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Estratégias de recuperação de pastagens Bruno Carneiro e Pedreira – Embrapa Agrossilvipastoril Ademir Hugo Zimmer – Embrapa Gado de Corte 29/11/2011 Cursos de capacitação de multiplicadores do Plano ABC Processos e causas de degradação Dias-Filho, 2006 1. Estabelecimento inadequado 2. Práticas inadequadas de manejo da pastagem 3. Práticas inadequadas de manejo do pastejo 4. Fatores bióticos 5. Fatores abióticos Existe solução? Recuperar – melhorar a pastagem existente; Renovar – plantar novamente; Reformar – recuperar ou renovar parte de uma pastagem. LAVOURA Soja, Milho P. ANUAL Milheto, Sorgo PAST. REC. NENHUMA PARCIAL TOTAL PAST. REC. PAST. REC. PAST. REC. DE ST RU IÇ ÃO RECUPERAÇÃO DIRETA INDIRETA PAST. REC. RENOVAÇÃO DIRETA INDIRETA TRAT. QUIM OUTRA PAST. P. ANUAL Milheto, Sorgo PAST. REN. LAVOURA Soja, Milho PAST. REN. Esquema de Alternativas de Recuperação e Renovação de Pastagens Degradadas. Fonte: Macedo, 2001. Fonte: Adaptado do IBGE e IFNP (2005) Rebanho alimentado quase que exclusivamente com pastagens (+- 97% da dieta); Abates cabeças % do total Total 46.977.803,0 100,0% Suplementados 2.726.000,0 5,8% Confinados 2.427.000,0 5,2% Fonte: Adaptado IFNP (2005) Abates cabeças % do total Total 183.000.000,0 100,0% Suplementados 2.726.000,0 1,5% Confinados 2.427.000,0 1,3% Contexto 5 Conceito • Planejamento Forrageiro: Planejamento (definições de intervenções sobre o sistema) Saídas (produção) Monitoramento (Dados para avaliação do comportamento do sistema) Controle (intervenções para ajuste do sistema às metas planejadas) Implementação (Intervenção sobre variáveis controláveis do sistema) Sistema Dados Externos Clima; Solo; Etc.; 6 Etapas envolvidas no planejamento • Análise = entender o problema e as opções de solução; • Avaliação de opções = prever os efeitos da implementação das diferentes opções; • Decisão = adotar uma das opções, com base nas avaliações anteriores; • Estabelecimento de metas = critérios objetivos sobre o sucesso de intervenções sobre o sistema Conceito 7 Implementação Localizar a propriedade geograficamente – Clima: • temperatura, pluviosidade, distribuição estacional das chuvas, etc... • Balanço hídrico, etc... – Fonte: EMBRAPA (Agritempo), INMET, Universidades, Secretarias estaduais de agricultura, etc... – Características edáficas: • tipo de solo predominante, material de origem, processo de formação, etc... – Fonte: Cartas pedológicas, propriedades vizinhas, etc... 8 Classe Funcional Área (ha) Pivôs 201,1 Pastos intensivos de capim Tanzânia 217,9 Brachiaria brizantha extensiva em bom estado 160,8 Pastos com baixa produtividade 818,8 Cerrado 620,4 Lavoura de sequeiro 685,5 Reservas e Mata Ciliar 222,4 Reflorestamento 5,8 Inventariar os recursos existentes Implementação • As áreas existentes para a produção e sua “vocação” (irrigação, integração, etc...; • Limitações existentes em cada área (encharcamento, declividade, etc...); • Espécies forrageiras existentes e suas condições; 9 Recursos vegetais Recursos físicos Recursos animais Manejo do sistema Manejo do pastejo Perfil do sistema 10 Plantas forrageiras • Não existe uma planta forrageira ruim – Clima, solo, nível de tecnologia, produtividade desejada Diagnóstico 12 Escolha da espécie forrageira • Histórico – Início de utlilização da área – Espécie em uso – Nível de tecnologia utilizado – Produtividade em anos anteriores – Invasoras ou outras plantas forrageiras – Banca de sementes (persistência e agresssividade) – Pragas e doenças 13 Diagnóstico • Condições de clima – Precipitação anual (distribuição) – Temperaturas – Possibilidades de geadas – Fotoperíodo 14 Diagnóstico • Condições de solo – Topografia e suscetibilidade a erosão – Deficiência ou excesso de água – Impedimentos à mecanização – Nível de fertilidade, profundidade e textura 15 Diagnóstico Escolha da forrageira: adaptação •Solos de baixa fertilidade: B. decumbens, B. humidicola, Andropogon gayanus e as leguminosas Estilosantes e Calopogônio • Solos arenosos: Panicum, Brachiaria, Andropogon, Estilosantes, Cajanus • Tolerantes a seca : B. decumbens, A. gayannus • Áreas úmidas: B. humidicola, Setárias, Digitária, B. mutica • Áreas encharcadas: B. mutica, B. arreceta, Tangola e canarana • Áreas declivosas: B. decubens, B. brizantha, B. humidicola, Tiftons, Estrela Africana • Ocorrência de cigarrinha: B. brizantha cv. Marandu, A. gayanus, CVs Planaltina e Baeti, P. maximum cvs. Tanzânia, Massai. Espécie Grau de adaptação à fertilidade Saturação por bases (%) Grupo 1 - Espécies pouco exigentes Brachiaria humidicola Alto 30 - 35 Andropogon gayanus Alto Brachiaria decumbens Alto Brachiaria ruziziensis Médio Graus de adaptação das principais forrageiras às condições de fertilidade do solo para a região dos Cerrados e saturações por bases recomendadas Macedo (2008) Brachiaria humidicola cv. Comum B. humidicola Perene prostrado Alta densidade Estolões e rizomas Média tolerância seca Solos mais fracos Bastante agressiva Perda rápida de VN Produção 20 t/ha de MS • Perene, com presença de rizomas • Hábito de crescimento: prostrado, com nós inferiores que enraízam • Mais difundida no Brasil (cerrado) • Baixa exigência em fertilidade • Sensível a cigarrinha • Queda lenta de valor nutritivo • Fotossensibilização • Produção 12 a 15 t/ha Brachiaria decumbens •Verde claro. •Folhas curtas. •Pilosas. •Largura 1,5 a 2,0cm B. decumbens cv. Basilisk Brachiaria decumbens cv. Basilisk Ruziziensis Perene Decumbente Rizomas Baixa tolerância ao frio Pouco tolerância a seca Boa competidora Alta susceptibilidade cigarrinha • Não tolera encharcamento • Média fertilidade • Produção: 10 t/ha de MS • Implantação: sementes Espécie Grau de adaptação à fertilidade Saturação por bases (%) Grupo 2 - Espécies exigentes B. brizantha cv. Marandu Médio 40 - 45 B. brizantha cv. Xaraés Médio B. brizantha cv. Piatã Médio P. maximum cv. Vencedor Baixo P. Maximum cv. Tobiatã Baixo P.maximum cv. Massai Baixo P.maximum cv. Tanzânia-1 Muito baixo P.maximum cv. Mombaça Muito baixo Macedo (2008) Graus de adaptação das principais forrageiras às condições de fertilidade do solo para a região dos Cerrados e saturações por bases recomendadas Brachiaria brizantha Marandu Perene Rizomas cespitosa, muito robusta Colmos: iniciais prostrados • Não tolera solos encharcados • Boa tolerância ao frio • Verde no inverno • Boa tolerância sombreamento e cigarrinhas • Média a boa fertilidade • Produção 25-30 t/ha de MS •Verde escuro. •Folhas curtas. •Pouco pilosas. •Largura 1,8 a 2,3cm B. brizantha cv. Marandu Xaraés Perene Cespitosa (touceira decumbente) Boa tolerância ao frio Muito boa tolerância aseca Agressiva e Rústica • Alta tolerância a encharcamento • Alta a média fertilidade • Produção: 15 a 20 t/ha de MS • Implantação: sementes Brachiaria brizantha •Verde escuro. •Folhas longas. •Pouco pilosas. •Largura 1,8 a 2,5cm B. brizantha cv. Xaraés Brachiaria brizantha cv. Xaraés •Verde claro. •Folhas curtas. •Glabras. •Largura 1,4 a 1,8cm B. brizantha cv. Arapoty •Verde musgo. •Folhas longas. •Pouco Pilosas. •Largura 1,3 a 1,6cm B. brizantha cv. Capiporã Panicum maximum cv. Colonião Alta fertilidade Não suporta encharcamento Cespitosa Porte alto – 2.5 m Sensível à temperatura e baixa umidade Cor característica Sementes, mudas ou estacas Presença de rizomas Florescimento intenso no outono/inverno 10 a 15 t MS/ha Panicum maximum cv. Tobiatã Menor produção de hastes Folhas largas Exigente em fertilidade de solo 15 a 20 t MS/ha alta pilosidade nos colmos Panicum maximum cv. Tanzânia Folhas mais estreitas que Mombaça Porte mais baixo Estacionalidade pronunciada exigente em fertilidade média tolerância a seca e frio Produção: 25 t MS/ha Produção estacional Panicum maximum cv. Mombaça Colmos levemente arroxeados Maior porte, folhas mais largas e mais compridas Estacionalidade pronunciada 40 t MS/ha exigente em fertilidade média tolerância a seca e frio Produção estacional Aruana Diferentes dos outros cultivares Folhas muito estreitas e flexíveis Touceiras pequenas e próximas colmos finos alta densidade de forragem Bastante produtivo no inverno Média resistência à cigarrinha maior produção na seca Alto florescimento ovinos 15 t MS/ha Espécie Grau de adaptação à fertilidade Saturação por bases (%) Grupo 3 – Espécies muito exigentes Pennisetum purpureum: Napier, Taiwan A-146 Muito baixo 45 - 55 Cynodum spp.: Coast-Cross, Tifton Muito baixo Macedo (2008) Graus de adaptação das principais forrageiras às condições de fertilidade do solo para a região dos Cerrados e saturações por bases recomendadas Pennisetum purpureum Cespitosa Não suporta encharcamento Porte alto Altamente exigente em fertilidade Alto potencial de produção – 60 t MS/ha Corte ou pastejo Dificuldade de controle do crescimento Queda de VN Primeiro pastejo é fundamental Variedades: Cameroon Napier Merker Anão Híbridos interespecíficos Cameroon Touceiras densas Porte ereto Colmos grossos Perfilhamento basal Folhas largas Florescimento tardio (m-j) Cameroon, Guaçu IZ-2 pastejo ou corte produção 50 t/ha MS Napier Touceiras abertas Colmos grossos Folhas largas Florescimento intermediário (a-m) Napier, Mineiro Cynodon Estrelas x Bermudas Porte rasteiro perenes Alta exigência em fertilidade de solo Implantação mudas Cultivares: Cynodon dactylon (bermudas): rizomas e estolões Coastcross Tifton Florakirk Cynodon plectostachyus (estrela): somente estolões Florona T68 Florico Estrela de Porto Rico Estrela Africana Tifton-85 Porte alto Rizomatosa e estolonífera Folhas largas e verde-escura Estacional 20 a 22 t MS/ha Tifton 85 Coastcross Feno, silagem, pastejo Colmos fino Alta relação Folhas: haste Alta plasticidade Rizomatosa e estolonífera Resistente à seca e geada Pastagem densa Alta exigência em fertilidade 18 a 20 t MS/ha alto VN e queda lenta Estabelecimento 0 5 10 15 20 25 1º se t 15 /se t 1º ou t 15 /o ut 1º no v 15 /n ov 1º de z 15 /d ez 1º ja n 15 /ja n 1º fe v 15 /fe v Época de semeadura N úm er o de p la nt as /m ² B. decumbens B. ruziziensis B. humidicola Efeito da época de semeadura no número de plantas/m² de Brachiaria decumbens cv. Basilisk, B. ruziziensis cv. Kennedy e B. humidicola cv. Comum, aos 90 dias após a semeadura. Média de três anos. Adaptado de Zimmer et al. (1992) Profundidade de semeadura Forrageira B. decumbens cv. Basilisk B. brizantha cv. Marandu P. maximum cv. Tobiatã A. gayanus cv. Planaltina Média Superfície/SC 11,2 4,6 4,2 20,4 10,1 Superfície/CC - 5,4 4,2 22,2 10,6 2 cm 32,5 29,2 19,3 34,7 28,9 4 cm 24,4 26,9 18,2 19,9 22,3 8 cm 20,0 16,9 6,5 6,9 12,6 Percentagem de plantas estabelecidas (%) de quatro gramíneas. Média de duas épocas de semeadura, Campo Grande, MS Adaptado de Zimmer et al. (1992) Efeito da profundidade de semeadura e da fertilização fosfatada (100 kg/ha de P2O5) na emergência, matéria seca de raízes e da parte aérea de Brachiaria decumbens Adaptado de Gagliardi Netto (1980) Adubação Profundidade (cm) Matéria seca (g) Raiz Parte aérea Sim 0 0,11 0,22 Sim 2 0,17 0,25 Sim 4 0,21 0,39 Não 0 0,03 0,02 Não 2 0,01 0,02 Não 4 0,01 0,02 Distribuição percentual de sementes de Brachiaria decumbens cv. Basilisk no perfil do solo, de acordo com o método de semeadura, aos 20 dias após a semeadura Método de semeadura Profundidade (cm)* 0,5 a 1,5 1,6 a 2,5 2,6 a 3,5 3,6 a 4,5 4,6 a 5,5 5,6 a 6,5 Lanço na superfície 80 14 3 3 - - Lanço na superfície + rolo 78 22 - - - - Lanço + grade 20 24 23 18 5 12 Lanço + grade + rolo 11 15 37 37 12 6 Semeadeira a 3 cm 18 28 23 17 12 2 Semeadeira a 3 cm + rolo 19 22 34 17 8 - Semeadeira a 6 cm 5 17 26 16 19 16 Semeadeira a 6 cm + rolo 8 7 17 23 22 23 Adaptado de Zimmer et al. (1992) Exigência em fertilidade, profundidade de plantio e valor cultural de algumas gramíneas forrageiras Adaptado de Kichel & Kichel (2001) Espécies Exigência em fertilidade Profundi dade (cm) kg/ha Pontos de VC/ha Condições de plantio** Ótima Média Ruim B. brizantha cv. Marandu Média a alta 2-4 3,5-4,5 280 400 500 B. decumbens cv. Basilisk Média a baixa 2-4 3,5-4,5 180 280 380 B. humidicola cv. Humidícola Baixa 1-3 3,5-4,5 250 350 450 P. maximum cv. Mombaça Alta 0,5-2,5 2,5-3,0 160 300 400 P. maximum cv. Tanzânia Alta 0,5-2,5 2,5-3,0 160 300 400 Panicum cv. Massai Média a alta 0,5-2,5 2,5-3,0 160 300 400 A. gayanus cv. Baeti Baixa 0,5-1 3-4 250 350 450 • O No plântulas por m2 varia entre espécies e até mesmo entre cultivares de uma mesma espécie; • Estima-se que 15 plântulas por m2 seja suficiente para assegurar a formação de uma pastagem uniforme, em se tratando de espécies cujas sementes são de tamanho relativamente grande; • No caso de espécies com sementes menores, com plântulas mais frágeis ou que são de estabelecimento lento, um maior número (40 a 50) de plântulas é recomendado. Adaptado de Kichel et al., 1999 Práticas conservacionistas Práticas conservacionistas culturais ou agronômicas - Forrageira com boa rápida cobertura do solo; - Evitar o preparo excessivo do solo; - Plantio: Na época e quantidade de semente recomendada; - Método de plantio: Plantio da pastagem em faixa/nível utilizar PD; - Adubação de correçãoe manutenção; - Manejo da pastagem; - Implantação de quebra-ventos. Práticas conservacionistas de caráter operacional e mecânico - Localização de estradas internas e externas; - Formato das invernadas; - Instalação de bebedouros; - Preservação de matas ciliares; - Preparo do solo e plantio em contorno; - Terraceamento. Conservação do solo e água Alta Floresta, MT – Maio/2011 Fertilidade e adubação 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 0 52 105 52+26 26 Ma tér ia se ca (k g/h a) Fosfato de Patos Testem. Fosfato de Patos + Superfosfato Triplo Superfosfato triplo Produção de matéria seca de Andropogon gayanus consorciado com Stylosanthes em diferentes doses e fontes de fósforo em um latossolo vermelho amarelo (terceiro ano). Fonte: COUTO et al. (1988) Na propriedade - 5 a 10% intensivo - 20 a 30 % adubação + leguminosas Adubação e Ciclagem de Nutrientes Ciclagem de nutrientes Animais removem 5 a 30 % dos minerais - 500 kg de P.V. = 1,2 kg de P e 1 kg de K e 0,75 kg de S - deposição pelos resíduos de pastejo. Zimmer- 2005 Consórcio Amendoim forrageiro Belmonte e Amarillo Perene Herbáceo Estolonífero Pastejo consorciado Média tolerância à geadas e seca Média a alta fertilidade Crescimento inicial lento Produção 5 a 8 t MS/ha Fixação de N - 60 a 150 kg/ha Coastcross + Arachis pintoi cv. Amarillo • Local: Paraná (Gomes, 2008) • Duração: 5 anos (2002-2007) • Recria de novilhas cruzadas Consórcio + 0 N Consórcio + 100 N Consórcio + 200 N Coastcross + 200 N Indicadores Zootécnicos 935 1.104 1.266 1.200 0 500 1.000 1.500 Consórcio + 0 N Consórcio + 100 N Consórcio + 200 N Coastcross + 200 N Produção animal (kg/ha/ano de PV) 3,2 3,8 4,5 4,5 0 1 2 3 4 5 Consórcio + 0 N Consórcio + 100 N Consórcio + 200 N Coastcross + 200 N Taxa de lotação anual (UA/ha) Indicadores Financeiros 391 268 316 327 0 100 200 300 400 500 Consórcio + 0 N Consórcio + 100 N Consórcio + 200 N Coastcross + 200 N Renda líquida (R$/ha/ano) 28,3 8,8 18,6 19,6 0 10 20 30 Consórcio + 0 N Consórcio + 100 N Consórcio + 200 N Coastcross + 200 N Taxa interna de retorno (%) 40,7 27,1 32,8 33,1 0 10 20 30 40 50 Consórcio + 0 N Consórcio + 100 N Consórcio + 200 N Coastcross + 200 N Taxa média de retorno (%) 29 36 34 35 0 10 20 30 40 Consórcio + 0 N Consórcio + 100 N Consórcio + 200 N Coastcross + 200 N Pay back (meses) Motivo Menor custo de manutenção da pastagem Bouman et al. (1999) • Local: Costa Rica • Viabilidade econômica das atividades de cria e recria-engorda • Três tipos de pastagem Pastagem tradicional B. brizantha + amendoim forrageiro B. brizantha + 300 kg/ha de N Viabilidade econômica de sistemas de produção de bovinos de corte na Costa Rica Indicadores 1996 (preços baixos)1 1997 (preços altos)2 Tradicional G + Leg. G + 300 N Tradicional G + Leg. G + 300 N Cria (100 ha) Taxa de lotação (UA/ha) 1,6 2,7 - 1,6 3,0 4,9 Margem bruta (US$/ha/ano) 56 84 -3 88 141 28 Recria-engorda (100 ha) Taxa de lotação (UA/ha) 1,6 3,0 4,75 1,6 3,0 4,75 Margem bruta (US$/ha/ano) 131 228 211 183 326 366 1 Preços do kg de peso vivo em 1996: bezerros e bezerras (0,89 US$), vacas (0,69 US$), bois (0,84 US$). 2 Preços do kg de peso vivo em 1997: bezerros e bezerras (1,06 US$), vacas (0,82 US$), bois (1,00 US$). 3 Margem bruta negativa. Fonte: Bouman et al. (1999). Stylosanthes Mineirão e Campo grande Perene Semi-arbustiva Pastejo consorciado e fenação Média tolerância ao frio Alta tolerância a seca Todos os solos Preferência - alta Produção - 10 a 13 t MS/ha Fixação de N - 30 a 200 kg/ha Resistência seca Mineirão - maior Campo gde - menor Forragem Taxa de lotação (animal/ha) 1,00 1,75 2,50 Média ---------------------------kg/ha/ano-------------------------- B. decumbens monocultura 198 289 349 278 B. decumbens consorciada 217 342 469 343 Diferença 19 53 120 65 Ganho de peso vivo (kg/ha/ano) de bovinos em pastagens de B. decumbens pura e consorciada com Estilosantes Campo Grande. Em três taxas de lotação (médias de 3 anos) Adaptado: Silva et al. (2007) Forragem Ano 1 Ano 2 Ano 3 Média -------------g/animal/dia---------------- B. decumbens 533 506 541 526 B. decumbens + Campo grande 577 625 688 630 Média 555 566 614 --- Ganhos de peso vivo (g/animal/dia) de bovinos em pastagens de B. decumbens pura e consorciada com Estilosantes Campo Grande. Adaptado: Silva et al. (2007) Lotação Ganho de peso animal g/an /dia kg/an /ano kg/ha /ano Marandu + N 2,1 553 350 732 Andropogon + Estilo. 1,9 629 351 678 Marandu Dreg. 0,7 584 353 258 Ganho animal em pastagens recuperadas e consorciadas em Chapada de Areia - TO (média de três anos) FONTE: CUNHA, 2008 Sistemas de Utilização de Cosorciações Ganho de peso durante a safra 2004-2005 (350 dias) Schunke e Silva , 2006 Dif.= Cont. cons. +34% e Rotac.cons. +65% Tratamentos Ganho de peso Lotação Manejo Braquiaria g/cabeça /dia Kg/ha Animais /ha Contínuo Solteira 490 300 1,7 Consorciada 600 400 1,9 Rotacionado Solteira 420 360 2,5 Consorciada 605 600 2,8 Vilela et al. 1976 Efeito dos Níveis de Adubação sobre Pastagens Consorciadas de Colonião com Estilosantes Gracilis, Siratro e Soja Perene (Alto São Francisco-MG) Níveis de manutenção de P2O5 e K2O 0 20 kg / ha / ano, de cada 40 kg / ha / ano, de cada Ano 1 Ano 7 Ano 1 Ano 7 Ano 1 Ano 7 Gramínea (%) 53 15 58 58 59 74 Leguminosa (%) 11 2 15 10 15 25 Lotação UA / ha 1,0 0,3 1,2 1,2 1,4 2,0 PV kg / ha / ano 229 70 360 360 376 500 Adubação e Ciclagem de Nutrientes Deposição de Palha sobre o solo e Ciclagem de Nitrogênio em Pastagens de Brachiaria decumbens e de Brachiaria decumbens + Estilosantes Campo Grande (MS) BP BC Palha depositada - t/ha 4,9 6,4 Nitrogênio na palha - kg/ha 48 130 Crescimento da braquiária (70 dias) - kg/ha 2,6 4,2 Nitrogênio da braquiária - g/kg 11 14 *período: setembro/99 a março/00 Schunke (2001) Adubação e Ciclagem de Nutrientes Recuperação de pastagens: números Produção de matéria seca (kg.ha-1) de Brachiaria decumbens sob cinco tratamentos de recuperação de pastagens. Épocas de cortes TRATAMENTOS TEST SUP ARA GRAD SUBS Média Abril/95 2.140 A 3.155 A 2.818 A 3.010 A 2.570 A 2.739 c Dez/95 1.888 B 4.270 A 5.740 A 5.287 A 5.217 A 4.480 b Março/96 1.633 B 7.128 A 6.896 A 6.180 A 7.044 A 5.776 a Set/96 361 B 1.758 A 2.411 A 2.204 A 1.827 A 1.712 d Dez/96 1.481 B 5.059 A 5.078 A 5.200 A 5.064 A 4.376 b Março/97 1.286 B 6.174 A 6.186 A 6.363 A 5.928 A 5.187 a Média 1.465B 4.591 A 4.855 A 4.707 A 4.608 A 4.045 * TEST = Testemunha; SUP = Superficial; ARA = Aração; GRAD = Gradagem; SUBS = subsolagem Macedo (2008) TEST SUP ARA GRAD SUBS Média 0 200 400 600 800 -200 -400 -600 -800 -1000 -1200 -1400 -1600-1800 g MS / m2 0-10 10-20 20-30 30-40 Raízes MSV MSM Matéria seca aérea e raízes de B. decumbens em vários sistemas de recuperação Macedo (2008) Quantidade de insumos usados e custos/ha de recuperação de pasto de capim marandu após 13 anos. 1995: @ = R$ 25,00 - Custo = 7,0 @ 2010: @ = R$ 80,00 - Custo = 8,0 @ Insumo Quantidade (kg/ha) Valor 95 (R$/ha) Valor 10 (R$/ha) Calcário 2000 40,00 200,00 Super Simples 400 70,00 280,00 Cloreto de Potássio 80 25,00 75,00 Uréia 100 35,00 80,00 Total 170,00 640,00 Kichel e Zimmer- 2010 Custo das adubações de manutenção e operações mecânicas após a recuperação Data Insumo Quant. kg/ha Custo R$ Época Custo R$ 2010 Em @/ha época Em @/ha 2010 1997 Uréia 100 34,00 85,00 1,3 1,1 1998 20-10-20 250 79,00 230,00 3,1 2,9 1999 20-10-20 200 75,00 200, 00 2,5 2,5 2000 19-10-19 250 97,00 230,00 3,0 2,9 2001 19-10-19 200 84,00 200,00 2,2 2,5 TOTAL 370,00 945,00 12 11,8 - Custo/ha/ano época = 2,4 @/ha - Custo/ha/ano 2010 = 2,4 @/ha Kichel e Zimmer- 2010 Periodo Sistema Número de Animais/ha Lotação (UA/ha) Produção (@/ha) Maio/96 a Maio/97 Recria 3 1,9 16,0 Maio/97 a Maio/98 Engorda 2 1,8 12,0 Maio/98 a Maio/99 Recria 2 1,3 13,0 Maio/99 a Maio/00 Engorda 2 1,8 11,0 Maio/00 a Maio/01 Recria 2 1,3 13,0 Média Rec./Eng. 2,2 1,62 13,0 Lotação e produtividade animal entre 1995 e 2001 Kichel e Zimmer- 2010 Resumo dos custos R$ Época Carne @/ha Época R$ 2010 Carne @/ha 2010 Custo AM (ha/ano) 105,00 2,4 200,00 2,5 Custo Total (ha/ano) 290,00 6,6 500,00 6,2 Prod. Carne (ha/ano) 562,00 13,0 1.040,00 13.1 Margem Bruta (ha/ano) 272,00 7,2 540,00 6,8 AM = Adubação de manutenção MB: 2005 = 4,1 @; 2008 = 5,9 @ Kichel e Zimmer- 2010 • A recuperação de pastagem e adubação de manutenção realizada anualmente, foi economicamente viável • A adubação de manutenção correspondeu a 36/35% do custo total e 19/18% da receita bruta anual, em 1995/2010. • A recuperação e manutenção da pastagem, aumentou a produtividade em 327% e a lucratividade em 252%, em 1995 (2005 = 189%; 2008 = 290%; 2010 = 270%). • A receita bruta foi de R$ 562,00/1.040,00 por ha/ano e os custos foram de R$ 290,00/540,00 por ha/ano, em 1995/2010. Kichel e Zimmer- 2010 Resumo dos custos Exemplos - Marandu estabelecido em 1982 - Primeira calagem e adubação - 1995 -Adubação de manutenção periódica - Está com 28 anos Catto e Zimmer- 2010 Nova análise de solo - julho 2000 Ano pH P MO K Ca + Mg AL T V Arg H2O ppm (%) Meq/100ml (%) 1995 5,1 1,3 4,7 0,11 0,76 1,62 7,5 8,5 45 2000 5,4 2,7 5,3 0,15 2,13 0,71 10,7 20,6 50 Kichel (2001) Quantidade de insumos usados na manuteção de pasto de marandu após 20 anos. (Segunda fase 2002/2005) - 2002 – Calcário = 3000 kg/ha (PRNT 75%) P2O5 = 80 kg/ha de solúvel - 2003 a 2005 = Manutenção pimavera: 250 kg/ha de 20-10-20 Manutenção verão: 50 kg/ha de N - Recria/engorda e Sistemas de controle parasitário - Pastejo continuo e rotacionado - Lotação: 3 animais/ha desmame ao abate -Suplementação: 1 kg/an. (fev-maio) e 3 kg/an. (jul-set) -Ganho animal média de 3 anos: 169 a 208 kg/an/ano de PV -Carne eq. cac. 18 a 22@/ha/ano Adaptado de Catto et al. - 2009 Métodos de recuperação Lotação UA/ha Peso vivo Kg/ha Marg. líquida R$/ha T 1 - Pasto degradado de B. decumbens 0,76 54 19,30 T 2 - B.b. sem adub., sem terraço, M.manejo 1,76 238 231,80 T 3 - B.b. sem adub., sem terr., B. manejo 1,50 287 347,00 T 4 - B.b. com adub + 90 N., sem terr., B. manejo 2,60 580 418,00 T 5 - B.b. sem adub.; com terr., B. manejo 1,50 299 354,00 T 6 - B.b. com adub. +90 N, com terr., B.manejo 2,60 560 363,00 T 7 - B.b. com adub. terr. + estilosantes. 2,19 483 367,00 Lotação, ganho animal e margem líquida em diversos sistemas de recuperação de pastagens. Coxim - MS Embrapa Pantanal/Gado de Corte - 2006 Métodos de recuperação Lotação UA/ha Peso vivo Kg/ha Marg. líquida R$/ha T 1 - Pasto degradado de B. decumbens 0,70 70 63,00 T 2 - B.b. sem adub., sem terraço, M.manejo 1,40 180 194,00 T 3 - B.b. sem adub., sem terr., B. manejo 1,40 278 347,00 T 4 - B.b. com adub + 90 N., sem terr., B. manejo 2.80 550 481,00 T 5 - B.b. sem adub.; com terr., B. manejo 1,40 280 364,00 T 6 - B.b. com adub. +90 N, com terr., B.manejo 2,80 530 447,00 T 7 - B.b. com adub. terr. + estilosantes. 2,10 520 609,00 Lotação, ganho animal e margem líquida em diversos sistemas de recuperação de pastagens. Terceiro ano. Coxim - MS Embrapa Pantanal/Gado de Corte - 2006 T 7 – 3º ano T 1 T 2 Leguminosa no Terraço T 7 Embrapa Pantanal/ Gado de Corte T 1 / 3 ªSeca Pasto degradado B. decumbens B.B. sem adub.,Sem terraço, Sem manejo B.B. com adub.; sem terr. Bom manejo + N B.B. sem adub., com terraço, Bom manejo T 2 / 3 ªSeca T 3 / 3ª Seca T 4 / 3ªSeca Embrapa Pantanal/ Gado de Corte B.B. sem adub.,Sem terraço, Mau manejo B.B. sem adub., sem terraço, Bom manejo B.B. com adub., com terraço, Bom manejo + N B.B. com adub.,com terraço, Bom manejo + Leg. Embrapa Pantanal/ Gado de Corte T 2 / 3 ªSeca T 3 / 3 ªSeca T 6 / 3 ªSeca T 7 / 3 ªSeca T 7 – 3º ano Embrapa Pantanal/ Gado de Corte Perdas de solo acumuladas em diferentes sistemas de manejo de pastagem e capacidade erosiva da chuva. 0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80 0,90 1,00 Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Maio Jun MESES PE RD AS D E SO LO , t h a- 1 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 ER O SI VI DA DE D A CH UV A, M j m m h a-1 h -1 T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7 EI30 Dedecek (2006) Perdas de água acumuladas em diferentes sistemas de manejo de pastagem e chuvas. 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Maio Jun MESES EN XU RR AD A, m m 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 CH UV A, m m T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7 CHUVA Dedecek (2006) Zimmer - 2007 Chapada de Areia – TO Adropogon X Estilosantes Campo Grande Manejo do pastejo em pastagens tropicais Pastagem é a principal fonte de alimentação.... 97 ...e de variação do desempenho dos animais. Pecuarista ➙ Bom manejo do pastejo • ⇑ áreas de pastagens • ⇑ suprimento x demanda • adubação Colheita Eficiente?! Da Silva & Sbrissia, 2001 Hodgson, 1990 Produto animal Recursos Solo Clima Planta Forragem produzida Crescimento Utilização Conversão Consumo matéria seca Ofertas de forragem senescência e morte Sistemas de produção e eficiências Forragem consumida Hodgson, 1990 Essência do manejo de pastagens é alcançar um balanço efetivo entre as eficiências Produção Recursos Solo Clima Planta Forragem produzida Forragem consumida Produto animal Crescimento Utilização Conversão Sistemas de produção e eficiências Hodgson, 1990 Colheita de forragem pelo animal em pastejo é passível de manipulaçãoe monitoramento. Utilização Conversão 2 - 4% 2 – 5% Da Silva & Sbrissia, 2001 40 – 80% Crescimento 70-80% 30-20% Set Mar/Abril Ago Verão agrostológico “ÁGUAS” Inverno agrostológico “SECA” “PLANTA RESPONDE A MANEJO” “PLANTA NÃO RESPONDE A MANEJO” 1. Estacionalidade de produção Rebrotação = IAF + reservas Dependência de reservas (N, CHO’s) IAF (residual ou constante) 103 2. Produtividade e persistência Mott, 1973 Oferta, Altura, IAF Amplitude ótima Sub-pastejo Super-pastejo GANHO/ANIMAL GANHO/ÁREA G A N H O /A N I M A L G A N H O /Á R E A 3. Produtividade e persistência Lotação Contínua Acesso irrestrito a área de pastagem durante toda ou a maior parte da estação de pastejo. Lotação Rotativa Períodos alternados de pastejo (ocupação) e descanso entre piquetes durante a estação de pastejo. Métodos de pastejo 105 Fixa Relação constante entre o número de animais (ou U.A.) e a área pastejada. Variável Planejamento e controle em relação ao número de animais (ou U.A.) e a área pastejada. Taxa de lotação 106 Lotação contínua com taxa de lotação fixa 107 108 0 10 20 30 40 50 60 70 Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Produção do pasto Demanda kg M S/ h a. d ia Lotação contínua com taxa de lotação fixa: Referencial Excedente (perdas) 109 A cú m u lo d e f o rr ag e m (k g M S/ h a. d ia ) 110 0 10 20 30 40 50 60 70 Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Produção do pasto Demanda águas Demanda seca Lotação contínua com taxa de lotação variável (Média estacional) 111 A cú m u lo d e f o rr ag e m (k g M S/ h a. d ia ) 0 10 20 30 40 50 60 70 Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Produção do pasto Demanda Lotação contínua com taxa de lotação variável (Média anual) diminui TL ou suplementa aumenta TL ou conserva 112 A cú m u lo d e f o rr ag e m (k g M S/ h a. d ia ) 113 114 Lotação alternado 115 116 Lotação rotativo 117 118 119 0 10 20 30 40 50 60 70 Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Produção do pasto Demanda A cú m u lo d e f o rr ag e m (k g M S/ h a. d ia ) Referencial Suplementos Lotação intermitente 120 taxa de lotação fixa taxa de lotação variável pastejo alternado pastejo rotativo • lotação contínua • lotação intermitente Métodos de pastejo 121 Disponibilidade de matéria seca em pastagem de Brachiaria brizantha sob lotação contínua ou rotativa, Mato Grosso do Sul. Adaptado de Catto et al. 2009 0 2000 4000 6000 8000 7/6/2002 1/10/2002 10/2/2003 18/6/2003 12/11/2003 7/6/2005 Kg d e M S/ ha Folha/cont Folha/rot Sobra/cont Sobra/rot 123 Intensificação de uso da terra 1)Inevitável 2)Planejamento 3)Não pode ser feito em toda a propriedade 4)Pastejo nas águas 5)Suplementação na seca (cana, milho, pasto diferido...) Lotação rotativa 125 Correção, Adubação, etc. => Ef. de utilização Inflexíveis e muito generalistas: • planejamento; • busca por novas estratégias de utilização. As abordagens e métodos tradicionais 28 dias 35 dias 21 dias 14 dias Chapman & Lemaire, 1993 Manejo do pastejo VARIÁVEIS-GUIA Gramíneas sob pastejo Fácil utilização Características morfogênicas Características estruturais IAF Manejo Estratégias de pastejo características da forragem IL condição fisiológica Tempo cronológico inconsistência como guia de manejo “defeitos” IAF = índice de área foliar IAF Ótimo = maior balanço crescimento /respiração IAF Crítico = IL é de 95%, máxima taxa de acúmulo de MS ou folhas Watson, 1947, 1958; Brown e Blaser, 1968 Hodgson, 1990 Tempo 100 50 M as sa d e f o rr ag e m (% d o m áx im o ) Hodgson, 1990 Tempo 100 50 T a x a d e r e no va çã o (% d o m á x im o) Crescimento Acúmulo líquido Senescência Ganho/área Ganho/animal Tempo 100 50 M as sa d e f o rr ag e m (% d o m áx im o ) Tempo 100 50 Ta xa d e p ro ce ss o (% d o m áx im o ) Crescimento Acúmulo líquido Senescência IAF crítico Altura do dossel forrageiro (cm) 20 40 60 80 100 In te rc ep ta çã o lu m in os a (% ) 60 65 70 75 80 85 90 95 IL(%) = 96,38 (1 - e - 0,068 altura ) R 2 = 0,625 P < 0,0001 Mello, 2002 Relação altura/ IL no dossel forrageiro de pastos de capim Tanzânia luz x altura Altura (cm) 20 40 60 80 100 120 140 160 in te rc ep ta çã o lu m in os a (% ) 30 40 50 60 70 80 90 100 110 Uebele, 2003; Carnevalli, 2003 IL = 104,5201 / (1+ exp (- (Altura – 21,9848)/33,8824)) r2=0,7028 Relação altura/IL no dossel forrageiro de pastos de Mombaça 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 10 15 20 25 30 35 40 45 Altura (cm) IL (% ) 95% ano 1 95% ano 2 100% ano 1 100% ano 2 IL = 106,5207*EXP(-EXP(-(Altura-14,5063)/8,9617)) R² = 0,7953 Pedreira, 2006 Relação altura/IL no dossel forrageiro de pastos de capim Xaraés 95% IL Panicum maximum – Mombaça 0 50 150 200 250 49,3 82,9 94,3 110,3 Altura do pasto (cm) A cú m u lo e s e n e sc ê n ci a d e f o lh as (c m /p e rf ilh o .d ia ) Folhas Colmo Senescência A cú m u lo d e co lm o s (cm /p e rfilh o .d ia) 100 0 4 12 16 8 IAF / IL (%) 2,26 74,2 2,71 84,2 4,85 98,0 6,56 99,4 Carnevalli, 2003 0 4 8 12 16 20 0 40 80 120 160 200 63,2 91,1 95,9 99,1 Ac úm ulo de Lâ mi na s ve rd es e se ne sc ên cia (c m/ pe rfil ho ) IL % Resíduo 50 cm e IL 100% 49 62 74 87 1,96 3,22 4,12 5,96 00 22 29 38 Altura (cm) IAF Dias de rebrotação Acúmulo de Colmo (cm/perfilho) Folhas Colmos Senescência 90% 95% Barbosa (2004) Panicum maximum – Tanzânia ACÚMULO DE LÂMINAS FOLIARES (kg MS/ha) Resíduo Altura do pasto (cm) Média 60 70 85 25 9.000 10.560 8.030 9.210 50 8.360 8.060 6.750 7.720 Média 8.680 9.330 7.390 8.470 Fonte: Barbosa (2004) 90% = 60cm 95% = 70cm Altura do dossel e interceptação de luz 100% = 85cm Manejo da Pastagem Fonte: Barbosa (2004) Altura de resíduo pós-pastejo 90% 90% / 62cm 100% / 85 cm 95% / 70cm Fonte: Barbosa (2004) Fonte: Barbosa (2004) Médias seguidas de mesma letra na linha não diferem pelo teste de Tukey (P>0,05). Ganho médio diário (g/dia) e taxa de lotação (animais/ha), em dois residuos de pastejo- Tanzânia Difante - 2005 Variáveis Altura dos residuos Média 25 cm 50 cm Ganho diario (g/an./dia) 664 b 801 a 732 Taxa de lotação (an./ha) 6,0 a 4,9 b 5,5 Obs:animais de 300 kg de PV Taxa de bocadas (nº/minuto) 39 32 37 34 Consumo (kg MS / 100kg PV) 1,90 3,64 2,12 3,23 Tanzânia Mombaça jun. nov. jun. nov. Tamanho do bocado (g/bocado) 150 320 160 300 Consumo por animais sob pastejo Euclides - 2003 Lara, 2007 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100 1200 1300 1400 1500 0,50 0,55 0,60 0,65 0,70 0,75 0,80 0,85 0,90 0,95 1,00 Interceptação Luminosa k g M S h a -1 Colmo Material morto 4 B. brizanthas + B. decumbens 0 100 200 300 400 500 600 700 0,4 0,45 0,5 0,55 0,6 0,65 0,7 0,75 0,8 0,85 0,9 0,95 1 Interceptação Luminosa kg M S/ ha Hastes M. morto Acúmulo dos componentes colmo e material morto ao longo do período de rebrotação em pastos de capim do gênero Panicum Moreno, 2004 Panicum spp. Lotação contínua índice de área foliar Fonte:Pinto (2000) altura do pasto (cm) crescimento 1,3 2,1 2,9 3,6 k g d e M S / h a / d ia 0 40 80 120 160 200 0 5 10 15 20 acúmulo líquido senescência Lotação contínua - Tifton 85 Lotação contínua - Tifton 15 cm Fonte:Pinto (2000) Altura do pasto (cm) 10 20 30 40 10.000 10.500 11.000 11.500 12.000 12.500 13.000 13.500 14.000 14.500 A c ú m u lo ( k g / h a ) Lotação contínua - Marandu Fonte: Andrade (2003) Marandu 40 cm Fonte: Andrade (2003) Gramíneas Espécies ou cultivares Altura das forrageiras (cm) Pastejo rotacionado Pastejo contínuo Entrada Saída Média Elefante 100-120 50 ---- Mombaça 90 30 60 Tanzânia 70 30 50 Massai 45 20 35 Andropogon 50 25 40 Marandu, xaraés, piatã 25-35 15 25-30 Coastcross, tifton 25-30 10 15-20 Brachiaria decumbens 25-30 10 15-20 Brachiaria humidicola 20-25 10 15-20 Altura de pastejo (cm) de algumas gramíneas forrageiras ESTRUTURA DO DOSSEL FORRAGEIRO Respostas de animais em pastejo Respostas de plantas forrageiras Forrageiras de clima temperado ou tropical? Sistemas exclusivos e integrados? Recursos vegetais Recursos físicos Recursos animais Manejo do sistema Manejo do pastejo Perfil do sistema 153 Lotação intermitente -> Altura e IL ASSEGURA - controle da frequência, intensidade e época de desfolhação; PERMITE - racionamento da forragem (ajuste na oferta diária de forragem); POSSIBILITA - rebrotação rápida e vigorosa (reservas, IAF remanescente e preservação ou não de meristemas apicais); REQUER - maiores investimentos em subdivisão e infra- estrutura. 154 Diferimento e Suplementação em Pasto Euclides 2006 Disponibilidade de pasto x suplemento Disponibilidade MS (t/ha) 2,6 1,4 4,3 2,2 Ganho de peso g/novilho/dia 330 550 Consumo supl. kg/cab/dia 1,64 1,68 Marandu 1* Marandu 2** * Corrêa et al. (2000)**Euclides et al. (2000) Sistemas Nº animais Custo (R$/@) Margem (R$) 0 - Pasto Degradado 211 39,92 69.393 1 - Pasto Recuperado 520 47.86 113.766 2 - Pasto Rec. Ração na 3ª seca 516 55.21 98.194 3 - Pasto Rec. Protei. 1º e 2º Seca, Ração 2º Chuva 597 45,64 150.483 4 - Pasto Rec. Ração 1º Seca e Confin. 2º Seca 681 48,90 184.593 5 - Pasto Rec. Creep e Confin. a Desmama 752 54,42 156.273 Número de animais vendidos, custo operacional unitário da @ do boi gordo e margem operacional de sistemas de produção de gado de corte. Mato Grosso do Sul - 2006. Adubação de manutenção: Pastos de cria a cada 4 anos e recria/engorda a cada 2 anos Correa et al. 2006 Teores Totais de C (Kg/ha) e Suas Origens da Camada de 0–10 Cm de Profundidade do Solo nos Diferentes Tratamentos Miranda (2001) Campo Grande Tratamento C total Origem C (Kg/ha) (Kg/ha) Gramínea Cerrados Pastagem degradada 34102 20598 13504 Pastagem renovada 37950 33244 4706 Soja, platio convencional 23184 5507 13504 Soja, plantio conserv. 23168 * * Soja plantio direto 26445 * * Cerrados 34428 - 34428 Efeito estufa – Fixação de carbono Ganho de peso vivo @/cab/ano kg/cab/ano kg/cab/dia kgCH4/cab/ano kgCH4/GPV 0,61 18,25 0,05 53,50 2,93 1,22 36,50 0,10 55,72 1,53 2,43 73,00 0,20 60,48 0,83 3,65 109,50 0,30 65,49 0,60 4,26 127,75 0,35 68,06 0,53 4,87 146,00 0,40 70,66 0,48 5,48 164,25 0,45 73,30 0,45 6,08 182,50 0,50 75,97 0,42 7,30 219,00 0,60 81,38 0,37 8,52 255,50 0,70 86,87 0,34 9,73 292,00 0,80 92,45 0,32 10,95 328,50 0,90 98,09 0,30 12,17 365,00 1,00 103,79 0,28 13,38 401,50 1,10 109,55 0,27 14,60 438,00 1,20 115,36 0,26 15,82 474,50 1,30 121,21 0,26 P. degr. Pec.Trad. ILP Emissões de metano na pecuária 0,25 0,35 0,45 0,55 0,65 0,75 0,85 0,95 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 kg CH 4/ GP V kg GPV/cab/dia Martha Jr. 2009 @/cab/ano kg/cab/ano kg/cab/dia 53%ED 60%ED Var. 2,43 73,00 0,20 75,66 60,48 25,1% 3,65 109,50 0,30 82,77 65,49 26,4% 4,26 127,75 0,35 86,42 68,06 27,0% 4,87 146,00 0,40 90,13 70,66 27,6% 5,48 164,25 0,45 93,87 73,30 28,1% 6,08 182,50 0,50 97,66 75,97 28,6% 7,30 219,00 0,60 105,35 81,38 29,5% kgCH4/cab/ano Menor valor nutritivo = maior demanda de forragem Martha Jr. 2009 Índices zootécnicos médios do rebanho dos Cerrados e em sistemas tecnológicos mais evoluídos. Índices Média Brasileira *Sistema Melhorado *Sistema com Tecnologia evoluída *Sistema otimizado (integração agricultura- pecuária) Natalidade 60% 70% 80% 90% Mortalidade até a desmama 8% 6% 4% 2,7% Taxa de desmama 54% 65% 75% 80% Mortalidade pós desmama 4% 3% 2% 1% Idade da 1a cria 4 anos 3-4 anos 2-3 anos 2-3 anos Intervalo entre partos 21 meses 18 meses 14 meses 12 meses Idade de abate 4,0 anos 3,0 anos 2,5 anos 1,5 anos Taxa de abate 17% 20% 22% 40% Peso da carcaça 200kg 220 kg 230 kg 230 kg Rendimento da carcaça 53% 54% 55% 55% Lotação Kg/ha 0,9 an/ha 32 1,2 an/ha 53 1,6 an/ha 81 3,0 an/ha 280 Zimmer e Euclides 1997 Efeito de mudanças na taxa de lotação de pastagens combinadas com variações na taxa de desfrute e no peso de carcaça sobre a produtividade de carne por ha. Sistemas Lotação an./ha Taxa de desfrute (%) Produção de carne kg/ha/ano 1) Pastagem degradada 0,7 17 30 2) Pastagem Melhorada 1,5 19 60 3) Pastagem Intensiva 2,0 21 90 4) 3 + Suplementos 2,2 22 120 5) 4 + Confinamento 2,5 25 150 6) 5 + Integração Agropec. 7) 6 + Recria e Engorda 8) 7 + Pastagem irrigada 3,0 5,0 9,0 35 40 42 230 450 1.125 Kichel - 2005 Pecuária com sustentabilidade • Técnico • Econômico • Ambiental • Social Bruno Carneiro e Pedreira bruno.pedreira@embrapa.br SINOP – MT (66) 3532-7626 Cuiabá – 29/11/2011
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