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CRIMES CONTRA A LIBERDADE 
SEXUAL
Prof. Diego Pureza
Art. 213 – ESTUPRO:
“Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou
grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou
permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso:
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos”.
Qualificadoras (§§ 1º e 2º):
“§ 1º. Se da conduta resulta lesão corporal de natureza
grave ou se a vítima é menor de 18 (dezoito) ou maior de
14 (catorze) anos:
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze) anos.
§ 2º. Se da conduta resulta morte:
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos”.
Art. 215 – VIOLAÇÃO SEXUAL MEDIANTE FRAUDE.
“Art. 215. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato
libidinoso com alguém, mediante fraude ou outro meio que
impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da
vítima:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos.
Parágrafo único. Se o crime é cometido com o fim de obter
vantagem econômica, aplica-se também multa”.
Art. 216-A – ASSÉDIO SEXUAL.
“Art. 216-A. Constranger alguém com o intuito de obter
vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o
agente da sua condição de superior hierárquico ou
ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou
função.
Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos”.
Sujeitos do crime: o sujeito ativo só pode ser superior
hierárquico ou ascendente em relação de emprego, cargo e
função (crime próprio), e o sujeito passivo deve ser o
subalterno do autor (crime próprio).
Conduta: a ação típica consiste em constranger alguém
com o intuito de obter vantagem sexual, prevalecendo-se o
agente da sua condição de superior hierárquico ou
ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou
função. É, em síntese, a insistência importuna de alguém
em posição privilegiada, que usa dessa vantagem para
obter favores sexuais de um subalterno.
# - É possível assédio sexual praticado por professor em 
face do aluno? De bispo para com o sacerdote? 
R Apesar de não ser pacífico, a maioria aponta que é 
possível.
Consumação e tentativa: não é pacífico. Parcela da doutrina
entende se consumar com apenas um ato e, nessa hipótese,
ainda que de difícil configuração, a tentativa seria possível.
De outro lado, outra parte da doutrina entende se tratar de
crime habitual, exigindo-se a reiteração de atos de assédio
para atingir a consumação e, nessa hipótese, não seria
possível a tentativa.
Aumento de pena: anuncia o §2º que a pena será
aumentada em até 1/3 se a vítima é menor de 18 anos
(comum nos casos de menor aprendiz).
ART. 225 – AÇÃO PENAL:
“Art. 225. Nos crimes definidos nos Capítulos I e II deste
Título, procede-se mediante ação penal pública
condicionada à representação.
Parágrafo único. Procede-se, entretanto, mediante ação
penal pública incondicionada se a vítima é menor de 18
(dezoito) anos ou pessoa vulnerável”.
ART. 226 – AUMENTO DE PENA:
“Art. 226. A pena é aumentada: 
I – de quarta parte, se o crime é cometido com o concurso
de 2 (duas) ou mais pessoas;
II – de metade, se o agente é ascendente, padrasto ou
madrasta, tio, irmão, cônjuge, companheiro, tutor, curador,
preceptor ou empregador da vítima ou por qualquer outro
título tem autoridade sobre ela”.
ART. 234-A – AUMENTO DE PENA:
“Art. 234-A. Nos crimes previstos neste Título a pena é
aumentada:
I – (VETADO);
II – (VETADO);
III - de metade, se do crime resultar gravidez; e
IV - de um sexto até a metade, se o agente transmite à
vítima doença sexualmente transmissível de que sabe ou
deveria saber ser portador.
Art. 234-B. Os processos em que se apuram crimes definidos
neste Título correrão em segredo de justiça”.

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