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Capital Social
	É de fundamental importância que uma sociedade empresária que deseja iniciar suas atividades tenha recursos financeiros disponíveis. 
	No momento da abertura os sócios devem estabelecer uma quantia bruta podendo ser em dinheiro ou bens que será investida (integralizada) para a manutenção das atividades da empresa antes da geração de lucro. Esse investimento deve ser constar no contrato social. O registro no contrato social é chamado de subscrição. O capital subscrito é aquele que os sócios se comprometem a investir. No entanto, esse investimento não precisa ser feito todo de uma vez. O artigo 997, IV do Código Civil – CC, afirma que o contrato social deverá mencionar a quota que possui cada sócio e o modo que ele será aportado (integralizado) para a existência da sociedade.
	O aumento do capital social é feito quando os sócios decidem colocar mais dinheiro próprio na empresa, para fazê-la crescer, por exemplo. Isso só é possível quando todo o capital subscrito já tiver sido integralizado. As alterações no capital social precisam ser registradas na junta comercial.
	No aumento de capital, os sócios têm preferência na integralização das novas quotas, no prazo de 30 dias, na mesma proporção das quotas de que já são titulares. Não o fazendo, essas poderão ser integralizadas por terceiros (CC, art. 1.081, caput, § 1º).
	Já a diminuição ocorre quando, depois de integralizado o capital, houver perdas irreparáveis ou o capital for excessivo com relação ao objeto da sociedade. Assim, haverá diminuição proporcional nas quotas dos sócios (CC, arts. 1.082 e 1.083). Também pode ser o caso de dissolução parcial, como pelo exercício do direito de retirada.
	O capital social não pode ser visto somente pelo enfoque econômico, visto que o Código Civil expressamente exige a existência para a constituição das empresas, com exceção feita às sociedades em conta de participação e cooperativas dada a natureza das sociedades.
	O capital social não tem limite. Porém, no caso da Empresa Individual de Responsabilidade Limitada – EIRELI, o capital social mínimo é de 100 salários mínimos vigente à época (art. 980-A do CC).
		Os autores do projeto da Lei 6404/76, em sua exposição de motivos, esclarecem o conceito de Capital Social como:
 “montante de capital financeiro de propriedade da companhia que os acionistas vinculam ao seu patrimônio como recursos próprios destinados de modo permanente à realização do objeto social”. (BRASIL, 1976)
	Segundo Fábio Ulhoa Coelho, o capital social de uma sociedade pode ser compreendido como uma medida da contribuição dos sócios, e acaba servindo de referência a sua força econômica. Dessa forma serve também como garantia dos credores, mesmo não sendo esta a função pois o capital resultante da contribuição dos sócios é contabilizado no passivo não exigível e, portanto, ele não será diretamente utilizado para o pagamento dos credores. 
	Uma sociedade empresária com um capital social considerável denota um negócio seguro traduzindo o potencial da empresa.
	O Capital social é regido por três princípios importantes: princípio da intangibilidade, princípio da congruência e princípio da realidade.
Princípio da intangibilidade: os bens e valores ingressados a título de capital social apenas poderão ser devolvidos aos sócios na hipótese de dissolução da sociedade e, mesmo assim, através do procedimento adequado. Ressalta a separação existente entre o patrimônio dos sócios e da sociedade.
Princípio da congruência: o capital social deve possuir um valor adequado à atividade explorada pela sociedade e a sua extensão. Não há no direito brasileiro regras que determinem a adequação do capital social à atividade societária em toda a sua extensão.
Princípio da realidade: os bens e créditos que compõem o capital social devem refletir exatamente o valor das quotas ou ações no ato da subscrição e também nos seus momentos posteriores.
	Muito além dos princípios o Capital social também possui funções primordiais devido a importância da abertura e consolidação de uma sociedade empresarial para toda a sociedade. Dentre elas encontram-se: 
Função de avaliação econômica da empresa: o capital social possui a função de medir, de um modo geral, a solidez do empreendimento empresarial, mediante a sua comparação com o patrimônio líquido.
Função de medida de responsabilidade dos sócios: o capital social contribui para definir a extensão da responsabilidade dos sócios. Artigo 1052 do Código Civil para as limitadas e artigo 1oda Lei 6.404/76 para as S/As.
Função de produtividade: o capital social deve ser utilizado na atividade produtiva, visando a consecução do seu fim social e gerando lucros.
Função de garantia: o capital social garante os credores da sociedade. Trata-se de uma garantia indireta, haja vista que o capital social não se confunde com o patrimônio da sociedade, e que os credores economicamente mais fortes valem-se de garantias adicionais.
Função de distribuição do poder societário: o montante de capital que cada sócio aporta na sociedade acaba por estabelecer o poder de cada um, definindo suas prerrogativas.
Referências
COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Comercial – vol. 2, São Paulo: Saraiva, 2002.
BRASIL, Lei n° 6.404 de 15 de Dezembro de 1976. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6404compilada.htm. Último acesso: 08 de maio de 2019.
BRASIL, Código Civil – Lei n° 10.406 de 10 de Janeiro de 2002. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm. Último acesso: 08 de maio de 2019.

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