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Instalações, manejo reprodutivo, manejo do recém nascido e manejo para o abate

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Prova 2 – SUÍNOCULTURA:
Planejamento, instalações e equipamentos.
INSTALAÇÕES
Devem: diminuir o estresse térmico desses animais (adversidades climáticas), propiciar conforto, deve ter fácil manejo (principalmente a remoção das excretas), deve permitir que seja feita estocagem de alimentos de forma adequada (que não haja roedores e entre outros animais como forma de contaminação). 
Além disso as instalações devem ser livres de transito de veículos, pessoas e até animais (risco de disseminação de doenças). Deve haver um bom abastecimento de água. E uma quantidade de luz adequada para manter o conforto dos animais (nem muito frio, nem muito quente).
Como deve ser a propriedade em que iremos instalar a matriz suína?
Deve ter primeiramente a autorização da FEPAM, o solo deve ter boa drenagem, lençol freático, declividade e fonte de água. Deve haver um isolamento de transito, pessoas e até outros animais por risco a esses animais que são muito sensíveis a uma série de doenças, além disso, o clima deve sempre ser colocado em pauta, para evitar ao máximo que não ocorra o estresse calórico desses animais. 
Resultados zootécnicos esperados de uma propriedade: aumento do número de parto/fêmea/ano, intervalo entre a desmama e o cio, leitões/fêmea/ano e o peso ao abate.
Todos aqueles equipamentos que são utilizados para o manejo de dejetos (líquidos) deve ser bem impermeabilizado e com o volume certo de dejetos gerado de acordo com a quantidade de animais.							ÁGUA
O consumo dependerá do: tamanho corporal dos animais, estado fisiológico (é inverno? É verão?), consumo de alimento dos animais, temperatura ambiente e da água (nem tão gelada, nem tão quente), tipo de bebedouro, o sistema de produção e a quantidade e qualidade (sempre dar preferência para fornecer a água com qualidade aos meus animais).
A água serve para o crescimento do animal e a manutenção de tecidos vivos e vísceras. Além disso, para lactantes é de extrema importância, devido a grande utilização de água para a produção de leite nesses animais. 
Animais devem ingerir 10% do seu peso vivo de água.
Os reservatórios devem ser grandes o suficiente para que a água dure de 2-3 dias. E não deve ser exposto aos raios solares (diminuí a qualidade da água).
O que irá acontecer com os animais caso eles não ingiram a exigência mínima diária de água? O animal terá diminuição da sua apetite, pode vir a desidratar, pode haver alterações de comportamento, não irá ganhar a quantidade de peso necessária, piora na conversão alimentar (exigindo dessa forma mais ração para ganhar peso), além de propiciar o animal a desenvolver infecções do trato urinário (ex: cistites).
Fatores que influenciam o consumo de água:
Dieta 
Proteínas e minerais: Suínos suplementados com proteínas ingerem 1 L a mais de água do seu consumo diário. Isso ocorre pois quando se suplementa com um teor de proteína que excede exigência, esse excesso irá ser metabolizado e excretado na forma de ureia na urina. Nível de sódio e de potássio na dieta (equilíbrio hidroeletrolítico).
Consumo de ração: 
Doença febre/diarreia faz com que os animais se alimentem menos, em contrapartida o consumo de água aumenta (utilizar água como forma de administração de fármacos).
Temperatura: Quanto maior a perda de temperatura pelo animal, maior será o consumo de água (suíno perde calor pela urina.
No inverno: quanto mais quente a água estiver, mais os animais irão ingeri-la.
Verão: quanto mais gelada a água estiver, mais os animais irão ingeri-la.
Tipo de bebedouro: 
 TIPO TAÇA TIPO NIPPLE/BEBEDOURO
Suínos ingerem mais água em bebedouros do tipo “taça” do que do tipo “nipple”, entretanto, o bebedouro “taça” é mais fácil de contaminação por fezes e urina, fazendo com que os animal prefiram o bebedouro do tipo “nipple”.
Ph da água: 
O Ph não pode ser maior que 8,5 animais podem vir a desenvolver doenças).
Qualidade da água:
Água rica em sulfatos: é um fator que faz os animais a ingerirem maior quantidade de água, como forma de reduzir a sensação de sede. Além disso a água deve ser sempre limpa, para evitar a disseminação de doenças infectocontagiosas. 
Controle e qualidade da água: deve-se haver uma caixa da água bem limpa e encanamentos de qualidade. 
Além disso eu posso fazer o uso do cloro, como forma de evitar a disseminação de doenças infectocontagiosas. Entretanto a eficiência do cloro irá depender de uma temperatura e ph ideais. Temperaturas elevadas e baixos ph’s minimizam o efeito do cloro.
Ácidos orgânicos: melhora a qualidade da água e agem na redução do ph; Além disso, no amimal, fazem a seleção da microbiota benéfica. 
 UMIDADE RELATIVA
Serve como facilitador da dissipação de calor por via evaporativa. Ela não deve superar o 70%. Quanto MAIOR a umidade, MENOR será a evaporação. 
TEMPERATURA
Homeotermia: é a capacidade que alguns animais possuem de manter sua temperatura constante quando a temperatura ambiente está dentro dos limites.
Suínos são bastante sensíveis ao calor. 
LOCALIZAÇÃO DO LOCAL
Ele deve fornecer locais para haver expansão.
Deve fornecer uma biossegurança.
Deve-se aproveitar a circulação natural de ar.
Declividades suaves.
Afastamento entre instalações:
ORIENTAÇÃO SOLAR
Deve-se evitar que o sol entre diretamente para
o exterior das instalações. No inverno, devo usar dispositivos para evitar a entrada de sol.
LARGURA
Relaciona-se com a capacidade de condicionamento térmico.
Dependerá do clima da região que se encontra a minha propriedade, nº de animais que irão alojar-se no local e dimensão e disposição das baias que irão ser colocadas.
Para climas quentes/úmidos: 10 metros de largura. 
Para climas quentes/seco: 10-14 metros de largura.
PÉ DIREITO
Favorece a ventilação. Reduz a carga de energia radiante que vem da cobertura.
Quanto maior a altura, menor a energia que será recebida pelo o solo, favorecendo assim a ventilação. 
Pé direito deve medir 3,0 m – 3,5m.
COBERTURA
Deve ser feita com material de grande resistência térmica. 
As telhas devem ser pintadas do lado de fora de branco e no lado de dentro de preto. 
Instalações por fase de produção:
As instalações devem ser divididas de acordo com características físicas, fisiológicas (para que não ocorra disseminação de doenças) e térmicas, dividindo os animais de acordo com a sua fase de produção.
Gaiola das fêmeas é colocada de frente para os machos
Devem ser abertas e com cortinas (controle do vento).
BAIAS COLETIVAS
Fêmeas novas do rebanho (reposição) e fêmeas a partir do 28º dia de gestação
Permanecem até 1 semana antes do parto.
GAIOLAS/BOXES
Fêmeas até o seu 28º dia de gestação (para evitar abortos), além disso, facilita o manejo com o macho.BAIAS PRÉ COBRIÇÃO/GESTAÇÃO
Comedouros devem ter divisórias para não ocorrer briga entre as parceiras.
Piso parcialmente ripado, para que não ocorra deslizamentos, diminuindo os riscos dos animais se machucarem.
Bebedouro do tipo concha.
E a coleta dos dejetos deve ser feita na parte traseira.
JFISDJFIDJ																		MATERNIDADE
1 semana antes do parto até o desmame dos animais.
Há um melhor controle da temperatura e ventilação.
Devem haver dois tipos de temperatura:
Leitões: 30ºC.
Porcas: a temperatura deve ser no máximo de 22ºC.
Baias: deve conter bem-estar, barra contra esmagamento das fêmeas com os filhotes e escamoteador. 
Deve haver gaiolas separadas com proteção para a mãe não esmagar os filhotes. Na dianteira o piso deve ser compacto e na traseira o piso deve ser ripado.
Escamoteador: irá gerar uma temperatura de conforto aos leitões recém nascidos. 
Quanto mais frio o leitão sentir, mais energia ele irá gastar para se manter aquecido e consequentemente menos peso ele irá ganhar.
Fontes de luz do escamoteador próxima ao chão (irá deixar o chão bastante quente): leitões deitam longe da fonte de luz, passando frio ou irão procurar a porca, correndoo risco de serem esmagados. 
Quando o escamoteador é muito frio, for sujo e houver entradas de ar: leitões fazem escamoteador de banheiro, procurando deitar-se com a porca (podem morrer esmagados).
Quando o microambiente é adequado os animais se deitam todos espalhados. 
CRECHÊ
Onde os animais vão depois do desmame (5 kg para 25 kg – dura aproximadamente 21 dias).
Comedouro: 1:3.
Bebedouro: 1:10.
Baias: devem abrigar no máximo 20 animais.
Galpão: devem haver forro, cortinas e aquecimento.CRESCIMENTO E TERMINAÇÃO
Crescimento: 25KG até 60 KG.
Terminação: 60 KG até 100 KG.
Deve haver ventiladores devido ao nível de amônia: pode gerar problemas nasais devido ao cheiro irritante.
Galpão totalmente aberto com cortinas (períodos chuvosos e frios).
Piso: pode ser totalmente ripado ou 1/3 ripado e 2/3 compacto.
15-20 animais/baia.
 MACHOS
Baias individuais, pois pode ocorrer brigas. 
Deve ser o mais próximo das fêmeas.
Comedouro e bebedouro iguais as fêmeas.
Relação macho/femea: 1:20.
 				REPOSIÇÃO
É pra onde vão os animais com problemas reprodutivos, patologias.
Separar fêmeas dos machos.
Pode comportar 8-15 animais. 
LÂMINA DE ÁGUA
A partir dos 20ºC os suínos em fase de crescimento/terminação começam a sofrer por estresse térmico, com isso, haverá diminuição da ingesta de ração, piorando a conversão alimentar e o ganho de peso.
Á partir dos 30ºC, sem melhorias para o conforto térmico, há uma perda de aproximadamente 300G do ganho diário de peso nos animais.
Aspectos a se relevarem:
A lamina d´água deve ser limpada dia sim, dia não, nos primeiros 30 dias após alojamento de animais novos.
Após os 30 dias a lamina d’água deve ser limpa todos os dias para não disseminar doenças aos animais.
Em locais de clima frio não é indicado o uso da lâmina d’água pois pode gerar hipotermia e até patologias como rinotraqueíte, pneumonia e entre outros.
Recomenda-se encher a lamina d’água somente nas horas mais quentes do dia, para diminuir a sensação de frio para os animais e para que não ocorra a disseminação de doenças por aquela água.
Vantagens do seu uso: 
Evita estresse térmico dos animais principalmente nas épocas mais quentes. 
Faz com que esses animais ingiram mais ração.
Melhor conversão alimentar nos meses quentes e consequentemente um ganho de peso. 
Desvantagens do seu uso:
Maior risco de desenvolverem enterites e doenças respiratórias no inverno.
Maior produção de dejetos (propriedades com um escoamento precário, pode gerar sérios problemas).
Dimensões: 
Largura: 0,5m – 1,0 m.
Caimento: 5 cm.
Tipos de criação:
																									SISCAL
SOBRE A CAMA 
Criação intensiva ao ar livre.
Custo mínimo com instalações.
Necessário rotacionar piquetes e fazer manejo da maternidade.
Sistemas de produção são todos mistos.
Manejo reprodutivo da fêmea:
Porque repor o plantel? Pois as fêmeas começam a ficar improdutivas, deixando de ser fonte de dinheiro para ser um “gasto” para a propriedade.
Época que elas começam a ficar maduras sexualmente: 5-6 meses.
Época de aptidão reprodutiva: 6-7 meses.
Duração do período fértil: 48-56 horas (2 dias – 2,5 dias).
Local de ejaculação: intra-uterina.
Do 3º ao 6º parto é quando se obtém os melhores resultados reprodutivos (retorno financeiro). Á partir do 7º parto eu posso pensar em descartar a fêmea.
PUBERDADE
Primeiro cio-fertil: (5,5-6,5 meses).
Os animais atingem a sua maturidade sexual na puberdade, mas isso não quer dizer que eles estão desenvolvidos de forma compatível para exercer a procriação. Não se deve utilizar os animais logo que atingem a puberdade.
Maturidade sexual: é o período que tanto o macho, quanto a fêmea se tornam desenvolvidos para exercer a procriação. 
Fêmeas que são colocadas para procriar após o terceiro cio produzem leitões mais pesados.
Geralmente atingem a sua maturidade sexual entre os seis meses (aproximadamente 200 dias), quando atingem os 145 kg (peso ideal para a cobertura).
Já os machos demoram 210 dias aproximadamente para atingir a maturidade sexual.
Defeitos desclassificatórios para a reprodução: Marrãs que apresentam a vulva infantil ou anomalias genitais. 
Fêmeas com tetos invertidos (não funcionais). Fêmeas deve ter no mínimo 14 tetos viáveis.
Fêmeas com problemas de cascos, velhas (problemas reprodutivos acentuadas), problemas de coluna, obesos, animais que apresentam tendões fracos e garupa caída (dificuldade para a monta na copula. 
Síndrome do segundo parto: é semelhante as mulheres que passam por depressão pós parto. Elas ficam com depressão, rejeitam o alimento, e com isso irá acontecer diminuição da produção do leite, isso geralmente acontece, devido ao fato de geralmente, nos sistemas de produção, tirarem os leitões de perto das porcas.
Decaimento no número de leitões naquela gestação devido ao fato da leitoa estar muito pesada durante a cobertura.
Manejo para a detecção do cio: a estimulação vai ocorrer logo após o desmame, quando a fêmea é colocada em presença do macho, por pelo menos duas vezes ao dia com intervalo de 12 horas entre esses encontros. Um ou dois machos passam nas baias das fêmeas 20-30 minutos. As fêmeas que não apresentarem sinal de cio em até 10 dias após o desmame, eu devo colocar elas com outras fêmeas desmamadas, ou devo trocar essa fêmea de baia.
Sinais de proestro: inquietação do animal, ele vai ter diminuição do apetite, vulva começa a ficar avermelhada, não irá tolerar monta, mas monta nas companheiras.
Melhor momento para realizar a monta ou a inseminação é no ESTRO. Nessa fase a fêmea apresentará sinais como: 
Aumento da produção de muco vaginal, aumenta vermelhidão da vulva e a mesma fica edemaciada. O animal irá aceitar a monta das companheiras.
É preciso que o cachaço seja mais experiente que a fêmea para que a mesma entre no cio.
Flushing: fornecer uma dieta de qualidade, aporte energético maior para melhorar a viabilidade dos óvulos.
Lembrar: leitoas possuem a sua ovulação antes, em relação as porcas adultas.
GESTAÇÃO
Duração: 114 dias. 
A matriz em gestação deve ficar em um local tranquilo, livre de estresse (até térmico). Nos primeiros 28 dias ela fica na baia separada, após o 28º de gestação ela pode ficar agrupada.
Única coisa que eu não devo fazer é agrupar animais gestantes, com as não gestantes.
Matrizes em gaiola: levanta-las pelo menos 3X ao dia.
Do 86º dia de gestação, até o parto é o momento em que a fêmea irá produzir leite.
Consumo de ração: 950 KG – 1100 KG.
É no terço final da gestação que o feto mais se desenvolve.
Adicionar fibra na ração para o animal defecar melhor, evita que haja fetos enatimorfos e ainda não deixa diminuir a produção de leite.
Água na gestação: gestantes precisam de um maior consumo de água em relação as fêmeas em terminação. Devido ao peso ganhado na gestação a mesma fica com preguiça de levantar para consumir a água (isso deixa ela predisposta a ter metrites, mamite, e agalaxia), além disso vai fazer com que ocorra o descarte precoce dessa matriz.
Deve-se estimular o consumo de água levantando a fêmea de 4-5 vezes ao dia (deve-se consumir entre 15-20 litros de água diários).
Aspecto sanitário: É importante que se mantenha o bom rendimento sanitário da propriedade principalmente nessa época de muito estresse para a fêmea.
Sarna: aplicar cipermetrina 3X com intervalo de 7 dias. Fazer o uso de ivermectina na ração no terço final da gestação.
Lombriga (áscaris lumbricoides): Utilizar febendazole na ração.
Infecções urinárias: Ocorrem por via infecções de casco ou devido ao macho propiciar a doença durante a cópula. Posso utilizar sais de cloreto, ácidos orgânicos, utilizar medicamentos específicos na ração ou via oral ou até mesmo IM, 
Metrite: geralmente ocorre depois do parto ou em casos de aborto.
Manejo reprodutivo do macho:
Varrão: animal jovem/Cachaço (animal adulto ou reprodutor).
Macho: possui 50% de característicasgenéticas e a fêmea os outros 50%.
O que se busca esperar de um macho? Animais livre de doenças genéticas e infectocontagiosas, precocidade elevada, boa conformação. 
Bom desempenho: ganho de peso diário, conversão alimentar boa e grande espessura de toucinho.
Funções do cachaço: fazerem as fêmeas entrarem no cio, detectar cio das fêmeas de minha propriedade, detecção das fêmeas prenhes, fornecimento de esperma de qualidade para um produto final bom.
O macho se encontra na puberdade quando atinge 140 KG de peso vivo (7-8 meses).
Inseminação artificial: Deposita o esperma do cachaço direto na cérvix da fêmea.
Um macho é capaz de emprenhar 100 fêmeas.
Possibilita alcançar altos índices de reprodução.
Momento de inseminação é muito semelhante ao método natural.
Sêmen fresco: eu devo utilizar até duas horas após a coleta.
Sêmen refrigerado: devo usar até 6 dias após a coleta.
Sêmen congelado: posso utilizar quando eu quiser.
Preparação para a maternidade:
Local deve ser limpo, não deve estar úmido, e deve ser sem barulhos possíveis (local deve ser separado de outras instalações).
Cada sala deve conter no máximo 12 fêmeas (manejo do vazio sanitário).
Temperatura da sala: 16ºC – 22ºC.
Alturas muito altas aumentam o tempo do parto, e a chance de animais nascerem enantimorfos.
A matriz deve ir para essa sala 4-7 dias antes de parir (107-114A dias após a cobertura). A saída ocorrer entre os 21-35 dias (época que os leitões são desmamados).
É nessa época que ocorre as maiores perdas de leitões: por esmagamento, por animais que não conseguem mamar da forma adequada e por diversas diarreias.
VÁZIO SANITÁRIO
É quando eu tiro as fêmeas que pariram saem das instalações para as outras matrizes virem parir.
Deve ocorrer a limpeza, a retirada dos dejetos e deve ocorrer o vazio de 4-7 dias da sala.
 											MATERNIDADE
 		
Para entrar as fêmeas devem passar por limpeza, com água, sabão e escova (retirar possível patógenos).
Cuidar para não machucar mamas e aparelho genital.
Sinais de proximidade do parto:
4 dias antes: começam o edema vulvar.
48-24 horas: complexo mamário começa a soltar leite e secreção serosa escassa na vagina.
12 horas antes: secreção leitosa em gotas começam a sair da vagina.
6 horas antes: secreção leitosa em jatos começam a sair da vagina.
No dia do parto eu reduzo a ração do animal, fornecendo apenas 500g e água a vontade.
O parto pode durar de 2h-6h.
O intervalo entre um leitão e outro pode ser de 10 min – 20 min. 
Eu só devo intervir em casos extremos.
Manejo dos leitões:
Limpar bocas e narinas para que eles respirem de forma adequada.
Secar o leitão.
Tentar reanimar leitões que nasceram aparentemente mortos.
Visualizar se há batimentos do cordão umbilical e movimentos torácicos (sinal que o animal está respirando).				Como saber se o animal morreu durante o parto ou se ele é enantimorfo?
Eu coloco o feto dentro da água boiou quer dizer que ele respirou, logo ele não é um enantimorfo.
Realizar massagens e movimentos que estimule a circulação.
Fazer a curagem do cordão umbilical.
MANEJO DOS LEITÕES
Corte ou desgaste dos dentes: o animal nasce com 8 dentes (caninos e pré-molares) esses dentes podem machucar a fêmea durante a amamentação, além disso, os mesmos podem lesionar os irmãos. Além disso a fêmea pode parar de produzir leite devido ao estresse das mordidas nos seus tetos.
Sistema de termorregulação: o leitão perde calor muito fácil para o meio depois de nascer, o ganho de temperatura novamente, irá depender da temperatura do ambiente (escamoteador), o peso corporal do animal (camada de tecido gorduroso subcutâneo) e o alimento que ele irá ingerir.
O que irá acarretar a perda de calor do animal? O animal pode ter hipoglicemia e hipotermia (pode levar a morte muito fácil). O animal irá chegar para perto da porca correndo o risco de morrer por esmagamento. Além disso o animal se torna suscetível a ter desenvolver doenças (E. coli enterotoxigênica).
Primeira mamada: é logo após o parto, e é de extrema importância. É através dessa primeira mamada que é transmitida a imunidade passiva para os animais. As IGg’s são muito sensível (desnaturam com facilidade em temperaturas altas e ph’s muito baixos). 
O colostro deve ser ingerido no máximo até 48 horas, depois disso a microbiota intestinal começa a diminuir o ph desnaturando assim as IGg’s.
Leitões mais fracos: colocar eles separado dos mais fortes, para que esses mamem mais e sem estresse.
Nesta fase é de extrema importância a boa nutrição da fêmea sendo proposto uma dieta de 3450 kcal/kg de Energia Metabolizável e 1,00 de Lisina Digestível.
Transferência de leitões: sistema múltiplos de matrizes. 
Para se transferir os leitões é necessário que os mesmos tenham o mesmo tamanho que o da matiz que eles irão ser transferidos, e se sobrar resto placentários dos animais da matiz, passar nesses leitões que irão ser transferidos (para diminuir as chances da fêmea rejeitar os filhotes).
Corte do último terço da cauda dos leitões: Prevenção de canibalismo entre os animais, deve ser feito nos primeiros 3 dias de vida, deve usar um alicate, um bisturi elétrico. Além disso posso fazer a desinfecção com iodo.
Suplementação e acompanhamento dos leitões fracos.
Prevenção da anemia: uma ingesta de leite supre isso. Caso o animal não consiga beber leite de forma adequada, eu devo fornecer ferro em forma de suplementação (pode ser via IM ou SC)
Fornecer água potável nos primeiros instantes de vida do animal.
Ração pré inicial: posso começar a fornecer nos primeiros 7 dias de vida do animal, pode ser úmida (não deixar o resto no comedouro). Devo fornecer pequenas quantidades em várias partes do dia. Consumo diário por dia 200g.
Dieta deve ter: alta lactose, proteína de alta digestibilidade, AA sintéticos, enzimas, ácidos orgânicos, pro/prébiótico/antibiótico, etc.
Castração: deve ser realizada entre o 7-10 dia de vida do animal. Uma pessoa pode realizar o procedimento. Cicatização é rápida e o risco de hemorragia é muito pequena. Não devo escolher leitões doentes para castrar (processo estressante, diminui ainda mais a imunidade dos animais), baias devem estar limpas e secas, material deve ser limpo e esterilizado.
Mortalidade de leitões: A principal fase que mais haverá mortes é no pós parto as principais causas podem ser: inanição, esmagamento e doenças entéricas. 
E. coli (colibacilose): causa grandes mortalidades entre as 4-24 horas de vida. As enterotoxinas são produzidas na própria microbiota intestinal.
Sinais clínicos: leitões com diarreias bastante líquidas e desidratados e abatidos. Geralmente a transmissão ocorre pela porca, que nesses casos, será a portadora sintomática.
Controle: limpeza correta, desinfecção e um ambiente seco. Também devemos vacinar as porcas com 100 dias de gestação. Já as leitoas eu faço 2 doses: 1º nos 80 dias de gestação, e a 2º dose nos 100 dias de gestação. 
Tratamento: antibioticoterapia (enrofloxacino, colistina e entre outros).
Clostridioses: doenças causadas por bactérias G+.
O tipo enterotoxemico é a mais fatal, pois, irá gerar uma enterite do tipo necrótica, levando os animais a desenvolverem diarreia hemorrágica. Isso pode levar tanto a morte, quanto aqueles que sobreviverem virem a desenvolver retardo no seu crescimento. 
Controle: é semelhante aos casos de colibacilose (até mesmo a vacinação).
Tratamento: o uso de antibióticoterapia não retarda/desaparece com os sinais clínicos.
Rotavirose: é uma enfermidade que possuí uma alta morbidade e uma alta mortalidade
Sinais clínicos: diarreias, anorexia e vômitos (aparecem geralmente entre as duas-seis semanas de vida). (diarreia: possui aspecto amarelado-branca, e que em algumas horas se torna pastosa ou cremosa, antes de voltar ao normal).
Geralmente os animais voltam ao normal dentre 3-4 dias, entretanto, em alguns animais (principalmente aqueles com imunidade mais baixa, a doença pode permanecer por semanas).
Controle: limpeza,não deixar o local úmido e a desinfecção correta.
Tratamento: Devo aplicar antibióticos para evitar infecções secundária
 DESMAME
Natural: ocorre geralmente entre 10-12 semanas, entretanto isso se torna muito estressante para a porca, pois os animais precisam que ela fique deitada para eles mamarem, além disso eles podem morder ela podendo machuca-la.
Artificial: ocorre geralmente entre 6-8 semanas, onde os leitões são retirados para a creche e as fêmeas são colocada com as demais na ala da maternidade. 
Desmame usual: ente os 21 dias até os 35 dias. 
Exigência de mão de obra, um lugar adequado para abrigar esses leitões e o fornecimento de ração de qualidade para esses animais.
Vantagens: não preciso gastar com mais ração para lactação para fêmea, quanto mais precoce eu desmamar esses leitões, mais rápidos as fêmeas entrarão no cio (aumentando assim o índice zootécnico partos/fêmeas/ano). 
Devo separar os animais por peso e por sexo.
Evitar misturar mais de 3 leitegadas em um piquete.
Observar se haverá casos de diarreias e lesões.
Leitegadas desuniformes e leitões muito fracos aumentam os riscos de mortalidade.
ABATE
Os animais entram para o crescimento com peso entre 20-25 kg e saem para a terminação com peso entre 100-110 kg.
Nesses lotes deve ter uma temperatura entre 16-18ºC.
Cuidar o manejo da cortina para não ventilar nem de mais nem de menos.
Pré embarque: seleciono os animais 24 antes do mesmo ocorrer, deve-se realizar um jejum prévio de 12 horas nesta fase. Durante o embarque, deve-se evitar estresse ao animal, e evitar que o animal se lesione (preferir o embarque seja realizado à noite).

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