Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Escoamento em condutos forçados Prof.ª Tainara Ramos da Rocha Lins de Brito Rodrigues tainara.rodrigues@ifal.edu.br 1 Aspectos gerais • Conduto forçado x Conduto livre • Conduto forçado: o fluido escoa sob pressão diferente da atmosférica (d); • Conduto livre: Conduto sujeito à pressão atmosférica, pelo menos em um ponto da sua seção do escoamento. • Também conhecido por canal. 2 Aspectos gerais • As canalizações podem funcionar como condutos livres ou como condutos forçados. • Sendo os condutos livres executados com declividades preestabelecidas. 3 Riacho Salgadinho, Maceió - AL. Canal do Sertão – AL. Rio Coruripe – AL. Aspectos gerais • Enquanto que os condutos forçados devem ser projetados para resistir à pressão interna estabelecida. 4 Hidrelétrica de Itaipu – Fronteira entre Brasil e Paraguai. Rede de distribuição de água – Messias-AL. Escoamento em condutos forçados • A linha de carga (LC) e a linha piezométrica (LP) são conceitos fundamentais. • LC – lugar geométrico dos pontos representativos das três cargas: de velocidade, de pressão e de posição; 5 • LP – corresponde às alturas a que o líquido subiria em “piezômetros” instalados ao longo da tubulação; Escoamento em condutos forçados • LC e LP: • Separadas pelo termo U2/2g energia cinética ou carga de velocidade; 6 • Se o diâmetro for constante, a velocidade do líquido também será e as duas linhas paralelas. Perda de Carga 7 Perda de Carga • O líquido ao escoar transforma parte de sua energia em calor; há um ligeiro aquecimento do fluido e dos tubos. • Essa energia não é mais recuperada na forma de energia cinética e/ou potencial perda de carga (Δh). 8 Perda de carga (Δh) Perda de carga contínua (Δh´) Perda de carga localizada (Δh´´) Perda de Carga • Perda de Carga Contínua: ao longo da tubulação • Perda de Carga Localizada: devido à presença de conexões, aparelhos, etc. 9 Perda de Carga • A perda de carga (Δh) pode ser explicitada pela Equação de Bernoulli caso particular da 1ª Lei da Termodinâmica. 10 𝑍1 + 𝑃1 𝛾 + 𝑈21 2𝑔 = 𝑍2 + 𝑃2 𝛾 + 𝑈22 2𝑔 ± ℎ𝑒𝑖𝑥𝑜 + ∆ℎ Δh perdas por atrito pela tubulação + perdas dos acessórios Perda de Carga • É importante saber que: 11 2g U P 2 Z Carga potencial Carga de pressão Carga cinética Perda de Carga • A equação pode ser escrita em termos de cotas: 12 Leixo HHHH 21 Energia em 1 Energia em 2 Energia Perdida por atrito e calorEnergia fornecida (+) ou retirada (-) por um eixo Equação de Bernoulli modificada Perda de Carga 13 • Máquinas hidráulicas • Bomba: insere energia ao sistema (heixo > 0); • Turbina: utiliza a energia do sistema (heixo < 0). Leixo HHHH 21 Q W h eixoeixo . Perda de Carga Contínua 14 Perda de Carga Contínua • A perda de carga contínua (Δh’’) se deve, principalmente, ao atrito interno entre partículas escoando em diferentes velocidades. • As causas dessas variações de velocidade são: • Viscosidade do líquido (v); e • Rugosidade da tubulação (e). 15 Com o tempo, os tubos são atacados por fenômenos químico relativos aos minerais presentes na água e na sua superfície interna podendo surgir protuberâncias ou a ação corrosiva, condições que se agravam com o tempo. Perda de Carga Contínua • Protuberâncias ou ação corrosiva: • Deposição progressiva de substâncias contidas nas águas; e • Formação de camadas aderentes – incrustações; • Estas reduzem o diâmetro útil dos tubos e altera a sua rugosidade. 16 Atualmente, revestimentos internos especiais vêm sendo utilizados eliminar ou minorar esses fenômenos. Perda de Carga Contínua • A razão entre a perda de carga contínua (Δh’) e o comprimento do conduto (L) representa o gradiente ou a inclinação da linha de carga perda de carga unitária (J). 17 L h J . ' Perda de Carga Contínua Cálculo da Perda de Carga Contínua • Equação Universal • A análise dimensional pode ser utilizada para se obter uma relação entre a perda de carga contínua, parâmetros geométricos do escoamento no conduto e propriedades do fluido. 18 L g U D f h . 2 .' . 2 Perda de Carga Contínua Cálculo da Perda de Carga Contínua • Junção de algumas equações eq. perda de carga unitária: • Relação entre perda de carga unitária e comprimento do conduto; • Equação Universal da perda de carga contínua; e • Equação da Continuidade. Onde: f: coeficiente de perda de carga. 19 5 . 2 2 . 8 D Q g f J Perda de Carga Contínua Cálculo da Perda de Carga Contínua Onde: J: perda de carga unitária (m/m). U: velocidade média do escoamento (m/s); D: diâmetro do contudo (m); L: comprimento do conduto (m); Q: vazão (m³/s); f: coeficiente de perda de carga. 20 5 . 2 2 . 8 D Q g f J Perda de Carga Contínua Cálculo da Perda de Carga Contínua • O coeficiente de perda de carga (f) é um adimensional que depende basicamente do regime de escoamento. • Escoamento laminar (Re < 2000): equação de Hagen- Poiseuille; combinada com a equação universal da Δh’ dá f: 21 2 ..32 gD U J Re 64 f Hagen-Poiseuille DU . Re Perda de Carga Contínua Cálculo da Perda de Carga Contínua • Escoamento turbulento (Re > 4000): • Blasius • Nikuradse • Tubos lisos: • Tubos rugosos: 22 4/1Re 316,0 f 51,2 Re log2 1 f f e D f 7,3log2 1 DU . Re Perda de Carga Contínua Cálculo da Perda de Carga Contínua • Colebook e White • Faixa de transição (tubos lisos e rugosos); • Equação mais recomendada para determinação de f. • Combinando-a com a equação universal, tem-se a velocidade no escoamento: 23 Essa última equação também apresenta bons resultados nas outras faixas. f De f Re 51,2 7,3 / log2 1 gDJDD e gDJV 2 51,2 7,3 log22 DU . Re Perda de Carga Contínua Cálculo da Perda de Carga Contínua • Devido à dificuldade para o cálculo de f, Moody criou um diagrama que relaciona as equações do f: • Proveniente de Hagen-Poiseuille (escoamento laminar); e • Equação de Colebook e White (escoamento turbulento; faixa de transição – tubos lisos e rugosos). 24 Perda de Carga Contínua 25 Perda de Carga Contínua Cálculo da Perda de Carga Contínua • Equações simplificadas e mais utilizadas atualmente: • Swamee e Jain (5x10^3 ≤ Re ≤10^8 e 10^-6 ≤ e/D ≤ 10^-2) • Barr (Re > 10^5) 26 89,0Re 13,5 7,3 / log2 1 De f 2 9,0Re 74,5 7,3 ln 325,1 D e f Perda de Carga Contínua 27 Perda de Carga Contínua Cálculo da Perda de Carga Contínua • As fórmulas empíricas para a perda de carga contínua (Δh’) unitária mais utilizadas entre os projetistas de tubulações são: • Equação de Hazen-Williams • Empregada em condutos de seção circular com D > 50 mm conduzindo apenas água. • Coeficiente de perda (C) depende da natureza e das condições do material empregado nas paredes do tubo. 28 87,4 . 85,1 85,1 . 64,10 D Q C J Perda de Carga Contínua Cálculo da Perda de Carga Contínua • Equação de Hazen-Williams 29 87,4 . 85,1 85,1 . 64,10 D Q C J Idadedo tubo Valor de C Δh + velho menor maior + novo maior menor Perda de Carga Contínua Cálculo da Perda de Carga Contínua • Equação de Flamant • Originalmente testada para tubos de parede lisa de uma maneira geral. • Ajusta-se bem aos tubos de plástico de pequenos diâmetros, como os empregados em instalações hidráulicas prediais de água fria. 30 75,4 . 75,1 .000824,0 D Q J Perda de Carga Contínua Cálculo da Perda de Carga Contínua • Equação de Scobey • Indicada para o cálculo de perda de carga em redes de irrigação por aspersão e gotejamento que utilizam tubos leves. • Os valores do coeficiente de perda de carga Ks da equação de Scobey estão indicadas no quadro a seguir. 31 9,4 9,1 . . 245 D QK J s Perda de Carga Contínua Cálculo da Perda de Carga Contínua • Equações de Fair-Whipple-Hsiao • Equações recomendadas pela norma brasileira para projetos de instalações hidráulicas prediais. • Tubos de aço galvanizado e ferro fundido, conduzindo água fria. 32 88,4 . 88,1 .002021,0 D Q J Não há fórmula específica para tubos de aço galvanizado, conduzindo água quente; entretanto, essa fórmula tem sido empregada nesses casos, devido aos resultados a favor da segurança. Perda de Carga Contínua Cálculo da Perda de Carga Contínua • Tubos de cobre ou plástico, conduzindo água fria. • Tubos de cobre ou latão, conduzindo água quente. 33 75,4 . 75,1 .000859,0 D Q J 75,4 . 75,1 .000692,0 D Q J Perda de Carga Contínua Cálculo da Perda de Carga Contínua • As equações apresentam certa similaridade, diferindo, basicamente, no fator que multiplica a relação Q/D e os seus expoentes. • Equação genética da perda de carga unitária: Onde: β, n e m: parâmetros próprios da equação utilizada. 34 m n D Q J . . Perda de Carga Contínua Cálculo da Perda de Carga Contínua • Equação genética da perda de carga unitária: • Equação Universal • 𝛽 = 8𝑓 𝜋2𝑔 , 𝑛 = 2 , 𝑚 = 5 • Equação de Hazen-Williams • 𝛽 = 10,64𝐶−1,85, 𝑛 =1,85 , 𝑚 = 4,87 35 m n D Q J . . Aplicação do conteúdo EXERCÍCIO 1: Uma tubulação de 400 mm de diâmetro e 2000 m de comprimento parte de um reservatório de água cujo N.A. está na cota 90 m. A velocidade média no tubo é de 1,0 m/s; a carga de pressão e a cota no final da tubulação são 30 m e 50 m, respectivamente. a) Calcular a perda de carga provocada pelo escoamento nessa tubulação. b) Determinar a altura da linha piezométrica a 800 m da extremidade da tubulação. 36 Aplicação do conteúdo EXERCÍCIO 2: Uma adutora fornece a vazão de 150 L/s, através de uma tubulação de aço soldado, revestida com esmalte, diâmetro de 400 mm e 2 km de extensão. Determinar a perda de carga na tubulação, por meio da equação de Hazen-Williams, e comparar com a equação universal de perda de carga. 37 Perda de Carga Localizada 38 Perda de Carga Localizada • Função das mudanças de forma, de diâmetro, de direção do escoamento ou de combinações destas. • As mudanças podem surgir nas formas de: • Alargamentos ou estreitamentos; • Curvas; • Bifurcações; • Equipamentos diversos na canalização (válvulas e outras estruturas). 39 Perda de Carga Localizada • Perdas pontuais, ocorridas nas conexões, registros, etc., pela elevação da turbulência nestes locais. • Representam perturbações localizadas ou singularidades. • Para Re > 10^4, é possível ignorar o efeito da viscosidade. 40 Perda de Carga Localizada 41 Joelho de 90° soldável Curva de 90° soldável Perda de Carga Localizada • Na prática, dependem somente da geometria, a não ser nos casos de transições graduais. • Em alguns casos, como nas instalações hidráulicas prediais, a Δh’’ é mais importante do que a Δh’. • Isso se dá devido ao grande número de conexões e aparelhos, em relação ao comprimento da tubulação. • No caso de tubulações muito longas, com vários quilômetros de extensão, como nas adutoras, a Δh’’ pode ser desprezada. 42 Perda de Carga Localizada 43 Perda de Carga Localizada 44 Perda de Carga Localizada 45 Perda de Carga Localizada • A perda de carga singular é avaliada comparando-se o antes e o depois da singularidade. • Sem o efeito da singularidade (regime estabelecido). 46 Hipótese de escoamento unidimensional válida Perda de Carga Localizada • Zonas com características fortemente tridimensionais. 47 Aumento das tensões de cisalhamento Perda de Carga Localizada • Aceleração e aumento de intensidade de turbulência. 48 Perda de Carga Localizada • Redemoinho às custas da energia. 49 Perda de Carga Localizada • A energia se transforma em calor. 50 Perda de Carga Localizada • O processo de perda é contínuo, mas tratamos de maneira discreta. 51 Perda de Carga Localizada • Experiencias mostram que a Δh’’ para uma determinada peça pode ser calculada pela expressão geral: Onde: U: velocidade média da seção tomada como referência; e K: coeficiente que depende da geometria da singularidade e do número de Reynolds. • Os valores de K são obtidos experimentalmente. • Praticamente constantes para uma mesma peça e Re > 500.000. 52 g U Kh 2 .'' . 2 Perda de Carga Localizada Mudanças de diâmetro • Mudanças bruscas: alargamento brusco, contração brusca, entradas e saídas de canalização. • Mudanças graduais: estreitamentos graduais (convergentes) e alargamentos graduais (difusores ou divergentes). 53 Perda de Carga Localizada Mudanças de diâmetro • Mudanças bruscas – Alargamento brusco • Ocorre a desaceleração do fluido no trecho curto. 54 2211 AUAU Perda de Carga Localizada Mudanças de diâmetro • Borda (1733-1799) determinou teoricamente o coeficiente K para o caso de um alargamento brusco de tubulação. 55 2 2 11 A A K g U Khh 2 .'' . 2 Demonstração! Perda de Carga Localizada Mudanças de diâmetro • Quando a área da seção transversal A1 é muito menor que a área A2 (A1 << A2), como na passagem de uma tubulação para um reservatório, o coeficiente de perda de carga aproxima- se de 1. • Quando o encontro da tubulação é feita por meio de uma transição arredondada ou uma curva o valor de K reduz acentuadamente. 56 2 2 11 A A K g U Khh 2 .'' . 2 Perda de Carga Localizada Mudanças de diâmetro • Mudanças bruscas – Contração brusca • Contração do jato logo após uma expansão. 57 Perda de Carga Localizada Mudanças de diâmetro • Mudanças bruscas • Contração brusca 58 Bucha de redução soldável longa https://www.tigre.com.br/bucha-de-reducao-soldavel-longa Perda de Carga Localizada Mudanças de diâmetro • Mudanças bruscas – Entradas de canalização • Depende da forma geométrica e do ângulo de inclinação em relação à parede de entrada. • O mais comum é a aresta viva (90°) na lateral ou fundo dos reservatórios. 59 Perda de Carga Localizada Mudanças de diâmetro • Mudanças bruscas – Entradas de canalização 60 Perda de Carga Localizada Mudanças de diâmetro • Mudanças bruscas – Saídas de canalização • Descarga ao ar livre K = 1,0 • Para dentro de um reservatório • Se não houver recuperação de energia cinética com difusores esta será perdida K = 1,0 61 Perda de Carga Localizada Mudanças de diâmetro • Mudanças graduais – Estreitamentos graduais • Minimizar as perdas na transiçãoou simplesmente para manter o escoamento mais homogêneo. 62 Simplicidade de execução Melhor homogeneização Perda de Carga Localizada Mudanças de diâmetro • Mudanças graduais – Redução gradual 63 Bucha de redução soldável curta https://www.tigre.com.br/bucha-de-reducao-soldavel-curta Perda de Carga Localizada Mudanças de diâmetro • Mudanças graduais – Alargamentos graduais 64 Perda de Carga Localizada Equipamentos diversos • Válvula de gaveta ou registro de gaveta; • Válvula de pressão; • Válvula de retenção (posição horizontal); • Válvula de pé; e • Crivo. 65 Perda de Carga Localizada Equipamentos diversos • Válvula de gaveta • Válvula em que o elemento vedante é constituído de um disco circular (ou retangular). • Usada para interromper a passagem do escoamento, onde a válvula se movimenta verticalmente. 66 Perda de Carga Localizada 67 Equipamentos diversos • Válvula de gaveta Perda de Carga Localizada Equipamentos diversos • Válvula de gaveta 68 Perda de Carga Localizada Equipamentos diversos • Válvula de pressão • Usada para fechar o fluxo por completo e frequentemente. • Sistema de fechamento mais eficiente, mas com mais perda de carga que a válvula de gaveta. • Constituído de um disco metálico com anel de material vedante ou não. • Empregadas geralmente na saída de condutos em instalações domiciliares para o controle de vazão do sistema. 69 Perda de Carga Localizada Equipamentos diversos • Válvula de pressão • O anel sob a ação de uma haste é pressionado sobre o corpo da válvula. 70 Perda de Carga Localizada Equipamentos diversos • Válvula de pressão 71 Perda de Carga Localizada Equipamentos diversos • Válvula de retenção • Usada para evitar o retorno do fluxo quando a bomba interrompe o seu movimento. 72 Perda de Carga Localizada Equipamentos diversos • Válvula de retenção 73 Utilizada para bloquear o fluxo de água e evitar que ocorra o refluxo na tubulação. Perda de Carga Localizada Equipamentos diversos • Válvula de pé • Base de tubulações de recalque, quando a bomba não estiver afogada. • Evita que a canalização esvazie quando a bomba está parada. 74 Perda de Carga Localizada Equipamentos diversos • Válvula de pé • O crivo é geralmente utilizado junto a esta para proteger a canalização/bomba da entrada de materiais diversos. 75 Perda de Carga Localizada Coeficientes de perda de carga singular • Valores experimentais de K para alguns tipos de válvulas. 76 Perda de Carga Localizada Coeficientes de perda de carga singular • Valores experimentais de K para alguns tipos de válvulas. 77 Aplicação do conteúdo EXERCÍCIO 3: Uma tubulação de PVC, com 200 m de comprimento e 100 mm de diâmetro, transporta para um reservatório a vazão de 12,0 L/s. No conduto há algumas conexões e aparelhos que estão mostrados na figura a seguir, pede-se calcular: a) A perda de carga contínua; b) A soma das perdas de carga locais e sua percentagem em relação à perda de carga contínua; c) A perda de carga total. 78 Perda de Carga Localizada Método dos Comprimentos Virtuais ou Equivalentes • Outra forma de calcular a Δh’’. • Este método consiste, para efeito de cálculo apenas, na substituição das singulares presentes por um tubo de diâmetro, rugosidade e comprimento tal que proporciona a mesma perda de carga original das singularidades. • Igualando as equações de Δh’’ e Δh’, podemos comprovar a afirmação anterior. 79 Perda de Carga Localizada Método dos Comprimentos Virtuais ou Equivalentes • A soma dos comprimentos equivalentes – Le – das peças de um determinado trecho, acrescida do comprimento real desta L nos dá o comprimento virtual – Lv. 80 vLJh . g U D L f g U K hh e 2 .. 2 ''' 22 D L f K e Perda de Carga Localizada Método dos Comprimentos Virtuais ou Equivalentes • O Lv multiplicado pela perda de carga unitária – J – proporciona a perda de carga total da tubulação. 81 vLJh . ev LLL Perda de Carga Localizada Método dos Comprimentos Virtuais ou Equivalentes • Valores experimentais K para as peças normalmente empregas nas instalações hidráulicas. 82 Perda de Carga Localizada Método dos Comprimentos Virtuais ou Equivalentes • Valores experimentais K para as peças normalmente empregas nas instalações hidráulicas. 83 Aplicação do conteúdo EXERCÍCIO 4: Resolver o Exercício 3 agora pelo método dos comprimentos equivalentes. Uma tubulação de PVC, com 200 m de comprimento e 100 mm de diâmetro, transporta para um reservatório a vazão de 12,0 L/s. No conduto há algumas conexões e aparelhos que estão mostrados na figura a seguir, pede-se calcular: a) A perda de carga contínua; b) A soma das perdas de carga locais e sua percentagem em relação à perda de carga contínua; c) A perda de carga total. 84 Resumo de Perda de Carga 85 Velocidades Recomendadas 86 Velocidades Recomendadas Velocidades mínimas usuais • Muitos problemas em tubulações estão associados às velocidades dos escoamentos dos líquidos nos condutos. • A deposição de sedimentos na parede do tubo, por exemplo, ocorre a velocidades inferiores a 0,60 m/s. • Esta deposição pode provocar incrustações de partículas na parede do tubo, reduzindo sua seção de escoamento e a sua capacidade de vazão. 87 Velocidades Recomendadas Velocidades mínimas usuais • Uma limpeza periódica, através de escoamentos a altas velocidades, pode aumentar a vida útil do conduto. • Outro problema relacionado à velocidade baixa é a retenção de ar na tubulação que provoca um efeito semelhante ao do aumento das perdas de carga, reduzindo a eficiência do escoamento. • A velocidade média recomendada para a remoção do ar, está entre 0,60 e 0,90 m/s, a depender da inclinação da tubulação. 88 Velocidades Recomendadas Velocidades máximas usuais • Por outro lado, velocidades muito elevadas, pode provocar um aumento considerável na perda de carga. • Velocidades altas também podem causar os fenômenos da cavitação e golpe de aríete, provocando ruídos, vibrações e choques que danificam rapidamente as instalações. 89 g U Kh 2 .'' . 2 Velocidades Recomendadas Velocidades máximas usuais • Para sistemas de abastecimento de água: U = 0,60 + 1,5.D ou U = 3,5 m/s • Para instalações hidráulicas prediais, segundo a norma brasileira NBR 5626/98: U = 3,0 m/s 90 Pré-dimensionamento das canalizações 91 Pré-dimensionamento de canalizações • A velocidade de escoamento constitui um elemento importante para o pré-dimensionamento das tubulações. • Com base nos limites máximos de velocidade e na equação da continuidade é possível estabelecer a capacidade de vazão máxima das tubulações. 92 21 QQ 2211 UAUA Pré-dimensionamento de canalizações • O pré-dimensionamento a partir do critério de velocidade máxima permite a escolha do menor diâmetro possível e, consequentemente, o mais econômico. 93 Pré-dimensionamento de canalizações 94 O dimensionamento só estará completo após a verificação das pressões disponíveis. Traçado de Condutos 95 Traçado dos Condutos • Devido principalmente à topografia dos terrenos, os condutos podem estar totalmente abaixo, coincidentes ou acima, em alguns pontos, da linha piezométrica. 96 Traçado dos Condutos • Se a tubulação está totalmente abaixo da linha piezométrica (traçado 1), a pressão reinante na tubulação é superiorà Patm. • Trata-se de um conduto forçado, cujo dimensionamento pode ser feito com as equações já estudadas. 97 Traçado dos Condutos • Nos pontos mais altos há uma tendência de acumulação de ar, proveniente, normalmente, do ar dissolvido na água e do processo de enchimento da linha. • As elevadas pressões tendem a empurrar o ar para os pontos mais altos. • Se não for retirado pode causar a interrupção do fluxo. 98 Traçado dos Condutos • As ventosas são equipamentos utilizados para a remoção do ar. • Permitem também a admissão de ar, necessário ao processo de esvaziamento da tubulação, impossibilitando o colapso de tubos de paredes finas. 99 Dimensionamento da ventosa: dv ≥ D/8. Traçado dos Condutos • As ventosas são aparelhos dotados de flutuadores que acompanham o nível da água. 100 • Quando o nível da água sobe, o flutuador também sobe, vedando o niple de descarga; se o nível da água desce o niple de descarga se abre, permitindo a passagem de ar. Traçado dos Condutos • Cuidados especiais também devem ser dados nos pontos baixos das tubulações. • Instalação de descargas com registros para seu controle, destinados ao esvaziamento da tubulação para manutenção. 101 Dimensionamento da descarga: dd ≥ D/6. Traçado dos Condutos • Por uma questão de segurança, nos projetos de adutoras normalmente adota-se um traçado de tubulação totalmente abaixo da linha piezométrica, ou coincidente com esta. • Neste caso, o conduto tem escoamento livre e é denominado de conduto livre ou canal (traçado 2). 102 Traçado dos Condutos • Quando o conduto corta a linha piezométrica (traçado 3), o trecho da tubulação acima da linha piezométrica, fica sujeito a pressões inferiores à Patm. • Podendo ocasionar a contaminação da água, caso haja um rompimento neste local. 103 Carga de pressão efetiva negativa. Traçado dos Condutos • Ainda sobre o trecho onde o traçado 3 corta a LP: • Pressão reinante inferior à atmosférica de uma quantidade PQ. 104 γ p QTPT atm ________ Traçado dos Condutos 105 zero absoluto de pressão ____ QT ____ PT 0PQ ____ Traçado 3 X Traçado 1 Traçado 1 ____________ PQQTPT Traçado dos Condutos Traçado 3 X Traçado 1 106 ____________ PQQTPT Traçado dos Condutos 107 zero absoluto de pressão ____ QT ____ PT 0PQ ____ Traçado 3 Traçado 3 X Traçado 1 ____________ PQQTPT Traçado dos Condutos • No traçado 3, devido a diminuição da pressão, a vazão transportada seria menor que a projetada. • O trecho PY seria economicamente mal aproveitado. 108 Y H H3 3HHh Traçado dos Condutos • Nesta situação, a melhor solução é a construção de uma caixa de transição no ponto mais alto da tubulação. • Alterando a posição da linha piezométrica, ficando a tubulação totalmente abaixo desta e, portanto, sujeita a pressões positivas somente, como no traçado 1. 109 3HHh Traçado dos Condutos • Ainda sobre o trecho onde o traçado 3 corta a LP: • Difícil evitar as bolsas de ar; • Tendência de entrada de ar pelas juntas; • Pode haver contaminação da água; • Necessita de escorva (remoção do ar acumulado). 110 Traçado dos Condutos • No traçado 4, o conduto além de cortar a linha piezométrica, corta também o plano de carga estático. • Neste caso, a água não atinge naturalmente o trecho situado acima do nível de água no reservatório R1 e o escoamento só é possível após o enchimento da tubulação. • Este é o caso de funcionamento do sifão, estrutura hidráulica de condução. 111 Traçado dos Condutos “Um sifão é um dispositivo para transportar um líquido de uma altura para outra mais baixa, passando por um ponto mais alto (muito usado na agricultura).” 112 Traçado dos Condutos • No traçado 5, o conduto corta a linha piezométrica absoluta, sendo, portanto, impossível o escoamento por gravidade. • Nesta situação, o fluxo só é possível se no início da tubulação for instalada uma bomba para impulsionar o líquido até o ponto mais alto da tubulação. 113 Aplicação do conteúdo EXERCÍCIO 5: Dois reservatórios deverão ser interligados por uma tubulação de ferro fundido (C = 130), com um ponto alto em C. Desprezando as perda de carga localizadas, determine: a) O menor diâmetro comercial para a tubulação BD capaz de conduzir uma vazão de 70 L/s, sob a condição de carga de pressão na tubulação superior ou igual a 2,0 m. b) A perda de carga adicional dada por uma válvula de controle de vazão, a ser instalada próximo ao ponto D, para regular a vazão de 70,0 L/s, exatamente.. 114 Separação da coluna líquida e Cavitação 115 Separação da Coluna líquida e Cavitação • A consiste separação da coluna líquida na obstrução do escoamento causado por bolhas. • Essas bolhas são formadas pelos gases dissolvidos na água que se desprendem do líquido quando a pressão é reduzida à pressão de vapor. 116 Pressão de vapor correspondente ao valor da pressão na qual o líquido passa da fase líquida para gasosa. Separação da Coluna líquida e Cavitação • As bolhas tendem a aumentar de tamanho com a liberação dos gases. • Tornando a vazão intermitente, podendo, até mesmo, interrompê-la, se a bolha ocupar toda a seção do tubo. 117 Separação da Coluna líquida e Cavitação • A partir da equação de Bernoulli é possível calcular a pressão na seção 2 e compará-la com a pressão de vapor e assim prever se haverá ou não a separação da coluna. 118 h g UP Z g UP Z 22 2 22 2 2 11 1 Se P2 é igual ou inferior à Pv haverá separação da coluna líquida. Separação da Coluna líquida e Cavitação • A figura a seguir mostra um tubo Venturi com uma região de baixa pressão (seção 2) e duas de pressão alta (seção 1 e 3). 119 “O tubo Venturi serve para medir a velocidade do escoamento e a vazão de um líquido incompressível através da variação da pressão durante a passagem deste líquido por um tubo de seção mais larga e depois por outro de seção mais estreita.” Separação da Coluna líquida e Cavitação • Na seção 2, as bolhas são formadas como no mecanismo da separação da coluna líquida e carreadas pelo escoamento para um região de alta pressão (seção 3). • Na seção 3, as bolhas podem implodir pela ação da pressão externa (aumento da pressão). 120 Separação da Coluna líquida e Cavitação • O colapso das bolhas produz choque entre partículas fluidas que provoca flutuação na pressão e danifica a parede do conduto, reduzindo, assim, a capacidade de escoamento. • Este fenômeno é conhecido por cavitação, devido à formação de cavas ou bolhas no líquido. 121 Separação da Coluna líquida e Cavitação • Pode ocorrer também em regiões sujeitas a redemoinhos e turbulências que geram alta velocidade de rotação, causando a queda da pressão, como nos vertedores de barragens. • As válvulas estão também muito sujeitas a este tipo de problema, pois normalmente são usadas para provocar queda de pressão. 122 Separação da Coluna líquida e Cavitação • Outros exemplos de peças e aparelhos sujeitos à cavitação são os orifícios, reduções bruscas, curvas e bombas. • A cavitação apresenta ainda alguns inconvenientes, como: • Barulho e vibração provocados pelo colapso das bolhas. • Danos ao material na região de colapso das bolhas. 123 Separação da Coluna líquida e Cavitação • Uma das maneiras de se combater a cavitação consiste em dividir a queda de pressão em estágios. • Quando a cavitação é inevitável, deve-se especificar um material para o aparelhomais resistente à erosão provocada pela cavitação. 124 Separação da Coluna líquida e Cavitação 125 Aplicação do conteúdo EXERCÍCIO 6: Verificar na adutora que interliga o reservatório R1 ao R2, cujo perfil é mostrado na figura a seguir, se existe a possibilidade de separação da coluna líquida, quando esta transporta 280 L/s, conhecendo-se as seguintes características da adutora: Comprimentos: LAC = 2000 m, LCD = 200 m, LDE = 200 m, LEB = 2500 m; Diâmetro: 600 mm; Coeficiente de perda de carga da fórmula Universal = 0,015. 126 Introdução aos Transientes hidráulicos 127 Transientes hidráulicos • O termo transiente refere-se a alguma situação em que o escoamento varia com o tempo. • Deve ser analisado segundo a taxa de mudança da velocidade. • Mudança lenta na velocidade a compressibilidade não afeta significativamente o escoamento e o movimento do fluido pode ser considerado como um corpo sólido. 128 Transientes hidráulicos • Mudança rápida na velocidade uma onda de pressão é criada e percorre a tubulação à velocidade do som. • O choque violento das ondas de pressão sobre as paredes do conduto com o som deste, semelhante ao vaivém de uma aríete, fez com que o transiente hidráulico em condutos forçados, conduzindo água, fosse também conhecido por golpe de aríete. • A magnitude do golpe de aríete depende, principalmente, do tempo em que é realizada a alteração da velocidade, da compressibilidade do líquido e da elasticidade do tubo. 129 Transientes hidráulicos • Existem uma série de situações, em instalações hidráulicas, sujeitas ao golpe de aríete, como por exemplo: • Fechamento ou abertura de válvulas; • Partida ou parada de bombas; • Operação de válvulas (retenção, redutoras de pressão e de alívio); • Ruptura de tubulação; • Admissão ou expulsão de ar; • Mudança na demanda de potência de turbinas hidráulicas. 130 Transientes hidráulicos 131 Transientes hidráulicos • As soluções possíveis para evitar o golpe de aríete são: • Aumentar o tempo de abertura/fechamento das válvulas de controle; • Aumentar a espessura da tubulação; • Reduzir a velocidade de escoamento; • Maior controle na operação das tubulações; • Redução da velocidade da onda pela mudança do tipo de tubo ou pela injeção de ar; • Uso de dispositivos de proteção contra o golpe de aríete (válvulas de alívio, tanques de amortecimento, câmaras de ar, etc.). 132 Escoamento em Sistemas de Condutos forçados 133 Condutos equivalentes • Um conduto é equivalente a outro(s) quando transporta a mesma vazão sob a mesma perda de carga. • Conceito frequentemente utilizado para simplificar os cálculos hidráulicos de tubulações interligadas, cujas características dos condutos são diferentes. • Os condutos em série e em paralelo, podem ser transformados, para efeito de cálculo, em condutos simples. 134 Condutos equivalentes Condutos em série • Quando uma tubulação é formada por trechos de características distintas, colocados na mesma linha e ligados pelas extremidades, de tal maneira a conduzir a mesma vazão. 135 Condutos equivalentes Condutos em série • Sejam Δh1, Δh2 e Δh3 as perdas de carga nos trechos 1, 2 e 3, assim: 136 1 1 11 L D Q h m n 2 2 22 L D Q h m n 3 3 33 L D Q h m n Condutos equivalentes Condutos em série • Para substituição desses três condutos por outro equivalente, com diâmetro De, coeficiente de perda de carga βe e comprimento Le é necessário que a perda de carga no conduto equivalente Δhe seja: 137 321 hhhhe 3 3 32 2 21 1 1 L D Q L D Q L D Q L D Q m n m n m n em e n e Condutos equivalentes Condutos em paralelo • Aqueles cujas extremidades de montante estão reunidas em um mesmo ponto, assim como as extremidades de jusante em outro ponto. 138 Condutos equivalentes Condutos em paralelo • Assim, a vazão é dividida entre as tubulações em paralelo e depois reunida novamente a jusante. • Entretanto, nota-se na figura que os condutos em paralelos estão sujeitos à mesma Δh. 139 Condutos equivalentes Condutos em paralelo • Como a Δh é a mesma (as diferenças de cota são as mesmas), para substituir esses condutos por outro equivalente é necessário que: 140 321 hhhhe 321 QQQQe n m L Dh Q /1 . n m n m n m n ee m e L D L D L D L D /1 33 3 /1 22 2 /1 11 1 /1 Condutos equivalentes • Embora não tenha sido citado nas demonstrações anteriores, as perdas de carga localizada podem ser consideradas tanto nos condutos em série quanto nos em paralelo. • Desde que os comprimentos apresentados (L1, L2 e L3) representem a soma dos comprimentos dos tubos mais os comprimentos equivalentes das peças, conexões, etc. 141 L1, L2 e L3 devem representar os comprimentos virtuais Aplicação do conteúdo EXERCÍCIO 7: Uma adutora interliga dois reservatórios cuja diferença de nível é 15,0 m. Esta adutora é composta por dois trechos ligados em série, sendo o primeiro de 1.000 m de extensão e diâmetro 400 mm e o outro 800 m de comprimento e 300 mm de diâmetro, ambos os trechos com o coeficiente de perda de carga da fórmula Universal igual a 0,020. Desconsiderando as perdas de carga localizadas, pede-se: 142 a) Determinar a vazão escoada; b) Calcular a nova vazão se for instalada, paralelamente ao trecho 2, uma tubulação com 900 m de comprimento, 250 mm de diâmetro e com o mesmo coeficiente de perda de carga (f = 0,020). Condutos interligando reservatórios 143 Condutos interligando reservatórios • Quando dois reservatórios são interligados por uma tubulação e se deseja saber a vazão que escoa nessa tubulação, basta conhecer os parâmetros a seguir e utilizar uma equação de perda de carga. • O desnível de água entre os reservatórios; • O diâmetro; • O comprimento; e • O coeficiente de perda de carga da tubulação. 144 Condutos interligando reservatórios • Quando os condutos interligam três ou mais reservatórios, não é possível saber a priori o sentido de escoamento em todos os trechos da tubulação. 145 Condutos interligando reservatórios • É evidente que o reservatório mais elevado fornece água ao sistema, enquanto o mais baixo recebe água deste. • Entretanto, os reservatórios intermediários poderão tanto receber como fornecer água ao sistema, dependendo das cotas piezométricas das interligações. 146 Condutos interligando reservatórios Problema dos três reservatórios • Método proposto por Belanger. • Para determinar a vazão nos condutos que interligam três reservatórios, é necessário conhecer: • As cotas dos níveis de água nos reservatórios (Z1, Z2 e Z3); • Os diâmetros (D1, D2 e D3); • Os comprimentos (L1, L2 e L3); e • Os coeficientes de perda de carga (β1, β2 e β3) 147 Condutos interligando reservatórios Problema dos três reservatórios • Considerando que Z1 > Z2 > Z3: • Pode-se concluir que os sentidos de escoamento nos trechos 1 e 3 são de B para E e de E para G. • Já no trecho 2, o sentido de escoamento tanto pode ser de E para D como de D para E, dependendo somente da cota piezométrica em E, ou seja: • Se ZE + PE/ < Z2 o reservatório R3 é alimentado pelos outros dois reservatórios. 148321 QQQ Condutos interligando reservatórios Problema dos três reservatórios • Se ZE + PE/ > Z2 o reservatório R1 alimenta os outros dois reservatórios. • Se ZE + PE/ = Z2 o reservatório R2 não recebe e nem cede água. 149 321 QQQ 31 QQ 02 Q Condutos interligando reservatórios Problema dos três reservatórios • A forma mais simples de se determinar o sentido de fluxo no trecho DE é fazendo a hipótese de que ZE + PE/ = Z2, ou seja, Q2 = 0 e calculando Q1 e Q3 através de uma equação de Δh. • Se os valores de Q1 e Q3 forem iguais, a hipótese está correta e o problema está resolvido. • Do contrário, se Q1 > Q3 é porque Q1 = Q2 + Q3 e o sentido do fluxo é de E para D. 150 n m ZZ L D Q /1 21 11 1 1 n m ZZ L D Q /1 32 33 3 3 Condutos interligando reservatórios Problema dos três reservatórios • A solução do problema está condicionada à determinação das variáveis Q1, Q2, Q3 e PE/ do sistema de equações a seguir: • Trecho BE: • Trecho DE: • Trecho EG: • . 151 m n EE D LQ PZZ 1 111 1 m n EE D LQ ZPZ 2 222 2 m n EE D LQ ZPZ 3 333 3 321 QQQ Condutos interligando reservatórios Problema dos três reservatórios • Se Q1 < Q3 é porque Q1 + Q2 = Q3 e o sentido do escoamento é de D para E. Logo o sistema de equações para a solução do problema é: • Trecho BE: • Trecho DE: • Trecho EG: • . 152 m n EE D LQ PZZ 1 111 1 m n EE D LQ PZZ 2 222 2 m n EE D LQ ZPZ 3 333 3 321 QQQ Aplicação do conteúdo EXERCÍCIO 8: Determinar as vazões do sistema mostrado na figura, desprezando as perdas de carga localizadas: 153 Condutos interligando reservatórios Método do balanço de vazões • Também conhecido por Método de Cornish Método Iterativo. • Outro método frequentemente utilizado para o caso de mais de três reservatórios. • Nesse método não há limitação quanto ao número de reservatórios interligados. 154 Condutos interligando reservatórios Método do balanço de vazões • Inicia-se com a estimativa da cota piezométrica da junção ZE + PE/ e a partir daí as vazões são calculadas para cada trecho pelas equação a seguir e testadas na equação da continuidade. 155 Condutos interligando reservatórios Método do balanço de vazões 156 m n EE D LQ SINALPZZ 1 111 1 )( m n EE D LQ SINALPZZ 2 222 2 )( m n EE D LQ SINALPZZ 3 333 3 )( m n EE D LQ SINALPZZ 4 444 4 )( 0 1 E N l l qQ N: número de trechos que convergem para o nó E. Condutos interligando reservatórios Método do balanço de vazões • O (SINAL) indicado nas equações deve ser: • Positivo: caso a diferença entre as cotas piezométricas no trecho seja positiva, indicando que o fluxo está na direção da junção; e • Negativo: em caso contrário, ou seja, caso a vazão escoada no trecho em questão esteja saindo da junção. 157 Condutos interligando reservatórios Método do balanço de vazões • Se o valor estimado da cota piezométrica ZE + PE/ não gerar as vazões que atendam a equação da continuidade, uma correção ΔZ0 deve ser dada na cota piezométrica. • Passos: 158 CPB H1, H2, H3 e H4 Q1, Q2, Q3 e Q4 Calcular Z Condutos interligando reservatórios Método do balanço de vazões • Para calcular as vazões: ΔZ está embutido na equação, adicionado a CPB • Para calcular ΔZ: 159 n 1 m iii i i DLβ ΔH Q / sinal 4 1i ii N 1i Bi H/Q q-Q nΔZ
Compartilhar