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Direito do trabalho

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Definição e conceituação do 
direito do trabalho
Introdução
Você já pensou como surgiu o Direito do Trabalho e qual impacto tem esse direito na atualidade? Sabemos que a
disciplina do Direito do Trabalho é uma das mais importantes dentro da grade acadêmica porque presumimos a
expansão constante deste ramo da ciência, sobretudo após a reforma trabalhista e com as mudanças de mercado.
Portanto, nos tópicos abaixo faremos uma abordagem para aprofundarmos o conhecimento sobre o tema.
Ao final desta aula, você será capaz de:
• conhecer a história do Direito do Trabalho e suas fontes;
• identificar quem é e quem são os sujeitos da relação de emprego;
• reconhecer a legislação aplicável e a organização judiciária na Justiça do Trabalho.
Origem histórica do Direito do Trabalho
Para adentrarmos aos estudos voltados para evolução do direito trabalhista em todos seus aspectos, faremos
uma linha histórica que se inicia nas formas de exploração de trabalho, como a escravidão, a servidão, que
estabelecia a sujeição entre os camponeses e os senhores feudais, e as corporações de ofício, que eram
associações de produção artesanal surgidas na Idade Média, até a Revolução Industrial.
A escravidão foi o primeiro registro de trabalho, que se intensificou no século VII, e que consistia na execução de
serviços forçados executados por pessoas que eram consideradas como propriedade – e neste sentido não há
que se falar em direito. Já na sociedade feudal antiga, existia um contexto de servidão, em que os servos não
detinham a liberdade plena e eram obrigados a entregar parte da produção em troca de proteção e uso da terra.
Figura 1 - Escravidão como primeira forma de trabalho
Fonte: Marzolino, Shutterstock, 2018
Posteriormente, as corporações de ofício durante a Idade Média, por volta do século XII, eram formadas por três
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Posteriormente, as corporações de ofício durante a Idade Média, por volta do século XII, eram formadas por três
membros: mestres, companheiros e aprendizes (MARTINS, 2018).
Com a Revolução Francesa, em 1789, essas corporações foram extintas, e a partir desse processo foram surgindo
as indústrias, com as máquinas a vapor, e por consequência dessa mudança começaram os abusos cometidos
pelos empregadores com jornadas de trabalhos exaustivas, inclusive aplicadas às mulheres e crianças, com
enorme desigualdade salarial, dentre outras condições insalubres.
Dessa forma, “o Direito do Trabalho nasce como reação às Revoluções Francesa e Industrial e à crescente
exploração desumana do trabalho. É um produto da reação ocorrida no século XIX contra a utilização sem limites
do trabalho humano” (CASSAR, 2017, p.25).
Figura 2 - Revolução Industrial
Fonte: Conrado, Shutterstock, 2018
Diante deste cenário, fez-se necessário a intervenção do Estado nas relações estabelecidas entre empregado e
empregador, visando o bem-estar social e a melhora das condições de trabalho (MARTINS, 2018).
Evolução das normas de Proteção aos trabalhadores
O Direito do Trabalho segue duas ramificações: o Direito Individual, que é aplicado à proteção dos direitos
sociais dos empregados, e o Direito Coletivo, voltado à proteção dos interesses coletivos de categorias de
empregadores e também empregados (CASSAR, 2018).
Cronologicamente, as legislações que visavam a proteção dos trabalhadores diante das diversas transformações
nas atividades laborais, passaram por evoluções até chegarmos às leis atuais. Em , nos 1° de maio de 1886
Estados Unidos, greves e manifestações foram realizadas pelos trabalhadores que naquele momento não se viam
protegidos por quaisquer garantias e reivindicavam melhores condições de trabalho, especialmente, a redução
da carga horária de 13 para 8 horas. Todo esse movimento foi marcado por mortes e muitos manifestantes
feridos, o que levou a data ser escolhida pelos governos e sindicatos como o Dia Mundial do Trabalho.
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Pela intervenção da Igreja, em 1891, com a Encíclica Rerum Novarum,, que foi uma carta aberta aos bispos
escrita pelo Papa Leão XIII que traz regras que fixam o salário mínimo e a jornada máxima (CASSAR, 2018). Após
a primeira Guerra Mundial, com as Constituições do México, em 1917 (CASSAR, 2018).
Em seguida, em 1919, com a Constituição de Weimar (CASSAR, 2018).
Em 1927, com a Constituição Italiana- Carta del Lavoro, que trazia a proteção aos trabalhadores (CASSAR,
2018). Foi nesse ano, também, o Tratado de Versalhes, que criou a Organização Internacional do Trabalho (OIT)
visando proteger a relação de empregado e empregador no âmbito internacional. Ainda em 1948, a Declaração
Universal dos Direitos do Homem (CASSAR, 2018).
A Evolução do Direito do Trabalho no Brasil
Dentro da evolução brasileira verificamos como marco inicial a Lei Áurea, visto que com o fim do trabalho
forçoso passamos a conceber, mesmo que sem uma legislação escrita, alguns direitos visando a proteção do
trabalhador. 
Em 1930, inicia a política trabalhista idealizada por Getúlio Vargas, na época Presidente do Brasil, e
posteriormente, em 1934, a primeira Constituição brasileira trata especificamente sobre o direito do trabalho,
que trazia o direito à liberdade sindical, isonomia salarial, salário mínimo, jornada de oito horas de trabalho,
proteção ao trabalho de mulheres e menores, repouso semanal e férias anuais remuneradas.
Em 1943, os textos de leis trabalhistas foram sistematizados e integraram os trabalhadores em um rol de
direitos mínimos e fundamentais, por meio do Decreto-Lei 5.452 de 1 ° maio de 1943, o que concebeu a CLT-
Consolidação das Leis do Trabalho. Em 1988, a Constituição Cidadã prioriza o coletivo, o social e a dignidade da
pessoa humana (CASSAR, 2018).
Fontes do Direito do Trabalho
As fontes do Direito do Trabalho são formais (leis e costumes) e materiais (fatores que ocasionam o surgimento
das normas).
São fontes formais e materiais do Direito do Trabalho: a Constituição, as Leis, os atos do Poder Executivo, a
sentença normativa, as convenções e os acordos coletivos, os regulamentos de empresa, as disposições
contratuais, os usos e costumes, e as normas internacionais.
FIQUE ATENTO
Apesar da data de 1° de maio ser um marco na história do Direito do Trabalho, como fonte de
conquista e muitas perdas humanas em razão das grandes manifestações, o nascimento do
Direito do Trabalho se deu com as manifestações advindas da Revolução Industrial.
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As fontes de direito do trabalho serão heterônomas, quando impostas por agentes externos, como exemplo, as
leis, as constituições, decretos. E serão autônomas quando regulados pelos interessados, ou seja, bilateralmente
entre empregados e empregadores, por exemplo, acordos coletivos de trabalho.
Conceito de relação de emprego
Relação de emprego é uma espécie do gênero relação de trabalho, sendo o primeiro relacionado ao trabalho
subordinado do empregado em relação ao empregador. Essa relação possui como sujeitos, o empregado e o
empregador, e é disciplinada pelo artigo 2° da CLT – Consolidação das Leis do Trabalho.
Figura 3 - Relação de emprego versus relação de trabalho
Fonte: Elaborada pelo autor, 2018.
De acordo com os ensinamentos de Delgado (2017), são cinco os elementos que compõem a relação de emprego:
1. pessoa física, considerado como pessoa natural;
2. pessoalidade, em que o serviço deverá prestado pelo próprio empregado;
3. não eventualidade, o trabalho será executado de forma contínua;
4. subordinação, com dependência de ordens e comandos do empregador;
5. onerosidade, remunerado por meio de salário.
SAIBA MAIS
Sobre cada uma dessas fontes, sendo elas Leis, Constituições, ou acordos e convenções
coletivas, bem como a hierarquização entre as normas, ou seja, qual norma sobrepõe a outra
em: Curso de Direito do Trabalho (16ª ed.). Mauricio Godinho Delgado p.153 a 197.
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Pela análise, verificamos o requisito da pessoalidade, ou seja, o serviço será prestado diretamentepela pessoa
física, um trabalho subordinado, em que a demanda será determinada pela família tomadora de serviço, contudo,
não podemos dizer da continuidade, visto que este trabalho será prestado uma vez por semana e nada impede
do serviço não ser prestado, pois não se dá por um trabalho do dia a dia. Ainda pode-se compreender com
relação à subordinação, que não é possível ao tomador de serviço o controle total dos serviços prestados, como,
por exemplo, o horário de trabalho e o processo de trabalho em si.
Conceito de empregado e empregador
Como vimos acima, a relação de trabalho é composta por dois sujeitos: empregado e empregador. Neste sentido,
vamos trabalhar os dois conceitos para melhor entendermos.
Empregado de acordo com a CLT
Assim como dispõe o caput do artigo 3°“Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviço de
natureza não eventual a empregador, sob a dependência desse e mediante salário”.
Portanto, empregado é aquele que compõe a relação de emprego, para fins trabalhistas, tendo este, a proteção da
CLT.
EXEMPLO
Façamos uma análise a um contrato de faxineira prestado por pessoa física, compreendendo
exclusividade de serviço prestado por uma única pessoa, que trabalhará para uma família, uma
vez na semana, tendo todo trabalho ao comando da família, neste caso, não estaremos assim
diante de uma relação de emprego.
FIQUE ATENTO
Todo empregado é trabalhador, mas nem todo trabalhador é empregado. Isso porque devemos
diferenciar a relação de emprego e a relação de trabalho. Lembrando que os empregados
compõem apenas a relação de emprego, a partir de requisitos específicos, e não compõem as
relações de trabalho
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Empregador de acordo com a CLT
De acordo com caput do artigo 2° “Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo
os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços”.
E ainda em alusão a relação de emprego dispõe o “§ 1º - Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos
da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou
outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados”.
Legislação aplicável ao Direito do Trabalho
Nesse contexto, a legislação brasileira no âmbito do Direito passa pela Carta Magna de 1988 e a CLT-
Consolidação das Leis Trabalhistas de 1943, a qual, atualmente, passou por uma reforma por meio da Lei 13.467
de 13 de julho de 2013. As principais alterações passam pela definição de empregador e às disposições
relacionadas ao teletrabalho e as demais alterações relacionam-se à parte processual do direito do trabalho.
Também pela Constituição Federal de 1988, que por meio do artigo 7°, traz em sua composição os direitos dos
trabalhadores urbanos e rurais, visando a melhoria e proteção das condições sociais dos trabalhadores.
Ainda considerada como fonte formal do direito é a sentença normativa dos Tribunais Regionais do Trabalho,
que possuem impacto direto nos dissídios coletivos.
Os artigos 111 a 116 também da Constituição Federal trazem os órgãos da Justiça do trabalho bem como a
organização judiciário e do processo.
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Figura 4 - Justiça do Trabalho
Fonte: Lightspring, Shutterstock, 2018
A organização da Justiça trabalhista é formada pela Vara do Trabalho (VT), onde se inicia o processo (1ª
instância), e caso haja recurso o processo transita para o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) como órgão da 2ª
instância e posteriormente instâncias extraordinárias compostas pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) e
Superior Tribunal Federal (STF).
Fechamento
Como vimos a partir deste tema, o Direito do Trabalho nasce a partir da Revolução Industrial com a insatisfação
dos trabalhadores com as intensas jornadas de trabalhos, abusos e exploração nos trabalhos de menores e
mulheres, dentre outras. Mundialmente, verificou-se uma mobilização por meio de Leis e, posteriormente,
normas Constitucionais visando a proteção desses trabalhadores.
Em um segundo momento, tratou-se da definição de relação de emprego, bem como os atores envolvidos nesta
relação, empregados e empregadores, considerando seus requisitos legais e a legislação aplicável na Justiça do
Trabalho, além dos órgãos que a compõem.
Referências
CASSAR, V. B . 15. Ed. São Paulo: Gen, 2018.. Direito do Trabalho
DELGADO, M. G. Curso de Direito do Trabalho. 16ª. Ed. rev. e ampl..— São Paulo : LTr, 2017.
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CASSAR, V. B . 15. Ed. São Paulo: Gen, 2018.. Direito do Trabalho
DELGADO, M. G. Curso de Direito do Trabalho. 16ª. Ed. rev. e ampl..— São Paulo : LTr, 2017.
MARTINS, S. P. - 34ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2018Direito do Trabalho
VILLELA, F.G. . Elsevier, 2010.Manual de direito do trabalho
	Introdução
	Origem histórica do Direito do Trabalho
	Evolução das normas de Proteção aos trabalhadores
	A Evolução do Direito do Trabalho no Brasil
	Fontes do Direito do Trabalho
	Conceito de relação de emprego
	Conceito de empregado e empregador
	Empregado de acordo com a CLT
	Empregador de acordo com a CLT
	Legislação aplicável ao Direito do Trabalho
	Fechamento
	Referências

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