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PROJETO TCC

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FACULDADE DE DIREITO DO VALE DO RIO DOCE – FADIVALE CURSO DE DIREITO
PROJETO DE PESQUISA
A ALIENAÇÃO PARENTAL : e o desenvolvimento psicológico entre crianças e adolescentes 
Ivina –9° per. AN
Professor (a) Orientador (a) 
SUMÁRIO
1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO. 2 OBJETO DA PESQUISA. 2.1 TEMA. 2.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA. 2.3 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA. 2.4 HIPÓTESE(S). 3 JUSTIFICATIVA. 4 OBJETIVOS. 4.1 OBJETIVO GERAL. 4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS. 5 EMBASAMENTO TEÓRICO. 5.1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA. 6 METODOLOGIA. 6.1 TÉCNICAS DE PESQUISA. 7 CRONOGRAMA. 8 SUMÁRIO PRÉVIO DO ARTIGO CIENTÍFICO. REFERÊNCIAS. APÊNDICE. 
1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Nome:	 
Cidade: Governador Valadares-MG
e-mail: 
Professor(a) Orientador(a):Charles 
Área de pesquisa: Direito do Trabalho
2 OBJETO DA PESQUISA
2.1 TEMA
Alienação Parental 
2.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA
	E o desenvolvimento psicológico entre crianças e adolescentes
2.3 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA
A reforma trabalhista, com o advento da Lei 13.467/2017 modificou de forma significativa a principal fonte de receita dos sindicatos, a contribuição sindical. Ao alterar os artigos 545, 578, 579 e 582 da CLT, inverteu a lógica corporativa. No lugar da contribuição compulsória, agora o desconto e respectivo recolhimento da contribuição sindical, a cargo do empregador, está condicionado à autorização prévia e expressa do empregado. A extinção da contribuição sindical compulsória é constitucional? Com o evidente impacto econômico nas estruturas sindicais, haverá um enfraquecimento na representação coletiva?
2.4 HIPÓTESE(S)
Após a modificação, muitas entidades sindicais passaram a criticar a retirada da compulsoriedade das contribuições sindicais, sob o argumento de que tal situação iria impedir o respectivo funcionamento. Suscitam dois argumentos como base para discussões judiciais sobre a impossibilidade de retirada de tal compulsoriedade, como a vedação constitucional do uso de Lei Ordinária, eis que somente poderia haver tal viabilidade por Lei Complementar conforme previsto no artigo 146, III da Constituição Federal e a necessidade de a isenção do tributo advir somente por meio de lei específica como disposto no artigo 150, §6º do mesmo diploma legal, ou seja, haveria inconstitucionalidade formal por tais motivos. Esses foram os argumentos utilizados em ADIs recentemente protocolizadas no STF (vide, por exemplo, ADIs 5794, 5810, 5811, 5813 e 5815).
3 JUSTIFICATIVA
O Brasil possui cerca de 20 milhões de trabalhadores sindicalizados, responsáveis pela existência de 11,4 mil entidades sindicais de trabalhadores. Mas no exercício do seu papel representativo, estes sindicatos defendem junto aos sindicatos patronais ou diretamente aos empregadores, os direitos e as conquistas de um contingente muito maior de pessoas.
Toda a vez que um sindicato negocia com uma categoria patronal, as vantagens obtidas da negociação não fica restrita aos seus associados: por força de lei, elas são estendidas a todos os profissionais que fazem parte da mesma categoria, indistintamente, mesmo que não sejam sindicalizados.
Os profissionais liberais somam mais de 5 milhões, no Brasil, sendo representados por mais de 500 entidades sindicais. Esses sindicatos, além de realizar a negociação trabalhista, lutam por uma ampliação do seu espaço de atuação profissional, prestando ainda uma série de serviços aos seus associados.
O Sindicato, assim, cumpre um importante papel social. Além de negociar salários, ele estabelece acordos coletivos com os empregadores, buscando melhorar as condições de trabalho dos profissionais que representa. Ele luta pela ampliação dos benefícios ao trabalhador e acaba estendendo sua ação sobre as próprias necessidades das famílias de seus representados.
Mas sem investimentos nada disso seria possível. É por isso que todo trabalhador, sindicalizado ou não, recolhia, uma vez por ano, a chamada Contribuição Sindical. Com o objetivo de manter e fortalecer o Sindicato, e para garantir que ele continue exercendo o seu papel.
A contribuição sindical sempre foi motivo de polêmica, com uns a seu favor e outros contra, e sua extinção foi tentada no governo Collor de Mello (MP 215) e em 2004, no Fórum Nacional do Trabalho (FNT). Foi extinta pela reforma trabalhista de 2017, sem debate e qualquer transição, sendo devida se prévia e expressamente autorizada pelos trabalhadores.
Quanto a natureza jurídica, no entendimento doutrinário e jurisprudencial, a contribuição sindical sempre foi tratada como tributo compulsório, conforme já definiu o Supremo Tribunal Federal, tendo assento nos artigos 8º, IV e 149 da Constituição Federal de 1988, sendo exigível de todos que se amoldem à sua hipótese de incidência, ou seja, aos enquadrados às respectivas categorias, independentemente de filiação à entidade. 
Diante deste contexto a presente pesquisa se justifica por entender a necessidade da contribuição sindical como verba indispensável para o exercício das atividades sindicais e inconstitucionalidade nas mudanças promovidas pela reforma trabalhista quanto a contribuição sindical. 
4 OBJETIVOS
4.1 OBJETIVO GERAL
Compreender os impactos promovidos pela Lei 13.467/2017 e a constitucionalidade da reforma trabalhista, no que tange a contribuição sindical.
4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
a) Discutir a constitucionalidade da extinção da obrigatoriedade da contribuição sindical;
b) Analisar a importância das entidades sindicais;
c) Compreender o enfraquecimento da representatividade coletiva.
5 EMBASAMENTO TEÓRICO
5.1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Originada pelo DL 2.377/40 e disciplinada pela CLT em 1943 (artigos 578 a 610), a contribuição sindical no Brasil foi criada no intuito de assegurar a prestação de serviços assistenciais. (LEITE, 2016).
A contribuição ou imposto sindical previa no artigo 579 da CLT em sua redação anterior a Lei 13.467/2017 que “é devida por todos aqueles que participarem de uma determinada categoria econômica ou profissional, ou de uma profissão liberal, em favor do sindicato representativo da mesma categoria ou profissão”. Caso não exista tal sindicato, a contribuição sindical será devida “à federação correspondente à mesma categoria econômica ou profissional”, nos termos do art.591 da CLT.
Recentemente, tivemos uma mudança em substancial no sistema de liberdade sindical brasileiro: a Lei 13.467/17 extinguiu a contribuição compulsória legal dos trabalhadores e empregadores independente de filiação. Assim, as novas redações dos artigos 545, bem como 578 e seguintes da CLT passaram a exigir prévia e expressa autorização para desconto da contribuição sindical, razão pela qual não mais subsiste a sua compulsoriedade.
Após a alteração, muitas entidades sindicais passaram a criticar ferrenhamente a retirada da compulsoriedade das contribuições sindicais, sob o argumento de que tal situação iria impedir o respectivo funcionamento e as consequências da abruta extinção da contribuição sindical como demissões em massa de trabalhadores, redução de salários, corte de benefícios a esses trabalhadores, fechamentos de sub-sedes, mudanças para imóveis menores, venda de ativos, extinção de serviços destinados aos trabalhadores da categoria, entre outras providências para redução de custos, uma vez que não foi criada forma alternativa de sustento financeiro para essas entidades.
Desta forma, suscitam dois argumentos como base para discussões judiciais sobre a impossibilidade de retirada de tal compulsoriedade. O primeiro com base no artigo 146, inciso III da Constituição Federal e o segundo o artigo 150, parágrafo 6º do mesmo diploma legal, respectivamente:
Art. 146 - Cabe à lei complementar:
III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre:
a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes;
b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários;
c) adequadotratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas.
d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte, inclusive regimes especiais ou simplificados no caso do imposto previsto no art. 155, II, das contribuições previstas no art. 195, I e §§ 12 e 13, e da contribuição a que se refere o art. 239. (Brasil, 2018, p.59).
Art. 150 - Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
§ 6.º Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do disposto no art. 155, § 2.º, XII, g. (Brasil, 2018, p.59).
Segundo Martins (2010, p.756) “a contribuição sindical se insere na definição de tributo, é prestação pecuniária e compulsória, pois independe da vontade da pessoa em contribuir”.
A Coordenadoria Nacional de Promoção da Liberdade Sindical (Conalis), do Ministério Público do Trabalho (MPT), emitiu nota técnica sobre o fim da contribuição sindical obrigatória, aposta na Lei 13.467/17, Reforma Trabalhista. Na nota, a Conalis diz: “As mudanças promovidas pela Reforma Trabalhista quanto à contribuição sindical apresenta inconstitucionalidade formal e material. ”
A Conalis menciona ainda que há inconstitucionalidade formal por não observar a necessidade de lei complementar para a instituição, modificação e extinção de um tributo (art. 146 e 149 da CF/1988), no caso uma contribuição parafiscal, e por não ter sido acompanhada de seu impacto orçamentário e financeiro por tratar-se de proposição legislativa que implica renúncia de receita (art. 113 do ADCT, acrescido pela EC 95/16), considerando que a mesma ajuda a financiar o FAT - Fundo de Amparo ao Trabalhador, por meio da conta especial emprego e salário.
Em nota técnica, manifesta o Ministério Público do Trabalho:
A Inconstitucionalidade material pelo fato de enfraquecer financeiramente as entidades sindicais quando a mesma reforma trabalhista aumentou os encargos dos sindicatos e, também, por que a Constituição Federal prevê expressamente tal fonte de financiamento no “in fine” do inciso IV do art. 8º e art. 149 da Constituição Federal e por ofender a unicidade sindical e a representação sindical compulsória da categoria (CF, art. 8º, II e III), violando a liberdade sindical ao imputar aos associados o custo da atividade do sindicato. Autorização prévia e expressa. Autorização em assembleia. (BRASIL, 2018, p.7). 
Superada a questão da inconstitucionalidade, a autorização prévia e expressa deve ser manifestada coletivamente através de assembleia da entidade sindical convocada para que toda a categoria se manifeste a respeito. Atos antissindicais. Toda e qualquer tentativa das empresas ou das entidades sindicais patronais em criar embaraços na cobrança da contribuição sindical pelas entidades sindicais das categorias profissionais constitui ato antissindical, nos termos dos arts. 1º e 2º da Convenção 98 da OIT, ratificada pelo Brasil em 29 de junho de 1953.
Manifestada a desaprovação dos entes sindicais, diversos sindicatos de todo o País têm conseguido liminares na Justiça para manter a contribuição, que é uma de suas principais fontes de receita.
Segundo o juiz Daniel Rocha Mendes, uma lei ordinária não pode dispensar o recolhimento da contribuição sindical, “já que tal tipo de alteração depende de edição de lei complementar, sendo flagrante a inconstitucionalidade”. (SÃO PAULO, 2018, p.1). 
Em decisão liminar, da 75ª Vara do Trabalho de São Paulo o magistrado determinou o recolhimento do imposto em favor do Sindicato dos Empregados em Empresas de Industrialização Alimentícia de São Paulo e Região, autor da ação. A cobrança equivale a um dia de trabalho de cada empregado da categoria e era obrigatória a todos os contratados celetistas até a aprovação da reforma.
A decisão da 75ª VT/SP refere-se ao ano de 2018 e exige o recolhimento no mês de março quanto aos novos admitidos, independentemente de autorização prévia e expressa. Determina, ainda, que deve ser respeitado o percentual de 60% do desconto previsto no artigo 589, II, da CLT.
A audiência de julgamento está marcada para 16 de maio. Em caso de recurso, ele será julgado pelo Tribunal Pleno do TRT-2.
6 METODOLOGIA
6.1 TÉCNICAS DE PESQUISA
Trata-se de pesquisa exploratória e explicativa, valendo-se da documentação indireta, por intermédio do procedimento da pesquisa bibliográfica. A pesquisa será realizada utilizando decisões dos tribunais superiores e doutrinas concernentes ao tema abordado.
Serão realizadas entrevistas com profissionais da área, a fim de obter melhores informações acerca do tema em questão.
7 CRONOGRAMA
 
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	Elaboração do 
Projeto de pesquisa
	
	
	
	
	
	
	
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	Levantamento bibliográfico/(referências)
	
	
	
	
	
	
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	Leitura e fichamento da
Documentação
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
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Sumário do TCC
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
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	Revisão do português
	
	
	
	
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	Ajustes finais
	
	
	
	
	
	
	
	
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	Redação definitiva
	
	
	
	
	
	
	
	
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	Digitação
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	Apresentação e defesa
do TCC
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
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out. 2018
8 SUMÁRIO PRÉVIO DO ARTIGO CIENTÍFICO
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, André Luiz Paes. CLT e Súmulas do TST comentadas. 19 ed. Santa Catarina: Rideel, 2018.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Organização de Anne Joyce Angher. 26ª ed. Santa Catarina: Rideel, 2018.
LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direito processual do trabalho. 14ª ed. São Paulo: Saraiva, 2016.
MARTINS, Sergio Pinto. Direito do Trabalho. 26ª ed. São Paulo: Atlas, 2010.
SÃO PAULO. Tribunal Regional do Trabalho. Decisão Liminar no 1000218-71.2018.5.02.0075da 75ª Vara do Trabalho, Des. Daniel Rocha Mendes, São Paulo, 9 mar. 2018. Disponível em: http://www.trtsp.jus.br/indice-de-noticias-noticias-juridicas/21532-autorizada-cobranca-de-contribuicao-sindical-mesmo-apos-reforma-trabalhista. 
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Charles 
Governador Valadares, 06 de novembro de 2018

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