Buscar

Anfíbios: características e adaptações

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

AMPHIBIA 
Os tetrápodes não amniotas são geralmente chamados de anfíbios, mas o 
termo está atualmente reservado aos tetrápodes não amniotas viventes, os 
lissanfíbios​ (Grego liss = liso). Os tetrápodes não amniotas atingiram seu pico 
de diversidade genérica no ​final do Carbonífero e no início do Permiano​, 
quando consistiam de formas aquáticas, semi-aquáticas e terrestres. 
 
O nome da classe (​gr.​amphi, ​dual​ + bios,​ vida​) indica que as espécies vivem 
parcialmente na água doce e parcialmente na terra. 
 
As três linhagens de anfíbios atuais (salamandras, rãs e cecilias) possuem 
formas corporais bastante diferentes, mas são identificadas como uma 
linhagem evolutiva monofilética devido a vários caracteres derivados 
compartilhados. Alguns desses caracteres — especialmente o tegumento 
permeável e úmido — conduziram a evolução das três linhagens em direções 
similares. 
 
Características gerais: 
➔ Pele úmida e glandular, sem escamas. 
➔ Extremidades pares para andar ou nadar 
➔ 4,5 dedos 
➔ 2 narinas com válvulas que impedem entrada de água 
➔ Pálpebras móveis nos olhos 
➔ Dentes finos 
➔ Língua protrátil 
➔ Crânio com 2 côndilos occipitais 
➔ Coração com 3 câmaras 
➔ Respiração por brânquias, pulmões, pele, mucosa bucal 
➔ Cordas vocais 
➔ Encéfalo com 10 pares de nervos cranianos 
➔ Ectotérmicos 
➔ Fecundação interna ou externa 
➔ Ovíparos 
➔ Órgão de Jacobson - No ambiente terrestre, o transporte de dados 
olfativos é feita por dados aéreos através do nariz. O órgão de jacobson 
aparece nos anfíbios e se abrem no interior das passagens nasais e são 
inervados a partir de uma área associada a lobos olfativos. Eles 
respondem informações químicas na boca ou no nariz e são acessórios 
no sentido de olfato e paladar. 
 
Adaptações evolutivas: 
(1) Modificação do corpo para andar em terra firme, retendo a capacidade 
de nadar 
(2) Pernas no lugar de nadadeiras pares 
(3) Modificações na pele para facilitar respiração 
(4) Perda das brânquias 
(5) Modificação no aparelho circulatório, respiratório, no metabolismo e na 
excreção 
(6) Aquisição de órgãos 
 
Todos os anfíbios adultos atuais são carnívoros e, dentro de cada grupo, 
relativamente poucas especializações morfológicas estão associadas a hábitos 
alimentares diferentes. Os anfíbios comem quase tudo que são capazes de 
capturar e engolir. Nas formas aquáticas, a língua é larga, achatada e 
relativamente imóvel, mas alguns anfíbios terrestres podem protrai-la para 
capturar a presa. 
 
URODELA - Salamandras 
 
As salamandras são alongadas e quase todas as espécies totalmente aquáticas 
apresentam quatro patas funcionais. Em sua locomoção combina a flexão 
lateral e a característica da locomoção dos peixes com o movimento das 
patas. A pedomorfose (presença de caracteres primitivamente juvenis, larvais 
ou embrionários em um organismo adulto) é difundida entre as salamandras e 
várias famílias de salamandras aquáticas são constituídas exclusivamente por 
formas pedomórfícas. → dentes e ossos, ausência de pálpebras, retenção de 
um sistema de linha lateral funcional e retenção de brânquias externas. 
 
Especialização alimentar​ - A família Plethodontidae se caracteriza pela 
ausência de pulmões​ e contém mais espécies e uma distribuição geográfica 
mais ampla do que qualquer outra linhagem de salamandras. Além disso, 
muitos Plethodontidae desenvolveram especializações do ​aparelho 
hiobranquial ​que permitem a ​protração da língua​ a distâncias consideráveis da 
boca para capturar a presa. Essa habilidade não evoluiu em salamandras 
pulmonadas, provavelmente porque, nessas formas, o ​aparelho hiobranquial​ é 
uma parte essencial do aparelho respiratório. Os Urodela ​não têm costelas​ e, 
portanto, não podem expandir e contrair a caixa torácica para fazer o ar entrar 
e sair dos pulmões. Em vez disso, empregam um ​bombeamento bucal​ que 
força o ar da boca para os pulmões. Um aparelho hiobranquial robusto no 
assoalho da boca e garganta representa uma parte essencial desse ​sistema de 
bombeamento​, já que a protração da língua exige que partes do aparelho 
hiobranquial sejam alongadas e livres. A modificação do aparelho hiobranquial 
que permite a protração da língua é incompatível com a respiração de 
bombeamento bucal. Depender do tegumento, em vez dos pulmões, nas 
trocas gasosas, talvez tenha sido um primeiro passo necessário na evolução da 
protração da língua nos Plethodontidae. 
Possuem ​discriminação visual sutil de distância e direção​. Os olhos tem grande 
número de nervos que se estendem até os centros visuais do cérebro, bem 
como a forte projeção visual contralateral. Assim tem uma projeção dupla 
completa dos campos visuais binoculares em ambos os hemisférios cerebrais. 
Conseguem avaliar com exatidão e rapidez a distância em que a presa se 
encontra. 
 
As salamandras Plethodontidae podem ser reconhecidas externamente pelo 
sulco nasolabial que se estende ventralmente desde as narinas externas até o 
lábio da maxila superior Esses sulcos são uma parte importante​ do sistema 
quimiossensorial. 
 
Defesa: ​Muitas espécies apresentam ​cores vistosas​ que servem como alerta 
para possíveis predadores, pois produzem ​secreções tóxicas​ por meio de 
glândulas​ localizadas na pele, concentrando-se na cabeça ou na cauda. Porém 
outras não produzem secreções nocivas, mas​ mimetizam as cores e padrões 
das espécies que as secretam. 
Ocorre em algumas espécies a ​perda da cauda quando atacadas, a mesma 
continua a mexer-se depois de solta, o que distrai a atenção do predador, 
permitindo a fuga. 
Reprodução:​ ​Algumas salamandras nunca completam a metamorfose em 
condições naturais e se reproduzem em estágio larval. Em outras salamandras, 
pode ou não ocorrer em resposta condições ambientais, chamada 
metamorfose facultativa. 
Possuem ciclo de vida complexo, que envolvem três fases distintas, ovo, larva e 
adulto ​(desenvolvimento indireto). No período reprodutivo, as fêmeas exalam 
um odor característico que nada mais é que uma forma de atrair os machos 
para o acasalamento. Durante o acasalamento ​o macho desprovido de pênis 
transfere para o corpo da fêmea uma cápsula com esperma ​(espermatóforo). A 
fêmea recolhe-o com os lábios cloacais.A ​fecundação é interna. O ovo contém 
substâncias de reserva para alimentar o embrião em desenvolvimento. Após a 
eclosão, emergem as larvas que tem um corpo esguio e longo, cauda e 
brânquias grandes e externas. 
 
ANURO - Sapos, rã e pererecas 
 
 ​A especialização do corpo para o salto​ é a característica esquelética mais 
evidente dos Anura. Os membros traseiros e os músculos formam um sistema 
de alavancagem capaz de arremessar o animal no ar e várias especializações 
morfológicas estão associadas a esse tipo de locomoção: ​as patas traseiras são 
alongadas e a tíbia e a fíbula estão fundidas. ​Uma ​pélvis poderosa fortemente 
ligada à coluna vertebral ​é evidentemente necessária, assim como um 
enrijecimento da coluna vertebral​. O ​ílio é alongado​ e se estende bastante para 
a frente, as ​vértebras mais caudais estão fundidas ​em um bastão sólido, o 
uróstilo. A pélvis e o uróstilo enrijecem a metade caudal do tronco. A coluna 
vertebral é curta, com​ apenas cinco a nove vértebras​ pré-sacrais que são 
reforçadas por zigapófises que restringem a flexão lateral.​ Os membros 
dianteiros fortes e a cintura peitoral flexível absorvem o impacto da 
aterrissagem. ​Os membros traseiros geram a potência que impulsiona o anuro 
no ar e esse alto nível de produção de potência resulta de​ características 
estruturais e bioquímicas dos músculos dos membros. ​A arquitetura interna do 
músculo semimembranoso e sua origem no ísquio e a inserção abaixo do 
joelho permitem que opere nocomprimento que produz a força máxima 
durante todo o período de contração. Além disso, ​o músculo encurta-se mais 
rapidamente e gera mais potência que os músculos da maioria dos outros 
animais.​ E também os ​processos fisiológicos intracelulares da contração 
muscular ​continuam no nível máximo ao longo de toda a contração, ao invés 
de diminuir, como é o caso dos músculos da maioria dos vertebrados. 
SAPO X PERERECA X RÃ 
 
(1) Sapo - Pele rugosa.Cabeça áspera. Glândula paratóide (veneno). Grande 
porte. Saltos curtos. Pernas mais curtas. Corpo relativamente pesado. 
Membranas interdigitais pouco desenvolvidas. 
(2) Perereca - Pele lisa. Cabeça e olhos grandes. Cintura fina. Pernas longas. 
Caminham de forma quadrúpede. Grandes saltos. Hábito arborícola. 
Membranas interdigitais com glândulas adesivas. 
(3) Rã - Pele lisa. Olhos esbugalhados. Corpo hidrodinâmico. Membranas 
interdigitais desenvolvidas. Hábito aquático. Pernas com comprimento 
maior que metade do corpo. 
Alimentação:​ Os Anura aquáticos utilizam a sucção para engolir o alimento na 
água, mas a maioria das espécies semi-aquáticas e terrestres possui línguas 
pegajosas que são protraídas para capturar a presa e trazê-la até a boca. 
Glândula paratóide:​ Externa da​ pele​, presente na parte traseira, na​ garganta​, 
atrás do​ olho​ ou no​ ombro​ de​ sapos​ e algumas​ salamandras​. Ela secreta uma 
substância leitosa com​ alcalóides​ que é usada em sua defesa. 
Voz e audição​: As cordas vocais servem para produzir os familiares chamados, 
distintos para cada espécie e que aproximam os sexos para acasalamento. Os 
chamados são emitidos pelos machos. Algumas espécies têm bolsa de 
ressonância na garganta, que amplificam os sons e possuem mecanismo que 
auxilia o reconhecimento das vocalizações. Como forma de evitar gastos 
excessivos de energia em, por exemplo, combate com outros machos por 
territórios ou fêmeas, o indivíduo vocaliza. A vocalização dá “dicas” para outro 
macho quanto ao seu tamanho e, ligado à isso, à sua força e, possivelmente à 
idade. Isso significa que este superou muitas das adversidades do ambiente e 
conseguiu sobreviver até então - o que significa, também, que este é um 
oponente forte e que em um combate físico, possivelmente, será o vencedor. 
Assim sendo, uma disputa vocal gasta menos energia do que uma disputa física 
e um indivíduo menos capaz pode, simplesmente, ceder e buscar outro 
território. Em relação à atração de fêmeas, a vocalização dá as mesmas “dicas”. 
Desvantagem : O canto atrai predadores. 
Tipos de vocalização: 
1 - Acasalamento de chamada, 2 - Chamada territorial, 3 - Chamada masculina, 
4 - Chamada feminina, 5 - Chamada de socorro, 6 - Chamada de socorro​. 
Reprodução:​ a fertilização é externa e o ovo que foi fecundado desenvolve-se 
fora do corpo da mãe. Dependendo da espécie de anfíbio anuro, os ovos são 
depositados na água, sob pedras, dentro de uma toca escavada no chão, em 
folhas, etc. O importante é que haja bastante umidade, o suficiente para o 
embrião crescer e transformar-se em​ ​girino​ (nome dado a larva dos anuros). 
Quando sai do ovo, o girino já nada e procura o seu próprio alimento mas para 
se protegerem de predadores ficam agrupados em grandes cardumes. Os pais 
de anfíbios anuros são muito cuidadosos com a prole e procuram garantir 
locais seguros para que ela se desenvolva. Os girinos crescem preparando-se 
para a vida fora da água: primeiro surgem o par de pernas traseiras, depois as 
dianteiras, a cauda vai sendo perdida e, finalmente, a preparação para respirar 
fora da água. 
 
GYMNOPHIONA - Cecílias 
 
 Os ​olhos são recobertos por tegumento ou mesmo por osso​. Algumas espécies 
são totalmente desprovidas de olhos, mas, em outras, ​a retina possui a 
organização estratificada​ típica dos Vertebrata e parece ser capaz de detectar a 
luz. ​Dobras dérmicas​ claramente visíveis (ânúlus, anéis) circundam o corpo das 
Gymnophiona. Os anéis primários se sobrepõem às vértebras e aos septos 
miotomais, refletindo a ​segmentação do corpo​. Muitas espécies de 
Gymnophiona têm ​escamas dérmicas​ no interior de bolsas nos anéis. Possuem 
um ​par de tentáculos​ protráteis, um em cada lado do focinho. É provável que o 
tentáculo seja um órgão sensorial que permite que as substâncias químicas 
sejam transportadas do meio ambiente até o órgão vomeronasal, localizado no 
teto da boca. 
Reprodução: ​É o único​ ​anfíbio​ com órgão copulador, constituído pela eversão 
do final do intestino, que se transforma em um tipo de “pênis”, chamado 
phallodeum. 
Essa deve ser uma adaptação à falta de patas, já que esse tipo de pênis 
funciona também como órgão para a apreensão da fêmea. São conhecidas 
espécies de cecílias vivíparas e ovíparas.Quando a larva sai dos ovos, vive na 
água, é vegetariana e respira por brânquias externas.Depois de passar por 
diversas transformações (metamorfoses), passa a ter respiração aérea. Respira 
o ar com um pulmão só. Respira também pela pele que é úmida e coberta de 
muco. 
 
Transição dos peixes aos primeiros vertebrados terrestres (anfíbios)​ - (1) 
Respiração pulmonar quando foram perdidas as brânquias nos adultos. (2) 
Aumento da transpiração pela transformação da pele na fina membrana 
dérmica dos anfíbios/ perda de escamas (3) Separação do fluxo sanguíneo 
pulmonar e fluxo sanguíneo sistêmico. (4) Coração com 4 câmaras para 
acomodar o fluxo ‘’duplo’’(5)Nadadeiras modificadas em pernas (6)Papel 
respiratório da pele x Manutenção dos níveis de água (7) Manutenção da 
excreta nitrogenada → transformação em ureia. (8) Língua musculosa e 
protrátil para captura de presas (9)Desenvolvimento de glândulas e pálpebras 
para lubrificação, limpeza e proteção (10) órgão de Jacobson 
Anfíbios e o clima​ - Anfíbios, de uma maneira geral, dependem muito das 
condições climáticas para sua sobrevivência, pois necessitam da temperatura 
do ar para controlar a temperatura de seus corpos e da umidade do ar para 
respirar efetivamente através da superfície de suas peles. As mudanças 
climáticas também podem favorecer condições a sobrevivência do fungo 
Batrachochytrium dendrobatidis​, ou quitrídio, é responsável por uma 
significativa queda populacional de anfíbios. 
Fatores que limitam a distribuição de anfíbios: 
1. Adaptação a um ambiente quente e seco - Limitada pelo papel 
respiratório da pele e manutenção dos níveis de água através da 
absorção cutânea 
2. Gradiente latitudinal - baixos níveis de o2 podem limitar funções 
fisiológicas 
3. Radiação ultravioleta - Ovos e girinos de anfíbios anuros podem sofrer 
alta mortalidade/deformação por exposição à radiação UV nas áreas de 
montanhas 
4. Disponibilidade de água - Dependem de ambientes aquáticos para 
sobreviver e colocar ovos 
5. Umidade - Influencia o comportamento de termorregulação dos 
anfíbios, uma vez que o tempo de exposição às fontes de calor é 
limitado tanto pelo nível de tolerância das espécies em perder água por 
desidratação como pela disponibilidade de água para a reidratação.

Continue navegando