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CLASSIFICAÇÃO DO SOLO
	O objetivo geral da classificação do solo, como de qualquer outra classificação, é o de organizar o conhecimento de seus indivíduos de tal modo que, ao reconhecer um solo como pertencente a uma determinada classe, suas propriedades possam ser lembradas e suas relações possam ser mais facilmente entendidas.
1 PRINCÍPIOS DE CLASSIFICAÇÃO DE SOLOS
	Um indivíduo é o menor corpo natural que pode ser definido como algo completo e uma coleção de indivíduos forma uma população. Da mesma forma que em outras classificações, se procura dentro da população de solos agrupar os indivíduos similares em uma classe ou taxon de acordo com características selecionadas, chamadas de diferenciais, que os distinguem de indivíduos de outras classes. Dentro de cada classe os indivíduos estão relacionados a um indivíduo modal que melhor representa as características dessa classe. 
	Realizado um primeiro agrupamento dos indivíduos, permanecendo heterogeneidades entre os indivíduos de uma classe, pode ser realizada uma nova subdivisão segundo uma outra categoria diferencial, que por sua vez pode novamente ser subdividida. Esse agrupamento sucessivo dos indivíduos em classes em diferentes níveis constitui um sistema de classificação hierárquico de categorias múltiplas. As categorias mais altas tem poucas classes, enquanto que as mais baixas possuem muitas. Dessa forma, a homogeneidade das classes aumenta à medida que decresce o nível categórico.
2 SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO DE SOLOS
	Existem vários sistemas de classificação de solos em uso no mundo. Alguns baseiam-se em todas as propriedades dos solos, constituindo classificações naturais ou taxonômicas; outros baseiam-se em características selecionadas para seu uso com determinados fins, constituindo classificações técnicas ou interpretativas. 
	Entre as classificações naturais ou taxonômicas, são de utilização mais difundida no mundo a classificação americana (Soil Taxonomy) e a classificação da FAO. No caso do Brasil foi elaborado um sistema próprio, denominado Sistema Brasileiro de Classificação de Solos, que se ajusta melhor em relação a alguns tipos de solos que ocorrem na zona tropical.
	Quanto às classificações técnicas, a mais difundida mundialmente é a Classificação de Capacidade de Uso, desenvolvido nos EUA pelo Serviço de Conservação de Solos. No Brasil, além desse sistema, utiliza-se o Sistema de Avaliação de Aptidão Agrícola das Terras.
3 CLASSIFICAÇÃO BRASILEIRA DE SOLOS
	O Sistema Brasileiro de Classificação de Solos atual foi desenvolvido pelo Centro Nacional de Pesquisa de Solos (CNPS), da EMBRAPA, com a colaboração de pesquisadores de diversas universidades e instituições de pesquisa espalhadas pelo país (EMBRAPA, 1999).
	O Sistema Brasileiro de Classificação de Solos é um sistema de classificação natural ou taxonômica, organizando os solos a partir de características comuns em diversos níveis hierárquicos. Sua estruturação é na forma de categorias múltiplas com estrutura hierárquica descendente, subdivididas em classes. Para tal, o sistema baseia-se em horizontes diagnósticos e atributos ou propriedades diagnósticas, que constituem as características diferenciais.
	O 1o nível categórico (Ordens) leva em conta a presença ou ausência de atributos ou horizontes diagnósticos que refletem o tipo e grau de desenvolvimento dos processos que atuaram na formação do solo. Ex.: Argissolo - solo com B textural com argila de atividade baixa.
	O 2o nível categórico (Subordens) considera propriedades ou características diferenciais que refletem a atuação de outros processos de formação que agiram junto ou que afetaram os processos dominantes, ou que são responsáveis pela ausência de horizontes diagnósticos, ou ainda que representam variações importantes dentro das ordens. Ex.: Argissolo Vermelho-Amarelo - Argissolo com matiz 5YR ou mais vermelho e mais amarelo que 2,5YR na maior parte dos primeiros 100 cm do horizonte B (inclusive BA).
	O 3o nível (Grandes Grupos) leva em consideração o tipo e arranjamento dos horizontes, ou a atividade da argila ou a condição de saturação do complexo sortivo (bases, alumínio, sódio e/ou sais solúveis), ou ainda a presença de horizontes ou de propriedades que restringem o desenvolvimento das raízes ou que afetem o movimento da água no solo. Ex. Argissolo Vermelho-Amarelo Distrófico
	O 4o nível (Subgrupos) representa o conceito central da classe (típico), ou características intermediárias ou extraordinárias. Ex.: Argissolo Vermelho-Amarelo Distrófico abrúptico – com mudança textural abrupta.
	O 5o nível (Famílias) designa, em seqüência, conforme necessidade: grupamento textural, presença de cascalhos e concreções, constituição esquelética, tipo de horizonte A, mineralogia, saturação por bases e alumínio, teor de ferro, etc (Embrapa, 1999, p291-300). Ex.: Argissolo Vermelho-Amarelo Distrófico abrúptico, textura média/argilosa, A moderado.
	O 6o nível (Séries) são subdivisões da família, para utilização em levantamentos detalhados, relacionadas principalmente a características que afetem o uso do solo, como relações solo-água-planta e para finalidades de engenharia e geotécnica. Devem ser usados nomes próprios relacionados à região de ocorrência dos solos. No Brasil, a série de solos nunca foi utilizada formalmente. 
Figura 7.1. Representação esquemática dos diferentes níveis categóricos de um solo.
	A representação da classe de solo, acompanhada pelo respectivo símbolo utilizado na legenda de identificação do solo em um mapa, é feita, por exemplo, da seguinte forma:
PVAd1 - ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico abrúptico, textura média/argilosa, A moderado fase relevo ondulado.
a. Símbolo: PVAd1, conforme Embrapa (1999, p. 383), onde P representa Argissolo, o VA Vermelho-Amarelo e o “d” Distrófico. O número serve para separar unidades no mapeamento de solos da mesma classe até esse nível, que diferenciam-se nos níveis categóricos abaixo (ou fases).
b. Classe de solo no 1o e 2o níveis categóricos em caixa alta, no 3o nível com a primeira letra maiúscula e no 4o nível em minúscula.
c. Classe de solo no 5o nível (família) mostrando o grupamento textural (média no horizonte A e argilosa no horizonte B) e o tipo de horizonte A (A moderado) (nesse caso).
d. Fase de relevo: ondulado
	As fases de vegetação, relevo, pedregosidade ou rochosidade, erosão e substrato (Embrapa, 1999; p. 303) são utilizadas para se obter classes taxonômicas mais homogêneas, necessárias no caso de levantamentos de solos mais detalhados ou para prover informações adicionais de interesse a classificações técnicas ou interpretativas. Podem ser utilizadas em qualquer nível categórico, desde subordens até séries.
Dessa forma, a partir da classificação do solo, pode-se obter uma série de informações de suas características internas, bem como do ambiente em que ele está inserido. No presente caso, foi utilizada somente a fase de relevo, sendo que as informações a respeito da vegetação, pedregosidade, rochosidade, uso atual dos solos e substrato, entre outras, podem ser encontradas na descrição geral do perfil no relatório do levantamento pedológico.

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