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Matheus Henrique Dias Pacheco Resenha Crítica 1 “Sobre energia renovável” Resenha crítica como exigência par- cial para avaliação do aluno na disci- plina de Impactos Econômicos e So- cioambientais da Geração Fotovoltai callllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllll .llllll Professor: Sergio Henrique Ferreira de Oliveira Santo André - SP Abril de 2019 Resenha 1: Sobre Energia Renovável Publicados em 2008, os dois artigos a serem abordados nessa resenha discutem o assunto da energia renovável, tema de diversos debates sobre sustentabilidade que se desenrolaram na época e continuam acontecendo até os dias atuais. O primeiro texto, “Social, economical and environmental impacts of renewable energy systems”, mostra o cenário da energia renovável no mundo, naquele momento, e apresenta aspectos que tornam essa opção mais atraente para o meio ambiente, para a população e para uma economia mais diversa. O artigo também aborda como o Protocolo de Kyoto, juntamente com o “Clean development mechanism” estão flexibilizando esse processo e ajudando os países em crescimento a alcançar os seus próprios objetivos de desenvolvimento sustentável. É apresentado, em adição, uma série de dados mostrando como diferentes formas de geração de energia se comportam quanto a emissão de CO2 por kWh produzido. Por fim é realizado um estudo visando obter resultados de como a redução de emissão de carbono se daria com o tempo em um cenário onde apenas tecnologias de geração renováveis fossem aplicadas em uma área remota da Índia. A conclusão chegada afirma que a redução se daria de forma exponencial dentro de um período de 30 anos. Referente ao trabalho produzido neste artigo, considero o mesmo um pouco confuso e mal esclarecido principalmente no que se diz respeito a expor os seus objetivos em seu início. Quanto aos resultados, os julgo consideravelmente simples e até mesmo previsíveis, porém tenho em mente que esses em 2008 poderiam significar muito mais e ter muito mais impacto do que hoje teriam. O segundo texto, “Assessment of sustainability indicators for renewable energy technologies”, por sua vez tem um foco mais específico de identificar qual o meio de geração de energia é o mais sustentável, definindo vários parâmetros de igual peso para avaliação e comparação entre os meios selecionados, e usando como referência dados coletados da literatura. As tecnologias de geração de energia selecionadas pelos autores para comparação foram: fotovoltaica, eólica, hidroelétrica, geotérmica, carvão e gás. E os parâmetros de comparação foram: preço da geração de energia, emissão de gases de efeito estufa, disponibilidade e limitações de cada tecnologia, eficiência da transformação da energia, exigência de uso da terra, consumo de água e impactos sociais. Alguns dos resultados obtidos pelo autor foram os de que a tecnologia fotovoltaica é de longe a mais cara dentre as demais, porém é uma das que possui menor emissão de gases de efeito estufa, juntamente com a eólica e a hidroelétrica. Quanto à limitação das tecnologias, no entanto, foi constatado que as gerações eólicas e fotovoltaicas são as que sofrem mais complicações devido aos problemas de intermitência relacionados ao vento e aos momentos onde o sol não pode energizar as células, como por exemplo durante as noites e dias nublados. Foi notado também, por outro lado, que as hidroelétricas são as que possuem a maior confiança e flexibilidade nesse quesito e são também as que dispõe da maior eficiência durante a sua geração, diferentemente das fotovoltaicas e geotérmicas que possuem as piores eficiências, e da eólica, que possui uma grande instabilidade, relacionada a “qualidade” do vento, que depende de uma série de fatores. Quanto ao uso de terras, as tecnologias eólica e fotovoltaica possuem características similares pois ambas abrem a oportunidade para o uso compartilhado do espaço, podendo ser incorporadas a um campo de agricultura, como no caso da eólica, por exemplo. A tecnologia mais problemática nesse quesito, no entanto, é a hidroelétrica, pois a mesma, dependendo de sua potência, necessita da inundação de grandes quantidades de terrenos e áreas naturais, que terá suas consequências melhor abordadas quando os resultados referentes aos impactos sociais forem apresentados. Quanto ao consumo de água, o dado mais relevante fica para a geração geotérmica, que é capaz de consumir até quase dez vezes mais do que as hidroelétricas, por exemplo, consomem. Isso ocorre devido ao processo de resfriamento, uma das etapas mais importantes durante concepção da energia por meio dessa tecnologia. Referente aos impactos sociais por fim, é importante reconhecer que todas as tecnologias trazem um impacto positivo ao fornecer energia elétrica até um lugar, podendo ser esse lugar uma área que às vezes não era alcançada previamente por outras tecnologias. É considerável assentir também que toda tecnologia possue seus impactos sociais negativos. No caso das fotovoltaica, a manufatura das placas envolvem químicos tóxicos, inflamáveis e explosivos, que devem ser cuidadosamente controlados para reduzir ao máximo o contato humano e do meio ambiente com esses produtos. Além disso o local onde as placas ficarão situadas deve ser cuidadosamente selecionado para reduzir a competição com agricultura. A tecnologia eólica, por sua vez é bastante criticada pelo público por questões como poluição visual e sonora, ou então dos constantes abates de pássaros causados por suas hélices. As geotérmicas, não diferentemente, sofrem de rejeição popular devido ao cheiro advindo do sulfato de hidrogênio e outros contaminantes derivado do processo de resfriamento que esses gases para atmosfera. As hidrelétricas, por fim são as que mais sofrem de problemas de aceitação devido principalmente ao processo de inundação, que envolve a desapropriação de pessoas e animais, de seus lares, afetando uma imensa quantidade da população e acabando com a morte de milhares de animais, não resgatados. Os autores chegam à conclusão, enfim, de que apesar de a hidrelétrica ser a tecnologia menos limitante, acaba sendo muito mal avaliada em quesitos como uso da terra e impactos sociais. A eólica, por sua vez acaba sendo a fonte de energia mais sustentável, dentre as evidenciadas, se destacando principalmente em aspectos como emissão de gases de efeito estufa,consumo de água e impactos sociais. O principal destaque negativo foi a tecnologia fotovoltaica, sendo a mais restritiva de todas, devido principalmente ao fato de que o excesso de luz solar provida durante o dia, não ser suficiente para manter energia suficiente para noites e dias nublados, quando a geração é reduzida. Referente ao trabalho produzido dentro deste artigo, penso que o peso dos parâmetros estabelecidos pelos autores para comparar sustentabilidade das tecnologias geradoras de energia, podemvariar de acordo com o país ou região em que a mesma vai ser aplicada, fazendo desse método simples , um pouco mais complexo. Por exemplo, pense em um país onde os problemas relacionados a falta de água são bastante recorrentes, logo este parâmetro deveria ter um peso muito maior ao se considerar a tecnologia mais sustentável. Entendo que a intenção dos autores não foi a de criar um algoritmo para calcular a sustentabilidade referente a cada tecnologia, mas acredito, mas penso que os aspectos levantados são intrinsecamente ligados a essa particularidade geográfica e, pensando numa análise que visa uma aplicações no mundo real, se torna um pouco rasa fazê-la sem considerar esse pormenor que adicionaria um peso diferente a cada parâmetro. Por outro lado considero o trabalho bastante competente ao levantar esses mesmos parâmetros e explicar a relevância deles, e como as tecnologias se relacionam com cada um.
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