Buscar

APOSTILA INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EstudaMais

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 77 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 77 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 77 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

�
�
SUMÁRIO
RECORDANDO LEIS E CONCEITOS BÁSICOS DA ELETRICIDADE
 Normas e Leis sobre projetos e execução de instalações elétricas
 Grandezas elétricas
 Leis de Ohm, Resistores e Reostatos
 Fator de potência das lâmpadas Led e Compactas
 Relação entre tensões 220V / 110V; 220V / 127V; 380V / 220V
 Cálculos de potências e correntes alternadas utilizando-se as equações fundamentais da eletricidade
 Disjuntores térmicos, disjuntores magnéticos, disjuntores termomagnéticos e fusíveis
 Esquemas de Aterramento (TT, TN, TN-C, TN-C-S e IT)
 Cabos elétricos – entendendo e especificando o tipo correto para cada instalação
Profissional Habilitado, Qualificado e Capacitado segundo a NR-10
INTERPRETANDO DIAGRAMAS ELÉTRICOS
A confusão dos símbolos nos desenhos elétricos
Simbologia utilizada nos desenhos de instalações elétricas
Diagramas unifilares/multifilares, Diagramas de fiação, Diagramas lógico/digital e Diagramas funcionais/comando
Planta baixa de instalações elétricas
PROJETANDO E MONTANDO PADRÕES DE ENTRADA EM BAIXA TENSÃO
Padrões e Procedimentos das Concessionárias de Energia Elétrica
Tipos de solicitações de ligação
Limites de fornecimento de Energia Elétrica
Categorias de atendimento das entradas individuais e coletivas
Determinação da Carga Instalada
Avaliação de demandas
Cálculo da demanda
Exemplos de aplicação
PROJETANDO E MONTANDO O QUADRO GERAL DE DISTRIBUIÇÃO DO CONSUMIDOR
Relacionando e organizando as cargas elétricas
Projetando o diagrama trifilar do quadro de cargas
Dimensionando barramentos e dispositivos de proteção do quadro
Dimensionando o alimentador geral do quadro a partir do padrão de entrada
ENTENDENDO E ESPECIFICANDO PROTETORES DE CORRENTES DE FUGA À TERRA (IDR E DDR)
Definindo o significado de DR, IDR e DDR
Características básicas dos dispositivos DR
Casos em que o uso de dispositivo diferencial-residual de alta sensibilidade é obrigatório
Tipos de Dispositivos DR
Esquema de ligação dos Dispositivos DR
Procedimento para localização de defeitos em Instalações com dispositivo DR
RECORDANDO LEIS E CONCEITOS BÁSICOS DA ELETRICIDADE
Normas e Leis sobre projetos e execução de instalações elétricas em Baixa Tensão
No Brasil as instalações elétricas são regidas pela NBR 5410 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e pela NR-10 (Norma Regulamentadora do MTE). 
Grandezas elétricas
As principais Grandezas Elétricas envolvidas na elaboração dos projetos elétricos são:
Tensão Nominal – É a tensão atribuída aos equipamentos e aos sistemas elétricos para os quais a instalação foi dimensionada, com as variações permitidas por normas de acordo a NBR 5410, instalações elétricas em baixa tensão.
Símbolo: Un 
Unidade: V (Volt)
Corrente elétrica - Movimento ordenado dos elétrons livres nos condutores, provocado pela ação da tensão que forma uma corrente de elétrons.
Símbolo: I
Unidade: C/s ou A (Ampere)
Potência elétrica ativa – Responsável pela transformação da energia elétrica em trabalho.
Símbolo: P 
Unidade: W (Watt)
Potência elétrica reativa – Responsável pela transformação da energia elétrica em campos magnéticos.
Símbolo: Q 
Unidade: VAr (Volt Ampere reativo)
Potência elétrica total ou Aparente – É a potência total entregue ao sistema.
Símbolo: S 
Unidade: VA (Volt Ampere)
Consumo de Energia Elétrica – É a energia elétrica consumida durante um intervalo de tempo.
Unidade: kWh (quilowatt-hora)
Resistência elétrica - basicamente é a oposição que o material apresenta ao fluxo de corrente elétrica.
Símbolo: R
Unidade: Ω (Ohm)
Capacitância elétrica – elemento responsável pela formação e armazenamento de campos elétricos.
Símbolo: C
Unidade: Xc 
Reatância elétrica – elemento responsável pela formação e armazenamento de campos magnéticos.
Símbolo: C
Unidade: Xc 
Leis de Ohm, Resistores e Reostatos
Primeira Lei de Ohm
Ao analisar, na primeira metade do século XIX, características de materiais submetidos a potenciais diferentes e as correntes originadas nesses, George Simon Ohm verificou que, para vários materiais, existia uma proporcionalidade entre a d.d.p e a corrente elétrica. Isso significa, por exemplo, que ao dobrarmos a voltagem aplicada a esse material, a intensidade de corrente elétrica também dobraria. Ou seja:
Ui = constante
Graficamente, isso pode ser expresso através de uma reta:
A esse tipo de material, na qual a proporção acima é válida, chamamos de material OHMICO. A constante que aparece na equação acima será chamada de RESISTÊNCIA ELÉTRICA, para qual adotaremos o símbolo R.
Ui = R⇒ U=R⋅i 
Essa proporção recebe o nome de Primeira Lei de Ohm:
“Em um condutor ohmico, mantido à temperatura constante, a intensidade de corrente elétrica é proporcional à diferença de potencial aplicada entre suas extremidades, ou seja, sua resistência elétrica é constante” 
A unidade de resistência elétrica, no Sistema Internacional, é o ohm, representado pelo símbolo Ω. 
Segunda Lei de Ohm
Entre 1825 e 1827, Ohm, investigando o funcionamento de vários condutores, chega à conclusão que a resistência elétrica de um fio dependia de suas características geométricas e do material. Suas conclusões levaram ao que é chamado de Segunda Lei de Ohm: 
“A resistência elétrica de um material é diretamente proporcional ao seu comprimento (L) e inversamente proporcional à sua área (A)”
Em termos matemáticos:
R = ρ⋅L/A
Onde a constante de proporcionalidade ρ é chamada de resistividade do material, sendo uma característica da substância.
Quando você afirma, que a resistividade do alumínio no SI é ρAl = 2,83.10-8 Ωm, você quer dizer que um condutor de alumínio, com 1m de comprimento e 1m2 de área de seção reta transversal, tem uma resistência de R = 2,83.10-8 Ω, mantida a temperatura constante, no nosso exemplo a 20oC.
Tabela com os valores da resistividade de alguns materiais
Resistores
Dá-se o nome de resistor aos elementos de um circuito elétrico projetados para transformar energia elétrica em calor. São exemplos de resistores o filamento de um chuveiro elétrico, as lâmpadas incandescentes (que produzem luz graças à alta temperatura de seu filamento), as torradeiras e os secadores de cabelo, entre outros. 
O símbolo de um resistor, em um circuito elétrico, é o seguinte:
Potência dissipada em um resistor
Sabemos que a potencia elétrica associada a um dispositivo qualquer pode ser calculada como:
Pot = U⋅i
Vimos que, em resistores ôhmicos, vale a seguinte relação:
U = R⋅i
Substituindo a segunda equação na primeira, teremos:
Pot = Ui = Ri⋅i = Ri2
Podemos também escrever a corrente elétrica, de acordo com a primeira Lei de Ohm, da seguinte maneira:
i = U/R
Substituindo esse resultado na equação de potência:
Pot = Ui =U⋅U/R = U2/R
Resumindo, a potência elétrica dissipada por um resistor pode ser calculada de duas formas:
Pot = Ui = Ri2 = U2/R
Obs.: Esse resultado nos mostra que, dado uma voltagem constante, a potência dissipada por um resistor é inversamente proporcional à sua resistência elétrica. Assim, lâmpadas com resistências de menor valor brilharão mais quando ligadas em uma dada voltagem, se comparadas a outras lâmpadas.
Reostatos
Um reostato é um dispositivo que é utilizado para variar a resistência num circuito elétrico sem interromper o circuito. As pessoas podem estar mais familiarizadas com o reostato sob a forma de um cursor ou redutor que é usado para variar a intensidade de luz.
Reostatos também são usados em uma série de aplicações elétricas e uma variedade de indústrias. Este dispositivo baseia-se no fato de que a corrente que flui através de um circuito irá variar dependendo da quantidade de resistência que encontra. Baixa resistência significa alta corrente, porque não há nada para impedir a corrente, e alta resistência significa baixa corrente. Esta característicados circuitos elétricos pode ser aproveitada para alterar o desempenho de um circuito para satisfazer necessidades específicas.
Existem vários tipos de reostatos. O tipo rotativo é o mais usado em aplicações de controle de potência. Na maioria das vezes estes reostatos estão usando uma construção aberta, mas tipos fechados também estão disponíveis. Assim como com os potenciômetros, os tipos multi-gang também estão disponíveis. Eles são usados para controlar múltiplas aplicações em paralelo ou para aumentar a potência ou faixa de ajuste.
Opcionalmente, os reostatos podem ser equipados com um batente mecânico para limitar a resistência mínima ou máxima. Para aplicações especiais, eles também podem ser construídos com enrolamentos cônicos.
Os tipos lineares ou deslizantes são construídos de arame resistivo enrolado em um cilindro isolante. Um contato deslizante é usado para aumentar ou diminuir a resistência.
Aparadores usados como uma resistência variável são muito comuns em placas de circuito impresso. Embora existam resistores predefinidos dedicados com 2 terminais, o potenciômetro do trimmer de 3 terminais é mais comum e muitas vezes usado por fiação como um reostato.
Reostato rotativo
Reostato linear
Diferença entre o potenciômetro e o reostato
A construção do potenciômetro e reostato é a mesma. A principal diferença é a maneira como usamos para a operação.
Em potenciômetros, usamos todos os três terminais para executar a operação, enquanto que em reostatos, usamos apenas dois terminais para executar a operação.
Fator de potência das lâmpadas Led e Compactas
Fator de potência é a relação entre a potência total e a potência ativa de um circuito elétrico, ou seja, representa o quanto de energia é entregue e o quanto desta energia entregue é realmente transformada em trabalho. 
 Relação entre potências aparente (S), ativa (P) e reativa (Q).
O triângulo de potências reflete a relação entre as três componentes da potência elétrica: aparente, ativa e reativa.
Ativa (P): potência que realiza Trabalho, de fato. Unidade é o Watt (W).
Reativa (Q): potência consumida por reatâncias (indutivas ou capacitivas) no armazenamento de energia, magnética ou elétrica, para o devido funcionamento do sistema elétrico. Unidade é o Volt-Ampère reativo (VAr).
Aparente (S): potência total fornecida pela fonte. Unidade é o Volt-Ampère (VA).
No caso da Potência Reativa (Q), existe a dualidade entre os tipos de reatância, daí ser atribuído o sinal positivo à Potência reativa Indutiva e o negativo à Potência reativa Capacitiva.
Entre essas potências existe uma relação conhecida como fator de potência, determinada pelo cosseno do ângulo entre a potência ativa e a aparente, conforme mostrado na fórmula abaixo:
Fator de Potência = 
A seguir são dados dois exemplos para cálculo do fator de potência.
Exemplo 1:
Uma geladeira apresenta as seguintes informações acerca de seu consumo: 
- Alimentação: 127V; consumo : 180W; corrente : 2A.
Logo, a potência aparente entregue a esta geladeira é:
S = U.I = 127 x 2 = 254 VA
O fator de potência é facilmente calculado como sendo:
Exemplo 2:
Dos dados contidos em uma lâmpada, extraímos os seguintes valores:
P= 20 W;   V = 220 V;   I = 167 mA;    fp = 0,55
Através destes valores, podemos calcular o consumo desta lâmpada.
Utilizando a primeira Lei de Ohm, obtemos o seguinte valor para a corrente: 
I = P/U = 20 W / 220 V => I = 0,091 A = 91 mA
Analisando o valor encontrado, observamos que o mesmo não corresponde ao valor especificado pelo fabricante da lâmpada, o qual apresenta um valor muito maior.
Utilizando o triângulo de potência, podemos calcular a potência realmente consumida pela lâmpada, ou seja:
 S = P / Fp = 20 / 0,55 => S = 36,364VA
Nesse valor que encontramos, temos uma fração em potência ativa e outra fração de potência reativa.
Vamos calcular a corrente que a lâmpada do nosso exemplo está, efetivamente, consumindo.
 I = S / U = 36,364 / 220 => I = 165mA
Observe que o valor calculado praticamente se iguala ao valor informado pelo fabricante.
Então concluímos que o que a lâmpada realmente irá consumir é a potência de 36,364 VA (que é a soma da potência ativa com a reativa) e não apenas a potência de 20 W (potência ativa).
Se você fizer o cálculo que relaciona estas duas potências, você verá que o Fator de Potência (fp) bate com o valor dado pelo fabricante, ou seja:
Fator de potência = P / S = 20 / 36,364 => cos φ = 0,55
Portanto, podemos concluir que o valor que o fabricante coloca no produto, é na verdade o valor de potência ativa (W), e o que o produto consome é a potência aparente (S).
Exemplo 3:
Utilizando os dados da lâmpada do exemplo acima, calcule o valor em R$ a ser pago à Light quando esta lâmpada fica acesa durante 10 horas.
Para resolver este problema, vamos extrair alguns valores exibidos na conta de luz, tais como:
Unidade da potência que é cobrada: kWh;
Valor do kWh em R$: 0,69205 (referência julho/2017).
Com os valores de tensão e corrente informados pelo fabricante e utilizando a primeira Lei de Ohm, obtemos o seguinte consumo para a lâmpada durante as 10hs de funcionamento:
C (Wh) = U (V) x I (A) x 10 Hs
C (Wh) = 220 V x 0,167 A x 10 Hs = 367,4 Wh = 0,3674 kWh
Multiplicando o valor do consume da lâmpada pelo valor da tarifa cobrada, obtemos o seguinte:
Valor a ser pago = 0,3674 kWh x R$ 0,69205 / kWh
Valor a ser pago = R$ 0,25
Vamos observar o seguinte fato relevante para a determinação do consumo a ser calculado: 
Caso tivéssemos utilizado apenas o valor da potência em W informado pelo fabricante, ou seja 20 W, e multiplicado pelo número de horas de funcionamento (10 hs), teríamos obtido o seguinte valor a ser pago:
C (Wh) = P (W) x 10 Hs
C (Wh) = 20 W x 10 Hs = 200 Wh = 0,2 kWh
Valor a ser pago = 0,2 kWh x R$ 0,69205 / kWh
Valor a ser pago = R$ 0,14
A diferença encontrada, quase cinquenta por cento, deve-se a não consideração do fator de potência da lâmpada que no caso é extremamente baixo, ou seja, quase cinquenta por cento ou 0,55. 
Uma boa analogia para entendimento do que é o Fator de Potência é mostrada na figura abaixo:
A figura abaixo mostra uma comparação genérica entre os fatores de potência de alguns tipos de lâmpadas, observando que tais valores dependem, essencialmente, da qualidade associada à fabricação das mesmas, sendo que existem lâmpadas de Led com fator de potência próximo a 0,95.
Relação entre tensões 220V / 110V; 220V / 127V; 380V / 220V
Relação entre tensões de 220 V / 110 V
Embora seja uma prática comum, principalmente entre o público leigo em questões de eletricidade, referir-se a fontes e cargas em 110 V, este valor de tensão praticamente não existe nas instalações elétricas no Brasil, embora diversos equipamentos (lâmpadas e pequenos aparelhos quase sempre importados) mantenha este valor de tensão em suas placas de especificações.
Como veremos adiante, as Concessionárias, notadamente em centros urbanos, atualmente distribuem a energia elétrica em tensões trifásicas, padronizadas nos seguintes valores, dependendo do Estado:
Baixa Tensão
220V/127V (Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e outros)
380V/220V (Alagoas, Bahia, Ceará e outros)
Alta Tensão
13,8kV, 34,5kV, 69kV e 138kV (dependendo da Concessionária e do estado)
Embora cada vez mais rara, ainda existem no Brasil diversas redes instaladas no perímetro rural, antes da padronização, em tensões não padronizadas de 220V/110V, cuja instalação obedecia a critérios de concentração de cargas e redução nos custos de investimentos, obedecendo à famosa equação que impera nos sistemas capitalistas de custos x benefícios.
Estes valores de tensão são obtidos da ligação de transformadores monofásicos (de custo bem inferior aos transformadores trifásicos), tendo ou não um tap central no secundário, conforme mostrado nas figuras abaixo:
Transformador monofásicosem tap central no secundário
Transformador monofásico com tap central no secundário
O tap central no secundário do transformador proporcionará, com a devida relação de espiras, os dois valores de tensão desejados, ou seja: 220V ou 110V (ou 230V e 115V).
Estas tensões não são padronizadas no Brasil, razão pela qual a tendência destes sistemas é migrar, no futuro, para os sistemas trifásicos analisados abaixo.
Relação entre tensões de 127 V / 220 V
Estes são os valores das tensões de um consumidor que recebe energia oriundo do sistema de distribuição em Baixa Tensão da Concessionária Light, no Rio de Janeiro e em outros Estados padronizados com esta relação. 
Estes valores de tensão são obtidos em sistemas ligados a transformadores trifásicos, existentes nas redes de distribuição de baixa tensão da Light, conforme mostrado na figura abaixo:
Em sistemas com transformadores trifásicos ligados em delta-estrela, a relação das tensões secundárias (aquelas que chegam ao consumidor) obedece à seguinte equação:
No caso acima, onde temos a tensão entre cada fase igual a 220 V, as tensões de cada fase para neutro será:
Logo, no sistema acima, as tensões terão os seguintes valores:
VAB = VBC = VCA = 220 V
VAN = VBN = VCN = 127 V
Relação entre tensões de 220 V / 380 V
Estes são os valores das tensões de um consumidor que recebe energia oriundo do sistema de distribuição em Baixa Tensão da Concessionária Coelba, no Município de Novo Horizonte na Bahia e em outros locais padronizados com esta relação. 
Estes valores de tensão são obtidos em sistemas ligados a transformadores trifásicos, existentes nas redes de distribuição de baixa tensão da Coelba, conforme mostrado na figura abaixo:
Em sistemas com transformadores trifásicos ligados em delta-estrela, a relação das tensões secundárias (aquelas que chegam ao consumidor) obedece à seguinte equação:
No caso acima, onde temos a tensão entre cada fase igual a 380 V, as tensões de cada fase para neutro será:
Logo, no sistema acima, as tensões terão os seguintes valores:
VAB = VBC = VCA = 380 V
VAN = VBN = VCN = 220 V
Observação importante:
Consumidores que recebem energia do Sistema Primário de Distribuição da concessionária, na tensão de 13,8 kV, ou acima, (indústrias, shoppings, consumidores com carga acima de 75 kVA ou outros que por qualquer razão recebam energia do Sistema de Alta Tensão da Concessionária), são responsáveis pelo abaixamento para a tensão de utilização em seu sistema, podendo utilizar quaisquer das relações de tensões acima.
Cálculos de correntes alternadas utilizando-se as equações fundamentais da eletricidade
	
Cálculos de correntes alternadas
Carga Monofásica
ou
Onde: 
 
Aplicando esta equação, a corrente do circuito 1 acima será:
Carga Bifásica
 ou
 
Onde: 
Aplicando esta equação, a corrente do circuito 2 acima será:
Carga Trifásica
 
 ou
Onde: 
Aplicando esta equação, a corrente do circuito 3 acima será:
Obs.
O termo 
 da equação acima, para cálculos de correntes em cargas trifásicas, tem a seguinte origem:
A potência em circuitos trifásicos é dividida, igualmente, pelas três fases, podendo, portanto, ser considerada como:
Potência trifásica = 3 x potência monofásica
Logo:
 
Como 
e substituindo este valor na equação acima, teremos:
Racionalizando esta equação (ou seja, multiplicando o numerador e o denominador por 
), obtemos o seguinte:
Obtemos:
Disjuntores térmicos, disjuntores magnéticos, disjuntores termomagnéticos e fusíveis
A principal função do disjuntor é ser um componente para proteção e segurança, mas devida sua composição mecânica proporcionar o seccionamento de circuitos ele também é utilizado como elementos para se ligar e desligar circuitos e cargas.
Disjuntores térmicos
Os disjuntores térmicos funcionam através da deformação de uma lâmina bimetálica. Quando ocorre uma sobrecarga e a corrente elétrica neste disjuntor é maior que a aceitável, a lâmina bimetálica se aquece por efeito joule e começa a se deformar. Esta deformação age diretamente em um contato que em determinado nível se abre seccionando o circuito protegido por este disjuntor.
A vantagem do disjuntor térmico é ser um componente mecanicamente simples e robusto, desta maneira é um componente relativamente barato. Em contrapartida sua desvantagem é não possuir uma grande precisão de corrente de seccionamento e ser usado apenas para aquecimentos de longo prazo, não sendo possível o seu uso para proteção contra curtos-circuitos.
Disjuntores magnéticos.
Uma corrente elétrica que percorre um condutor elétrico gera um campo magnético. Esse fenômeno do eletromagnetismo nos permite dimensionar uma bobina que quando atingida por uma forte corrente elétrica desloca um contato seccionando assim um circuito. Esse é o princípio de funcionamento do disjuntor magnético e é esse efeito instantâneo o que garante uma incrível precisão a este dispositivo.
Esta velocidade de interrupção instantânea é o que nos permite proteção contra curtos-circuitos, sendo neste caso possível a substituição de um fusível por este dispositivo.
Sua maior vantagem é a precisão e a possibilidade de proteger contra curtos-circuitos, tendo, em contrapartida, um custo mais elevado do que o disjuntor térmico.
Disjuntores termomagnéticos.
O disjuntor termomagnético é uma junção do disjuntor térmico e magnético. Este tipo de dispositivo é muito utilizado em instalações comerciais e residenciais e suas principais funções são:
Manobra: Abertura e fechamento voluntário do circuito.
Proteção contra sobrecarga: atua como disjuntor térmico.
Proteção contra curto-circuito: atua como disjuntor magnético.
Onde usar: O disjuntor termomagnético é usado para a proteção do sistema elétrico contra curtos-circuitos e sobreaquecimentos gerados por sobrecarga.
Categorias de Disjuntores
O dimensionamento do disjuntor é uma questão de segurança em eletricidade, por esta razão deve-se tomar alguns cuidados para dimensioná-los. Para cada tipo de carga, faixa de corrente de ruptura e tempo de ruptura existe uma categoria adequada de disjuntor a ser usado e essas categorias ditam a curva de ruptura específica de cada uma.
Quando se tem um equipamento sensível a picos de corrente é necessário que o disjuntor tenha um tempo de resposta de ruptura muito rápida, para que assim o equipamento não seja danificado. Nesse caso a curva de corrente usada pertence a uma categoria. Em outros casos como na partida de motores, o tempo necessário para a partida do mesmo é relativamente grande, por isso a resposta de ruptura deve ser mais lenta, nesse caso é necessário um outro tipo de curva de corrente.
As curvas de ruptura determinam o período de tempo e a faixa dos limites de corrente que o dispositivo suporta.
Características curva B
Usado em circuitos de cargas resistivas em geral. Ex: chuveiros, aquecedores elétricos e circuitos de tomadas de uso geral.
Corrente de ruptura: 3 a 5 vezes maior do que a corrente nominal. 
Exemplo: para uma corrente nominal IN = 15A o disjuntor opera para correntes entre 45 e 75A.
Características curva C
Usado em circuitos de cargas indutivas em geral. Ex: Ar condicionado, bombas, circuitos de iluminação, sistemas de comando e controle.
Corrente de ruptura: 5 a 10 vezes maior do que a corrente nominal. 
Exemplo: para uma corrente nominal IN = 15A o disjuntor opera para correntes entre 75 e 150A.
Características curva D
Usado em circuitos industriais. Ex: motores de grande porte, grandes transformadores, máquinas de solda.
Corrente de ruptura: 10 a 20 vezes maior do que a corrente nominal. 
Exemplo: para uma corrente nominal IN= 15A o disjuntor opera para correntes entre 150 e 300A.
Características curva Z
São os disjuntores mecânicos mais sensíveis, desarmam ente 2 e 3 vezes a corrente nominal, ou seja, um disjuntor Z2, vai desarmar entre 4 e 6 A. 
São indicados para circuitos que não podemos ter grandes sobrecorrentes, como máquinas e equipamentos industriais. Por exemplo locais onde cabos de 0,34mm2 são usados, disjuntores curva B e C podem não desarmar.
Fusíveis
Em eletrônica e em engenharia elétrica, fusível é um dispositivo de proteção contra sobrecorrente em circuitos. Consiste de um filamento ou lâmina de um metal ou liga metálica de baixo ponto de fusão que se intercala em um ponto de uma instalação elétrica, para que se funda, por efeito Joule, quando a intensidade de corrente elétrica que o percorre superar um determinado valor, devido a um curto-circuito ou sobrecarga, o que poderia danificar a integridade dos condutores e dos equipamentos, com o risco de incêndio ou destruição de outros elementos do circuito
Tipos de Fusíveis
Fusíveis Ultra-Rápidos (classe aR) são uma excelente proteção contra curtos-circuitos, porém não são adequados contra sobrecargas.
Existem diversos tipos de fusíveis ultrarápidos, sendo os mais utilizados os seguintes:
Tipo NH (fabricados segundo a Norma Alemã Deutsches Institut für Normung – DIN):
 
 Fusível NH Base de Montagem
Fusíveis gL/gG (fabricados segundos as Normas IEC)
 
A IEC utiliza a montagem com 2 letras, sendo que a primeira letra, denomina a "Faixa de Interrupção" , ou seja, que tipo de sobrecorrente o fusível irá atuar, que são elas:
"g" - Atuação para sobrecarga e curto
"a" - Atuação apenas para curto-circuito,
A segunda letra denomina a "Categoria de Utilização", ou seja, que tipo de equipamento o fusível irá proteger, que são elas:
"L/G" - Proteção de cabos e uso geral
"M" - Proteção de Motores
"R"- Proteção de circuitos com semicondutores
Sendo assim, temos as montagens dos principais fusíveis utilizados no mercado:
"gL/gG"- Fusível para proteção de cabos e uso geral (Atuação para sobrecarga e curto)
"aM" - Fusível para proteção de motores
"aR" - Fusível para proteção de semicondutores
Fusível Térmico (Termo-fusível)
Um termo-fusível, além de acumular a função do fusível propriamente dito, permite também proteger determinados equipamentos, caso a sua temperatura ultrapasse determinados valores. Assim protege o equipamento contra sobrecargas, não diretamente usando a corrente de consumo, mas sim a sua temperatura exterior, já que estes termo-fusíveis estão colocados junto à carcaça para vigiar a sua temperatura.
Esquemas de Aterramento (TT, TN, TN-C, TN-C-S e IT)
 
De acordo com a NBR 5410, as instalações elétricas de baixa tensão devem obedecer, quanto aos aterramentos funcional e de proteção, a três esquemas de aterramento básicos (TT, TN e IT), além de dois esquemas derivados (TN-C e TC-C-S). 
Os tipos de esquemas de aterramento são identificados por letras, conforme descritos a seguir.
1a letra – indica a situação da fonte de alimentação em relação à terra:
T – um ponto diretamente aterrado
I – nenhum ponto aterrado ou aterramento através de impedância elevada
2a letra – indica a situação das massas em relação à terra:
T – diretamente aterradas (qualquer ponto)
N – ligadas ao ponto de alimentação aterrado (neutro) 
I – massas isoladas, não aterradas
Outras letras – especificam a forma de aterramento da massa, utilizando o aterramento da fonte de alimentação:
S – neutro e proteção (PE) por condutores distintos (separados)
C – neutro e proteção em um único condutor (PEN).
Os esquemas abaixo ilustram os tipos de esquemas de aterramento exigidos pela NBR 5410:
Esquema TT
O esquema TT possui um ponto da alimentação diretamente aterrado, estando as massas da instalação ligadas a eletrodo(s) de aterramento elétricamente distinto(s) do eletrodo de aterramento da alimentação, conforme figura abaixo:
Esquema TT
Esquema TN
O esquema TN possui um ponto da alimentação diretamente aterrado, sendo as massas ligadas a esse ponto atraves de condutores de proteção. Sao consideradas três variantes de esquema TN, de acordo com a disposição do condutor neutro e do condutor de proteção, a saber:
a) Esquema TN-S, no qual o condutor neutro e o condutor de proteção são distintos, conforme a figura seguinte:
Esquema TN-S
b) Esquema TN-C-S, em parte do qual as funções de neutro e de proteção são combinadas em um único condutor:
Esquema TN-C-S
c) Esquema TN-C, no qual as funções de neutro e de proteção são combinadas em um único condutor, na totalidade do esquema, conforme figura seguinte: 
Esquema TN-C
Obs. Neste esquema o condutor neutro recebe o nome de PEN (Proteção e Neutro)
Esquema IT
No esquema IT todas as partes vivas são isoladas da terra (fig. A) ou um ponto da alimentação é aterrado através de impedância (fig. B). As massas da instalação são aterradas, verificando-se as seguintes possibilidades:
 massas aterradas no mesmo eletrodo de aterramento da alimentação, se existente; e
massas aterradas em eletrodo(s) de aterramento próprio(s), seja porque nao há eletrodo de aterramento da alimentação, seja porque o eletrodo de aterramento das massas é independente do eletrodo de aterramento da alimentação.
 
 Fig. A - Esquema IT Isolado Fig. B - Esquema IT - aterrado por impedância
INTERPRETANDO DIAGRAMAS ELÉTRICOS
A confusão dos símbolos nos desenhos elétricos
O primeiro e importante passo para interpretar diagramas elétricos está relacionado com o correto conhecimento da simbologia utilizada para a execução do mesmo.
Símbolos diferentes, de diferentes países e instituições podem representar o mesmo equipamento elétrico, dificultando muito a correta interpretação dos desenhos de instalação elétrica.
Um exemplo clássico é o famoso símbolo do disjuntor, símbolo este oriundo das normas americanas as quais o Brasil não mais adota há aproximadamente 40 anos, sendo no entanto que até hoje vários projetistas de instalações elétricas o utilizam, sem saber que o País segue, desde 1980, o padrão internacional, regido pelas Normas da International Electrotechnical Commission (IEC).
As figuras abaixo mostram alguns exemplos:
Disjuntores
 
 Norma americana Norma ABNT
Tomadas 
 
 Norma americana Norma ABNT
 
Interruptores
Simbologia utilizada nos desenhos de instalações elétricas
 
Diagramas unifilares/multifilares, Diagramas de fiação, Diagramas lógico/digital e Diagramas funcionais/comando
	
Diagrama Unifilar: diagrama elétrico simplificado em que os diversos condutores de um circuito são representados por uma linha única.
		A figura abaixo representa o diagrama unfilar do padrão da LIGHT para ligação de um 			sistema solar em sua rede.
 
Diagrama Multifilar: diagrama elétrico detalhado em que os diversos condutores de um circuito são representados separadamente.
A figura abaixo apresenta um exemplo de diagrama multifilar de um quadro de distribuição de energia elétrica em uma residência.
Diagrama de fiação: diagrama detalhado de cada instalação do circuito mostrando todos os conectores de fiação e dos componentes elétricos, conforme mostrado na figura abaixo:
Diagrama lógico e digital: representação gráfica de sequências lógicas que servem para representar comandos, tarefas, sequenciamento, instruções de programação, fluxos de variáveis,diagramas de conexão, e outras informações.
Diagrama funcional: representação gráfica dos detalhes de um circuito elétrico, da forma como opera e interage com os demais dispositivos e sistemas de comando, proteção e sinalização.
Planta baixa de instalações elétricas
 
- Ligação de Interruptor Simples:
- Ligação de Interruptor Paralelo (tree-way):
- Ligação de Interruptor Intermediário (four-way):
- Plantas Baixas de Instalação Elétrica
�
PROJETANDO E MONTANDO PADRÕES DE ENTRADA EM BAIXA TENSÃO
Normas e padrões das Concessionárias de Energia Elétrica
Introdução
As normas e os padrões das concessionarias de energia elétrica fixam os procedimentos a serem seguidos em projetos e execução das instalações de entradas de serviço das unidades consumidoras em toda a área de concessão da mesma, que, no caso da nossa região, é a Light – Serviços de Eletricidade S.A.
RECON BT
O primeiro passo, para a elaboração do projeto e a execução da montagem de padrões para entrada de energia, tanto em baixa como em alta tensão, é o conhecimento das normas e regulamentações, disponibilizadas pelas concessionárias locais.
Para o objetivo deste trabalho, ou seja, projetar e montar padrões de energia em baixa tensão, listamos abaixo os documentos que compõem a Regulamentação para o Fornecimento de Energia Elétrica para os Consumidores desta classe, os quais são conhecidos como RECON BT, os quais são disponibilizados na internet. Nestes manuais, você encontra todas as normas e procedimentos necessários para efetuar uma ligação em baixa tensão no padrão Light:
Recon-BT Versão Completa | Versão Simplificada
Fabricantes Validados - Contatos (Atualizado todo dia 10 de cada mês)
Procedimento para Validação de materiais
Sistema de medição e leitura centralizada (Especificação para implantação de infraestrutura) - SMLC
Entradas Coletivas Existentes 
PROCT Especificação para Projeto e Construção de Infraestrutura Civil da Rede 
 de Distribuição Subterrânea
Ligação Nova ou Alteração de Carga para Unidades Consumidoras 
Compreendidas em Via Pública
Tarifa Branca - Padrão de medição em baixa tensão para consumidores de Tarifa Branca
Tipos de Solicitações de Ligação
Ligação nova
Ligação destinada ao primeiro fornecimento de energia elétrica para uma unidade consumidora, residencial ou não residencial, localizada em propriedade com edificação individual ou edificação coletiva.
Aumento de carga
Ligação destinada ao aumento da carga instalada e/ou acréscimo do número de fases disponibilizadas para uma unidade consumidora, residencial ou não residencial, localizada em propriedade com edificação individual ou edificação coletiva.
Diminuição de carga
Ligação destinada à diminuição da carga instalada e/ou redução do número de fases disponibilizadas para uma unidade consumidora, residencial ou não residencial, localizada em propriedade com edificação individual ou edificação coletiva.
Ligação Provisória de obra
Ligação destinada ao fornecimento provisório de energia elétrica (de caráter não definitivo) a uma unidade consumidora cuja atividade seja um canteiro de obras, um evento etc.
NOTA: Ligações provisórias de obra cujo ciclo de faturamento seja inferior a 30 dias não requerem a instalação de equipamento de medição. Sendo assim, na construção do padrão não se faz necessário o emprego da caixa de medição. Entretanto, no restante, as ligações provisórias de obra devem ser preparadas com os mesmos padrões previstos nesta Regulamentação para instalações de entrada de caráter definitivo.
Ligação Festiva
Ligação destinada ao fornecimento provisório de energia elétrica (de caráter não definitivo) a uma unidade consumidora cuja atividade seja uma festa, uma feira, um parque etc.
NOTAS:
1. Ligações festivas cujo ciclo de faturamento seja inferior a 30 dias não requerem a instalação de equipamento de medição. Sendo assim, na construção do padrão não se faz necessário o emprego da caixa de medição. Entretanto, no restante, as ligações festivas devem ser preparadas com os mesmos padrões previstos nesta Regulamentação para instalações de entrada de caráter definitivo;
2. Ligações festivas que venham a ocupar o poste de Light devem ter seus padrões e condições de atendimento previamente analisados e aprovados pela Light.
Ligação em via pública
Ligação destinada a solicitações de ligação nova ou alteração de carga de unidades consumidoras com atividade não-residencial (bancas de jornal, quiosques etc.) compreendidas em via pública.
NOTAS:
1. Para esse tipo de ligação deve ser apresentada autorização do poder público;
2. As ligações em via pública devem ser preparadas com os mesmos padrões previstos nesta Regulamentação para instalações de entrada compreendidas em propriedades particulares;
3. Unidades consumidoras que venham a ocupar o poste da Light ou que possuam características físicas
e/ou técnicas diferenciadas, em especial concessões de serviços, devem ter seus padrões e condições de
atendimento previamente analisados e aprovados pela Light, obedecendo aos procedimentos técnicos da
Light, o constante na Resolução conjunta nº 001 de 24 de novembro de 1999 da ANEEL, ANATEL e ANP, Resolução nº 581 da ANEEL de 29 de outubro de 2002, bem como as posturas municipais;
4. Tratando-se de iluminação pública, a responsabilidade pelos serviços de elaboração de projeto, implantação, expansão, operação e manutenção das instalações de iluminação pública é de pessoa jurídica de direito público ou por esta delegada mediante concessão ou autorização; 
No caso de fornecimento efetuado a partir de circuito exclusivo, a Light deve instalar os respectivos equipamentos de medição, quando houver conveniência técnica ou solicitação do Poder Público.
Relocação
Serviço destinado a mudança do ponto de entrega/medição de uma unidade consumidora existente, por conveniência do consumidor, por determinação dos Poderes Públicos e/ou pela caracterização de risco à segurança de pessoas e/ou bens materiais.
NOTA: As instalações de entrada devem ser construídas integralmente em conformidade com esta Regulamentação.
Reforma
Serviço destinado a manutenção da instalação de entrada de uma unidade consumidora, em função de modernização, falha ou necessidade de manutenção de materiais e equipamentos, decorrente de solicitação do consumidor ou notificação da Light, lembrando que a reforma não deve caracterizar alteração de carga.
NOTA: As instalações de entrada devem ser preferencialmente adequadas sob o ponto de vista construtivo em conformidade com esta Regulamentação, sendo obrigatória a observância dos quesitos técnicos e de segurança.
Mudança de Grupo tarifário
Serviço destinado à mudança de grupo tarifário que, eventualmente, pode requerer a substituição do equipamento de medição.
.
NOTA: O consumidor será responsável pelas adaptações na unidade consumidora, caso seja necessário, adequando as instalações de entrada ao padrão vigente da Light.
Limites de fornecimento de Energia Elétrica
Em relação ao número de unidades consumidoras
Em entrada individual
O limite de unidades consumidoras, compreendidas numa mesma propriedade atendidas
através de entradas individuais, em rede de distribuição aérea, é de até 4 (quatro) unidades monofásicas ou até 2 (duas) trifásicas, sendo que a atividade de todas as unidades deve ser estritamente residencial e o limite de carga instalada individual de até 15 kW.
		
Em entrada coletiva
Não há restrição do número de unidades consumidoras atendíveis através de entrada coletiva.
Em relação ao tipo de medição
O limite de demanda para o fornecimento com medição direta em baixa tensão é de 66,3 kVA (220/127 V) ou 114,5 kVA (380/220 V). Para demandas superiores a medição será indireta através de transformadoresde corrente (TC).
Em relação à demanda da instalação e definição do tipo de atendimento
De acordo com a configuração da rede de distribuição existente na área do atendimento e da demanda avaliada da entrada individual ou coletiva, o atendimento pode ser definido conforme a seguir:
Rede de distribuição aérea
Rede de distribuição aérea sem previsão de conversão para subterrânea
O limite de demanda da entrada consumidora para atendimento diretamente pela rede de distribuição da Light com instalação de ramal de ligação aéreo é de 225 kVA em 220/127 V.
Rede de distribuição aérea com previsão de conversão para subterrânea
O limite de demanda da entrada consumidora para atendimento diretamente pela rede de distribuição da Light com instalação de ramal de ligação aéreo é de 150 kVA em 220/127V.
Rede de distribuição subterrânea
Rede de distribuição subterrânea radial
O atendimento através de ramal de ligação subterrâneo derivado diretamente da rede subterrânea radial está limitado para demandas até 150 kVA em 220/127 V.
Rede de distribuição subterrânea reticulada
O atendimento através de ramal de ligação subterrâneo derivado diretamente da rede subterrânea reticulada generalizada (malha) está limitado para demandas até 250 kVA em 220/127 V.
		
Em relação à tensão de fornecimento de energia elétrica
	Para determinação do nível de tensão de fornecimento para a unidade consumidora devem ser 	observados os seguintes critérios estabelecidos pela Res. 414/2010 da ANEEL:
Tensão secundária (baixa tensão) em rede aérea: quando a carga instalada na unidade consumidora for igual ou inferior a 75 kW;
Tensão secundária (baixa tensão) em sistema subterrâneo: até o limite de carga conforme padrão de atendimento da distribuidora;
Tensão primária de distribuição inferior a 69 kV: quando a carga instalada na unidade consumidora for superior a 75 kW e a demanda a ser contratada pelo interessado, para fornecimento, for igual ou inferior a 2.500 kW; e
Tensão primária de distribuição igual ou superior a 69 kV: quando a demanda a ser contratada pelo interessado, para fornecimento, for superior a 2.500 kW.
	O fornecimento de energia elétrica em baixa tensão na área de concessão da Light é efetivado 	em corrente alternada, na frequência de 60 Hertz, nas seguintes tensões nominais:
220/127 V - Redes aéreas trifásicas a 4 fios / Urbanas e Rurais;
220/127 V - Redes subterrâneas a 4 fios / Urbanas;
230-115 V - Redes aéreas monofásicas a 3 fios / Rurais;
380/220 V - Sistema subterrâneo dedicado / Urbano 
Tipos de atendimento padronizados conforme o número de fases
Entrada individual
Sistema monofásico a 2 fios (uma fase + neutro)
Sistema monofásico a 3 fios (duas fases + neutro) / Rede Rural
Sistema trifásico a 4 fios (três fases + neutro)
Entrada coletiva
Sistema trifásico a 4 fios (três fases + neutro)
Categorias de atendimento das entradas individuais e coletivas
Tensão de fornecimento
Onde:
UM - Urbano monofásico
UB - Urbano bifásico
T - Trifásico
D - Demanda avaliada a partir da carga instalada
RM - Rural monofásico
UME - Urbano monofásico especial
TE - Trifásico especial
NOTAS:
1. Valores determinados a partir da demanda calculada conforme critério descrito no item 3.7 a seguir. 
2. A categoria Urbano Bifásico (UB1) é opcional, podendo ser aplicada em casos especiais onde ocorra a presença comprovada de equipamentos que operem na tensão de 220 V.
3. Categoria recomendada somente para instalações que não utilizem equipamentos monofásicos especiais para aquecimento d’água (chuveiro, torneira, aquecedor etc.) com potência superior a 4,4 kVA.
Dimensionamento de materiais
Entrada individual
Entrada Coletiva
Determinação da Carga Instalada
A carga instalada é determinada a partir do somatório das potências nominais dos aparelhos, dos equipamentos elétricos e das lâmpadas existentes nas instalações.
No caso de não disponibilidade das potências nominais dos equipamentos e aparelhos eletrodomésticos, recomenda-se a utilização de tabelas contidas no RECON, que fornecem as potências médias, aproximadas, dos principais equipamentos e aparelhos.
No cálculo para determinação da carga instalada, não devem ser computadas as potências de aparelhos de reserva.
Para determinação da potência de motores em kVA, considerar os valores nominais de placa informados pelo fabricante. Quando não for possível essa verificação, considerar os valores das tabelas do RECON.
Exemplo de determinação de carga instalada de uma unidade consumidora (220/127 V):
	TIPO DE CARGA
	POTÊNCIA
NOMINAL
	QUANTIDADE
	TOTAL PARCIAL
	Lâmpada incandescente
	100 W
	4
	0,4 kVA
	Lâmpada incandescente
	60 W
	4
	0,24 kVA
	Lâmpada fluorescente
	20 W
	2
	0,04 kVA
	Tomadas
	100 W
	8
	0,8 kVA
	Chuveiro elétrico
	4400 W
	1
	4,4 kVA
	Ferro elétrico
	1000 W
	1
	1,0 kVA
	Geladeira
	300 W
	1
	0,3 kVA
	TV à Cores (20”)
	90 W
	1
	0,09 kVA
	Ventilador
	150 W
	3
	0,45 kVA
	Ar condicionado
	1 CV
	2
	3,04 kVA
	Bomba d’água (motor)
	1 CV
	2 (1 reserva)
	1,52 kVA
	Carga instalada total em “kVA” = CI kVA = 12,28 kVA
Para efeito de atendimento das condições definidas na Resolução nº 414/2010 da ANEEL, demais resoluções e legislação atinentes, a carga instalada em kVA (CI kVA,) deve ser expressa em kW (CI kW), considerando a expressão (CI kW) = CI kVA x 0,92, onde 0,92 é o fator de potência médio que o
Consumidor pode admitir em suas instalações sem estar sujeito a multas, conforme Resolução no 414/2010 da ANEEL.
Carga instalada total em “kW” = CI (kW) = 12,28 kVA x 0,92 = 11,3 kW
Avaliação de demandas
Quando um determinado conjunto de cargas é analisado, verifica-se que, em função da utilização diversificada dessas cargas, um valor máximo de potência é absorvido por esse conjunto num mesmo intervalo de tempo, geralmente inferior ao somatório das potências nominais de todas as cargas do conjunto. Nesse caso, um bom conhecimento da utilização da instalação permite ao projetista a adoção e aplicação de fatores de demanda ou diversidade na carga instalada, o que proporcionará um refinamento no dimensionamento dos materiais e equipamentos da instalação de entrada de energia elétrica, de forma a obter melhor compatibilização técnica e econômica sem comprometer a confiabilidade e a segurança.
A avaliação da demanda deve ser obrigatoriamente efetuada a partir da carga total instalada ou prevista para a instalação, qualquer que seja o seu valor. Será utilizada na definição da categoria de atendimento e no dimensionamento dos equipamentos e materiais das instalações de entradas de energia elétrica monofásicas e polifásicas.
A seguir, é apresentada a metodologia para avaliação e dimensionamento de demandas de consumidores com entradas individuais caracterizada pelos seguintes tipos:
Entradas individuais
Entrada isolada, (residencial e não residencial), com atendimento através de ramal de ligação independente;
Unidade consumidora individual (apartamento, loja, sala etc.) derivada de ramal de entrada coletiva.
Entradas coletivas
Avaliação e dimensionamento dos circuitos de uso coletivo em entrada coletiva residencial, com até 4 (quatro) unidades consumidoras;
Avaliação e dimensionamento do circuito dedicado a cada unidade consumidora individual derivada de ramal de entrada coletiva caracterizado pela presença de cargas atípicas (motores, saunas e ar condicionado central), como nos casos de coberturas, independente do número de unidades consumidoras. 
Avaliação e dimensionamento dos circuitos de uso coletivo em entrada coletiva não residencial;
Avaliação e dimensionamento dos circuitos de uso coletivo dedicado às cargas não residenciais, em entrada coletiva mista;
Avaliação e dimensionamento dos circuitosde uso coletivo em vilas e condomínios horizontais com até 4 (quatro) unidades consumidoras. Circuitos de serviço dedicados ao uso de condomínios;
Avaliação e dimensionamento da carga de circuito de serviço de uso do condomínio, em entrada coletiva residencial;
Avaliação e dimensionamento da carga de circuito de serviço de uso do condomínio, em entrada coletiva não residencial.
Circuitos de serviço dedicados ao uso de condomínios
Avaliação e dimensionamento da carga de circuito de serviço de uso do condomínio, em entrada coletiva residencial;
Avaliação e dimensionamento da carga de circuito de serviço de uso do condomínio, em entrada coletiva não residencial.
Cálculo da demanda
O dimensionamento de circuitos individuais ou coletivos, deve ser feito a partir da demanda calculada através da seguinte expressão, juntamente com as tabelas 1, 2, 3A, 3B, 4, 5A, 5B, e 6, mostrada a seguir: :
D (kVA) = d 1 + d 2 + d 3 + d 4 + d 5 + d 6
Onde:
d1 (kVA) = demanda de iluminação e tomadas, calculada com base nos fatores de demanda da TABELA 1, considerando o fator de potência igual a 1,0.
d2 (kVA) = demanda de aparelhos para aquecimento de água (chuveiros, aquecedores, torneiras etc.), calculada conforme TABELA 2, considerando o fator de potência igual a 1,0.
d3 (kVA) = demanda de aparelhos de ar condicionado tipo janela e similares (split, fan-coil), calculada conforme TABELAS 3A e 3B respectivamente, para uso residencial e não residencial.
d4 (kVA) = demanda de unidades centrais de condicionamento de ar e similares (self container) calculada a partir das respectivas correntes máximas e demais dados de placa fornecidos pelos fabricantes, aplicando os fatores de demanda da TABELA 4.
d5 (kVA) = demanda de motores elétricos e máquinas de solda tipo motor - gerador, calculada conforme TABELAS 5A e 5B.
d6 (kVA) = demanda de máquinas de solda a transformador e aparelhos de raio-x, calculada conforme TABELA 6.
TABELA 1
CARGA MÍNIMA E FATORES DE DEMANDA PARA INSTALAÇÕES DE ILUMINAÇÃO E TOMADAS DE USO GERAL
NOTA: Instalações em que, pela sua natureza, a carga seja utilizada simultaneamente, deverão ser consideradas com fator de demanda de 100%.
TABELA 2 - (MÉTODO DE AVALIAÇÃO - SEÇÃO A)
FATORES DE DEMANDA PARA APARELHOS DE AQUECIMENTO
NOTA: Para o dimensionamento de ramais de entrada ou trechos coletivos destinados ao fornecimento de mais de uma unidade consumidora, fatores de demanda devem ser aplicados para cada tipo de aparelho, separadamente, sendo a demanda total de aquecimento o somatório das demandas obtidas: d2 = d2 chuveiros + d2 aquecedores + d2 torneiras + ...
TABELA 3A - (MÉTODO DE AVALIAÇÃO - SEÇÃO A)
FATORES DE DEMANDA PARA APARELHOS DE AR CONDICIONADO TIPO JANELA, SPLIT E FAN-COIL (UTILIZAÇÃO RESIDENCIAL)
TABELA 3B - (MÉTODO DE AVALIAÇÃO - SEÇÃO A)
FATORES DE DEMANDA PARA APARELHOS DE AR CONDICIONADO TIPO JANELA, SPLIT E FAN-COIL (UTILIZAÇÃO NÃO RESIDENCIAL)
TABELA 4 - (MÉTODO DE AVALIAÇÃO - SEÇÃO A)
FATORES DE DEMANDA PARA EQUIPAMENTOS DE AR CONDICIONADO CENTRAL, SELF CONTAINER E SIMILARES
TABELA 5A - (MÉTODO DE AVALIAÇÃO - SEÇÃO A) - CONVERSÃO DE “CV” EM “kVA"
TABELA 5B - (MÉTODO DE AVALIAÇÃO - SEÇÃO A)
FATOR DE DEMANDA x N° DE MOTORES
Observação: Motores classificados como “RESERVA” não devem ser computados nos cálculos, tanto de carga instalada, quanto demandada.
TABELA 6 - (MÉTODO DE AVALIAÇÂO - SEÇÃO A)
FATORES DE DEMANDA PARA MÁQUINAS DE SOLDA E EQUIPAMENTOS ODONTO – MÉDICO HOSPITALARES - (APARELHOS DE RAIO-X, TOMÓGRAFOS, MAMÓGRAFOS E OUTROS)
NOTA: Quando a demanda de um grupo de equipamentos for inferior à potência individual do maior equipamento do conjunto, deve ser considerado o valor de potência do maior equipamento como a demanda do conjunto.
Exemplos de aplicação
Exemplo 1. 
Calcular a demanda para 4 motores trifásicos de 5 cv, 1 motor trifásico de 3 cv, 1 motor trifásico de 2 cv, 1 motor trifásico de 1 cv, totalizando 7 motores.
Utilizando as TABELAS 5A e 5B, temos:
D = [ (4 x 6,02) + (1 x 4,04) + (1 x 2,7) + (1 x 1,52 ) ] x 0,4714 = 15,25 kVA
D = 15,25 kVA
Exemplo 2. 
Calcular a demanda para 1 (um) motor de 50 cv + 1 (um) motor de 5 cv, onde nesse caso se a condição demandada for menor que a potência do maior motor, deve prevalecer como demanda total a potência do maior motor, ou seja, a inequação a seguir deve ser atendida:
N (maior motor) > D (condição demandada)
Onde:
N (maior motor) = Potência do maior motor,
D (condição demandada) = Demanda em função das TABELAS 5A e 5B
Logo, para o exemplo em questão, temos:
D = (48,73 + 6,02) x 0,75 = 41,06 kVA e como a condição demandada não atendeu a inequação acima (48,73 < 41,06), a demanda total a ser considerada é D = 48,73 kVA.
D = 48,73 kVA
Exemplo 3. 
Residência isolada, área útil de 300 m², com fornecimento de energia através de ramal de ligação independente em tensão 220/127 V.
Características da Carga Instalada:
- Iluminação e Tomadas........................... 6,0 kVA
- Chuveiros elétricos................................ 3 x 4,4 kVA
- Torneiras elétricas................................. 2 x 2,5 kVA
- Aparelhos de ar condicionado.............. 2 x 1 CV 
 2 x 3 /4 CV
- Motores monofásicos........................... 1 x 1 CV
 1 x 1/2 CV
 2 x 1/4 CV (1 reserva)
- Sauna................................................... 9,0 kVA
Determinação da carga instalada e da categoria de atendimento
	Previsão mínima de iluminação e tomada pela TABELA 1 = 0,030 x 300 = 9,0 kVA, ou 
 seja, maior que o valor declarado (6,0 kVA), logo o valor a ser considerado deve ser 9,0 kVA
	- Carga instalada (CI) = {9 + (3 x 4,4) + (2 x 2,5) + [(2 x 1CV) + (2 x 3/4 CV)] + [(1 x 1 CV) 
 + (1 x 1/2 CV) + (1 x 1/4 CV)] + 9}
	- Carga instalada (CI) = 9,0 + (3 x 4,4) + (2 x 2,5) + [(2 x 1,52) + (2 x 1,26)] + [(1 x 1,52) + 
 (1 x 0,87) + (1 x 0,66)] + 9,0
	- Carga instalada (CI) = 9,0 + 13,2 + 5,0 + 3,04 + 2,52 + 1,52 + 0,87 + 0,66 + 9,0
	- Carga instalada (CI) = 44,81 kVA
	- Carga instalada (CI kW) = 44,81 x 0,92 = 41,23 kW
Para a determinação da categoria de atendimento, o dimensionamento dos materiais e dos equipamentos da instalação de entrada individual, é necessário avaliar a demanda da instalação, a partir da carga instalada.
Avaliação das demandas (kVA)
	- Iluminação e tomadas (TABELA 1)
		C1 = 9,0 kVA (mínimo conforme TABELA 1)
		d1 = (1 x 0,80) + (1 x 0,75) + (1 x 0,65) + (1 x 0,60) + (1 x 0,50) + (1 x 0,45) + (1 x 		 0,40) + (1 x 0,35) + (1 x 0,30) 
d1 = 4,80 kVA
	- Aparelhos de aquecimento (TABELA 2)
		C2 = (3 x 4,4) + (2 x 2,5) + (1 x 9,0)
		d2 = (3 x 4,4) x 0,70 + (2 x 2,5) x 0,75 + (1 x 9,0) x 1,0
d2 = 21,99 kVA
		
	- Aparelhos de ar condicionado tipo janela (TABELA 3A)
		C3 = (2 x 1 CV ) + (2 x 3/4 CV ) Nº de aparelhos de ar = 4 Logo, FD = 100 %
d3 = [(2 x 1,52) + (2 x 1,26)] x 1 = 5,56 kVA
	- Motores (TABELAS 5A e 5B)
		C5 = ( 1 x 1 CV ) + ( 1 x 1/2 CV ) + ( 2 x 1/4 CV )
		1 CV = 1,52 kVA 
		1/2 CV = 0,87 kVA 
 		1/4 CV = 0,66 kVA
	Nº de motores = 4 - 1 reserva = 3, logo: FD = 63,33%
d5 = [1, 52 + 0,87 + 0,66] x 0,6333= 1,93 kVA
Determinação da demanda total da instalação
		D total = d1 + d2 + d3 + d5
		D total = 4,8 + 21,99 + 5,56 + 1,93
D total = 34,28 kVA
A entrada individual deve ser trifásica (conforme item 3.4 acima), atendida através de ramal de ligação independente e a demanda total avaliada (D total) deve serutilizada para o dimensionamento dos condutores, da proteção geral e demais materiais componentes da instalação de entrada.
Exemplo 3. 
Edificação de uso coletivo, composta por 4 unidades consumidoras residenciais (apartamentos), cada apartamento com área útil de 96 m² e o serviço (condomínio) com área de 90 m², em tensão 220/127 V, um único agrupamento de medidores (4 apartamentos).
Características da carga instalada:
Por unidade consumidora (apartamento)
- Iluminação e tomadas....................................... 3,0 kVA
- Aparelhos de aquecimento............................... 1 x 4,4 kVA
- (Aparelhos de ar condicionado tipo janela....... 2 x 3/4 CV
Circuito de serviço de uso do condomínio
- Iluminação e tomadas...................................... 3,0 kVA
- Aparelhos de aquecimento (chuveiro)............. 1 x 4,4 kVA
- Motores trifásicos........................................... 2 bombas d'água de 2 CV (1 reserva)
bomba recalque de esgoto de 3 CV
 Determinação da carga instalada e da categoria de atendimento
Por unidade consumidora residencial (apartamento):
Previsão mínima de iluminação e tomada pela TABELA 1 = 0,030 x 96 = 2,88 kVA, ou seja, menor que o valor declarado (3,0 kVA), logo o valor a ser considerado deve ser 3,0 kVA.
- Carga instalada (CI) = [3,0 + (1 x 4,4) + (2 x 3/4 CV)]
- Carga instalada (CI) = 3,0 + 4,4 + (2 x 1,26) = 9,92 kVA
- Carga instalada (CI kW) = 9,92 x 0,92 = 9,13 kW
Circuito de serviço de uso do condomínio:
Previsão mínima de iluminação e tomada pela TABELA 1 = 0,005 x 90 = 0,45 kVA, ou seja, menor que o valor declarado (3,0 kVA), logo o valor a ser considerado deve ser 3,0 kVA.
.
- Carga instalada (CI) = [3,0 + (1 x 4,4) + (1 x 2 CV) + (1 x 3 CV)]
- Carga instalada (CI) = 3,0 + 4,4 + (1 x 2,70) +(1 x 4,04) = 14,14 kVA
- Carga instalada (CI kW) = 14,14 x 0,92 = 13 kW
Avaliação das demandas (kVA)
Por apartamento
- Iluminação e tomadas (TABELA 1)
C1 = 3,0 kVA
d1 = (1 x 0,80) + (1 x 0,75) + (1 x 0,65) = 2, 2 kVA
- Aparelhos de aquecimento (TABELA 2)
C2 = 1 x 4,4 = 4,4 kVA
d2 = 4,4 x 1 = 4,4 kVA
- Aparelhos de ar condicionado (TABELA 3A)
C3 = 2 x 3/4 CV Nº de aparelhos de ar = 2 Logo FD = 100 %
d3 = (2 x 1,26) x 1 = 2,52 kVA
Dtotal (UC) = d1 + d2 + d3 = 2,2 + 4,4 + 2,52 = 9,12 kVA
Demanda por unidade consumidora (apartamento) = 9,12 kVA
A categoria de atendimento deve ser trifásica em 220/127 V.
Essa demanda serve para dimensionar os materiais e equipamentos dos circuitos individuais, dedicados às unidades consumidoras residenciais (apartamentos).
Demanda do circuito de serviço de uso do condomínio (DS):
	
	- Iluminação e tomadas (TABELA 1)
	C1 = 3,0 kVA
	d1 = 3,0 x 0, 80 = 2,4 kVA
	- Aparelhos de aquecimento (TABELA 2)
	C2 = 1 x 4,4 kVA
	d2 = 4,4 x 1,0 = 4,4 kVA
	- Motores (TABELAS 5A e 5B)
	C5 = (1 x 2 CV) + (1 x 3 CV)
	- Pela TABELA 5:
	2 CV = 2,70 kVA No de motores = 2
	3 CV = 4,04 kVA Logo, F D = 75%
	d5 = (2,70 + 4,04) x 0,75 = 5,06 kVA
DS = d1 + d2 + d5 = 2,4 + 4,4 + 5,06 = 11,86 kVA
Demanda do circuito de serviço do condomínio (Ds) = 11,86 kVA
A categoria de atendimento deve ser trifásica em 220/127 V.
Essa demanda serve para dimensionar os materiais e equipamentos do circuito de serviço do condomínio.
Demanda do agrupamento (DAG):
O agrupamento de medidores é formado por 4 unidades consumidoras (apartamentos).
	- Iluminação e tomadas (TABELA 1)
	Carga instalada (C1) = 4 x 3,0 kVA = 12,0 kVA
	d1 = (1 x 0,80) + (1 x 0,75) + (1 x 0,65) + (1 x 0,60) + (1 x 0,50 ) + (1 x 0,45) + (1 x 0,40) +
	(1 x 0,35) + (1 x 0,30) + (1 x 0,27) + (2 x 0,24)
	d1 = 5,55 kVA
	- Aparelhos de aquecimento (TABELA 2)
	C2 = 4 x 4,4 kVA = 17,6 kVA
	d2 = 17,6 x 0,66 = 11,62 kVA
	- Aparelhos de ar condicionado tipo janela (TABELA 3A)
	C3 = 4 x (2 x 3/4 CV) Nº de aparelhos de ar = 8 Logo, FD = 70 %
	d3 = 4 x (2 x 1,26) x 0,70 = 7,06 kVA
DAG = d1 + d2 + d3 = 5,55 + 11,62 + 7,06 = 24,23 kVA
Demanda do agrupamento (DAG) = 24,23 kVA
Essa demanda serve para dimensionar os equipamentos e materiais do circuito de uso comum dedicado ao agrupamento de medidores.
Demanda da proteção geral (DPG)
Como o circuito de serviço de uso do condomínio é derivado antes da proteção geral de entrada, somente as cargas do agrupamento (apartamentos) influenciam no dispositivo de proteção geral do prédio, logo:
DPG = DAG = 24,23 kVA
Demanda da proteção geral (DPG) = 24,23 kVA
Essa demanda serve para dimensionar o equipamento de proteção geral da entrada coletiva.
Demanda do ramal de ligação (DR)
É importante notar que, na avaliação da demanda desse trecho coletivo da instalação, todas as cargas estarão envolvidas. Conforme estabelecido no item 18.1 “Método de avaliação - Seção A”, a demanda do ramal de ligação será:
DR = (DAG + DS) x 0, 90
DR = (24,23 + 11,86) x 0, 90 = 32,48 kVA
Demanda do ramal de ligação (DR) = 32,48 kVA
Essa demanda deve ser utilizada para dimensionar os condutores, materiais e equipamentos da instalação da entrada coletiva.
Importante:
Atenção especial deve ser dada pelo responsável técnico pela instalação, no sentido de prever adequadamente outros tipos de carga que venham a ser utilizadas na instalação, como aparelhos de ar condicionado, chuveiros, motores e outras cargas, em função do tipo de construção, da atividade do imóvel, da localização, das condições socioeconômicas e de outros fatores que possam influenciar na carga total a ser prevista no projeto da instalação de entrada de energia elétrica.
Solicitação de fornecimento de energia elétrica
A Light somente atenderá as solicitações de fornecimento de energia elétrica para ligações novas, alterações de carga, relocações, mudanças de Grupo tarifário etc. de instalações de entrada que estejam projetadas e executadas em conformidade com os preceitos técnicos e de segurança, com esta Regulamentação e padrões vigentes, bem como com as normas brasileiras atinentes.
NOTA: Caso as características elétricas e construtivas das instalações do Consumidor difiram das contempladas no RECON, as mesmas deverão ser submetidas previamente a Light, através de consulta técnica, para análise e aprovação.
Dados fornecidos pelo Consumidor
A solicitação de fornecimento de energia elétrica à Light deve ser feita pelo Consumidor através da apresentação de formulários padronizados e/ou do Projeto de entrada, quando for o caso, informando os dados do Consumidor, os dados da instalação de entrada assim como outras informações e documentos cabíveis.
Os formulários padronizados estão disponíveis através da internet no site www.light.com.br ou nas agências comerciais da Light.
Dados fornecidos pela Light
A Light fornecerá e/ou informará a necessidade, a partir da efetivação da solicitação de fornecimento de energia elétrica e nos prazos fixados pela Resolução nº 414/2010 da ANEEL, os seguintes dados:
Cópia dos padrões de ligação, conforme os casos contidos nas alíneas “a” e “b” do item 10.4 
	desta Regulamentação;
Formulários padronizados, conforme os casos contidos na alínea “c” do item 10.4 desta 	Regulamentação;
Tensão de fornecimento de energia elétrica;
Níveis de curto-circuito no ponto de entrega (valores padronizados), quando necessários;
Necessidade de estudo e serviços em função do tipo e da disponibilidade da rede de distribuição 	da Light para atendimento a carga solicitada pelo Consumidor;
Necessidade de construção de infraestrutura, pelo interessado, seja em via pública ou na parte 	interna da propriedade do consumidor, quando for o caso, que permita a instalação de 	equipamentos de transformação, manobra, proteção etc.
Participação financeira do Consumidor, quando existir, na forma da legislação e regulamentos 	aplicáveis; e
Demais condições necessárias ao atendimento da solicitaçãodo Consumidor.
Apresentação de projeto da instalação de entrada
Em entrada individual com medição indireta
Nos casos de ligações, alterações de carga e reformas em entradas coletivas, deve ser apresentado projeto da instalação de entrada elaborado através de software e impresso em 3 vias em formato A1, A2 ou A3 que permita fácil visualização, contendo:
Tensão de fornecimento solicitada;
Diagrama unifilar;
Quadro de cargas;
Avaliação da demanda;
Planta de localização;
Planta baixa e cortes com detalhes do centro de medição, do trajeto de linhas de dutos e circuitos de energia não medida;
Detalhes construtivos assim como configuração elétrica (parte interna) de caixas e painéis especiais, quando for o caso;
Detalhes construtivos da malha de aterramento;
Planta de situação com localização do compartimento (infraestrutura) que permita a instalação de equipamentos de transformação, proteção e outros necessários ao atendimento da (s) unidade (s) consumidora (s) da edificação, com a indicação do desenho padrão LIGHT a ser empregado na instalação (ver item 4.3), quando construção por parte do consumidor;
Características técnicas dos equipamentos e materiais.
Em entrada coletiva
Nos casos de ligações, alterações de carga e reformas em entradas coletivas, deve ser apresentado projeto da instalação de entrada elaborado através de software e impresso em 3
vias em formato A1, A2 ou A3 que permita fácil visualização, contendo: 
Tensão de fornecimento solicitada;
Diagrama unifilar;
Quadro de cargas;
Avaliação da demanda;
Planta de localização;
Planta baixa e cortes com detalhes da proteção geral de entrada, dos agrupamentos de medição, dos trajetos de linhas de dutos e circuitos de energia elétrica não medida (distâncias ponto a ponto);
Detalhes construtivos assim como configuração elétrica (parte interna) de caixas e painéis especiais, quando for o caso;
Detalhes construtivos da malha de aterramento;
Planta de situação com localização do compartimento (infraestrutura) que permita a instalação de equipamentos de transformação, proteção e outros necessários ao atendimento da(s) unidade(s) consumidora(s) da edificação, com a indicação do desenho padrão Light a ser empregado na instalação (ver item 4.3), quando construção por parte do consumidor;
Planta baixa e cortes com detalhes da infraestrutura destinada ao sistema SMLC (ver item 20.5 do RECON), quando for o caso;
Características técnicas dos equipamentos e materiais;
Valores de queda de tensão e perda técnica, quando for o caso.
Apresentação do documento “ART” do CREA-RJ
Ficam dispensados de apresentação da ART – Anotação de Responsabilidade Técnica, os seguintes casos:
Entradas individuais isoladas, exclusivamente residenciais, monofásicas e polifásicas ligadas em sistema 220/127 V, com carga instalada até 15 kW, localizadas em regiões de rede de distribuição urbana, aérea e subterrânea;
Entradas individuais isoladas, exclusivamente residenciais, monofásicas a 2 ou 3 fios ligadas em sistema 230-115 V, com carga instalada até 15 kW, localizadas em região de rede de distribuição aérea rural.
Para todos os demais casos é obrigatória a apresentação da ART - Anotação de Responsabilidade Técnica, devidamente preenchida e registrada pelo responsável técnico pela instalação junto ao CREA-RJ, relacionando todos os serviços sob sua responsabilidade e os dados técnicos da instalação, idênticos aos contidos na solicitação de fornecimento à Light.
PROJETANDO E MONTANDO O QUADRO GERAL DE DISTRIBUIÇÃO DO CONSUMIDOR
Relacionando e organizando as cargas elétricas
Um projeto de instalações elétricas eficiente, requer do projetista um completo conhecimento de todas as cargas a serem alimentadas pela referida instalação, cuja potência total norteará, desde o início da solicitação de ligação à rede da concessionária até a completa especificação dos equipamentos a serem montados no Quadro Geral de Distribuição para a residência.
No entanto, nem sempre é tão simples identificar a totalidade das cargas que serão futuramente utilizadas, razão pela qual é muito importante contar, neste momento, com a experiência de profissionais, uma vez que pouca ajuda existe nas normas e procedimentos que tratam sobre o assunto.
Algumas informações, com relação às condições mínimas sobre as instalações elétricas em baixa tensão, podem ser obtidas da NBR 5410 ou do RECON da Light, ou alguma literatura similar. Entretanto, quase sempre se referem às necessidades mínimas de pontos de iluminação e tomadas de uso geral que devem ser previstas em determinados compartimentos, deixando ao projetista a árdua tarefa de identificação, por experiência ou por solicitação de terceiros, quase a totalidade dos equipamentos que requerem fontes de alimentação.
Portanto, como primeira providência para um projeto de instalações elétricas de sucesso, de modo que o projetista não seja lembrado com críticas pelos futuros usuários da instalação, é recomendado que seja feita uma minuciosa lista onde deverão ser relacionadas as cargas elétricas que deverão ser alimentadas. Neste momento, além do conhecimento das cargas mínimas de iluminação e tomadas de uso geral recomendadas nas literaturas, é de bom alvitre que sejam ouvidas as pessoas interessadas no projeto, de modo a se obter o maior número possível de informações relativas aos equipamentos elétricos a serem considerados, e, além disso, é recomendável sejam feitas previsões futuras, as quais são chamadas reservas técnicas.
Após a obtenção da lista de cargas acima referida, é possível iniciar, efetivamente, o projeto das instalações elétricas com a elaboração do que chamamos de Quadro de Cargas, os quais são dispostos em diversos arranjos e com diversos formatos para identificar, de modo sucinto, as diversas informações sobre as cargas elétricas da instalação.
Os Quadros de Cargas, para serem eficientes e auxiliarem a leitura e interpretação dos diversos outros desenhos componentes do projeto das instalações elétricas, devem conter, no mínimo, os seguintes dados sobre as diversas cargas:
Tipo, localização e quantidade de cada carga elétrica;
Potência de cada lâmpada;
Potência de cada tomada;
Tensão de alimentação;
Número do circuito em que a carga será ligada;
Identificação da fase em que a carga será ligada;
Seção dos condutores de alimentação de cada circuito;
Carga total da instalação;
Qualquer outra informação que o projetista julgar necessária. 
As figuras abaixo mostram exemplos de Quadros de Cargas:
Exemplo da elaboração de um diagrama trifilar a partir do quadro de cargas
A partir do quadro de cargas, mostrado a seguir, elaboramos o diagrama trifilar para a montagem do quadro de distribuição de uma instalação real da Petrobras.
Simbologia utilizada:
Dimensionando os barramentos e os dispositivos de proteção do quadro
Barramentos
Para o dimensionamento das barras de cobre do quadro é utilizado o valor da demanda total em VA, acrescida de um fator de segurança ao qual, geralmente, é atribuído o valor de 1,25, ou seja, consideramos um acréscimo de 25% na potência total demandada.
No nosso caso, temos o valor total de demanda igual a 11.862,9 VA.
Utilizando a segunda equação do item 1.5 para calcular a corrente total do quadro, considerando o fator de acréscimo de 1,25 e o rendimento igual a 1, obtemos:
Obs. 
Para correntes calculadas de até 100 A, o valor da bitola utilizada para as barras é 3/8” x 1/8” (tabela abaixo) tanto para as barras de fase como para as de neutro e terra.
 
Disjuntor Geral na entrada do quadro
A corrente nominal do disjuntor geral a ser instalado no quadro deve ser a mesma que foi calculada para o barramento geral. No nosso caso, o disjuntor geral terá a corrente nominal de 40 A.
Quanto à capacidade de curto-circuito que este disjuntordeverá ter, este valor deve ser determinado em função da corrente de curto-circuito prevista para o quadro. Na falta de cálculos que demonstrem este valor, uma boa prática é utilizar o mesmo valor especificado no RECON da Light para o disjuntor a ser instalado no padrão de entrada, conforme mostrado na tabela abaixo. 
Capacidade mínima de interrupção simétrica dos dispositivos de proteção de entrada
Dimensionando o alimentador geral do quadro a partir do padrão de entrada
Queda de tensão máxima
Os valores de queda de tensão máximas nos alimentadores dos quadros, a partir do padrão de entrada da concessionária estão definidos no item 6.2.7 da NBR 5410, conforme listados a seguir: 
7 % para alimentações em média tensão com transformadores em cabine primária; 
5 % para alimentações com fornecimento em baixa tensão, direto da concessionária.
Fórmula utilizada no dimensionamento
Uma forma prática para o cálculo da seção do alimentador é a utilização da seguinte equação:
Onde:
Tabela de valores de queda de tensão em V/Akm
Após calculado o valor em V/Akm, entramos na tabela abaixo para encontrarmos o valor da seção do cabo para o alimentador do quadro.
Exemplos de dimensionamento
Exemplo 1
Considerando o nosso quadro de cargas, vamos dimensionar a seção do alimentador para o mesmo, considerando o seguinte: 
- distância do padrão de entrada até o local do quadro: 50 metros;
- cabo instalado em eletroduto de PVC;
- fator de potência considerado: 0,95;
- corrente total calculada para o quadro: I = 38,9 A;
- queda de tensão máxima permitida: 5 %.
Solução: utilizando a fórmula do cálculo da queda de tensão em V/Akm, teremos:
 
Com o valor de 5,65 V/Akm calculado, entramos na tabela de queda de tensão (mostrada acima) e encontramos o valor da seção (bitola) para o cabo do alimentador igual a 6 mm2. 
Obs. Os cabos calculados utilizando a fórmula acima referem-se aos alimentadores das fases do sistema. Para o dimensionamento do cabo para o neutro, utilizamos a tabela 48 da NBR 5410, mostrada abaixo:
Obs.
O item 6.2.6.2.6 da NBR 5410 estabelece o seguinte:
“Num circuito trifásico com neutro e cujos condutores de fase tenham uma seção superior a 25 mm2, a seção do condutor neutro pode ser inferior a dos condutores de fase, sem ser inferior aos valores indicados na tabela 48, em função da seção dos condutores de fase, quando as três condições seguintes forem simultaneamente atendidas:
a) o circuito for presumivelmente equilibrado, em serviço normal;
b) a corrente das fases não contiver uma taxa de terceira harmônica e múltiplos superior a 15%; e
c) o condutor neutro for protegido contra sobrecorrentes conforme 5.3.2.2.
NOTA: Os valores da tabela 48 são aplicáveis quando os condutores de fase e o condutor neutro forem do mesmo metal”.
Exemplo 2
Calcular a queda de tensão em um determinado alimentador de um quadro trifásico de 220 V, alimentado pela rede de baixa tensão Light, considerando o seguinte:
- Corrente no alimentador: I = 120 A;
- Seção do alimentador: 120 mm2;
- Comprimento do alimentador: 100 metros;
- Modo de instalação dos cabos: eletroduto de PVC;
- Fator de potência: cos φ = 0,8.
Solução: utilizando a tabela acima de queda de tensão, observamos que o valor de 
para o cabo de 120 mm2 é igual a 0,36, logo:
Nesse caso o valor de queda de tensão encontrado (3,43%) satisfaz o valor máximo estabelecido pela NBR 5410 que é de 5%.
Entendendo e especificando protetores de correntes de fuga A terra (IDR e DDR)
Definindo o significado de DR, IDR e DDR
Existe bastante confusão na linguagem prática, relativo a estes dispositivos. 
Características básicas dos dispositivos DR
Os Interruptores DR, ou Disjuntores DR, de corrente nominal residual até 30 mA, são destinados, fundamentalmente, à proteção de pessoas contra choques elétricos, enquanto os de correntes nominais residuais de 100 mA, 300 mA, 500 mA, 1000 mA ou ainda superiores a estas, são destinados apenas à proteção patrimonial contra os efeitos causados pelas correntes de fuga à terra, tais como consumo excessivo de energia elétrica ou possibilidade de incêndios.
Casos em que o uso de dispositivo diferencial-residual de alta sensibilidade como é obrigatório
Segundo a NBR 5410 os seguintes circuitos devem ser protegidos, obrigatoriamente, com um dispositivo diferencial residual com corrente nominal residual até 30 mA:
circuitos que sirvam a pontos de utilização situados em locais contendo banheira ou chuveiro;
circuitos que alimentem tomadas de corrente situadas em áreas externas à edificação;
os circuitos de tomadas de corrente situadas em áreas internas que possam vir a alimentar equipamentos no exterior;
os circuitos que, em locais de habitação, sirvam a pontos de utilização situados em cozinhas, copas-cozinhas;
os circuitos que, em locais de habitação, sirvam a pontos de utilização situados em cozinhas, copas-cozinhas, lavanderias, áreas de serviço, garagens e demais dependências internas molhadas em uso normal ou sujeitas a lavagens;
os circuitos que, em edificações não-residenciais, sirvam a pontos de tomada situados em cozinhas, copas-cozinhas, lavanderias, áreas de serviço, garagens e, no geral, em áreas internas molhadas em uso normal ou sujeitas a lavagens.
Tipos de Dispositivos DR
Existem, basicamente, dois tipos de Dispositivos DR, a saber:
Interruptor Diferencial Residual (IDR)
IDR é a abreviatura de INTERRUPTOR DIFERENCIAL RESIDUAL, dispositivos que podem ser de dois polos, normalmente utilizados para circuitos monofásicos ou bifásicos, ou de quatro polos, normalmente utilizados na entrada de quadros de distribuição. 
IDR de dois polos e IDR de quatro polos
A função destes dispositivos é disparar automaticamente, seccionando a alimentação do circuito no qual esteja inserido, em caso de defeitos de isolamento (fugas de correntes para a terra). Após o defeito ter sido eliminado, a ligação pode ser estabelecida manualmente, simplesmente acionando a manopla do equipamento para a posição de ligar.
Como fato relevante a ser destacado na aplicação destes dispositivos é que os IDRs NÃO SÃO DISPOSITIVOS QUE PROTEGEM CONTRA SOBRECARGA OU CURTOS-CIRCUITOS. Para a proteção de sobrecarga e curtos-circuitos, o IDR deve ser associado com um disjuntor colocado a montante.
Outro fato que deve ser observado quando da aplicação de um IDR, é que os mesmos tem resistência limitada às correntes de curto-circuito, devendo por isso ser protegidos contra curtos-circuitos que podem ocorrer à jusante onde os mesmos devam ser instalados.
Como exemplo, considere os Dados Técnicos do IDR conforme especificado abaixo:
	
	
	
	
	
	Numero de polos
	2 polos
	4 polos
	Corrente Nominal ( A )
	25, 40, 63, 80, 100
	25, 40, 63, 80, 100, 125
	Corrente Nominal Residual ( mA )
	30mA
	30mA
	Tensão Nominal ( Un )
	220/240Vac
	380/415Vac
	Máxima tensão de operação
	Un+10%
	Un+10%
	Resistência ao curto circuito
	6KA
	6KA
	Frequência
	50/60Hz
	50/60Hz
	Grau de proteção
	IP20
	IP20
	Posição de montagem
	    Sem restrição
	Fixação
	  Trilho DIN 35mm
	Conexão/Terminais
	              Condutores sólidos e flexíveis de 1 a 25mm2
Caso este IDR seja instalado em um circuito, cuja corrente de curto-circuito na entrada do Quadro seja de 10 kA, este dispositivo deve ser protegido com um disjuntor (ou fusível) apropriado para seccionar este circuito quando da ocorrência deste defeito, uma vez que a resistência ao curto-circuito do mesmo, conforme informado pelo fabricante é de apenas 6 kA, conforme especificado em seus dados técnicos.
Disjuntor Diferencial Residual (DDR)
DDR é a abreviatura de DISJUNTOR DIFERENCIAL RESIDUAL, dispositivos que podem ser de dois polos, normalmente utilizados para circuitos monofásicos ou bifásicos, ou de quatro polos, normalmente

Continue navegando