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Trabalho Geoprocessamento - G2 Prof° Roberta

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Satelites e suas aplicações
	
	
Thaís Ferreira de Oliveira
Palmas-TO
2015
THAIS FERREIRA DE OLIVEIRA
Satelites e suas aplicações
Trabalho apresentado como requisito parcial da disciplina de Geoprocessamento – 2015/1, do curso de Engenharia Civil, orientada pela Professora Roberta Mara.
										
PALMAS – TO
2015
SUMARIO
1. INTRODUÇÃO
Os satélites artificiais são engenhosamente colocados, por meio de foguetes, em uma órbita elíptica, que tem como um dos focos o centro da Terra. A ação da força propulsora deve cessar ao serem excedidos os limites da atmosfera densa, na qual o satélite seria rapidamente consumido por aquecimento cinético. Os primeiros satélites postos em órbita foram o Sputnik I (4 out. 1957) e o Sputnik II (3 nov. 1957), lançados pelos soviéticos, e seguidos pelo Explorer I (31 jan. 1958), lançado pelos norte-americanos.
Sua importância no mundo atual é extrema, e pode ser citado o fato de que, para as grandes potências, um país que domina a tecnologia de lançamento de satélites é um país já “desenvolvido”, uma vez que a maioria dos meios de comunicação utilizam os satélites como meio de propagação de suas ondas. 
As imagens orbitais são essenciais na elaboração de zoneamentos, indicadores de sustentabilidade e competitividade, mapeamentos e monitoramentos do uso e da cobertura das terras.
2. PRINCIPAIS SATELITES DA ATUALIDADE
2.1.Satélite CBERS
O programa CBERS (China-Brazil Earth Resources Satellite ou Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres) foi implantado em 1988 após parceria assinada entre o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e a Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (CAST), num convênio técnico-científico binacional envolvendo Brasil e China. A inserção do Brasil em um sistema completo de sensoriamento remoto possibilitou um grande avanço tecnológico para o país, refletidos no fomento da ciência, indústria e serviços relacionados à área espacial. A missão CBERS mantém três satélites de observação terrestre em órbita: o CBERS-1 (lançado em 1999 e inativo desde 2003), o CBERS-2 (lançado em 2003) e CBERS-2B (lançado em 2007). 
Inicialmente o programa previa o desenvolvimento e a construção de apenas dois satélites de sensoriamento remoto e, devido ao sucesso da missão, em 2002 foi assinado um acordo para continuidade do programa, que ainda prevê o lançamento de mais dois satélites a partir de 2010: O CBERS-3 e o CBERS-4.
Satélite que fez do Brasil o maior distribuidor de imagens orbitais do mundo, o CBERS-2 deixou de operar no último dia 15 de janeiro, fato anunciado nesta quarta-feira (28/1) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Quando lançado do Centro de Taiyuan, na China, em 21 de outubro de 2003, o satélite sino-brasileiro tinha vida útil projetada de dois anos. Nestes mais de cinco anos, superou todas as expectativas ao produzir mais de 175 mil imagens que serviram para monitorar o meio ambiente, avaliar desmatamentos, áreas agrícolas e o desenvolvimento urbano.
Desde o lançamento do CBERS-2B, em setembro de 2007, o Brasil vinha contando com dois satélites próprios para vigiar o seu território com melhor capacidade e frequência de observação. Os satélites são resultado do sucesso do Programa CBERS (sigla para China-Brazil Earth Resources Satellite; em português, Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres), parceria iniciada com a China há 20 anos e que garantiu a ambos os países o domínio da tecnologia do sensoriamento remoto.
Principais Sistemas Sensores - Sensores Orbitais
O imageador WFI (Wide Field Imager ou Câmera Imageadora de Amplo Campo de Visada) é capaz de obter cobertura completa do globo terrestre em aproximadamente 5 dias. As imagens são captadas em faixas de 890 km e possuem resolução espacial de 260m. Sua principal característica é o amplo campo de visada, o que torna as imagens úteis para observações nas escalas macrorregionais ou estaduais, devido esta característica, suas imagens podem ser utilizadas para a criação de mosaicos nacionais ou estaduais, geração de índices de vegetação para fins de monitoramento, mapeamento agrícola, etc.
A câmera CCD (High Resolution CCD Câmera ou Câmera Imageadora de Alta Resolução) é um sensor óptico capaz de adquirir imagens da Terra com resolução espacial de 20 metros. Com os dados fornecidos por esse sensor, é possível refinar os mapeamentos obtidos a partir de imagens do WFI. Além de adquirir dados no nadir, adquire também em visadas laterais de aproximadamente 32º, o que permite a obtenção de pares estereoscópicos. A resolução temporal oferecida pelo sensor é de 26 dias. Suas principais aplicações são a identificação de áreas de florestas e campos agrícolas, quantificação de áreas, análise da dinâmica das florestas, parques, etc.; identificação dos limites continente - água, monitoramento de reservatório, geração de material de apoio para o ensino de geografia, meio ambiente, etc.
O sensor IRMSS (Infrared Multispectral Scanner ou Imageador por Varredura de Média Resolução) é um imageador por varredura que foi lançado a bordo dos satélites CBERS 1 e CBERS 2 e substituído no CBERS 2B pela câmera HRC. Opera com 4 bandas espectrais, sendo duas na região do infravermelho médio, uma pancromática e uma na região do infravermelho termal, com resolução espacial que varia de 80 a 160 metros. O IRMSS possui as mesmas aplicações que o sensor CCD, e também, é capaz de obter a cobertura da Terra em 26 dias, além disso, devido à banda do infravermelho termal, permite a análise de fenômenos relacionados às alterações de temperatura da superfície.
O sensor HRC (High ResolutionCamera ou Câmera Pancromática de Alta Resolução) possui uma única banda espectral, que opera no espectro do visível e infravermelho próximo. Encontra-se a bordo do satélite CBERS-2B e destaca-se pela alta resolução espacial que oferece (com 2,7 metros), o que possibilita um maior detalhamento da superfície em relação aos dados captados pela câmera CCD. O HRC é capaz de produzir imagens com 27Km e obter a cobertura completa da Terra em 130 dias, o que corresponde a aproximadamente 5 ciclos de cobertura do sensor CCD. As principais aplicações do HRC são a geração de mosaicos nacionais ou estaduais detalhados, criação de produtos para fins de planejamento local ou municipal, aplicações urbanas, atualização de cartas temáticas.
Satélite IKONOS
O IKONOS é um satélite de alta resolução espacial operado pela Empresa GeoEye. O primeiro satélite da série (IKONOS-I) não obteve sucesso no lançamento em abril de 1999 e com isso, o projeto do IKONOS-II foi adiantado para entrar em órbita em setembro de 1999.
Em janeiro de 2000 o IKONOS tornou-se o primeiro Satélite de Observação da Terra a oferecer imagens de alta resolução para uso comercial e além das aplicações comerciais, possui uma ampla aplicabilidade em trabalhos científicos que necessitam de dados e informações detalhadas da superfície terrestre.
Principais Sistemas Sensores - Sensores Orbitais
Os sensores a bordo do IKONOS operam no modo pancromático e multiespectral. Adicionalmente, há a possibilidade de fusão de imagens pretas e brancas com dados multiespectrais para a geração de imagens coloridas, o que pode facilitar a interpretação visual e substituir em muitos casos, o uso de fotografias aéreas. O período máximo de revisita oferecido pelo sensor é de três dias para latitudes próximas a 40º, mas o período de revisita pode ser menor em latitudes superiores. O sensor também é capaz de realizar visadas inclinadas e laterais para obter imagens de forma mais ágil e também possibilitar a geração de pares estereoscópicos.
Satélite LANDSAT
A série LANDSAT teve início na segunda metade da década de 60, a partir de um projeto desenvolvidopela Agência Espacial Americana e dedicado exclusivamente à observação dos recursos naturais terrestres. Essa missão foi denominada Earth Resources Technology Satellite (ERTS) e em 1975 passou a se denominar Landsat.
A missão, em sua maioria, foi gerenciada pela National Aeronauticsand Space Administration (NASA) e pela U.S.GeologicalSurvey (USGS) e envolveu o lançamento de sete satélites. A série Landsat continua em atividade até hoje, o que significa mais de 30 anos contribuindo para a evolução das técnicas de sensoriamento remoto em instituições do mundo todo.
O primeiro satélite, e também o primeiro desenvolvido para atuar diretamente em pesquisas de recursos naturais, foi lançado em 1972 e denominado ERTS-1 ou Landsat-1. Levou dois instrumentos a bordo: as câmeras RBV (ReturnBeamVidicon) e MSS (Multispectral Scanner System).
Os mesmos instrumentos estiveram a bordo do Landsat2 (lançado em 1975) e do Landsat 3 (lançado em 1978), considerados satélites experimentais. No L2 os sensores foram projetados de forma idêntica aos seus antecessores, enquanto no L3 sofreram algumas alterações, principalmente em relação aos canais oferecidos.
O Landsat4 começou a operar em 1982, com o MSS e também uma grande novidade: o sensor TM (Thematic Mapper), projetado para dar suporte às pesquisas nas mais diversas áreas temáticas, especializado em recursos naturais. Dois anos mais tarde entraria em órbita o Landsat-5, com os mesmos instrumentos sensores do L4. Embora o MSS do satélite L5 tenha deixado de enviar dados em 1995, o sensor TM encontra-se ativo até hoje, oferecendo continuidade aos trabalhos e metodologias desenvolvidas com os produtos do Landsat.
Em 1993, o L4 e o L5 já haviam superado sua vida útil e o sexto satélite da série Landsat não conseguiu atingir a órbita terrestre devido à ocorrência de falhas no lançamento. O Landsat6 foi projetado com o sensor ETM (Enhanced Thematic Mapper), com configurações semelhantes ao seu antecessor, inovando na inclusão da banda 8 pancromática com 15 metros de resolução espacial.
O sensor ETM evoluiu para o sensor ETM+ (Enhanced Thematic Mapper Plus) lançado em 1999 a bordo do Landsat7. Este instrumento foi capaz de ampliar as possibilidades de uso dos produtos Landsat, oferecendo a versatilidade e eficiência obtidas nas versões anteriores, pois conseguiu melhorar a acurácia do sistema, manteve os mesmos intervalos espectrais, ampliou a resolução espacial da banda 6 (infravermelho termal) para 60 metros, além de tornar a banda pancromática operante e permitir a geração de composições coloridas com 15 metros de resolução. O L7 enviou dados completos para a Terra até 2003, quando apresentou avarias de hardware e começou a operar com o espelho corretor de linha (SLC) desligado. Desde então, as imagens continuam adquiridas e enviadas para a Terra, mas para torná-las aptas à utilização necessitam de correções prévias e análise de acurácia no posicionamento e calibração dos pixels.
A antena de recepção do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) localizada em Cuiabá capta desde os anos 70 imagens de todo território nacional, o que representa um enorme e único acervo de dados sobre nosso país. Este sistema orbital é ainda muito utilizado nas pesquisas realizadas pela Embrapa Monitoramento por Satélite. Existe a previsão de que a série Landsat continue, com o lançamento a partir de 2011 do LDCM (Landsat Data ContinuityMission) operando com instrumento OLI (Operational Land Imager). A continuação da série será importante para a utilização e aperfeiçoamento dos algoritmos desenvolvidos ao longo dos últimos 30 anos de pesquisas na área de sensoriamento remoto.
Principais Sistemas Sensores - Sensores Orbitais
O sensor RBV esteve a bordo dos três primeiros satélites da série Landsat e foi decisivo para definir as bases dos sensores que seriam lançados no futuro. As câmeras tinham capacidade de obter imagens diurnas que captavam dados de forma instantânea para a área total das cenas, com revisitas de 18 dias.
Nos dois primeiros satélites (L1 e L2), o sensor RBV operou no modo multiespectral, com três canais/câmeras (nas regiões do visível e infravermelho próximo) e resolução espacial de 80 metros:
a) o canal 1 (475 – 575 nm) na região do azul/verde;
b) o canal 2 (580 – 680 nm) na região do verde/vermelho;
c) o canal 3 (690 – 830 nm) na região do vermelho/infravermelho próximo.
No terceiro satélite da série (L3), o sensor RBV operou com duas câmeras RCA, em uma única banda pancromática (0,505 – 0,750 nm) e ofereceu 30 metros de resolução espacial.
O sensor MSS (Multispectral Scanner System) foi lançado a bordo dos cinco primeiros satélites da série Landsat e passou por algumas atualizações durante o tempo. Com exceção do L3 que foi projetado com a banda 8 termal, os demais foram desenhados com quatro canais dispostos nas regiões do visível e infravermelho próximo. Embora projetado com a banda 8, o sensor MSS a bordo do L3 também operou com quatro bandas devido à falha no sensor termal ter ocorrido após o lançamento.
Algumas alterações verificadas entre as versões do MSS durante o tempo dizem respeito às próprias características dos satélites, que reduziram o tempo de revisita de 18 para 16 dias e aumentaram a acurácia no armazenamento dos dados de 6 para 8 bits. O sensor MSS a bordo do satélite Landsat 5 deixou de funcionar em 1995, ao contrário do sensor TM que o acompanhou e que continua enviando dados até o presente.
O sensor TM ((Thematic Mapper) foi lançado a bordo dos satélites Landsat4 e Landsat 5. Possui separação espectral adequada ao seu principal propósito, ou seja, oferecer subsídios para mapeamentos temáticos na área de recursos naturais. Continua em atividade no satélite L5 e opera com 7 bandas nas regiões do visível, infravermelho próximo, médio e termal. Apresenta melhor resolução espacial, acurácia radiométrica e posicionamento geométrico que seu antecessor, o sensor MSS. 
Os dados do sensor TM foram utilizados em pesquisas e definições de metodologias em amplas áreas do conhecimento científico e tiveram importância singular para a evolução das técnicas desenvolvidas e utilizadas no sensoriamento remoto mundial.
O sensor ETM (Enhanced Thematic Mapper) foi projetado para ser levado a bordo do Landsat6, no entanto, não entrou em operação devido à falha ocorrida no lançamento do satélite. Em relação ao seu antecessor, o sensor TM, foi incluída uma nova banda pancromática (banda 8) com 15 metros de resolução espacial e mantidas as demais configurações técnicas.
Satélite WORLDVIEW
Os satélites WorldView‐1 e WorldView‐2 são os primeiros satélites de uso comercial a utilizarem a tecnologia Control Moment Gyroscopes (CMGs). Esta tecnologia de alto desempenho fornece aceleração num nível 10Xacima de outros sensores e melhora tanto a capacidade de manobra como de segmentação. Com o CMGs, o tempo é reduzido de 60 segundos para apenas 9 segundos para realizar uma cobertura de uma faixa de 300 km. Isto significa que o satélite WorldView‐2 pode mover‐se de um alvo para outro com precisão e rapidez, permitindo a observação de múltiplos alvos em uma única passagem orbital.
De acordo com o fabricante, o satélite WorldView‐1 é o satélite pancromático mais ágil do mercado e coleta imagens de resolução submétrica. Operando a uma altitude de 496 km, o WorldView‐1 tem uma média derevisita de 1,7 dias e é capaz de recolher até 750.000 quilômetros quadrados de dados por dia.
Operando a uma altitude de 770 km, o satélite WorldView‐2 oferece resolução pancromática de 0,5 metros e resolução multiespectral de 1,8 metros. O satélite possui uma média de revisita de 1 dia e é capaz de recolher até 975.000 quilômetros quadrados de dados por dia. O sistema WorldView‐2 incorpora quatro bandasmultiespectrais clássicas (vermelho, azul, verde e infravermelho próximo) e também inclui quatro novasbandas (litoral, amarelo, vermelho ponta, e perto do infravermelho‐2).
Principais Sistemas Sensores ‐ Sensores Orbitais
PAN
Satélite WorldView‐1PAN, MS1 e MS2
Satélite WorldView‐2
Satélite RAPIDEYE
A missão comercial RapidEye é formada por uma constelação de 5 micro‐satélites multiespectrais, lançados em29 de Agosto de 2008 em um único foguete russo (DNEPR‐1). O controle é feito pela empresa alemã RapidEyeAG. O desenvolvimento da missão ocorreu em parceria com a empresa canadense de astronáutica MacDonald Dettwilerand Associates, Ltd., que forneceu os sistemas de pré‐processamento de dados e armazenamento deimagens aos satélites. A construção foi responsabilidade da SurreySatellite Technology Ltd. e a empresa Jena‐Optronik foi à responsável pela produção das câmeras.
No cenário mundial, o diferencial oferecido pela RapidEye é a capacidade de produzir conjuntos de imagens de qualquer ponto da Terra em pouco tempo, fazendo com que ele possa ser utilizado para monitoramentos deeventos em agricultura, cartografia, florestas, governos, seguradoras e em outros que necessitem de umaatualização de dados mais rápida. Cada satélite possui seu próprio nome, sendo eles: Tachys, Mati, Trochia, Choros e Choma.
 Principais Sistemas Sensores ‐ Sensores Orbitais
Os sensores REIS (RapidEye Earth Imaging System) foram instalados nos cinco satélites RapidEye e obtêm imagens da Terra em cinco faixas espectrais, sendo estas, o Azul (440–510nm), Verde (520‐590nm), Vermelho (630‐685nm), Red‐Edge (690‐730nm), sensível a alterações do teor de clorofila das plantas) e Infravermelho Próximo (760‐850nm), comuma área imageada de 77,25 km. O período de revisita dos satélites é de 24 horas (off‐nadir) e 5,5 dias (nadir). A resolução espacial oferecida pelo sensor é de 6,5 metros e 5 metros nas ortoimagens.
Satélite GEOEYE
A missão GeoEye representa a evolução dos satélites OrbView, originalmente responsabilidade da Empresa Orbimage (Orbiting Image Corporation). Em 2006, o controle dos satélites OrbView passou a ser feito pela Empresa GeoEye, com sede localizada na Virgínia (Estados Unidos). O satélite GeoEye-1 foi lançado em setembro de 2008 e alcança 41 cm de resolução espacial no pancromático e 1,6 metros no multiespectral, com fornecimento de imagens direcionado aos serviços Google Earth e Google Maps.
Principais Sistemas Sensores - Sensores Orbitais
A bordo do satélite GeoEye-1, os intervalos espectrais dos sensores pancromáticos e multiespectral sofreram alterações quando comparados aos seus antecessores lançados a bordo dos satélites OrbView 3 e OrbView 4 e a resolução espacial oferecida passou a ser de 41 centímetros no modo pancromático e 1,65 metros no modo multiespectral, com visadas laterais e obtenção de imagens com estereoscópica.
 Satélite ALOS
O satélite ALOS foi lançado em 24 de janeiro de 2006 pela JapanAerospaceExplorationAgency – JAXA, no centro espacial de Tanegashima (Japão) e entrou na fase operacional e fornecimento de dados ao público em24 de outubro de 2006. Deriva‐se da tecnologia desenvolvida por seus antecessores, os satélites japoneses ADEOS e JERS‐1. A ele foram incorporadas características necessárias aos satélites modernos de alta resolução: a grande velocidade e capacidade de tratamento dos dados e a precisão avançada na determinação de seu posicionamento espacial, já que possui sistema de controle de órbita e atitude baseados em GPS de dupla freqüência e rastreador de estrelas.
O sistema foi desenvolvido prioritariamente para fomentar pesquisas científicas e aplicadas na área desensoriamento remoto e prover o Japão e países da Ásia do Pacífico com dados cartográficos que pudessemoferecer subsídios ao estudo de temas ligados ao desenvolvimento sustentável, monitoramento de desastresnaturais e recursos naturais.
Três sensores estão a bordo do ALOS: o radiômetro PRISM (Panchromatic Remote‐SensingInstrument for StereoMapping) capaz de adquirir imagens tridimensionais detalhadas da superfície terrestre; o radiômetro multiespectral AVNIR‐2 (Advanced Visibleand Near Infrared Radiometer‐type 2) voltado aos mapeamentos deuso e cobertura das terras e o sensor de microondas PALSAR (Phased Arraytype L‐band Synthetic Aperture Radar) capaz de obter imagens diurnas e noturnas sem a interferência de nebulosidade.
Principais Sistemas Sensores ‐ Sensores Orbitais
O PRISM (Panchromatic Remote‐sensingInstrument for StereoMapping) é um radiômetro pancromático com resolução espacial de 2,5 metros. Possui três sistemas ópticos independentes, muito importantes na produção de pares estereoscópicos, com capacidade de obter dados nonadir e em visadas laterais de 24º. Os telescópios possuem espelhos e câmeras CCD e obtém cenas de 70 km ou35 km de acordo com a inclinação do sensor. O PRISM fornece dados com alta acurácia (1 metro) paraelaboração de modelos digitais de superfície e de levantamentos topográficos com escala de até 1:25.000.Devido ao caráter não comercial do sistema ALOS, o sensor PRISM pode ser interessante aos países que aindanão possuem levantamentos sistemáticos do relevo, como o caso do Brasil. O sensor não consegue obterimagens em áreas localizadas acima de 82º de latitudes Norte ou Sul.
O AVNIR‐2 (AdvancedVisibleandNearInfraredRadiometertype 2) é um radiômetro que opera nas regiões do visível e infravermelho, desenvolvido para mapeamentostemáticos em escalas de até 1:50.000, com ênfase em uso e cobertura das terras. É o sucessor do AVNIR queesteve a bordo do satélite ADEOS‐I, lançado em 1996. A área de imageamento do sensor limita‐se aos paralelosde 88,4º de latitude Norte e 88,5º de latitude Sul.
O PALSAR(PhasedArray L‐bandSyntheticAperture Radar) é um radar de abertura sintética que opera na Banda L, capaz de obter imagens diurnas ou noturnase em quaisquer condições atmosféricas. Foi desenvolvido pela JapanAerospaceExplorationAgency (JAXA) em parceria com a JapanResourcesObservation System Organization (JAROS) e derivou‐se da tecnologia queesteve a bordo dos satélites JERS‐1. O sensornão consegue obter imagens em áreas localizadas acima de 87,8ºde latitude Norte e 75,9º de latitude Sul.
 Satélite SPOT
A série de satélites SPOT é controlada pela empresa francesa Spot Image. O projeto foi iniciado no final dadécada de 70 sob liderança do governo francês, pelo Centre National d´EtudesSpatiales (CNES) e apoio daSuécia e Bélgica.
Os satélites da família SPOT foram desenhados para operar com sensores ópticos, em bandas do visível, infravermelho próximo e infravermelho médio. Ao todo foram lançados 5 satélites, divididos em três gerações, de acordo com alterações de suas cargas úteis.
Os 3 primeiros satélites da série SPOT (lançados em 1986, 1990 e 1993) levaram a bordo sensores HRV idênticos, capazes de oferecer resolução espacial de 10m e 20m em modo pancromático e multiespectral, respectivamente. O quarto satélite, lançado em 1998, inovou com o acréscimo do sensor VEGETATION ealterou alguns parâmetros do sensor HRV, transformando‐o no sensor HRVIR. O quinto satélite da série foilançado em 2005, com três tipos de sensores a bordo: HRG (evolução do sensor HRVIR com aumento naresolução espacial das imagens e retorno do canal pancromático), o sensor VEGETATION‐2 (idêntico ao seuantecessor) e o novo sensor HRS especializado em adquirir imagens stereo.
Hoje (2009) a plataforma do SPOT opera com três satélites (2, 4 e 5) e oferece imagens com resoluções espaciais que variam de 2,5m a 20m. Atuando em conjunto e devido à capacidade de visadas dos sensores, asérie fornece imagens das regiões de interesse em intervalos de 1 a 3 dias e é interessante por sua versatilidadena disponibilidade de imagens, na frequência e tamanho das áreas imageadas, na disponibilidade de váriosníveis de correção e na possibilidade de programação de imageamento.
As imagens SPOT possuem aplicações nas mais diversas áreas científicas e comerciais, no monitoramento de fenômenos e recursos naturais, acompanhamento do uso agrícola das terras, apoio ao monitoramento edefinição de áreas de preservação, atualização de mapas e cartas, entre outros.
Principais Sistemas Sensores ‐ SensoresOrbitais
Os sensores HRV (High ResolutionVisible) foram lançados a bordo da primeira geração de satélites da série SPOT. Foram projetados para adquirir imagens no modo pancromático e multiespectral, nas faixas do visível, infravermelho próximo einfravermelho médio. A bordo de cada satélite da série foram alocados dois instrumentos HRV que atuavam emconjunto na aquisição de imagens. Atualmente (2009), os sensores HRV lançados a bordo do SPOT‐2 continuamem operação. Devido à possibilidade de realizarem visadas em planos oblíquos verticais em ângulos de até 27º, o imageamento permite a obtenção de imagens em estereoscópica, além possibilitar a diminuição do período derevisita.
Os sensores HRVIR (High ResolutionVisible‐Infrared) foram lançados a bordo do satélite SPOT‐4. Possuem algumas mudanças em relação à versãoanterior (HRV), como o acréscimo de uma banda no infravermelho médio, com 20 m de resolução espacial(B4) para viabilizar mapeamentos na área de geologia e monitoramento de vegetação. Além disso, o canalpancromático foi substituído pelo canal M (com comprimento de onda idêntico ao estabelecido na B2, mas comresolução espacial de 10m). O satélite SPOT‐4 levou a bordo dois sensores HRVIR para atuarem em conjunto, adquirindo imagens da mesma região de interesse ou de regiões distintas, simultaneamente.
Dois sensores HRG (High ResolutionGeometric) foram lançados a bordo do satélite SPOT‐5 e evoluíram a partir dos sensores HRVIR. Asimagens adquiridas no modo multiespectral passaram a oferecer resolução espacial de 10m (com exceção dabanda do infravermelho médio com resolução de 20m); a banda pancromática foi reativada com intervaloespectral semelhante ao estabelecido no sensor HRV e resolução espacial de 5m. As duas câmeras que operamno modo pancromático podem adquirir imagens do mesmo ângulo e permitem, por meio de interpolação, adisponibilização de imagens com 2,5 metros de resolução espacial.
O projeto do sensor VEGETATION foi financiado pela União Européia e desenvolvido pelo CNES em parceriacom a Bélgica, Suécia e Itália, sendo lançado pela primeira vez a bordo do satélite SPOT‐4. O sensor atua nomonitoramento de mudanças ambientais, especializado em oferecer dados sobre cobertura vegetal e tambémcom canais voltados aos estudos oceanográficos e correção de efeitos atmosféricos. O sensor VEGETATION‐2possui as mesmas configurações do antecessor e foi desenhado para possibilitar continuidade na aquisição dedados dessa plataforma. É capaz de fornecer imagens obtidas em um só dia (primárias) assim como obtidas emintervalos de 10 dias (sintéticas).
O sensor HRS (High ResolutionStereoscopic) foi lançado a bordo do satélite SPOT‐5 e projetado especificamente para atuar na obtenção de imagens stereo para geração de MDE (Modelo Digital de Elevação) e viabilizar a produção de imagens ortorretificadas.
 Satélite QUICKBIRD
A série de satélites comerciais QUICKBIRD é controlada pela Empresa DigitalGlobe. O primeiro satélite da sérienão obteve sucesso no lançamento, ocorrido no ano 2000. O segundo satélite, lançado em outubro de 2001continua em operação e oferece imagens comerciais de alta resolução espacial. O sistema oferece dados com61 centímetros de resolução espacial no modo pancromático e 2,4 metros no modo multiespectral em um vastocampo de visada. O satélite é capaz de realizar visadas no ângulo de imageamento, o que permite agilidade naobtenção de imagens de determinado local, além da geração de pares estereoscópicos.
Devido à alta resolução espacial oferecida pelo satélite, possui aplicações diretas na área de mapeamentosurbanos e rurais que necessitam de alta precisão dos dados (cadastro, redes, planejamento, telecomunicações,saneamento, transportes), além de aplicações voltadas à área ambiental, dinâmica de uso e cobertura dasterras, agricultura e recursos florestais.
Principais Sistemas Sensores ‐ Sensores Orbitais
O satélite QUICKBIRD é capaz de obter imagens em amplas faixas de imageamento, com cenas de 16,5 km x16,5 km. Opera nos modos pancromáticos e multiespectral, nas faixas do visível e infravermelho próximo. As imagens oferecidas pelo satélite são voltadas ao uso comercial e possuem aplicações nas mais diversas áreas de interesse.
TIPOS DE SATELITES
O termo “satélite” que vamos conhecer agora é um sistema formado por módulos, que fica na órbita da Terra ou de qualquer outro planeta, mantendo velocidade e altitude constantes. Por ser construído pelohomem, é chamado de “artificial”, para se diferenciar dos satélites naturais, como a Lua, por exemplo.Existem vários tipos de satélites artificiais e com diversas finalidades, sendo alguns deles de:
• Comunicação
É o tipo de satélite mais conhecido. Distribui sinais de telefonia, Internet e televisão. A maioria usa a órbita geoestacionária (equatorial), ou seja, acompanha o movimento de rotação da terra, a 36.000 kmde altitude, apontando sempre para o mesmo lugar.
• Navegação
Uma constelação de 24 satélites ao redor da Terra, a cerca de 20.000 km de altitude, forma o GPS, sigla em inglês para Sistema de Posicionamento Global. Esse sistema é controlado pelos Estados Unidos, maspode ser utilizado por todos aqueles que têm um aparelho receptor, detectando sua posição na Terra. O Glonass é o sistema de navegação russo, e o Galileu, da União Europeia.
• Meteorológico
Usado para monitorar o tempo e o clima da Terra. Formações de nuvens, luzes das cidades, queimadas, efeitos de poluição, aurora, tempestades de raios e poeira, superfícies cobertas por neve e gelo e oslimites das correntes oceânicas são algumas informações ambientais coletadas por meio dos satélitesmeteorológicos. Os SCDs e o próprio CBERS integram o Sistema Brasileiro de Coleta de DadosAmbientais.
• Militar
Um satélite militar equipado com câmeras que funcionam no infravermelho (o que possibilita a identificação de alvos no escuro ou camuflados) consegue fotografar territórios com grande precisão.
• Exploração do Universo
É o satélite que carrega telescópios para observar o céu. O mais conhecido telescópio acoplado a um satélite é o Hubble, que desde 1990 produz imagens astronômicas incríveis e únicas. O satélite Lattes,que está sendo desenvolvido no INPE, terá como missão ajudar as pesquisas na área de Clima Espacial eAstronomia.
• Observação da Terra
Tem como missão monitorar o território e, para isso, carrega câmeras que registram imagens com diferentes resoluções espaciais. O CBERS, desenvolvido por Brasil e China, é um satélite de observação daTerra e trabalha a 780 km de altitude, em órbita polar, ou seja, no sentido norte-sul. Além do CBERS, o INPE trabalha no desenvolvimento de dois outros satélites desse tipo: o Amazônia e o MAPSAR. Esteúltimo será equipado com um radar que permitirá registrar imagens do território à noite ou mesmoquando ele estiver coberto por nuvens. O Google Earth, que você consulta na Internet, utiliza imagens dealtíssima resolução, como as do satélite americano IKONOS, para gerar seus mapas.
RESOLUÇÕES ESPACIAIS
Determina o tamanho do menor objeto possível de ser identificado na imagem. Leva em consideração o tamanho do pixel da imagem. Por exemplo: se um determinado alvo tem dimensões de 10 m x 10 m, logo a resolução espacial da imagem para que esse elemento seja identificado deve ser de 10 m.
Entretanto a prática nos mostra que para detectarmos o elemento, a resolução espacial deveria ser de, no mínimo, metade do seu tamanho.
Sua aplicação influencia inúmeros pontos de um estudo como, por exemplo, a escala de trabalho, o grau de detalhamento do produto e tipos de projetos em que a imagem pode ser usada.
	
	À esquerda, imagem do satélite SPOT (5 m de res.), À direita, imagem do satélite LANDSAT (30 m de res.). 
BIBLIOGRAFIA
Tipos de Resolução de Imagens Orbitais, em http://www.vasgeo.com.br/2013/03/resolucao-espacial-espectral-radiometrica-sensoriamento-remoto.html,acessado em 01/06/2015.
Sensoriamento Remoto: Principais Satélites, disponível em http://processamentodigital.blogspot.com.br/2009/12/sensoriamento-remoto-principais.html, acessado em 25/05/2015.
Satélites em Atividade, disponível em http://www.sat.cnpm.embrapa.br/conteudo/sensores_operantes.html, acessado em 26/05/2015

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