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SOBERANIA • O CONCEITO DE SOBERANIA É UMA DAS BASES DO ESTADO MODERNO. • NA ANTIGUIDADE NENHUM CONCEITO SE ASSEMELHAVA A SOBERANIA. HAVIA A SUPERIORIDADE DA CIDADE-ESTADO A DIFERENCIAR- SE DA FAMÍLIA NO SENTIDO DE AUTARQUIA, OU SEJA, AUTO SUBSISTÊNCIA. CONTUDO NÃO DE SOBERANIA. • NADA INDICA O PODER SUPREMO DO ESTADO EM RELAÇÃO A OUTROS PODERES. • ABSOLUTO: NENHUMA LEI HUMANA PODE LIMITAR O PODER SOBERANO, EM PODER, CARGO OU TEMPO. • PERPÉTUO: NÃO SE SUBMETE A TEMPO CERTO DE DURAÇÃO SOB PENA DE TORNA-SE QUARDIÃO DO PODER. EM RAZÃO DISSO A SOBERANIA SÓ EXISTE EM ESTADOS ARISTOCRÁTICOS E POPULARES OU EM MONARQUIAS HEREDITÁRIAS, NAS QUAIS HÁ POSSIBILIDADE DE PERPETUAÇÃO. • POSTERIORMENTE SE ACRESCEU A INALIENABILIDADE AO CONCEITO DE SOBERANIA. Nesse sentido quanto a delegação a expressão: “ele não concede tanto que não retenha sempre mais”. • O titular da soberania coloca-se acima do poder interno, e está livre para aceitar o externo ou não. • Só desaparece o poder soberano quando se extingue o próprio Estado. • Em 1762, Rousseau publica “O Contrato Social” onde defende que o poder pertence ao povo e não ao governante. • O Estado seria um “corpo político”, soberano. • Entende que a soberania é inalienável por ser exercício da vontade geral, e é indivisível só existindo se houver a participação do todo. • Rousseau entende que o pacto social dá ao corpo político um poder absoluto sobre todos os seus membros, o qual, dirigido pela vontade geral, é chamado de soberania. • No início do sec. XIX soberania aparece como poder político em razão da necessidade expansionista. • No final do sec. XIX surge na Alemanha a teoria da personalidade jurídica do Estado, o qual passa a se configurar como titular da soberania. • Observa-se que o conceito está ligado à noção de PODER, havendo evolução no sentido da noção estritamente política para a noção jurídica de soberania, somente quando aparece a necessidade de se legitimar o poder. • Embora seja uma expressão de poder, a soberania é poder político utilizado para fins jurídicos. • A soberania define qual a norma vai se aplicar, podendo negar a juridicidade da norma. • Miguel Reale entende soberania como: “o poder de organizar-se juridicamente e de fazer valer dentro de seu território a universalidade de suas decisões nos limites dos fins éticos de convivência” CARACTERÍSTICAS DA SOBERANIA: • UNA: SÓ PODE HAVER UMA SOBERANIA POR ESTADO, É O PODER SUPERIOR. • INDIVISÍVEL: SE APLICA A TODOS OS FATOS OCORRIDOS NO ESTADO, RAZÃO PELA QUAL NÃO PODE SER DIVIDIDA. • INALIENÁVEL: ACASO SE ALIENE QUEM A DETEM DESAPARECE. Não se confunde com delegação de funções. • EXCLUSIVA: SÓ O ESTADO POSSUI. • ORIGINÁRIO: NASCE COM O NASCIMENTO DO ESTADO. • IMPRESCRITÍVEL/PERPÉTUA: É SUPERIOR POR NÃO TER PRAZO CERTO DE DURAÇÃO. • INCONDICIONADO: NÃO ENCONTRA LIMITES, SÓ A PRÓPRIA SOBERANIA PODE LIMITAR-SE. • COATIVO: IMPÕE-SE POR MEIOS DE COAÇÃO. JUSTIFICAÇÃO E TITULARIDADE DA SOBERANIA • TEORIAS TEOCÁTICAS: Fim da idade média e absolutismo do estado moderno. Todo poder vem de Deus que o concede ao príncipe. Mas diretamente vem do povo, razão das imperfeições. • TEORIA DEMOCRÁTICA/SOBERANIA POPULAR: A soberania se origina do povo OBJETO E SIGNIFICAÇÃO DA SOBERANIA • Se exerce sobre os indivíduos, unidade elementar do Estado. • Dentro do território do Estado, o poder Soberano é superior aos demais. • Em relação a outros Estados a soberania indica que o Estado é independente em relação aos demais, inexistindo poderes que se igualem ou sejam superiores. Por fim, soberania é conceito político e jurídico, se apresenta: • Como sinônimo de independência do Estado, quando em comparação com os demais Estados. • Como sinônimo de poder jurídico mais alto. O Estado, dentro dos limites de sua jurisdição tem o poder de decisão em última instância sobre a aplicação das normas.
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