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Materiais de Construção Civil - Agregados
Engenharia Civil – UNIP - Materiais de construção civil - prof agnelli.
AULA 2
 
AGREGADOS
ÁGUA UTILIZADA NA PREPARAÇÃO DE CONCRETOS
ADITIVOS UTILIZADOS NA PREPARAÇÃO DE CONCRETOS
AGREGADOS
1). Introdução
	
Uma vez que cerca de ¾ do volume do concreto são ocupados pelos agregados, não é de se surpreender que a qualidade destes seja de importância básica na obtenção de um bom concreto. 
O agregado exerce nítida influência não apenas na resistência mecânica do produto acabado como, também, em sua durabilidade e no desempenho estrutural. 
Este capítulo apresenta as principais propriedades dos agregados, analisando o seu grau de importância e responsabilidade na geração das características essenciais aos concretos.
Pode-se definir agregado como: material granular, inerte, com dimensões e propriedades adequadas e isentos de impurezas prejudiciais.
2) Classificação dos agregados
	Os agregados podem ser classificados quanto:
	( à origem;
	( às dimensões das partículas;
	( à massa específica (ρ) também conhecida por massa unitária.
	a) Quanto à origem, eles podem ser:
	( naturais ( já são encontrados na natureza sob a forma definitiva de utilização: areia de rios, seixos rolados, cascalhos, pedregulhos e outros.
	( artificiais ( são obtidos pelo britamento de rochas: pedra britada.
	( industrializados ( aqueles que são obtidos por processos industriais. Ex.: argila expandida e escória britada.
	Deve-se observar aqui que o termo artificial indica o modo de obtenção e não se relaciona com o material em si.
	b) Quanto à dimensão de suas partículas, a Norma Brasileira define agregado da seguinte forma: 
	( Agregado miúdo ( Areia de origem natural ou resultante do britamento de rochas estáveis, ou a mistura de ambas, cujos grãos passam pela peneira ABNT de 4,8 mm (peneira de malha quadrada com abertura nominal de “x” mm, neste caso 4,8 mm) e ficam retidos na peneira ABNT 0,075 mm.
	( Agregado graúdo ( o agregado graúdo é o pedregulho natural, ou a pedra britada proveniente do britamento de rochas estáveis, ou a mistura de ambos, cujos grãos passam pela peneira ABNT 152 mm e ficam retidos na peneira ABNT 4,8 mm.
c) Quanto à massa específica (ρ) pode-se classificar os agregados em leves, médios e pesados. 
						Leves: ρ < 2,0 t/m3
						Médios: 2,0 ( ρ ( 3,0 t/m3
						Pesados: ρ > 3,0 t/m3
3) Características das rochas de origem:
Atividade – o agregado pela própria definição, deve ser um elemento inerte, ou seja:
não deve conter constituintes que reajam com o cimento “fresco” ou endurecido.
não deve sofrer variações de volume com a umidade.
não deve conter incompatibilidade térmica entre seus grãos e a pasta endurecida.
 
Resistência Mecânica 
à compressão : a resistência varia conforme o esforço de compressão se exerça paralela ou perpendicularmente ao veio da pedra. O ensaio se faz em corpos-de-prova cúbicos de 4 cm de lado. Essa resistência é em torno de 150MPa.
Sob o aspecto de resistência à compressão, estes materiais não apresentam qualquer restrição ao seu emprego no preparo de concreto normal, pois tem resistência muito superior às máximas dos concretos. 
ao desgaste : a pasta de cimento (cimento e água) depois de endurecida, não resiste ao desgaste. Quem confere esta propriedade aos concretos é o agregado.
Ao desgaste superficial dos grãos do agregado quando sofrem atrito, dá-se o nome de abrasão. A resistência à abrasão mede, portanto, a capacidade que tem o agregado de não se alterar quando manuseado (carregamento, descarga e estocagem). Em algumas aplicações do concreto, a resistência à abrasão é característica muito importante, como por exemplo em pistas de aeroportos, em vertedouros de barragens e em pistas rodoviárias, pois o concreto sofre grandes atritos. 
A resistência à abrasão é medida na máquina “Los Angeles”, que consta, em essência, de um cilindro oco, de eixo horizontal, dentro do qual a amostra de agregado é colocada juntamente com esferas de ferro fundido. A NBR 6465 trata do ensaio à abrasão, dando as características da máquina e das cargas de agregado e esferas de ferro. O cilindro é girado durante um tempo determinado, sofrendo o agregado atrito e também um certo choque causado pelas esferas de ferro. Retirada do cilindro, a amostra é peneirada na peneira de 1,7mm; o peso do material que passa, expresso em porcentagem do peso inicial, é a “Abrasão Los Angeles”. 
 
Durabilidade – o agregado deve apresentar uma boa resistência ao ataque de elementos agressivos. 
O ensaio consiste em submeter o agregado à ação de uma solução de sulfato de sódio ou magnésio, determinando-se a perda de peso após 5 ciclos de imersão por 20 horas, seguidas de 4 horas de secagem em estufa a 105°C 
É de 15% a perda máxima admissível para agregados miúdos e de 18% para agregados graúdos, quando for usada uma solução de sulfato de magnésio.
4) Agregados Naturais: 
4.1) Areia natural: considerada como material de construção, areia é o agregado miúdo.
	
	A areia pode originar-se de rios, de cavas (depósitos aluvionares em fundos de vales cobertos por capa de solo) ou de praias e dunas.
	As areias das praias não são usadas, em geral, para o preparo de concreto por causa de sua grande finura e teor de cloreto de sódio. O mesmo ocorre com as areias de dunas próximas do litoral.
	Utilizações da areia natural:
	( Preparo de argamassas;
	( Concreto betuminoso – a areia entra na dosagem dos inertes do concreto betuminoso e tem a importante propriedade de impedir o amolecimento do concreto betuminoso dos pavimentos de ruas nos dias de intenso calor);
	( Concreto de cimento (constitui o agregado miúdo dos concretos);
	( Pavimentos rodoviários: constitui o material de correção do solo;
	( Filtros – devido a sua grande permeabilidade, a areia é utilizada para a construção de filtros, destinados a interceptar o fluxo de água de infiltração em barragens de terra e em muros de arrimo.
4.2) Seixo rolado ou cascalho: também denominado pedregulho, é um sedimento fluvial de rocha ígnea, inconsolidado, formado de grãos de diâmetro em geral superior a 5 mm, podendo os grãos maiores alcançar diâmetros até superiores a cerca de 100 mm. O cascalho também pode ser de origem litorânea marítima.
		( O concreto executado com pedregulho é menos resistente ao desgaste e à tração do que aquele fabricado com brita.
		( O pedregulho deve ser limpo, quer dizer, lavado antes de ser fornecido. Deve ser de granulação diversa, já que o ideal é que os miúdos ocupem os vãos entre os graúdos.
�
5) Agregados Artificiais:
	
5.1) Definições:
a) Pedra britada: agregado obtido a partir de rochas compactas que ocorrem em jazidas, pelo processo industrial da fragmentação controlada da rocha maciça. Os produtos finais enquadram-se em diversas categorias.
	
	
�
Figura ilustrativa sem escala
	b) Areia de brita ou areia artificial: agregado obtido dos finos resultantes da produção da brita, dos quais se retira a fração inferior a 0,15 mm. Sua graduação é entre 0,15 e 4,8mm.
	c) Fíler: agregado de graduação entre 0,005 e 0,075mm. Seus grãos são da mesma ordem de grandeza dos grãos de cimento e passam na peneira nº 200 (0,075 mm). É chamado de pó de pedra.
		O fíler é utilizado nos seguintes serviços:
na preparação de concretos, para preencher vazios;
na adição a cimentos;
na preparação da argamassa betuminosa;
como espessante de asfaltos fluidos.
	d) Bica-corrida: material britado no estado em que se encontra à saída do britador. Pode ser classificada em primária ou secundária. Será primária quando deixar o britador primário, com graduação aproximada entre 0 e 300mm, dependendo da regulagem e tipo de britador. Será secundária quando deixar o britador secundário, com graduação aproximada entre 0 e 76mm.e) Rachão: agregado constituído do material que passa no britador primário e é retido na peneira de 76 mm. É a fração acima de 76 mm da bica corrida primária. A NBR 9935 define rachão como “pedra de mão”, de dimensões entre 76 e 250 mm.
	f) Restolho: material granular, de grãos em geral friáveis (que se partem com facilidade). Pode conter uma parcela de solo.
	g) Blocos: fragmentos de rocha de dimensões acima do metro, que, depois de devidamente reduzidos em tamanho, vão abastecer o britador primário. 
5.2) Brita ou pedra britada:
a) Usos
	A NBR 7211, que padroniza a pedra britada nas dimensões hoje consagradas pelo uso, trata de agregado para concreto. Não obstante isso, e apesar de as curvas granulométricas médias dos agregados comerciais não coincidirem totalmente com as curvas médias das faixas da Norma, emprega-se o agregado em extensa gama de situações: 
concreto de cimento: o preparo de concreto é o principal campo de consumo da pedra britada. São empregados principalmente o pedrisco, a pedra 1 e a pedra 2. É também usado o pó de pedra, apesar de ter ele distribuição granulométrica não coincidente com a do agregado miúdo padronizado para concreto (areia). A tecnologia do concreto evoluiu, de modo que o pó de pedra é usado em grande escala.
Concreto asfáltico: o agregado para concreto asfáltico é necessariamente pré-dosado, misturando-se diversos agregados comerciais. Isto se deve ao ter ele de satisfazer peculiar forma de distribuição granulométrica. São usados: fíler, areias, pedras 1, 2 e 3.
Argamassas: em certas argamassas de enchimento, de traço mais apurado, podem ser usados a areia de brita e o pó de pedra.
Pavimentos rodoviários: para este emprego, a NBR 7174 fixa três graduações para o esqueleto e uma para o material de enchimento das bases de macadame hidráulico, graduações estas que diferem das pedras britadas.
Obs.: Macadame hidráulico é a camada granular composta por agregados graúdos, naturais ou britados, preenchidos por agregados miúdos e aglutinados pela água, cuja estabilidade é obtida pela ação mecânica enérgica de compactação. Denomina-se Macadame em homenagem ao inventor deste processo de pavimentação, engenheiro escocês John Loudon McAdam.
Lastro de estradas de ferro: este lastro (base) está padronizado pela NBR 5564, e consta praticamente de pedra 3.
Aterros: podem ser feitos com restolho, obtendo-se mais facilmente, alto índice de suporte do que quando se usam solos argilosos.
Correção de solos: usa-se o pó de pedra para correção de solos de plasticidade alta.
6) Agregados Industrializados
6.1) Agregados Leves:
Argila expandida: a argila é um material muito fino, constituído de grãos lamelares de dimensões inferiores a dois micrometros, formada, em proporções muito variáveis, de silicato de alumínio e óxidos de silício, ferro, magnésio e outros elementos. Para se prestar para a produção de argila expandida, precisa ser dotada da propriedade de piroexpansão, isto é, de apresentar formação de gases quando aquecida a altas temperaturas (acima de 1.000 oC). Nem todas as argilas possuem essa propriedade.
	O principal uso que se faz da argila expandida é como agregado leve para concreto, seja concreto de enchimento, seja concreto estrutural ou pré-moldado – com resistência de até fck(30 MPa. O concreto de argila expandida, além da baixa densidade de 1,0 a 1,8, apresenta muito baixa condutividade térmica – cerca de 1/15 da do concreto de britas de granito.
	Blocos e painéis pré-moldados usando argila expandida prestam-se bem a ser usados como isolantes térmicos ou acústicos, no que são auxiliados pela baixa densidade do material, que pode variar de 0,6 a 1,5, contra 2,6 do concreto de brita de granito ou de basalto.
Escória de alto-forno: é um resíduo resultante da produção de ferro gusa em altos-fornos, constituído basicamente de compostos oxigenados de ferro, silício e alumínio.
	A escória simplesmente resfriada ao ar, ao sair do alto forno (escória bruta), uma vez britada, pode produzir um agregado graúdo. Normalmente, após receber um jato de vapor, a escória é resfriada com jatos de água fria, produzindo-se, então, a escória expandida, de que resulta um agregado da ordem de 12,5 a 32mm. Quando é imediatamente resfriada em água fria, resulta a escória granulada, que permite obter um agregado miúdo de graduação de 0 a 4,8mm, aproximadamente.
	A escória granulada é usada na fabricação do cimento Portland de alto-forno. Usa-se a escória expandida como agregado graúdo e miúdo no preparo de concreto leve em peças isolantes térmicas e acústicas, e também em concreto estrutural, com resistência a 28 dias da ordem de 8 a 20 MPa e densidade da ordem de 1,4.
�
Vermiculita: é um dos muitos minérios da argila. A vermiculita expandida tem os mesmos empregos da argila expandida.
�
6.2) Agregados Pesados:
Hematita: a hematita britada constitui os agregados miúdo e graúdo que são usados no preparo do concreto de alta densidade (dito “concreto pesado”) destinado à absorção de radiações em usinas nucleares (escudos biológicos ou blindagens). O grau de absorção cresce com o aumento da densidade do concreto
�
Barita: pela sua alta densidade, a barita também é usada no preparo de concretos densos.
�
7) Principais propriedades físicas dos agregados:
Massa específica Aparente (massa unitária)
É a relação entre a massa de um certo volume total de agregados e este volume.
ρ = m/v
A NBR 7251 (ABNT, 1982) –Agregado em estado solto: determinação da massa unitária- propõe para a determinação da massa específica aparente do agregado o uso de um recipiente metálico em forma de paralelepípedo, de volume (V) conhecido. A amostra seca é nele colocada sem qualquer adensamento, procurando-se desse modo reproduzir a situação da obra, quando o operário transporta o agregado em baldes ou padiolas, sem adensamento.
É de grande importância essa determinação, pois é a partir dela que se faz a transformação dos traços em peso para volume e vice-versa. Em termos médios, os agregados apresentam massa específica aparente da seguinte ordem:
areia fina 	1.520 kg/m3
areia média 	1.500 kg/m3
areia grossa 	1.480 kg/m3
brita 1 		1.450 kg/m3
brita 2 		1.420 kg/m3
brita 3 		1.400 kg/m3
seixo rolado 	1.500 kg/m3
	A massa unitária aproximada dos agregados comumente usados em concreto normal varia de 1.300 a 1.750 kg/m3
b) Massa Específica Real
É a relação entre a massa e o volume de cheios, isto é, o volume de grãos do agregado, excluindo-se os poros permeáveis e os vazios entre os grãos. 
Para muitas rochas comumente utilizadas, a massa específica real varia entre 2.600 e 2.700 kg/m3.
c) Índice de Vazios: é a relação entre o volume total de vazios e o volume total de grãos.
No caso dos agregados miúdos o espaço intergranular é menor que nos agregados graúdos, porém a quantidade destes espaços vazios é bastante superior, por isso podemos dizer que os totais de espaços vazios nos agregados miúdos e graúdos independem do tamanho máximo dos grãos. A mistura de agregados miúdos e graúdos, entretanto, apresentará, sempre, um menor volume de vazios. 
	
d) Compacidade (c): é a relação entre o volume total ocupado pelos grãos e o volume total do agregado.
e) Finura: quando um agregado tem seus grãos de menor diâmetro que um outro, diz-se que ele tem maior finura.
f) Área específica: é a soma das áreas das superfícies de todos os grãos contidos na unidade de massa do agregado. Admite-se para área da superfície de um grão, a área da superfície de uma esfera de igual diâmetro; o grão real tem, contudo, superfície de área maior que a esfera. A forma dos grãos de brita é irregular e sua superfície extremamente rugosa; para a mesma granulometria, os agregados com grãos mais regulares têm menor superfície específica. 
g) Umidadee inchamento do agregado miúdo
Umidade:
O conhecimento do teor da umidade dos agregados é muito importante, pois a quantidade de água que os mesmos transportam para o concreto altera substancialmente o fator água/cimento, ocasionando decréscimo da resistência mecânica do concreto. Quando se trabalha com dosagem em volume, a umidade da areia provoca o fenômeno conhecido como inchamento que deve ser considerado quando da conversão dos traços de peso para volume. 
Inchamento nos agregados miúdos:
Chama-se de inchamento o aumento do volume aparente do agregado miúdo quando úmido. Este aumento é produzido pela separação entre os grãos da areia devido à película de água que se forma em torno do grão provocando um afastamento entre as partículas. Assim, na realidade, num mesmo volume tem-se menos material.
Nos agregados graúdos, os tamanhos dos vazios são muito maiores que a espessura da película de água, não ocorrendo o inchamento. 
Esse fenômeno deve ser levado em consideração na medida do volume da areia para os traços de concreto em volume. 
 
8) Exigências normativas da NBR 7211:
8.1) Granulometria: define a proporção relativa, expressa em porcentagem, dos diferentes tamanhos de grãos que se encontram constituindo um todo. Pode ser expressa pelo material que passa ou pelo material retido por peneira e acumulado.	
A granulometria dos agregados é característica essencial para estudo das dosagens do concreto.
			Para caracterizar um agregado é, então, necessário conhecer quais são as parcelas constituídas de grãos de cada diâmetro, expressas em função da massa total do agregado. Para conseguir isto, divide-se, por peneiramento, a massa total em faixas de tamanhos de grãos e exprime-se a massa retida de cada faixa em porcentagem da massa total.
	a) Peneiras (Série Normal e Série Intermediária): conjunto de peneiras sucessivas, que atendem a NBR 5734, com as seguintes aberturas discriminadas:
	PENEIRAS
	Série Normal
	Série Intermediária
	76 mm
	-
	-
	64 mm
	-
	50 mm
	38 mm
	-
	-
	32 mm
	-
	25 mm
	19 mm
	-
	-
	12,5 mm
	9,5
	-
	-
	6,3
	4,8 mm
	-
	2,4 mm
	-
	1,2
	-
	0,600
	-
	0,300
	-
	0,150
	-
b) Limites granulométricos do agregado miúdo
	Peneira ABNT
	Porcentagem, em massa, retida acumulada na peneira ABNT, para a 
	
	Zona 1 
(muito fina)
	Zona 2
(fina)
	Zona 3
(média)
	Zona 4
(grossa)
	9,5 mm
	0
	0
	0
	0
	6,3 mm
	0 a 3
	0 a 7
	0 a 7
	0 a 7
	4,8 mm
	0 a 5
	0 a 10
	0 a 11
	0 a 12
	2,4 mm
	0 a 5
	0 a 15
	0 a 25
	5 a 40
	1,2 mm
	0 a 10
	0 a 25
	10 a 45
	30 a 70
	0,6 mm
	0 a 20
	21 a 40
	41 a 65
	26 a 85
	0,3 mm
	50 a 85
	60 a 88
	70 a 92
	80 a 95
	0,15 mm
	85 a 100
	90 a 100
	90 a 100
	90 a 100
Limites granulométricos do agregado graúdo
	A NBR 7211 classifica os agregados graúdos segundo a tabela abaixo:
	Peneiras
	Porcentagens retidas acumuladas
	
	Classificação (Graduação)
	
	0
	1
	2
	3
	4
	76
	-
	-
	-
	-
	0
	63
	-
	-
	-
	-
	0 - 30
	50
	-
	-
	-
	0
	75 – 100
	38
	-
	-
	-
	0 – 30
	90 – 100
	32
	-
	-
	0
	75 – 100
	95 – 100
	25
	-
	0
	0 – 25
	87 – 100
	-
	19
	-
	0 - 10
	75 – 100
	95 – 100
	-
	12,5
	0
	-
	90 – 100
	-
	-
	9,5
	0 – 10
	80 – 100
	95 – 100
	-
	-
	6,3
	-
	92 – 100
	-
	-
	-
	4,8
	80 – 100
	95 – 100
	-
	-
	-
	2,4
	95 – 100
	-
	-
	-
	-
Curvas Granulométricas�
d) Módulo de finura (Mf): é a soma das porcentagens retidas acumuladas em massa de um agregado, nas peneiras da série normal, dividida por 100.
	Exemplo:
	PENEIRAS (mm)
	MATERIAL RETIDO (g)
	% SIMPLES
	% ACUMULADO
	4,8
	30
	3
	3
	2,4
	70
	7
	10
	1,2
	140
	14
	24
	0,6
	320
	32
	56
	0,3
	300
	30
	86
	0,15
	120
	12
	98
	Fundo
	20
	2
	100
	
	( = 1000g
	
	Mf=277/100 = 2,77
	Obs. Na tabela anterior todas as peneiras são da série normal, por isso para o cálculo do módulo de finura somou-se todos os percentuais retidos acumulados. Atenção!
	Os módulos de finura para a areia, variam entre os seguintes limites:
Muito fina: MF < 1,71
Fina: 1,72 < MF < 2,11
Média: 2,12 < MF < 2,71
Grossa: MF > 2,71
	
e) Dimensão Máxima (Dm) : grandeza associada à distribuição granulométrica do agregado, correspondente à abertura de malha quadrada, em mm, à qual corresponde uma porcentagem retida acumulada igual ou imediatamente inferior a 5% em massa.
As britas podem ser classificadas em: 
Brita 1( (Dm) = 12,5mm
Brita 2( (Dm) = 25mm
Brita 3( (Dm) = 38mm
Brita 4( (Dm) = 76mm
Brita 5( (Dm) = 100mm
Na tabela acima, o diâmetro máximo do agregado é 4,8 mm, pois é na peneira 4,8 mm que o percentual retido acumulado é igual ou imediatamente inferior a 5%. Trata-se, portanto, de um agregado miúdo.
�
8.2) Forma dos grãos: os grãos dos agregados não têm forma geometricamente definida. 
a) Quanto às dimensões:
Com relação ao comprimento (c), largura () e espessura (e), os agregados classificam-se em alongados, cúbicos, lamelares e discóides, conforme sejam as relações entre as três dimensões, que definem o coeficiente de forma.
	b) Quanto à conformação da superfície:
angulosos: quando apresentam arestas vivas e pontas (britas);
arredondados: quando não apresentam arestas vivas (seixos).
	c) Quanto à forma das faces:
conchoidal: quando tem uma ou mais faces côncavas;
defeituoso: quando apresentam trechos convexos.
A forma dos grãos tem efeito importante no que se refere à compacidade, à trabalhabilidade e ao ângulo de atrito interno.
A influência da forma é mais acentuada nos agregados miúdos. Argamassas de revestimento, por exemplo, se preparadas com areia artificial, ficam tão rijas que não se podem espalhar com a colher, constituindo o que se chama de argamassas duras.
Concretos preparados com agregados de britagem exigem 20% mais água de amassamento do que os preparados com agregados naturais, sendo os grãos lamelares os mais prejudiciais. Apesar disso, concretos de agregados de britagem têm maiores resistências ao desgaste e à tração, devido a maior aderência dos grãos à argamassa. 
8.3) Substâncias nocivas: são aquelas existentes nas areias ou britas que podem afetar alguma propriedade desejável no concreto fabricado com tal agregado.
Reatividade Álcali-Agregado (ou Reatividade Potencial) - as reações álcali-agregado são processos químicos que envolvem os álcalis do cimento e agregados cujas características minerais ou texturais os tornam reativos. Seus produtos são géis alcalinos e materiais cristalinos expansivos que, desenvolvendo-se em fissuras e vazios da argamassa e, eventualmente, dos agregados, promovem a abertura e propagação das descontinuidades, com conseqüente aumento da permeabilidade e diminuição da resistência química do concreto a agentes externos.
Por serem processos químicos favorecidos pela variação de umidade, ocorrem preferencialmente em concretos de barragens.
A caracterização das reações álcali-agregado através de seus produtos permite avaliar o grau de comprometimento da estrutura e balizar eventuais ações para minimização dos danos decorrentes.
Experimentalmente, o teor máximo de álcalis para os cimentos é determinado em 0,6% quando os agregados utilizados para produção de concretos contiverem tais minerais.
Teor de cloretos (encontrados nas areias de dunas e praias): os cloretos têm efeito danoso em concretos destinados à estruturas (concreto armado), porém são utilizados como aceleradores de pega. O cloreto ataca o aço das armações de modo que a seção transversal de uma barra pode crescer até 16 vezes o tamanho original, lascando o concreto e expondo a armação, reduzindo a capacidade de trabalho das peças estruturais. O teor máximo de cloreto desódio aceitável é 0,08% do peso da areia.
c) Argila em torrões: partículas presentes nos agregados, suscetíveis de serem desfeitas pela pressão entre os dedos polegar e indicador. Nos agregados miúdos o máximo aceitável é de 1,5%, em peso seco.
d) Material pulverulento: material impalpável que pode ser encontrado na superfície dos grãos do agregado graúdo, o qual pode prejudicar a aderência da argamassa, reduzindo o desempenho do concreto. Nos concretos submetidos ao desgaste superficial, o percentual máximo aceitável em peso de material pulverulento é de 3,0% e para os demais concretos, 5%.
e) Materiais friáveis e materiais carbonosos: (constituídos de partículas de carvão, madeira e matéria vegetal sólida, é permitido um máximo de 0,5% para concretos onde a aparência é importante e de 1,0 % para os demais concretos), assim como a argila em torrões pode desfazer-se com a pressão dos dedos.
f) Fragmentos macios e friáveis: alteram a distribuição granulométrica e introduzem material de alta absorção de água, o que altera a trabalhabilidade e a resistência do concreto.
g) Óleos: podem atacar quimicamente o concreto. Penetram nos poros do concreto seco e, por sua ação lubrificante reduzem a resistência do mesmo, podem destruir a aderência entre a argamassa, os grãos e a armação, resultando na desagregação do concreto.
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Agregado Miúdo
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h% = percentual de umidade
I% = percentual de inchamento
Vah= volume de areia úmida
Vas = volume de areia seca
Pah = peso de areia úmida
Pas = peso de areia seca
Agregado Graúdo
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