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Viabilidade - Energia Solar

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O CRESCIMENTO DA ENERGIA SOLAR 
E SEU IMPACTO PELO MUNDO
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Quando Edmond Bequerel observou pela primeira vez o efeito fotovoltaico 
em 1839, não imaginava o papel fundamental que a energia solar teria 
enquanto fonte alternativa para a produção de eletricidade no século XXI. 
Na antiguidade, a importância do Sol em nosso planeta já era cultuada por 
diversas crenças em todo o mundo. Entretanto, a viabilidade econômica para 
se transformar a energia do sol em energia elétrica é algo relativamente 
recente, mas que já demonstra ser uma tendência para a matriz energética 
mundial.
Em 2015, as usinas solares representavam 1,2% da eletricidade produzida no 
mundo, mas as projeções para os próximos 15 anos são bastante otimistas: 
estima-se que a energia solar venha a representar de 8 a 13% da produção 
mundial. Já a geração distribuída, produzida de forma descentralizada pelos 
próprios consumidores, teve um crescimento bastante acelerado ao redor 
do mundo nos últimos anos. Estima-se que, no Brasil, painéis fotovoltaicos 
deverão estar presentes em 18% dos domicílios até 2050, segundo dados do 
Plano Nacional de Energia.
Independente do modelo, a verdade é que a energia solar representa uma 
ponte para o futuro, uma maneira mais sustentável e também rentável de 
produzir eletricidade. E quem se interessa pelo assunto ou deseja investir em 
energia solar já deve ter se deparado com diversas dúvidas sobre aspectos 
técnicos da tecnologia, mas principalmente sobre o retorno financeiro que se 
pode obter com a energia do sol: será mesmo que vale a pena?
Trazemos este e-book para você entender um pouco mais sobre a energia 
solar e aspectos financeiros relacionados a ela, principalmente, para você 
tirar suas próprias conclusões se gerar sua própria energia a partir do sol 
vale a pena ou não.
INTRODUÇÃO
Bom proveito!
Equipe ENGIE 
Geração Solar Distribuída
CAPÍTULO 1 
Entendendo a
Energia Solar
5
O Sol é a estrela central do Sistema Solar. Devido à 
sua enorme massa, a força gravitacional exercida por 
ele faz com que todos os planetas girem ao seu redor. 
Fundamental para a manutenção da vida na Terra, os 
raios solares podem ser aproveitados principalmente 
de duas diferentes formas por aqui: através da 
energia térmica, ou através da sua transformação em 
energia elétrica.
A energia térmica do Sol é mais fácil de compreender, 
pois nós sentimos na pele o calor que os raios de sol 
ocasionam em dias ensolarados, assim como sentimos 
bastante sua falta no frio do inverno. Segundo um 
artigo da Business Insider, se o Sol desaparecesse 
do Sistema Solar, a temperatura na Terra cairia para 
0ºC em uma semana. Já ao longo de um ano, essa 
temperatura muito provavelmente chegaria a -100ºC. 
Por outro lado, a utilização da energia solar para 
geração de energia elétrica ocorre através de um 
efeito físico-químico chamado efeito fotovoltaico, 
descoberto por Edmond Bequerel no século XIX. Em 
seus experimentos, o físico francês percebeu que a luz 
solar poderia gerar corrente elétrica, isso porque ela 
é composta por um conjunto de pequenas partículas 
de energia, chamadas fótons, que quando incidem 
sobre a superfície de uma material semicondutor 
(como o silício) são absorvidas e transportadas, 
gerando uma força eletromotriz que faz os elétrons se 
movimentarem, transformando energia solar em uma 
corrente elétrica, assim gerando eletricidade.
Energia Solar Térmica
Então a energia solar térmica serve apenas para 
aquecimento da água? Na verdade, não. Apesar de a 
energia solar térmica ser também usada para aquecer 
a água - uma tecnologia já bastante difundida no 
Brasil -, existe outra maneira de produzir eletricidade 
através da energia térmica do sol, a chamada Energia 
Heliotérmica ou Termossolar. 
Neste tipo de produção de energia elétrica, a 
transformação é indireta, ou seja, a energia do Sol é 
transformada em energia térmica, que, por sua vez, 
será transformada em energia mecânica e, em seguida, 
em energia elétrica. De maneira simplificada, isso quer 
dizer que a radiação solar é captada e direcionada por 
refletores para um ponto comum: o receptor. Por isso, 
a tecnologia também é conhecida como Concentrating 
Solar Power, ou Energia Solar Concentrada. 
O acúmulo de calor proveniente dos raios solares 
esquenta um fluido (ar, água ou óleo) que passa através 
de um trocador de calor. Este fluido, por sua vez, será 
utilizado para acionar uma turbina, transformando 
o calor em energia mecânica. Por fim, a turbina irá 
acionar um gerador, que transformará a energia 
mecânica, finalmente, em energia elétrica.
Algumas usinas termossolares também possuem 
sistemas de armazenamento térmico. Quando a 
usina estiver produzindo energia além da demanda 
instantânea, ela é armazenada para ser despachada 
posteriormente, como durante a noite, quando o sol já 
se foi mas a usina continua suprindo eletricidade.
Funcionamento de uma usina termossolar
6
Um dos pontos positivos do sistema heliotérmico 
é que, por envolver energia térmica, uma das 
formas de estocar esta eletricidade é através do 
armazenamento do calor, uma opção bem mais viável 
do que o armazenamento da eletricidade por baterias. 
Ainda assim, o grande número de etapas envolvidas 
nas transformações de energia que ocorrem acaba 
incorrendo em perdas consideráveis.
Energia Solar Fotovoltaica
Já na produção de energia solar fotovoltaica, a energia 
do sol é diretamente transformada em elétrica através 
do efeito fotovoltaico, como explicado anteriormente. 
Ao contrário da energia heliotérmica, que requer 
obras de grande porte em função do seu formato de 
operação, a energia fotovoltaica é modular, podendo 
ser utilizada tanto em obras de grande porte como 
usinas, assim como em pequenas configurações, como 
em residências e comércios.
Portanto, a grande vantagem da energia solar 
fotovoltaica é a possibilidade de utilizá-la na 
Geração Distribuída (GD), que consiste na produção 
da eletricidade pelo próprio consumidor, seja ele 
de pequeno ou grande porte. Além de representar 
uma opção rentável financeiramente, o caráter 
descentralizado da geração distribuída permite que 
o consumidor gere a energia que consome, reduzindo 
o volume de produção das usinas de grande porte, 
que hoje chega a apresentar uma perda de 20% de 
eletricidade gerada ao longo das linhas de transmissão.
Instalação de painéis fotovoltaicos
Em função do seu caráter modular, painéis 
fotovoltaicos são agrupados em conjuntos, podendo 
resultar em sistemas dos mais variados tamanhos para 
atender as mais variadas necessidades energéticas. 
Um sistema fotovoltaico é composto dos seguintes 
elementos: painéis solares, estruturas metálicas para a 
fixação dos painéis, cabos e conectores, dispositivos de 
proteção, e um inversor, que converte corrente elétrica 
contínua em corrente alternada, padrão da rede.
Para a instalação de painéis fotovoltaicos, 
primeiramente é elaborado um projeto que definirá 
o local mais adequado e dimensionará o sistema 
de acordo com as necessidades do cliente e a 
disponibilidade de área do local. Após a conclusão 
do projeto, segue uma visita técnica para que sejam 
comprovadas as condições elétricas e civis para 
a instalação do sistema, e por final, é agendada e 
realizada a instalação. 
Vale lembrar que para o sistema funcionar 
adequadamente, há um processo burocrático junto 
à distribuidora de energia para que o sistema seja 
conectado à rede. Portanto, é importante que a 
empresa responsável pela instalação também se 
responsabilize pelas solicitações e acompanhe o 
processo junto à distribuidora. Para saber um pouco 
mais sobre o processo de instalação da ENGIE Solar,
confira este infográfico. 
Escolhendo o fornecedor
Assim como com qualquer fornecedor de serviço, 
é importante pesquisar o históricode mercado ou 
reclamações sobre o fornecedor de soluções em 
energia solar fotovoltaica, além de pedir informações 
sobre suporte técnico e garantias. Procurar por 
indicações, analisar se as informações do site e das 
redes sociais são atualizadas, mas principalmente 
checar se os produtos oferecidos na solução são 
confiáveis - como esta é uma tecnologia bastante 
consolidada em diversos países, há diversos 
fabricantes de painéis e inversores, portanto é muito 
importante pesquisar e descobrir se os produtos 
oferecidos na solução são confiáveis 
ou não. Estas são algumas dicas que 
podem garantir o sucesso na escolha 
por uma empresa integradora de 
energia solar fotovoltaica. 
No que diz respeito à qualidade dos 
equipamentos, o INMETRO já possui 
certificação para painéis solares. 
No entanto, apenas a certificação 
não garantirá que o produto de fato 
atenda a requisitos internacionais 
de qualidade. De todos os requisitos 
levados em consideração por padrões 
internacionais, a certificação INMETRO 
contempla apenas um. Por isso, caso 
tenha ofertas diferentes, solicite as 
fichas técnicas dos equipamentos para 
que você possa comparar as soluções 
além do preço oferecido. Além disso, 
é fundamental checar as garantias 
oferecidas pelos fabricantes dos 
equipamentos, desta forma você não 
precisará se preocupar com avarias
e falhas.
CAPÍTULO 2 
Eficiência Solar
em números
9
Como já mencionamos, o aproveitamento solar para 
a geração de energia não provoca a emissão de 
poluentes, tampouco de gases do efeito estufa, o que 
significa que essa fonte pode ser considerada limpa 
e não contribui para a potencialização dos impactos 
negativos promovidos pelas mudanças climáticas. 
A energia solar, portanto, pode ser utilizada 
como alternativa às fontes de energia a base de 
combustíveis fósseis, possibilitando a diversificação da 
matriz energética. 
 
A energia solar também possui uma grande 
flexibilidade quando se trata da instalação das 
unidades geradoras, o que favorece a ampliação 
da gama de aplicações. É possível instalar painéis 
de geração fotovoltaica em diversos locais, 
principalmente aproveitando instalações preexistentes, 
como é o caso de telhados, fachadas e edificações. Já 
as usinas fotovoltaicas de grande porte e as usinas 
termossolares ficam localizadas em locais com grande 
incidência de irradiação solar, geralmente longe dos 
centros urbanos e livres de qualquer conflito para o 
uso do solo.
Como na geração distribuída os sistemas fotovoltaicos 
são descentralizados e independentes, possibilitam que 
a instalação possa ser feita em áreas isoladas ou de 
difícil acesso, levando energia mesmo à comunidades e 
populações de áreas remotas.Além dos sistemas serem 
descentralizados na geração distribuída, também é 
possível instalá-los em áreas isoladas ou de difícil 
acesso. Estes sistemas são chamados de off-grid, 
pois não estão conectados à rede elétrica. Apesar 
de menos frequentes que os sistemas conectados à 
rede (on-grid), eles possibilitam a entrega de energia 
à comunidades e populações remotas. Salienta-se 
também o fato de que sistemas fotovoltaicos poupam 
os impactos ambientais decorrentes da instalação de 
linhas de transmissão, bem como evitam as perdas 
associadas à própria transmissão de energia.
A energia solar não oferece riscos à saúde humana, 
tampouco impacta negativamente a fauna e a flora, 
como é o caso de usinas térmicas, por exemplo. Em 
termos de benefícios socioeconômicos, a energia solar 
permite a geração de empregos e renda, especialmente 
em regiões de baixo desenvolvimento econômico. 
Por fim, outro benefício que devemos destacar é o 
fato de que a energia solar estimula a investigação 
de novas tecnologias que irão garantir um melhor 
aproveitamento dos recursos energéticos no futuro.
Apesar de todos os benefícios da energia solar, muitas 
pessoas ainda pensam que o custo benefício de se 
investir em um sistema fotovoltaico não compensa. 
Por isso, trazemos este e-book para que você possa 
tirar suas próprias conclusões sobre os benefícios 
econômicos que você pode ter, de forma limpa e 
sustentável.
10
Payback = Tempo de retorno do investimento
O Payback representa o tempo necessário para que 
o custo de instalação se pague e, a partir de então, 
passe a dar lucro para o proprietário. Para fazer 
este cálculo é preciso fazer o levantamento do custo 
total do investimento e dividi-lo pela economia 
proporcionada mensalmente.
O cálculo do payback de um sistema fotovoltaico 
deve portanto levar em consideração o investimento 
realizado, a geração média mensal do sistema 
fotovoltaico, e uma projeção no valor das tarifas de 
energia. No Brasil, o payback varia bastante em função 
da irradiação e tarifa - quanto maiores estes valores, 
menor será o payback do sistema. Portanto, caso fosse 
feita uma estimativa nacional, o tempo de retorno do 
investimento pode ser menor do que 5 anos ou mesmo 
maior do que 8 anos. Como estes sistemas possuem 
mais de 25 anos de vida útil, perceba que mesmo que 
o sistema se pague em 8 anos, serão mais de 17 anos 
de energia gratuita!
Como o retorno depende dos fatores como a tarifa da 
energia elétrica da cidade, o fornecedor contratado e o 
tamanho do sistema a ser instalado, cada caso precisa 
ser estudado individualmente, podendo o payback
variar bastante.
Para ter uma ideia do custo evitado por um sistema 
fotovoltaico, a ENGIE Solar disponibiliza em sua página 
um Simulador de Economia que demonstra qual a 
eficiência da produção fotovoltaica na sua região, 
o tamanho da área necessária para a instalação, a 
porcentagem de economia que este sistema será capaz 
de fornecer assim como uma estimativa anual de 
quantos reais poderão ser economizados.
Retorno sobre o investimento
Outra forma de se compreender o benefício obtido 
pela aquisição de um sistema fotovoltaico é através do 
cálculo da taxa de retorno sobre o investimento. Para 
calcular qual a taxa de retorno anual ao se investir 
em um sistema fotovoltaico, basta verificar qual é a 
proporção entre a economia obtida anualmente através 
do sistema e o investimento realizado. Veja por 
exemplo o caso de um sistema de 2,65 kWp, suficiente 
para uma casa com duas pessoas, cujo investimento 
gire em torno de R$19.000,00. No primeiro ano, 
este sistema gerará em torno de 3.900 kWh, o que 
representa um custo evitado de aproximadamente 
R$3.200,00, de acordo com a tarifa de energia 
residencial vigente na cidade do Rio de Janeiro. Assim, 
sua rentabilidade será dada por:
Ou seja, neste caso, com um sistema fotovoltaico, 
é possível ter uma rentabilidade de 16,8% com um 
investimento de baixo risco, visto que as projeções 
de geração do sistema dependem apenas de condições 
climáticas e são baseadas em médias históricas. 
Veja um comparativo com outros investimento 
convencionais, e perceba como um sistema 
fotovoltaico pode ser mais rentável do que
outras alternativas:
Fonte: http://minhaseconomias.com.br/blog/investimentos/melhores-investimentos-2015
11
Levelized Cost of Energy (Custo Nivelado de Energia)
O LCOE (Levelized Cost Of Energy), traduzido em 
português para Custo Nivelado de Energia, é uma 
métrica para definir o custo de produção de energia 
por uma determinada fonte de geração. Por isso, 
pode ser utilizada para comparação entre diferentes 
fontes de energia.
Para este cálculo também são levados em consideração 
todos os custos da produção ao longo da vida útil do 
sistema. Por exemplo, em relação à produção de energia 
por uma fonte de energia não renovável, como os 
combustíveis fósseis, esse valor é definido pelo custo 
da obtenção do combustível, da manutenção da usina, 
etc. Já na energia fotovoltaica, incluem-se os custos dos 
materiais, projeto, instalação, manutenção, entre outros,ao longo de 25 anos de vida útil do sistema (sendo que o 
sistema continuará gerando após este período).
Esta métrica permite entendermos um sistema 
fotovoltaico como um grande pacote de energia, 
pelo qual será pago um determinado valor, e que 
lhe proporcionará uma determinada quantidade 
de energia. Perceba que o valor obtido pelo LCOE 
é em reais por kWh gerado, portanto ele pode ser 
diretamente comparado com o valor da tarifa de 
energia que é paga pelo consumidor. Veja o seguinte 
exemplo: digamos que um sistema fotovoltaico de 
4,77 kWp em Belo Horizonte-MG, suficiente para 
abastecer uma casa com 4 pessoas, tem um valor total 
aproximado de R$ 30.000,00. Ao longo de 25 anos, 
este sistema gerará aproximadamente 168 MWh, ou 
seja, 168.000 kWh. Portanto, seu LCOE será calculado 
da seguinte forma:
Para fins comparativos, a tarifa vigente para 
consumidor residencial em Belo Horizonte é de 
aproximadamente R$ 0,82/kWh, logo, a tarifa de 
energia é mais de 4 vezes maior que o LCOE do 
sistema! Esta é mais uma evidência de como sistemas 
fotovoltaicos podem ser extremamente rentáveis.
Os preços já estão em patamares muito baixos
Apesar de muitas pessoas acreditarem que o 
investimento ainda não justifica a aquisição de um 
sistema fotovoltaico (apesar de já termos mostrado 
com números que se trata de um ótimo investimento), 
o preço da tecnologia já está em níveis bastante 
baixos. O gráfico à seguir mostra a evolução dos 
preços dos painéis fotovoltaicos desde 1977, quando 
começaram ser comercializados.
12
A área laranja demonstra o custo por unidade de potência (US$/Wp) ao longo 
dos anos, enquanto a área azul representa a capacidade instalada em GWp em 
todo mundo. Perceba que há uma relação intrínseca entre o custo unitário e a 
produção da tecnologia - esta relação é dada pela chamada Lei de Swanson:
“O preço da tecnologia é reduzido em 20% a medida que a produção da 
tecnologia duplica”.
Custo da tecnologia ao longo dos anos x Capacidade Instalada.
Portanto, quando há pouca capacidade instalada, os preços tendem a cair 
com facilidade. Entretanto, à medida que o volume de instalações aumenta, 
torna-se cada vez mais difícil que o preço da tecnologia caia. Em 1977, 
bastava que 1 MW adicional fosse instalado para que o preço da tecnologia 
fosse reduzido em mais de 50%. Hoje, é preciso que mais que 200.000 MW 
sejam instalados para que se obtenha uma redução de 20% - e este número 
só tende a aumentar. Para se ter uma ideia do que isso representa, a 
capacidade instalada total do Brasil, incluindo todas as fontes possíveis de 
geração, é de 150.000 MW. Portanto, podemos concluir que, caso os preços 
caiam, será pouco, e irá demorar para acontecer.
Esta observação da Lei de Swanson foi publicada pela primeira vez em 
2012 na The Economist, mas já vinha sendo aplicada de forma extensiva 
na indústria fotovoltaica desde os anos 90. A estimativa foi feita através 
do método chamado de Curva de Aprendizado, originalmente desenvolvido 
para aplicação na indústria da aeronáutica nos anos 30.
Fonte: The Economist e Instituto de Energia e Ambiente da USP
CAPÍTULO 3 
Incentivo para
Energia Solar
15
Seguindo a tendência mundial de incentivos 
governamentais na energia solar, o governo brasileiro 
também vem implementando algumas políticas 
buscando contribuir para a difusão da tecnologia
no país.
Resolução 482/2012 - ANEEL
Em 2012, a ANEEL – Agência Nacional de Energia 
Elétrica – estabeleceu algumas regras para a 
microgeração e a minigeração distribuída de energia 
solar por particulares. A Resolução Normativa n.º 482 
foi o primeiro ato regulatório a permitir o sistema de 
compensação, onde a energia excedente produzida 
por painéis fotovoltaicos instalados em telhados 
gera créditos que podem ser compensados, abatendo 
assim os custos da conta de luz. Este sistema de 
compensação é conhecido mundialmente como net-
metering. Apesar de não se tratar essencialmente de 
um incentivo, ele representa o marco inicial da geração 
solar distribuída no Brasil.
Resolução 687/2015 - ANEEL
Após 3 anos da publicação da R.N. 482, algumas 
regras ainda precisavam ser ajustadas e outras 
implementadas para que a geração distribuída pudesse 
ser melhor aproveitada. Assim, deu-se origem à 
Resolução Normativa nº 687 de 2015. Neste novo 
ato regulatório, a ANEEL estabeleceu novas regras 
que passaram a valer desde 1o de Março de 2016. 
Podemos destacar alguns pontos da resolução como 
a mudança dos limites de capacidade instalada para 
micro- e minigeração, a redução na burocracia de 
conexão dos sistemas, a ratificação do “auto-consumo” 
remoto e a criação da figura de geração compartilhada.
Convênio nº 101/97 - CONFAZ
Este convênio isenta de Imposto sobre Circulação 
de Mercadorias e Serviços (ICMS) as operações que 
envolvam diversos equipamentos para a geração de 
energia elétrica por energia solar e eólica. Entre os 
equipamentos que o convênio abrange estão geradores 
fotovoltaicos, células solares e conversores. 
Convênio ICMS nº 16/2015 – CONFAZ
Já o Convênio nº 16 do Conselho Nacional de Política 
Fazendária (CONFAZ) diz respeito à cobrança de ICMS 
sobre a energia injetada na rede, isentando os estados 
participantes a realizarem tal cobrança. Este convênio, 
apesar de contribuir para a redução do tempo de 
payback de sistemas fotovoltaicos, na verdade não 
se trata de um incentivo e sim da correção de um 
desequilíbrio ocasionado pelo Convênio 06 de 2013, 
que estabelecia que a cobrança de ICMS deveria ser 
sobre o consumo bruto e não sobre o consumo líquido 
de energia, após o abatimento da energia gerada 
pelo sistema fotovoltaico. Antes do CONFAZ/16, os 
microgeradores pagavam impostos sobre a energia 
gerada por eles mesmos, entretanto, até o momento 
20 estados e o Distrito Federal já aderiram ao novo 
convênio, isentando a cobrança indevida de ICMS.
PLS 167/2013 – PL 8322/2014
Em 2013, o Senado Federal aprovou a Projeto de Lei 
do Senado nº 167. Com isso, o projeto previa a isenção 
de Impostos sobre Produtos Industrializados (IPI) para 
painéis fotovoltaicos e similares. Posteriormente, em 
função de cláusulas adicionais, elementos acessórios 
como cabos, conectores, estruturas de suporte 
passaram a integrar a listagem de itens e podem ficar 
livres do Imposto sobre Produtos Industrializados 
(IPI),. Já outros equipamentos, como os painéis 
fotovoltaicos, também teriam isenção de PIS/Pasep e 
Cofins. O projeto de lei, que passou por modificações 
desde sua redação original e tornou o PL 8322/2014, 
atualmente tramita entre as Comissões da Câmara
de Deputados.
ProGD - Ministério de Minas e Energia
Criado para estimular a geração distribuída, o ProGD 
do Ministério de Minas e Energia tem como objetivo 
criar linhas de crédito e formas de financiamento 
para a instalação destes sistemas em residências, 
comércio e indústrias. É considerado um dos 
incentivos governamentais mais completos em relação 
a implementação de energia solar e também pretende 
estabelecer valores de referência para a venda de 
energia de fonte solar, estruturar a comercialização 
desta eletricidade excedente e promover a atração de 
investimentos para a nacionalização de tecnologias em 
energias renováveis.
PRONAF ECO
Diversas instituições bancárias já possuem linhas de 
crédito que favorecem os consumidores que desejam 
investir na adoção de tecnologias renováveis. É o caso 
do PRONAF ECO (Programa Nacional de Fortalecimento 
da Agricultura Familiar), destinado a produtores 
familiares para o investimento em tecnologias de 
energia renovável. O limite beneficiário é de até R$ 
165 mil, com prazo de até 12 anos para o pagamento. 
Esperamos que este e-book tenha lhe ajudado a 
entender um pouco mais a respeito dos benefícios 
financeiros que a energia solar fotovoltaicapode 
proporcionar a quem investe em energia limpa e 
sustentável. Além de ajudar o meio-ambiente, a 
energia solar é comprovadamente um excelente 
investimento que os brasileiros vêm descobrindo 
aos poucos, mas que sem dúvidas estará presente 
em milhões de casas Brasil afora dentro de poucos 
anos. Que tal gerar sua própria energia através do 
Sol hoje mesmo?
17
ENGIE SOLAR 
Em abril de 2016, a ENGIE, maior produ-
tora independente de energia do mundo 
com mais de 150.000 colaboradores es-
palhados em 70 países, ingressou no mer-
cado de geração solar distribuída, dando 
origem à ENGIE Solar. Desenvolvemos 
nossos negócios baseados num modelo 
de crescimento sustentável, buscando de-
sta forma enfrentar os maiores desafios 
da transição energética para uma econo-
mia de baixo carbono: o acesso à energia 
sustentável, a mitigação e adaptação às 
mudanças climáticas, a segurança de su-
primento e, acima de tudo, o uso racional 
dos recursos naturais.
PRODUTOS E SERVIÇOS
A ENGIE Solar simplifica a energia foto-
voltaica, oferecendo serviços completos 
de engenharia, seleção de equipamentos 
e instalação para a entrega do sistema em 
operação. Nossos clientes experimentam 
um processo de implantação coordenado, 
enquanto nossa equipe gerencia todos os 
aspectos do projeto, entregando um siste-
ma completo e inteiramente integrado ao 
local de instalação.
SOBRE A ENGIE 
A ENGIE é a maior produtora indepen-
dente de energia do mundo. Referência 
global, atuamos nos setores de geração 
de energia, eficiência energética e tecno-
logia digital buscando o acesso à energia 
sustentável, a mitigação e adaptação às 
mudanças climáticas e o uso racional dos 
recursos naturais. 
Além de serviços energéticos, o grupo 
também atua na integração de sistemas, 
desenvolve soluções em telecomuni-
cações, gerenciamento de risco, mobili-
dade urbana, iluminação pública, segu-
rança pública, entre outros.
QUER SABER O QUANTO VOCÊ PODE 
ECONOMIZAR COM ENERGIA SOLAR?
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