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Energia: Fontes e Regulação

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Energia
O conceito de energia elétrica, segundo a EDP ([s.d.]), é definido pela capacidade de uma corrente elétrica realizar trabalho, podendo ser obtida por meio da energia química ou da energia mecânica pelas turbinas e geradores que transformam essas formas de energia em energia elétrica.
Existem diversas fontes de energia que são classificadas em dois tipos: renováveis e não renováveis.
Energias renováveis são: energia solar, eólica, hídrica, da biomassa, das ondas, das marés, entre outras.
Energia não renováveis são: os combustíveis fósseis, tais como o petróleo, o carvão mineral, o gás natural, o xisto betuminoso e os combustíveis nucleares.
O consumo de energia elétrica dos aparelhos de uma casa é obtido calculando o tempo durante o qual o aparelho permanece ligado e multiplicando pela potência deste, conforme a fórmula a seguir:
E=T*W/1000
Onde:
E = consumo de energia (kWh).
t = tempo (h).
P = potência (W).
A crise no setor elétrico piorou com as mudanças ocorridas na Constituição Federal de 1988, que eliminou o imposto único sobre energia elétrica e transferiu para os estados a arrecadação tributária equivalente, por meio do ICMS. As condições de funcionamento do setor elétrico estavam se deteriorando e a alternativa encontrada foi fazer uma mudança qualitativa na atuação do Estado em relação ao setor.
A década de 1990 foi marcada por profundas mudanças no cenário elétrico nacional. Em 1992, foi lançado o Plano Nacional de Desestatização, com objetivo de privatizar as empresas estatais. O processo se daria pela venda das concessionárias federais atuantes no ramo de distribuição.
Em 1995, a Lei 8.987 regulamentou o processo de concessões dos serviços do setor elétrico para investidores e a desestatização dos empreendimentos existentes.
Ainda em 1996, segundo o Ministério de Minas e Energia, o Governo Federal criou a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a fim de regular as atividades empresariais, fiscalizando a produção, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica.
Em 1997, foi criado o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) pela Lei n° 9.478, com diversos princípios e objetivos atrelados. Como a criação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, em 1997, que tem como objetivo coordenar a gestão integrada das águas, por meio do seu planejamento e controle, cobrando pelo seu uso, além da preocupação de preservar a água, entre outras atribuições.
Em 1998, foi criado o Mercado Atacadista de Energia (MAE),que tinha como propósito a gestão das transações comerciais de energia elétrica, e o Operador Nacional do Sistema (ONS),encarregado da coordenação da operação dos sistemas elétricos interligados, de natureza privada, mas criado por iniciativa do governo, com base na regulamentação do Grupo Coordenado de Operação Integrada (GCOI).
Em 10 de maio de 1999, por meio da portaria MME n° 150, foi criado o Comitê Coordenador do Planejamento da Expansão dos Sistemas Elétricos (CCPE), com o intuito de planejar a expansão do sistema elétrico, cuja estrutura, organização e forma de funcionamento foram aprovados pela Portaria MME n° 485, de 16 de dezembro de 1999.
Em 2004, foram criados, por meio de decretos, órgãos de apoio, como a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), com a função de planejar o setor a longo prazo: o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), responsável por avaliar a segurança do suprimento eletro energético em todo o território nacional, e a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), para organizar As atividades de comercialização no sistema interligado.
 Em 2003, o Programa Luz para Todos, com o desafio de acabar com a exclusão elétrica no país, tendo como meta levar o acesso à energia elétrica, gratuitamente, para mais de 10 milhões de pessoas do meio rural até o ano de 2008.
Energia nuclear
No interior do núcleo do átomo, prótons e nêutrons experimentam forças de repulsão e atração, sendo esta última a força nuclear que mantém tais partículas unidas e que, consequentemente, mantém prótons nucleares próximos, que são carregados positivamente e deveriam se repelir. Logo, a energia nuclear é aquela do núcleo atômico.
Os átomos dos diversos elementos químicos possuem números diferentes dessas partículas. Cada um contém um número de prótons ou atômico (Z) específico, que somado ao número de nêutrons fornece o seu número de massa.
A radiação nuclear pode ser partículas alfa, beta e gama. As partículas alfa não vão muito longe ao ar (de 5 a 8 cm), pois possuem uma massa relativamente elevada. A partícula beta vão muito mais longe do que as alfas, e as partículas gama, as mais energéticas e penetrantes, viajam mais longe do que as duas primeiras. Ao longo de sua cadeia de decaimento radioativo, o elemento pode emitir, diferentes tipos de radiação.
Fissão e fusão nuclear – Retomando o que foi falado sobre processos de uso da energia nuclear para realização de trabalho, dois podem ser destacados: os de fissão e de fusão nuclear.
Radioisótopos são elementos químicos que sofrem decaimento radioativo de forma espontânea, transformando-se em diferentes isótopos que emitem algumas formas de radiação ou partículas para se tornarem estáveis.
Criada em 1960 em Bagdá, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) é uma organização internacional formada, inicialmente, pelos cinco principais países produtores de petróleo do mundo na época, que eram a Arábia Saudita, o Iraque, o Irã, o Kuwait e a Venezuela. Atualmente, os países membros da OPEP são: Argélia, Angola, Equador, Irã, Iraque, Kuwait, Líbia, Nigéria, Catar, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Venezuela.
Recursos naturais são, portanto, os bens, insumos ou materiais contidos na natureza, que são essenciais para nós, seres vivos. Alguns exemplos desses recursos são o ar, a água, os minerais, o sol, o vento, o solo, a biodiversidade e os combustíveis fósseis.
A atmosfera De acordo com essa premissa, podemos apresentar uma proporção aproximada dos constituintes da atmosfera, sendo eles: nitrogênio (78%), oxigênio (21%), argônio (0,9%), dióxido de carbono (0,03%) e vapor d’água, todos estes em concentrações variáveis em função de condições climáticas locais.
FONTES ALTERNATIVAS
Os combustíveis fósseis são compostos de carbono, considerados recursos naturais não renováveis, que originam-se a partir da decomposição da matéria orgânica e seu processo de formação ocorre em milhões de anos. Esses combustíveis são extraídos de áreas profundas do solo e do mar, e são direcionados para geração de energia térmica e elétrica e fins industriais.
O combustível fóssil mais conhecido é o petróleo, trata-se de um líquido composto basicamente por hidrocarbonetos e contém uma pequena parcela de nitrogênio, enxofre e oxigênio. O petróleo pode ser dividido em dois grupos: leve e pesado.
Outro combustível fóssil bastante conhecido é o gás natural, este gás é composto por diversos gases, predominando o gás metano e pequenas quantidades de butano e propano. O gás natural é um combustível inodoro, atóxico, incolor e mais leve que o ar. Na utilização do gás natural, os gases propano e butano são liquefeitos, produzindo assim o gás liquefeito de petróleo (GLP).
Os principais combustíveis fósseis são o petróleo, gás natural, xisto betuminoso e carvão mineral.
O xisto betuminoso, também denominado como xisto de petróleo, trata-se de qualquer rocha que tenha elementos betuminosos sólidos, que a partir de um processo de aquecimento libera um líquido similar ao petróleo.
O carvão mineral é atualmente é um dos combustíveis fósseis mais utilizados mundialmente na produção de energia. Principal problema do uso do carvão mineral são os impactos socioambientais causados pelo seu processo de extração e consumo. A exploração destrói a vegetação, altera o habitat de ecossistemas e provoca imensas erosões, além do uso de substânciasquímicas que podem causar contaminação hídrica.
A luz solar pode ser usada de forma direta como fonte de energia térmica, em aquecimento de ambientes e fluidos, bem como pode ser convertida em energia elétrica através de instrumentos como o termoelétrico e o fotovoltaico (ANEEL, 2005).
A utilização de energia solar proporciona benefícios ambientais pelo fato de ser uma fonte de energia renovável e limpa, seu uso possibilita a diversificação da matriz energética, reduzindo a necessidade de construção de novas usinas hidroelétricas e diminuindo a utilização de combustíveis fósseis, minimizando, assim, a alteração da biodiversidade e as emissões dos gases de efeito estufa.
A energia eólica é a conversão da energia do vento em energia elétrica, considerada uma fonte de energia limpa e renovável. Seu aproveitamento ocorre na transformação da energia cinética de translação em energia cinética de rotação, com o uso aerogeradores, que são turbinas eólicas para a geração de energia elétrica.
Outra energia renovável é a energia hídrica, que se baseia no aproveitamento hídrico em usinas hidroelétricas, utiliza a energia cinética ou potencial da água, convertendo-a em energia mecânica, por meio de turbinas e gerando eletricidade através de geradores. A energia produzida é direcionada por cabos ao transformador e, em seguida, encaminhada por meio de linhas de transmissão e distribuição até o consumidor. Esse tipo de geração de energia é classificado como energia renovável, porém não se enquadra como energia limpa, o que gera grandes discussões entre especialistas, pois o processo de construção das barragens causa impactos socioambientais, sendo necessário o deslocamento de pessoas, inundações, devastação de ecossistemas, alteração da biodiversidade, destruição de patrimônios culturais e ambientais, entre outros danos.

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