o gerador. Os problemas respiratórios sempre foram uma constante na vida deste funcionário, desde que iniciou na usina: tosse, pigarro, entupimento do nariz, coriza, dentre outros sintomas. No mês passado ele apresentou um quadro severo de insuficiência respiratória e, após a realização de vários exames fora diagnosticado com câncer no pulmão. O Departamento de Recursos Humanos da empresa emitiu o CAT e providenciou seu afastamento, tomando todas as providências cabíveis. No caso deste funcionário, temos uma doença do trabalho ou uma doença profissional? Explique e fundamente. Parte superior do formulário
R: Na situação apresentada pela questão o empregado apresenta sinais claros de doença profissional, que advêm da exposição continua a agentes de risco (no caso em tela o carvão). O art. 20 da lei 8.213 define a doença profissional como aquela desencadeada pelo exercicio da atividade elaborada pelo Ministério do Trabaho e da Previdência Social. 
2ª. QUESTÃO: João Paulo advogado, atua unicamente como profissional liberal e quando estava participando de uma audiência na Vara da Família, acabou sendo agredido pela parte contrária, fato que lhe provocou lesões corporais, que o incapacitaram para o exercício da advocacia por um período de 30 dias. Diante deste fato, pergunta-se: João Paulo terá direito ao auxílio-doença acidentário? Explique e fundamente.
R: O Advogado terá direito a auxílio-doença acidentário, pois segundo o art. 26 da lei 8.213, será concedido, independente de carência, o auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de qualquer natureza e doença do trabalho. 
3ª. QUESTÃO: Agnaldo é empregado da Empresa X e em razão de acidente do trabalho, ficou afastado das atividades laborativas por um período de 15 dias, retornando no 16° dia. Diante disso, pergunta-se: 
Agnaldo por ter sofrido acidente do trabalho com a CAT pela empresa, teria direito a garantia de emprego por 12 meses? Explique e fundamente.
R: Sim, o trabalhador que ficar mais de 15 dias afastado do trabalho devido a algum acidente ou doença adquirida, tem garantida a estabilidade de 12 meses no emprego, a contar do seu retorno, não podendo ser despedido nesse período, garantia exercida pelo artigo 118, da Lei nº 8.213/91, dispositivo que tem a sua interpretação pacificada e consolidada pelo STF (Supremo Tribunal Federal), através da Súmula nº 378. 
Caso Agnaldo tivesse uma recaída após o retorno ao trabalho, depois de 15 dias do seu retorno, em razão da lesão do mesmo acidente do trabalho, a empresa teria que pagar mais 15 dias a Agnaldo ou poderia Agnaldo receber o auxilio-doença acidentário de imediato? Explique e fundamente. 
R: Sim, Agnaldo poderia receber, uma vez que é lesão derivada do mesmo acidente, a empresa é responsável pelos 15 primeiros dias a partir da data do acidente, e a previdência social a partir do 16 dia.
4ª. QUESTÃO: Reinaldo é aposentado por idade e nesta condição recebe do INSS. R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais) mensais. Porém, Reinaldo continua trabalhando e recebe do seu empregador mais R$ 2.000,00 e recolhe contribuição social sobre esta renda. Em 03 de outubro de 2018, Reinaldo sofreu acidente do trabalho, que o impossibilitou de trabalhar por 50 dias. Diante da situação retratada e da legislação previdenciária em vigor, responda: Reinaldo terá direito ao auxílio doença acidentário? Explique e fundamente.  
R: Não haverá o pagamento do auxílio-doença uma vez que Reinaldo já é aposentado, recebendo benefício de aposentadoria, situação essa proibida pela Lei 8.213/91, a qual proíbe a acumulação de benefício de aposentadoria com o auxílio-doença acidentário ou previdenciário. 
Leia o texto que se segue, para responder as questões 5 a 10
O fator previdenciário é uma forma de cálculo incidente sobre os salários de benefícios de aposentadorias por idade e por tempo de contribuição e leva em conta a expectativa de sobrevida do segurado no momento da aposentadoria. Tendo por base esta premissa, faça o cálculo da RENDA MENSAL DO BENEFÍCIO da aposentadoria por tempo de contribuição e por idade, sabendo-se que a média aritmética simples das 80% maiores contribuições dos segurados, contados a partir de julho de 1994, devidamente atualizados, remonta o valor de R$ 3.500,00 (três mil e quinhentos reais).
5ª. QUESTÃO: ARLINDO CRUZ, segurado do RGPS, possui 51 anos de idade e 35 anos de contribuições previdenciárias, além de já ter cumprido a carência exigida para a aposentadoria. Ele procura você para saber se será proveitoso aposentar-se por tempo de contribuição e de quanto seria a sua renda mensal do benefício. 
R: A renda mensal de Arlindo Cruz, será de 2.082,50, uma vez que a média é de 3500 e o fator 0,595. 
6ª. QUESTÃO: ANASTÁCIA COELHO, segurada do RGPS, possui 46 anos de idade e 30 anos de contribuição previdenciária, além de já ter cumprido a carência exigida para a aposentadoria. Faça o cálculo da renda mensal do benefício aposentadoria por tempo de contribuição. 
R: Tendo idade de 46 anos e contribuído por 30 anos com média de 3.500,00, Anastácia terá uma renda mensal de 1.760,00 reais. 
7ª. QUESTÃO: LUARALVA VASCONCELOS, segurada do RGPS, dedicou-se exclusivamente as funções de magistério de educação infantil e no ensino fundamental. Atualmente tem 48 anos de idade e 25 anos de contribuições para a Previdência Social, além de já ter cumprido a carência exigida para a aposentadoria. Gostaria de saber se já pode aposentar-se e de quanto seria a sua renda mensal do benefício. 
R: Luaralva já poderia se aposentar, aonde receberia como renda mensal, o valor de R$1.879,50. 
8ª. QUESTÃO: CLAUDIONOR JACINTO BANDEIRA, segurado do RGPS, possui 65 anos de idade, 20 anos de contribuição previdenciária e já cumpriu a carência exigida para a aposentadoria por idade. Quer saber o valor da sua renda mensal do benefício e, como neste caso é facultativo a aplicação do fator previdenciário, quer saber quanto será a sua renda com a incidência do fator e quanto será sua renda sem a incidência do fator previdenciário. 
R: 
Com incidência do fator, Claudionor terá direito a 1.808,00 de renda mensal.
Sb = 35000 x 0,574 Sb = 2009,00 Rmb = 2,009 x 90% (ou 0,90) Rmb = 1.808 c/ fator 
Sem incidência do fator, Claudionor terá direito a 3.150,00, a titulo de renda mensal. 
Rmb = 70 x + 20% = 90% Rbm = 3.500 x 90% (ou 0,90) Rmb = 3.150,00 s/ fator 
9ª. QUESTÃO: MARCIA REGINA SOARES, segurada empregada, possui 71 anos de idade e 35 anos de contribuição previdenciária. Já preencheu todos os requisitos para a sua aposentadoria, tanto por tempo de contribuição, como por idade. Ela procura você para saber qual será a renda mensal do seu benefício e saber se é vantajosa a incidência do fator previdenciário no cálculo do seu salário de benefício.
R: Na situação de Marcia, é vantajoso uma vez que o valor da renda mensal é alto, atingido o valor de 5.488,00. 
10ª. QUESTÃO: JOÃO SOUZA, segurado contribuinte individual, possui 79 anos de idade e 33 anos de tempo de contribuição previdenciária e quer aposentar-se por idade. Ele procura você para sanas algumas dúvidas quanto ao valor do seu benefício. Como, no seu caso, a incidência do fator previdenciário é facultativa, gostaria de saber qual a sua renda mensal do benefício com a incidência do fator e quanto será sua renda sem a incidência do fator previdenciário.
R: 
Id = 79 anos Tc = 33 A = 0,31 Es = 10,0 Rmb = 3644,80 TETO MÁXIMO 
Com a incidência do valor, vale mais a pena, uma vez que atinge o teto máximo dos benefícios no valor de R$5.644,80. 
11ª. QUESTÃO: Mariana trabalhou por 10 anos na iniciativa privada, como professora universitária, segurada empregada do RGPS, recolhendo suas contribuições previdenciárias sobre o teto máximo do RGPS, ou seja, R$ 5.645,80. Ocorre que ela passou no concurso para Analista Judiciário do TJSC e pretende usar este tempo de contribuição para o RGPS como tempo para a sua aposentadoria no RPPS e tem algumas dúvidas sobre esta questão. Diante disse, esclareça Mariana sobre: 
A possibilidade de contagem recíproca do tempo de contribuição do período de atividade concomitante (atividade privada e pública ao mesmo tempo), pois, como são atividades cumuláveis, Mariana vai continuar no exercício das suas atividades como professora. 
R: Não é possível, pois há vedação pelo Art. 96, II, da lei 8.213/91 
Mariana quer saber se usar o tempo de contribuição do RGPS para o RPPS, se ainda poderá utilizar o mesmo tempo para a concessão da sua aposentadoria como professora, pelo RGPS.
R: Não será possível caso ela tenha utilizado para um regime, assim, não valerá para o outro, conforme o Art. 96, III, da lei 8.213/91. 
12ª. QUESTÃO: Antônio, pessoa simples, sempre viveu como pescador artesanal e acabou por nem completar o ensino fundamental. Após completar 65 anos de idade, Antônio comparece à uma agência do INSS para entrar com o requerimento administrativo para a concessão da sua aposentadoria por idade. O servidor que o atendeu, recusou o recebimento do seu requerimento, sob a alegação que os documentos necessários estavam incompletos. Diante disso, Antônio procura você para saber se o servidor poderia ter assim procedido e se é possível entrar logo na Justiça para garantir com maior celeridade a concessão da sua aposentadoria. Responda de forma justificada a dúvida de Antônio, avaliando a atitude do servidor, bem como a possibilidade de ingresso de ação judicial. 
R: No caso em tela, o servidor não poderia ter recusado os documentos, uma vez que o paragrafo único do art. 6 da lei 9784/99 diz que é vedado a administração a recusa imotivada de documentos e que a falta de algum deles deverá ser orientada pelo servidor ao interessado. No que se refere ao ingresso de uma ação judicial, é possível o entrar na justiça para garantir o direito de uma maior aposentadoria, como é possível pedir em juízo a condenação do INSS por Danos Morais.

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