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Associação de fungos a outros organismos 1 Micorriza É uma associação do tipo mutualista entre um fungo e a raiz de uma planta. Acredita-se que essa simbiose tenha surgido há pelo menos 400 milhões de anos. Ocorre na grande maioria das plantas vasculares. Gorzelak et al., 2015, Souza et al., 2006 Brassicaceae Cyperaceae 2 Há dois tipos principais: Endomicorrizas São as mais comuns, ocorrendo em cerca de 80% das plantas vasculares. O fungo componente pertence a Glomeromycota. As hifas do fungo penetram nas células corticais da raiz da planta, onde formam estruturas altamente ramificadas, denominadas arbúsculos, comumente denominadas micorrizas arbusculares (MA). Corte transversal esquemático de raiz endomicorrizada. Gorzelak et al., 2015; Gurgel, 2009; Souza et al., 2006 Há dois tipos principais: Ectomicorrizas São características de certos grupos de árvores e arbustos encontrados principalmente em regiões temperadas. O fungo envolve, mas não penetra nas células vivas das raízes. As hifas crescem entre as células do córtex da raiz, formando uma estrutura característica, a rede de Hartig. Corte transversal esquemático de raiz ectomicorrizada. Gorzelak et al., 2015; Gurgel, 2009; Souza et al., 2006 Alguns gêneros de plantas são capazes de formar simbioses viáveis com fungos endo e ectomicorrízicos simultaneamente (por exemplo, Salicaceae e Eucalyptus). Redes micorrízicas O micélio pode se estender no solo permitindo a formação de redes micorrízicas. Essas redes podem ligar duas ou mais plantas da mesma espécie ou de espécies diferentes. Essas redes micorrízicas influenciam a sobrevivência, crescimento, fisiologia, saúde, capacidade competitiva e comportamento das plantas e fungos ligados na rede. Gorzelak et al., 2015 Gorzelak et al., 2015 lIquens Associação mutualística entre um fungo e um organismo fotossintetizante. Lücking et al., 2017; Lumbsch e Leavitt, 2011, Raven et al., 2001 MICOBIONTE FOTOBIONTE Primeiro tópico: 27% das espécies conhecidas Ascomycota. Portanto, não formam um entidade taxonômico . 7 Raven et al., 2001, Spielmann, 2006 Estrutura geral de um líquen Quanto ao tipo de crescimento: Caloplaca saxicola Teloschistes chrysophthalmus Parmelia sulcata A B C Fruticoso Crostoso Folioso Primeiro tópico: 27% das espécies conhecidas Ascomycota. Portanto, não formam um entidade taxonômico . 8 líquens Os líquens estão amplamente distribuídos em todo planeta. Lücking et al., 2017; Lumbsch e Leavitt, 2011, Raven et al., 2001 (A e B) Liquens na Antártida. (C) Verrucaria sp. sobre cracas. (D) Líquen no deserto. A B C D 9 Leveduras de Cyphobasidium (Basidiomycota) Tremella lethariae. (Basidiomycota) Letharia vulpina Verde: Tremella lethariae; Vermelho: Letharia vulpina Amarelo: Cyphobasidium Azul: núcleo Atualmente são reconhecidos mais de 19.000 espécies de fungos liquenizantes, que comprendem 17% das 110.000 espécies de fungos descritas. Mais de 98% dos fungos liquenizantes pertencem a Ascomycota, o restante pertencem a Basiodimycota (172 espécies) Evidências filogenéticas sugerem que a liquenização evoluiu várias vezes de forma independente em ambos grupos. Lücking et al., 2017 Os gêneros mais comuns são: Xanthoparmelia Lecanora Arthonia Cladonia Pertusaria Ocellularia Graphis Caloplaca Usnea e Buellia Lücking et al., 2017 12 40 gêneros de fotobiontes são encontrados em combinação com ascomicetos. Os mais frequentes são as algas verdes Trebouxia, Pseudotrebouxia e Trentepohlia e a cianobactéria Nostoc. Uns poucos líquens podem incorporar dois fotobiontes: uma alga verde e uma cianobactéria. Raven et al., 2001 Trebouxia Pseudotrebouxia Trentepohlia Nostoc Fungos e animais invertebrados marinhos Atualmente são descritas mais de 800 espécies de fungos encontradas em ambientes marinhos. Mas ainda é extremamente limitado o entendimento da comunidade de fungos nesse ambiente. Acropora hyacinthus Chondrilla nucula Ascídia Yarden, 2014
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