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Aquisições e contratações na adm indireta

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INSTITUTO DE PÓS-GRADUAÇÃO- IPOG
Pós-Graduação lato sensu
MBA EM LICITAÇÕES E CONTRATOS
Sexta-feira
ESTRUTURA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
✓ Noções básicas de Administração Pública;
✓ Administração Pública Direta;
✓ Administração Pública Indireta;
✓ Evolução das normas sobre contratações 
públicas;
✓ Aspectos gerais da Lei nº 13.303/16;
✓ Questão Norteadora (Método IPOG)
Sábado
ESTATUTO JURÍDICO DAS ESTATAIS- COMPRAS E 
CONTRATOS
✓ Aspectos gerais da Lei nº 13.303/16.
✓ Princípios e diretrizes;
✓ Licitação, inaplicabilidade, dispensa e inexigibilidade;
✓ Regimes de Contratação;
✓ Procedimento de licitação;
✓ Comparação com a Lei nº 8.666/93;
✓ Regulamento de compras;
✓ Contratos estatais.
Domingo
CONTROLE, GOVERNANÇA E GESTÃO NA LEI DAS 
ESTATAIS
✓ Aspectos societários;
✓ Controle das estatais;
✓Gestão de risco e controle interno;
✓Divulgação de informações.
✓ AVALIAÇÃO
✓Questão Norteadora – método IPOG.
AVALIAÇÃO
✓ Sábado: teste em dupla – 2,0
✓ Domingo: estudo de caso em grupo – 6,0
✓ Sexta, sábado e domingo: frequência + participação: 2,0
Domingo pós aula!
NOÇÕES BÁSICAS DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
• Organização Administrativa: funções administrativas típicas a cargo do
poder executivo (“atividade administrativa típica”)
• Federalismo e organização administrativa
✓ Organização política de três níveis: Divisão vertical (não hierárquica)
✓ Autonomia federativa: Administração Publica Federal; Administração 
Pública Estadual; Administração Pública do Distrito Federal; 
Administração Pública Municipal
Função legislativa: 
Criação de norma 
primária 
Função judiciária: 
Resolução de lide com 
força de coisa julgada 
Função administrativa: 
Critério residual 
Realização de 
finalidades públicas
PERSPECTIVAS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Sentido subjetivo/ formal/ Sentido objetivo/ material/ 
orgânico funcional
Conjuntos de órgãos e entes 
estatais que produzem serviços, 
bens e utilidades para a 
população, apoiando as 
instituições políticas de cúpula 
no exercício das funções de 
governo. 
Conjunto de atividades do 
Estado que auxiliam as 
instituições política no exercício 
de funções de governo
Função Administrativa ou 
conteúdo material da atividade 
administrativa
BASES JURÍDICAS GERAIS
• Constituição Federal 
✓ Tópico Constitucional da Administração Pública – artigos 37 a 41 
✓ Ditames difusos em toda a Constituição: Art. 173,§§1º, 2º e 3º:
Regime Jurídico das empresas públicas e sociedades de
economia mista
• Decreto - Lei 200/1967 – Organização da Administração Pública 
federal 
• Lei Federal nº 9.784/1999 – Regula o processo administrativo 
federal 
• Código Civil, art. 40 e 41 – pessoas jurídicas de direito público
interno
• Lei Federal nº 13.303/2016 – Estatuto Jurídico da Empresa Pública
Desconcentração Descentralização
Distribuição interna de 
atividade no âmbito da 
mesma pessoa jurídica
Transferência de poder 
decisório a entes com 
personalidade jurídica 
própria
Órgãos, repartições
Hierarquia
Competência
(sem personalidade 
jurídica)
Entes com 
personalidade 
jurídica própria
ADMINISTRAÇÃO 
DIRETA
ADMINISTRAÇÃO 
INDIRETA
ADMINISTRAÇÃO DIRETA
• Conceito
✓ Conjunto de órgãos que integram as pessoas políticas do Estado (art. 
18 CF), aos quais foi atribuída a competência para o exercício, de 
forma centralizada, de atividades administrativas;
✓ “Administração direta é o conjunto dos órgãos integrados na estrutura 
da chefia do Executivo e na estrutura dos órgãos auxiliares da chefia 
do executivo”. (MEDAUAR, 2018, p. 80)
• Generalidade de tarefas e atribuições - Divisão de tarefas em órgãos 
(desconcentração) 
• Vínculo de subordinação – hierarquia 
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
• Conceito
✓ Art. 4º, II, Decreto-Lei 200: “Conjunto de entidades personalizadas que 
executam, de modo descentralizado, serviços e atividades de interesse 
público.”
✓ Autarquias
✓ Estatais – empresas públicas e sociedade de economia mista;
✓ Fundações Públicas
✓ Consórcios públicos (Lei 11.1017/2005)
• Finalidades legais do ente descentralizado → Controle finalístico pelo ente
central – “tutela/controle administrativa/o” (Não há hierarquia nem
controle hierárquico, mas vinculação para fins de controle)
• Âmbito Federal: supervisão ministerial (art. 19 e ss do Decreto – Lei 
200/1967)
AUTARQUIAS
Administração Indireta
“Serviço autônomo, criado por 
lei, com personalidade jurídica, 
patrimônio e receitas próprios, 
para executar atividades típicas 
da Administração Pública, que 
requeiram, para seu melhor 
funcionamento, gestão 
administrativa e financeira 
descentralizada.”
Art. 5º, I do Decreto-Lei nº 200/67
AUTARQUIAS
• Criação por lei específica (art. 37, XIX, CF)
• Autonomia: controle finalístico
• Atividades típicas de Estado (atividade econômica?)
• Poder de polícia (fiscalização e sanção)
• São imunes a impostos (art. 150, § 2º, CF)
• Seus bens são públicos (art. 98 CC)
• Responsabilidade objetiva (art. 37, §6)
• Controle dos Tribunais de Contas
• Compras e alienações: Lei 8.666/93 e Lei 10.520/02
AUTARQUIAS ESPECIAIS
• Agências reguladoras
– Autarquias com regime jurídico especial, dotadas de autonomia
reforçada em relação ao ente central
– Atenuação dos monopólios estatais (EC nº 05, 08 e 09/1995).
Programa Nacional de Desestatização
– Poder de Polícia. Regulação setorial.
– Lei Geral das Agências reguladoras
• Agências executivas
– Qualificação conferida às autarquias e fundações que possuam um
plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento
institucional e que celebrem um contrato de gestão com o Ministério
Supervisor • Art. 51 e 52 da Lei 9.649/1998 e Decreto 2.487/1998
• Associações públicas: consórcios
FUNDAÇÕES PÚBLICAS
“Entidade dotada de personalidade 
jurídica de direito privado, sem fins 
lucrativos, criada em virtude de 
autorização legislativa, para o 
desenvolvimento de atividades que não 
exijam execução por órgãos ou entidades 
de direito público, com autonomia 
administrativa, patrimônio próprio gerido 
pelos respectivos órgãos de direção, e 
funcionamento custeado por recursos da 
União e de outras fontes” 
Decreto Lei 200/1967. Art. 5º, IV
Administração Indireta
FUNDAÇÕES PÚBLICAS
• Afetação do patrimônio a certa finalidade
• Natureza de direito público X de direito privado
• Mas regime jurídico de direito público!
• Lei instituidora X lei autorizativa + registro 
• São imunes a impostos (art. 150, § 2º, CF)
• Controle dos Tribunais de Contas
• Compras e alienações: Lei 8.666/93 e Lei 10.520/02
FIGURAS JURÍDICAS PECULIARES
• Ordens e conselhos profissionais
• Serviços sociais autônomos (sistema S)
• Terceiro setor em parceria (paraestatais)
– Organizações sociais – Contratos de gestão (Lei 9.637/1998)
– Organizações da Sociedade civil de Interesse Público – OSCIPs e 
termos de parceria (Lei 9.790/1999) 
– Organização da sociedade civil em mutua cooperação com a 
administração – Lei 13.019/2014
EMPRESAS PÚBLICAS
SOCIEDADES DE 
ECONOMIA MISTA
ESTATAIS
Atividades 
econômicas
ESTATAIS
Serviços 
públicos
Dicotomia está perdendo o sentido prático!
PLURALIDADE DE REGIMES
ESTATAIS
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta 
Constituição, a exploração direta de atividade 
econômica pelo Estado só será permitida 
quando necessária aos imperativos da 
segurança nacional ou a relevante interesse 
coletivo, conforme definidos em lei.
A exploração de atividade econômico pelo Estado, por meio
da criação de estatais, é excepcional e deve ser justificada
por imperativos da segurança nacional ou relevante
interesse coletivo.Conceitos jurídicos indeterminados!
ESTATAIS
EMPRESA PÚBLICA
Administração Indireta
“Empresa pública é a entidade 
dotada de personalidade 
jurídica de direito privado, com 
criação autorizada por lei e com 
patrimônio próprio, cujo capital 
social é integralmente detido 
pela União, pelos Estados, pelo 
Distrito Federal ou pelos 
Municípios”
Art. 3º, Lei 13.303/16
SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA
Administração Indireta
“Sociedade de economia mista 
é a entidade dotada de 
personalidade jurídica de 
direito privado, com criação 
autorizada por lei, sob a forma 
de sociedade anônima, cujas 
ações com direito a voto 
pertençam em sua maioria à 
União, aos Estados, ao Distrito 
Federal, aos Municípios ou a 
entidade da administração 
indireta. ”
Art. 3º, Lei 13.303/16
ESTATAIS
• Criação e extinção por lei (art. 37, XIX. CF e Lei
13.303)
• Personalidade jurídica de direito privado
• Sujeição aos controles estatais e sociais
• Vinculação aos fins definidos na lei autorizativa
• Desempenho de atividade econômica/Serviço
Público
• Exigência de concurso público → contratação
empregados (art. 37, II, CF)
ESTATAIS NO MUNDO
Fonte: Observatório das Estatais/FGV
ESTATAIS NO DISTRITO FEDERAL
Fonte: http://www.casacivil.df.gov.br/estatais-conheca/
EVOLUÇÃO DAS NORMAS SOBRE 
CONTRATAÇÕES PÚBLICAS
EVOLUÇÃO DAS NORMAS SOBRE CONTRATAÇÕES PÚBLICAS
Art. 37. A administração pública 
direta e indireta de qualquer dos 
Poderes da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios 
obedecerá aos princípios da 
legalidade, impessoalidade, 
moralidade, publicidade e 
eficiência e, também, ao seguinte: 
(...) 
EVOLUÇÃO DAS NORMAS SOBRE CONTRATAÇÕES PÚBLICAS
XXI - Ressalvados os casos especificados na 
legislação, as obras, serviços, compras e 
alienações serão contratados mediante processo 
de licitação pública que assegure igualdade de 
condições a todos os concorrentes, com 
cláusulas que estabeleçam obrigações de 
pagamento, mantidas as condições efetivas da 
proposta, nos termos da lei, o qual somente 
permitirá as exigências de qualificação técnica e 
econômica indispensáveis à garantia do 
cumprimento das obrigações. 
Art. 37, XXI, CF
NORMAS SOBRE CONTRATAÇÕES PÚBLICAS
• Competência privativa da União legislar sobre
normas gerais de licitação e contratação
administrativa, em todas as modalidades, para as
administrações públicas diretas, autárquicas e
fundacionais de todos os entes da Federação (CF, art.
22, XXVII).
• Compete ao DF, Estados e Municípios legislar
suplementarmente sobre licitações. (Competência
concorrente? Cf. art. 24).
COM BASE NO ART. 22, XXVII... 
Lei 8.666/1993
Lei de Licitações e 
Contratos da 
Administração 
Pública 
Lei 10.520/02 
Lei do Pregão
Lei 12.232/10
Licitação e 
contratação de 
serviços de 
publicidade
Lei 12.462/2011 
Lei do Regime 
Diferenciado de 
Contratações 
Públicas - RDC 
Lei 13.303/16 
Lei das Estatais
• As constantes alterações da realidade mercadológica, das 
necessidades da Administração, bem como as inovações 
tecnológicas provocaram o descompasso entre a norma 
legal e seu objeto regulado. 
• Muitas normas infralegais que atualizam e/ou 
complementam a Lei 8.666
Nítida evolução desde a Lei 8.666!
EVOLUÇÃO DAS NORMAS SOBRE CONTRATAÇÕES PÚBLICAS
Parágrafo único. Subordinam-se ao 
regime desta Lei, além dos órgãos da 
administração direta, os fundos 
especiais, as autarquias, as fundações 
públicas, as empresas públicas, as 
sociedades de economia mista e 
demais entidades controladas direta 
ou indiretamente pela União, Estados, 
Distrito Federal e Municípios. 
Lei 8.666, art. 1º, par.
• Com o advento da Emenda Constitucional 19/1998
(Reforma administrativa do Estado), foram introduzidas
novas regras em relação às contratações realizadas pela
Administração.
Atenção: alteração nos arts. 22, XXVII, e 
173, § 1º da CF 
EVOLUÇÃO DAS NORMAS SOBRE CONTRATAÇÕES PÚBLICAS
EVOLUÇÃO DAS NORMAS SOBRE CONTRATAÇÕES PÚBLICAS
Art. 22. Compete privativamente à União 
legislar sobre:(...) 
XXVII – normas gerais de licitação e 
contratação, em todas as modalidades, para 
as administrações públicas diretas, 
autárquicas e fundacionais da União, 
Estados, Distrito Federal e Municípios, 
obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para 
as empresas públicas e sociedades de 
economia mista, nos termos do art. 173, §
1º, III; 
EVOLUÇÃO DAS NORMAS SOBRE CONTRATAÇÕES PÚBLICAS
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta 
Constituição, a exploração direta de atividade 
econômica pelo Estado só será permitida 
quando necessária aos imperativos da 
segurança nacional ou a relevante interesse 
coletivo, conforme definidos em lei.
A exploração de atividade econômico pelo Estado, por meio
da criação de estatais, é excepcional e deve ser justificada
por imperativos da segurança nacional ou relevante
interesse coletivo.
Conceitos jurídicos indeterminados!
EVOLUÇÃO DAS NORMAS SOBRE CONTRATAÇÕES PÚBLICAS
EVOLUÇÃO DAS NORMAS SOBRE CONTRATAÇÕES PÚBLICAS
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa 
pública, da sociedade de economia mista e de suas 
subsidiárias que explorem atividade econômica de 
produção ou comercialização de bens ou de prestação 
de serviços, dispondo sobre: (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
I - sua função social e formas de fiscalização pelo 
Estado e pela sociedade; (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998)
II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas 
privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações 
civis, comerciais, trabalhistas e tributários; (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
EVOLUÇÃO DAS NORMAS SOBRE CONTRATAÇÕES PÚBLICAS
III - licitação e contratação de obras, serviços, 
compras e alienações, observados os princípios 
da administração pública; (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998)
IV - a constituição e o funcionamento dos 
conselhos de administração e fiscal, com a 
participação de acionistas minoritários; (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
V - os mandatos, a avaliação de desempenho e a 
responsabilidade dos administradores.(Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Atividades 
econômicas
EVOLUÇÃO DAS NORMAS SOBRE CONTRATAÇÕES PÚBLICAS
Serviços 
públicos
Sentido original: regras menos rígidas ou formalistas, para as
empresas estatais que exploram atividade econômica, de
modo a conferir a elas maior flexibilidade gerencial, dado o
regime de competição que lhes é imposto.
Dicotomia está perdendo o sentido prático!
PLURALIDADE DE REGIMES
• TCU → estatais exploradoras de atividade econômica
deveriam observar, nas contratações envolvendo sua
atividade meio, as disposições contidas nas Leis
8.666/1993 e 10.520/2002.
• Mesmo na área finalística → afastamento excepcional
das regras de licitação, quando demonstrada a existência
de óbices negociais, com efetivo prejuízo às atividades da
estatal.
Acórdãos 1.390/2004 e 549/2006
EVOLUÇÃO DAS NORMAS SOBRE CONTRATAÇÕES PÚBLICAS
EVOLUÇÃO DAS NORMAS SOBRE CONTRATAÇÕES PÚBLICAS
“Até que seja editada lei dispondo 
sobre licitações e contratos das 
empresas estatais e sociedades de 
economia mista, em atenção ao 
art. artigo 173, § 1º, inciso III, da 
Constituição Federal, devem estas 
observar os preceitos da Lei nº 
8.666/1993 e os princípios e regras 
da Administração Pública”.
TCU, Acórdão 1732/09 - Plenário
• ADI 5.624/DF, ajuizada pela Federação Nacional das Associações do
Pessoal da Caixa Econômica Federal - FENAEE e pela Confederação
Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro - CONTRAF/CUT
questionaa Lei 13.303/15 + ADI 5.846/DF (PCB) + 5.924/MG (Governador
do Estado de MG) + 6.029/DF (CONTRAT).
• A Lei 13.303 teria desbordado o inciso II do §1º do artigo 173, pois esse
dispositivo autoriza o legislador a criar regime especial apenas para as
estatais que exploram atividade econômica.
• Contudo, não há impedimento legal para que o legislador normatize
também as estatais que prestam serviços públicos.
PARA REFLEXÃO!
• E o STF tem entendimento de que a atividade econômica compreende
duas espécies: serviço público e atividade econômica em sentido estrito
(Cf. ADPF 46 - Correios).
• Não há decisão do STF sobre o mérito da aplicação da lei, mas o Plenário
já decidiu sobre a questão da alienação do controle acionário das
estatais:
➢ A venda/alienação do controle (privatização) depende de
aprovação legislativa;
➢ Alienação para as empresas estatais subsidiárias não depende de
lei (flexibilização de regras para a comercialização das estatais).
PARA REFLEXÃO!
Fonte: https://g1.globo.com/politica/noticia/2019/06/06/stf-julgamento-privatizacao-estatais.ghtml
A LEI 13.303/16: 
ESTATUTO JURÍDICO DAS ESTATAIS
Dois grandes temas:
ASPECTOS GERAIS
Regras de Governança 
Corporativa, 
transparência na 
gestão e mecanismos 
de controle da 
atividade empresarial 
Licitações 
e Contratos 
• Temas conexos: flexibilização das regras de
licitação depende da efetiva adoção de
instrumentos jurídicos e gerenciais que evitem
práticas abusivas.
• A mera redução do formalismo das licitações
das estatais, sem a criação de mecanismos de
transparência e compliance, pode ocasionar
práticas indesejáveis.
ASPECTOS GERAIS
• Entidade dotada de 
personalidade jurídica de 
direito privado
• Com criação autorizada por lei 
e com patrimônio próprio
• Cujo capital social é 
integralmente detido pela U, 
E, DF ou M (admite a 
participação de outras PJ de 
direito público interno bem 
como de entidades da Adm. 
indireta) 
• Entidade dotada de 
personalidade jurídica de 
direito privado
• Com criação autorizada por lei
• Sob a forma de sociedade 
anônima
• Cujas ações com direito a voto 
pertençam em sua maioria à 
U, E, DF ou M ou a entidade 
da administração indireta. 
CONCEITOS
EMPRESA PÚBLICA (EP) SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA (SEM)
FUNÇÃO SOCIAL DAS ESTATAIS (ART. 27)
• Função social 
✓De interesse coletivo → alcance do bem-
estar econômico e para a alocação
socialmente eficiente dos recursos geridos
✓De atendimento a imperativo da segurança
nacional
• Adoção de práticas de sustentabilidade
ambiental e de responsabilidade social
corporativa
ABRANGÊNCIA (ART. 1º)
✓ Toda e qualquer EP e SEM que explore atividade econômica
de produção ou comercialização de bens ou de prestação de
serviços, ainda que a atividade econômica esteja sujeita ao
regime de monopólio da União ou seja de prestação de
serviços públicos (§2º)
✓ EP e SEM que participe de consórcio (§5º) 
✓ Sociedade, inclusive SPE, que seja controlada por EP e SEM →
subsidiárias (§6º) 
✓ Participações minoritárias não estão abrangidas (§7º) 
LEI NACIONAL
• EP e SEM, incluindo subsidiárias, com receita
operacional bruta inferior a R$ 90 milhões no exercício
anterior, a princípio, NÃO precisam observar:
✓ Práticas de gestão de risco e controles internos 
✓ Criação de comitê para avaliação dos membros do CA 
✓ Diretrizes para elaboração do estatuto 
✓ Regras para indicação de administradores 
✓ Normas aplicáveis aos Conselhos 
✓ Poder Executivo pode criar regras de governança para 
suas estatais no prazo de 180 dias a partir da 
publicação da lei (§3º). 
ABRANGÊNCIA
VIGÊNCIA
• Aptidão da norma de produzir os efeitos para os 
quais foi editada. 
• Entrou em vigor no dia de sua publicação –
30/06/2016 (art. 97);
• Direito intertemporal (prazo de transição):
✓24 meses para adaptação para as existentes –
30/06/2018 (art. 91).
Art. 91. A empresa pública e a 
sociedade de economia mista 
constituídas anteriormente à vigência 
desta Lei deverão, no prazo de 24 (vinte 
e quatro) meses, promover as 
adaptações necessárias à adequação 
ao disposto nesta Lei. (...) 
§ 3º Permanecem regidos pela 
legislação anterior procedimentos 
licitatórios e contratos iniciados ou 
celebrados até o final do prazo 
previsto no caput
VIGÊNCIA
COMPRAS E CONTRATAÇÕES 
PÚBLICAS NAS ESTATAIS
MAPA DE LEIS DE CONTRATAÇÕES PÚBLICAS
PREMISSAS DAS CONTRATAÇÕES DAS ESTATAIS
Estatais são 
pessoas 
jurídicas de 
direito 
privado
Atividade 
fim X 
atividade 
meio
4 HIPÓTESES DE CONTRATAÇÕES
Licitação obrigatória – art. 28
Licitação dispensada/inaplicável – art. 28, 
§3º
Licitação dispensável– art. 29
Inviabilidade de competição 
(inexigibilidade) – art. 30
LICITAÇÃO DISPENSADA (“INAPLICÁVEL”) (ART. 28, §3º)
• Casos em que estatais são DISPENSADAS: 
➢ atividades relacionadas com seus respectivos objetos 
sociais; 
➢ a escolha do parceiro estiver vinculada a 
oportunidades de negócio, justificada a inviabilidade 
de procedimento competitivo → não são nem dispensa 
nem inexigibilidade, pois estão enquadradas em 
dispositivo diverso.
➢ Contratos de patrocínio e convênios (art. 28, §2º + 
Decreto 8.945/16) ?
Não é necessário fazer o processo de contratação direta.
atividades relacionadas 
com seus respectivos 
objetos sociais
ATIVIDADES-FIM
OPORTUNIDADES 
DE NEGÓCIO
a escolha do parceiro 
estiver associada 
a suas características 
particulares, vinculada 
a oportunidades de 
negócio, justificada a 
inviabilidade de 
procedimento 
competitivo 
LICITAÇÃO DISPENSADA (“INAPLICÁVEL”) (ART. 28, §3º)
§ 4º Consideram-se oportunidades 
de negócio a que se refere o inciso II do 
§ 3º a formação e a extinção de 
parcerias e outras formas associativas, 
societárias ou contratuais, a aquisição 
e a alienação de participação em 
sociedades e outras formas 
associativas, societárias ou contratuais 
e as operações realizadas no âmbito 
do mercado de capitais, respeitada a 
regulação pelo respectivo órgão 
competente.
OPORTUNIDADES DE NEGÓCIO (ART. 29, §4º)
RAZÃO DE SER: 
facilitar e dinamizar alterações 
de composição societária e 
operações no mercado de 
capitais
Ex. Alienação de ativos (para 
redução de dívidas e 
capitalização –
“desinvestimento” ou 
“programa de 
desinvestimento”), M&A 
(mergers and acquisitions
• Não é necessário fazer o processo de contratação
direta
• Não são nem dispensa nem inexigibilidade, pois
estão enquadradas em dispositivo diverso.
• Preponderância do direito privado
• Sempre haverá um influxo de direito público
LICITAÇÃO DISPENSADA (“INAPLICÁVEL”) (ART. 28, §3º)
TCU: REQUISITOS PARA CONTRATAÇÃO COM
BASE EM OPORTUNIDADES DE NEGÓCIO (ART. 29, §4º)
Acórdão 2.488/2018 – Plenário: 
TCU considerou lícito o contrato firmado entre 
a Telebras e a Viasat a partir do art. 28, § 3º, 
inciso II, da Lei das Estatais, para a 
exploração da Banda Ka do Satélite 
Geoestacionário de Defesa e Comunicações 
Estratégicas (SGDC).
Boletim de Jurisprudência nº 243:
http://contas.tcu.gov.br/egestao/ObterDocumentoSisdoc?codArqCatalogado=159
14961&codVersao=2
a) avença obrigatoriamente relacionada com o desempenho de 
atribuições inerentes aos respectivos objetos sociais das empresas 
envolvidas;
b) configuração de oportunidade de negócio, o qual pode ser 
estabelecido por meio dos mais variados modelos associativos, 
societários ou contratuais, nos moldes do art. 28, § 4º, da Lei das 
Estatais;
c) demonstração da vantagem comercial para a estatal;
d) comprovação, pelo administrador público, de que o parceiro 
escolhido apresenta condições que demonstram sua superioridade 
em relação às demais empresas que atuam naquelemercado; e
e) demonstração da inviabilidade de procedimento competitivo, 
servindo a esse propósito, por exemplo, a pertinência e a 
compatibilidade de projetos de longo prazo, a comunhão de 
filosofias empresariais, a complementariedade das necessidades e 
a ausência de interesses conflitantes.
Acórdão 2.488/2018 – Plenário
TCU: REQUISITOS PARA CONTRATAÇÃO COM
BASE EM OPORTUNIDADES DE NEGÓCIO (ART. 29, §4º)
REGULAMENTO DO METRÔ/DF
REGULAMENTO DO METRÔ/DF
LICITAÇÃO DISPENSÁVEL (ART. 29)
• Semelhante à Lei 8.666/93; 
• Faculdade, mediante justificativa.
• Hipóteses taxativas:
• Valores podem ser alterados pelo Conselho de Administração de
Custos para refletir variação de custo (atualização/ reajuste)(§3º,
art. 29)
• Revogação do §1º do art. 24 (20% de 150 mil para obras ou 20% de
80 mil para outras compras)
LICITAÇÃO DISPENSÁVEL (ART. 29)
✓ Licitação deserta (inc. III); 
✓ Preços superiores aos de mercado – licitação 
fracassada (inc. IV) (sem os 8 dias para nova proposta); 
✓ Compra ou locação de bem imóvel específico (inc. V);
✓ Remanescente de obra, serviço ou fornecimento em 
razão da rescisão contratual (inc. VI);
✓ Contratação de instituição sem fins lucrativos de 
pesquisa, ensino, desenvolvimento institucional ou 
recuperação do preso (inc. VII);
LICITAÇÃO DISPENSÁVEL (ART. 29)
✓ Contratação de componentes ou peças essenciais à 
vigência de garantia do equipamento (inc. VIII – na 
Lei 8.666/93 era inexigibilidade); 
✓ Contratação de associação de pessoas com 
deficiência física (inc. IX);
✓ Contratação de fornecimento de energia elétrica, gás 
natural e serviços públicos (inc. X);
✓ Contratação de empresas públicas ou sociedades de 
economia mista e suas subsidiárias (inc. XI) →
Súmula 265 TCU;
LICITAÇÃO DISPENSÁVEL (ART. 29)
✓ Contratação de associações de catadores para coleta, 
processamento e comercialização de resíduos sólidos 
urbanos recicláveis ou reutilizáveis (inc. XII);
✓ Fornecimento de bens e serviços de alta complexidade 
tecnológica e defesa nacional (inc. XIII);
✓ Contratação visando ao incentivo à inovação e à 
pesquisa científica e tecnológica no ambiente 
produtivo (inc. XIV)
✓ Emergência/ urgência (inc. XV); → responsabilização 
de quem deu causa à omissão (art. 29, §2º)
LICITAÇÃO DISPENSÁVEL (ART. 29)
✓Transferência de bens para órgãos e entidades de 
administração pública, inclusive permuta (inc. XVI);
✓Doação de bens móveis para fins e usos de 
interesse social (inc. XVII);
✓Compra e venda de ações, títulos de crédito, dívida 
e bens produzidos/comercializados (inc. XVIII) 
→Decreto 9.188/17 – regime especial de 
desinvestimento de ativos das sociedades de 
economia mista (alienação de ativos)
COMPETIÇÃO INVIÁVEL (INEXIGÍVEL) (ART. 30)
• A lei fala em “inviabilidade de competição”; 
entendemos que funciona como “inexigibilidade”. 
• Inviabilidade de competição, em especial (ou seja, 
exemplificativo):
– Fornecedor exclusivo (mais flexível); 
– Serviços técnicos especializados (vide art. 30, II), 
c/ profissionais ou empresas de notória 
especialização → Vedada inexigibilidade para 
publicidade/divulgação . Serviço singular?
COMPETIÇÃO INVIÁVEL (INEXIGÍVEL) (ART. 30)
a) estudos técnicos, planejamentos e projetos básicos ou 
executivos; 
b) pareceres, perícias e avaliações em geral; 
c) assessorias ou consultorias técnicas e auditorias 
financeiras ou tributárias; 
d) fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras ou 
serviços; 
e) patrocínio ou defesa de causas judiciais ou 
administrativas – ATENÇÃO!; 
f) treinamento e aperfeiçoamento de pessoal; 
g) restauração de obras de arte e bens de valor histórico. 
PROCESSO DE DISPENSA E INEXIGIBILIDADE
• Processo instruído com:
✓ caracterização da situação emergencial que justifique a 
dispensa, quando for o caso;
✓ razão da escolha do fornecedor ou do executante;
✓ justificativa do preço.
• Não exige ato de ratificação (cf. art. 26, caput, Lei 8.666/93)
• Prudência: necessidade de publicação
TCU. Licitações e contratos: orientações e jurisprudência do
TCU. Brasília: TCU, 2010, p. 633-635 → roteiro prático do
processo administrativo de contratação direta na Lei nº
8.666/93
PROCESSO DE DISPENSA E INEXIGIBILIDADE
• Regulamento deve tratar dos “procedimentos
de licitação e contratação direta”(art. 40, IV)
Acórdão TCU 522/2014, Rel. Ministro Benjamin Zymler.
Acórdão TCU 1157/2013, Rel. Ministro Benjamin Zymler,.
Acórdão 2.611/2007
Orientação Normativa nº 17/2009 da Advocacia-Geral da 
União
PROCESSO DE DISPENSA E INEXIGIBILIDADE
Orientação Normativa nº 17/2009 da Advocacia-
Geral da União
“A razoabilidade do valor das contratações
decorrentes da inexigibilidade de licitação poderá ser
aferida por meio da comparação da proposta
apresentada com os preços praticados pela futura
contratada junto a outros entes públicos e/ou
privados, ou outros meios igualmente idôneos”
4 HIPÓTESES DE CONTRATAÇÕES
Licitação obrigatória – art. 28
Licitação dispensada/inaplicável – art. 28, 
§3º
Licitação dispensável– art. 29
Inviabilidade de competição 
(inexigibilidade) – art. 30
LICITAÇÕES NAS ESTATAIS
RESPONSABILIDADE POR SOBREPREÇO OU
SUPERFATURAMENTO (ART. 30, §2º)
§2o Na hipótese do caput e em qualquer dos casos de
dispensa, se comprovado, pelo órgão de controle externo,
sobrepreço ou superfaturamento, respondem
solidariamente pelo dano causado quem houver decidido
pela contratação direta e o fornecedor ou o prestador de
serviço.
SOBREPREÇO OU
SUPERFATURAMENTO
Responsabilidade 
solidária de quem decidiu 
pela contratação + 
fornecedor
SOBREPREÇO: quando os preços orçados 
para a licitação ou os preços contratados 
são expressivamente superiores aos 
preços referenciais de mercado, podendo 
referir-se ao valor unitário de um item, se 
a licitação ou a contratação for por 
preços unitários de serviço, ou ao valor 
global do objeto, se a licitação ou a 
contratação for por preço global ou por 
empreitada;
Art. 31, §1º.
RESPONSABILIDADE POR SOBREPREÇO OU
SUPERFATURAMENTO (ART. 30, §2º)
SUPERFATURAMENTO quando houver dano ao patrimônio, por
exemplo:
a) pela medição de quantidades superiores às efetivamente 
executadas ou fornecidas;
b) pela deficiência na execução de obras e serviços de 
engenharia que resulte em diminuição da qualidade, da vida 
útil ou da segurança;
c) por alterações no orçamento de obras e de serviços de 
engenharia que causem o desequilíbrio econômico-financeiro 
do contrato em favor do contratado;
d) por outras alterações de cláusulas financeiras que gerem 
recebimentos contratuais antecipados, distorção do 
cronograma físico-financeiro, prorrogação injustificada do prazo 
contratual com custos adicionais para a empresa pública ou a 
sociedade de economia mista ou reajuste irregular de preços.
LICITAÇÕES NAS ESTATAIS
• Pessoas jurídicas de direito privado, regime híbrido
• Os contratos regidos pela nova lei devem observância aos preceitos 
de direito privado. 
• Novidade: Procedimento de Manifestação de Interesse – PMI (art.
31, §4º)
• Aplica-se o tratamento privilegiado às ME e EPP – LC 123 (art. 28, 
§1º)
PARA REFLEXÃO!
VIGORA, EM GERAL,
A AUTONOMIA DE VONTADE
DIRETRIZES (ART. 32)
I - padronização do objeto da contratação, dos instrumentos
convocatórios e das minutas de contratos, de acordo com
normas internas específicas;
II - busca da maior vantagem competitiva para a empresa
pública ou sociedade de economia mista, considerando custos
e benefícios, diretos e indiretos, de natureza econômica,
social ou ambiental, inclusive os relativos à manutenção, ao
desfazimento de bens e resíduos, ao índice de depreciação
econômica e a outros fatores de igual relevância;
MAIOR VANTAGEM COMPETITIVA• Princípio da economicidade → a vantagem para a Administração
não deve ser apurada somente pelo imediato conteúdo econômico
da proposta inicial, mas também por diversos outros fatores de
cunho econômico e ambiental verificáveis no decorrer da execução
contratual e/ou quando da utilização dos bens adquiridos.
• Custos que devem ser considerados no julgamento das propostas:
✓ Custos de manutenção; 
✓ Impactos ambientais; 
✓ Custos de desfazimento dos bens e resíduos; 
✓ Índice de depreciação econômica. 
DIRETRIZES (ART. 32)
III - parcelamento do objeto, visando a ampliar a participação de
licitantes, sem perda de economia de escala, e desde que não atinja
valores inferiores aos limites estabelecidos no art. 29, incisos I e II;
(regra similar à do RDC e da Lei 8.666/1993)
IV - adoção preferencial da modalidade de licitação denominada
pregão, instituída pela Lei 10.520/2002, para a aquisição de bens e
serviços comuns, assim considerados aqueles cujos padrões de
desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo
edital, por meio de especificações usuais no mercado; (...)
V - observação da política de integridade nas transações com partes
interessadas.
“[...] verificou-se na Concorrência Emgea 01/2016 a 
escolha indevida da modalidade concorrência, do 
tipo técnica e preço, uma vez que não restou 
demonstrada a impossibilidade da especificação de 
critérios técnico-operacionais que viessem a 
estabelecer a capacidade mínima razoável de 
atendimento condizente com os padrões de 
qualidade, rendimento e produtividade dos serviços 
que se desejava contratar, sendo a jurisprudência 
do TCU remansosa quanto à obrigatoriedade de 
utilização da modalidade pregão, de preferência na 
forma eletrônica, para a contratação
de bens e serviços comuns, bem como diante do 
disposto no art. 32, inciso IV, da Lei 13.303/2016.
TCU, Acórdão 2.853/2016 - Plenário
PREFERÊNCIA PELO PREGÃO (ART. 32, II)
PREFERÊNCIA PELO PREGÃO (ART. 32, II)
✓ Para bens e serviços comuns → incidência das normas de
procedimento do pregão (Lei 10.530/02) e normas materiais da
Lei nº 13.303/16
“(...) assim considerados aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser
objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais no mercado.” (art. 32, IV)
✓ Para bens e serviços não comuns→ “procedimento de licitação”
típico da Lei nº 13.303/16
Fonte: Administração indireta – Empresas públicas – Sociedades de economia mista – Lei nº
13.303/2016 – Adoção do pregão – Observância da Lei nº 10.520/2002 – Limites. Revista Zênite –
Informativo de Licitações e Contratos (ILC), Curitiba: Zênite, n. 287, p. 99, jan. 2018, seção Perguntas e
Respostas. Disponível em: https://static.zenite.com.br/eventos/ea0326/perguntas-e-respostas-1.pdf
POLÍTICA DE INTEGRIDADE
• Política de integridade: direcionar a atuação de seus
representantes e inibir a prática de atos em
desacordo com os padrões éticos que devem reger a
atuação empresarial.
• De acordo com os princípios da Lei Anticorrupção
Empresarial – Lei 12.846/2013 e Decreto 8.420/2015
QUANDO LICITAR? (ART. 28)
• Contratos com terceiros destinados à: 
✓ prestação de serviços, inclusive de engenharia e
de publicidade;
✓ aquisição e locação de bens,
✓ alienação de bens e ativos integrantes do
respectivo patrimônio;
✓ execução de obras a serem integradas ao
patrimônio;
✓ implementação de ônus real sobre bens.
VEDAÇÕES (ART. 38)
• I - cujo administrador ou sócio detentor de mais de 5% (cinco por cento) do capital
social seja diretor ou empregado da empresa pública ou sociedade de economia
mista contratante;
• II - suspensa pela empresa pública ou sociedade de economia mista;
• III - declarada inidônea pela União, por Estado, pelo Distrito Federal ou pela
unidade federativa a que está vinculada a empresa pública ou sociedade de
economia mista, enquanto perdurarem os efeitos da sanção;
• IV - constituída por sócio de empresa que estiver suspensa, impedida ou declarada
inidônea;
• V - cujo administrador seja sócio de empresa suspensa, impedida ou declarada
inidônea;
• VI - constituída por sócio que tenha sido sócio ou administrador de empresa
suspensa, impedida ou declarada inidônea, no período dos fatos que deram ensejo à
sanção;
• VII - cujo administrador tenha sido sócio ou administrador de empresa suspensa,
impedida ou declarada inidônea, no período dos fatos que deram ensejo à sanção;
VEDAÇÕES (ART. 38)
• VIII - que tiver, nos seus quadros de diretoria, pessoa que participou, em razão de 
vínculo de mesma natureza, de empresa declarada inidônea.
Parágrafo único. Aplica-se a vedação prevista no caput:
• I - à contratação do próprio empregado ou dirigente, como pessoa física, bem como à 
participação dele em procedimentos licitatórios, na condição de licitante;
• II - a quem tenha relação de parentesco, até o terceiro grau civil, com:
• a) dirigente de empresa pública ou sociedade de economia mista;
• b) empregado de empresa pública ou sociedade de economia mista cujas atribuições 
envolvam a atuação na área responsável pela licitação ou contratação;
• c) autoridade do ente público a que a empresa pública ou sociedade de economia mista 
esteja vinculada.
• III - cujo proprietário, mesmo na condição de sócio, tenha terminado seu prazo de 
gestão ou rompido seu vínculo com a respectiva empresa pública ou sociedade de 
economia mista promotora da licitação ou contratante há menos de 6 (seis) meses.
PUBLICIDADE (ARTS. 34 E 35) 
• REGRA: transparência
• Procedimentos licitatórios, pré-qualificação e contratos serão 
divulgados na internet (art. 39)
• Atos e procedimentos serão efetivados preferencialmente por 
meio eletrônico e resumos publicados na imprensa oficial e na 
internet (art. 51)
• MAS: 
– Orçamento com estimativa de preços é sigiloso! (art. 34)
– Orçamento somente será divulgado: 
• Mediante justificativa (art. 51, I)
• Julgamento por maior desconto 
• Julgamento por melhor técnica
“Nas licitações realizadas pelas empresas 
estatais, sempre que o orçamento de 
referência for utilizado como critério de 
aceitabilidade das propostas, sua divulgação 
no edital é obrigatória, e não facultativa, em 
observância ao princípio constitucional da 
publicidade e, ainda, por não haver no 
art. 34 da Lei no 13.303/2016 (Lei das 
Estatais) proibição absoluta à revelação do 
orçamento.”
TCU, Acórdão 1.502/2018 - Plenário
POLÊMICA SOBRE O ORÇAMENTO SIGILOSO (ART. 54)
✓ Orientação:
Prever no ato 
convocatório que o 
orçamento será 
divulgado quando do 
julgamento das 
propostas
“Nas licitações realizadas pelas empresas estatais, 
ainda que o valor estimado da contratação seja 
sigiloso, qualquer modificação no orçamento
estimativo que envolva o detalhamento dos 
quantitativos e as demais informações 
necessárias para a elaboração das propostas deve 
ser objeto de divulgação nos mesmos termos e 
prazos dos atos e procedimentos originais, 
ensejando a reabertura do prazo para 
apresentação
das propostas, nos termos do art. 39, parágrafo 
único, da Lei 13.303/2016.
TCU, Acórdão 3.059/2016 - Plenário
POLÊMICA SOBRE O ORÇAMENTO SIGILOSO (ART. 54)
O Tribunal, por unanimidade, de acordo com 
o voto do Relator, decidiu:
IV – recomendar à Companhia Energética de 
Brasília – CEB que (...): IV) avalie 
objetivamente a vantagem em utilizar 
orçamento sigiloso em suas
contratações, especialmente quando o preço 
de referência for utilizado como critério de
aceitabilidade das propostas; 
TCE-DF, Decisão nº 2189/2019 –
Sessão de 27/06/2019
TCE-DF
PUBLICIDADE (ARTS. 34 E 35) 
PROCEDIMENTO (ART. 51)
PROCEDIMENTO (ART. 51)
• Não há modalidades de licitações → regras do 
pregão quanto ao procedimento
• Julgamento antes da habilitação é a regra
– Excepcionalmente, poderáhaver inversão
• Etapa de lances e negociação
• Oportunidade única para interposição de recursos
A Lei 13.303/16 não exige aprovação das minutas do 
edital e do contrato pela assessoria jurídica → e os 
órgãos de controle?
Desnecessidade de reserva orçamentária → adoção 
de medidas de governança, recomendação de que o 
regulamento preveja isso. 
PARA REFLEXÃO!
MODOS DE DISPUTA (ART. 52, §§1º E 2º)
✓ Aberto→ lances público e sucessivos, crescentes ou 
decrescentes, conforme critério de julgamento
✓ Fechado→ propostas sigilosas até a sessão
✓ Combinados, quando o objeto puder ser parcelado
(itens ou lotes)
• Regulamento deverá detalhar o procedimento de cada 
modo de disputa
• Havendo omissão no regulamento: sugestão de adotar 
o Decreto 5.781/11 (RDC)
CRITÉRIOS DE JULGAMENTO (ART. 54)
I - menor preço;
II - maior desconto;
III - melhor combinação de técnica e preço;
IV - melhor técnica;
V - melhor conteúdo artístico;
VI - maior oferta de preço;
VII - maior retorno econômico (contratos de eficiência);
VIII - melhor destinação de bens alienados.
VERIFICAÇÃO DE EFETIVIDADE (ART. 56)
• Desclassificação das propostas: 
✓ Vícios insanáveis → ruptura com a sistemática da Lei nº
8.666/93
✓ Descumpram as especificações técnicas; 
✓ Preços manifestamente inexequíveis; 
✓ Acima do orçamento estimado (valor estimado = valor 
máximo; 
✓ Não tenham sua exequibilidade demonstrada; 
✓ Apresentem desconformidade com outras exigências do 
instrumento convocatório. 
• Possibilidade de diligências e saneamento das propostas 
(sem prejudicar isonomia) (§2º)
NEGOCIAÇÃO (ART. 57)
• Com o primeiro colocado e depois, segundo a 
ordem de classificação.
• Não se restringe ao preço (“condições mais 
vantajosas”: prazo de entrega, prazo de 
pagamento, etc)
• Necessidade de motivar a negociação 
“(...). 70. Como se pode observar, não há 
mesmo uma conduta linear estabelecida 
para a etapa de negociação. O que se tem 
como certeza é a necessidade de que as 
decisões do pregoeiro, durante essa etapa, 
especialmente aquelas direcionadas à 
recuso de propostas, sejam todas 
fundamentadas com base nos parâmetros 
do instrumento convocatório, o que não se 
observou no caso.”
TCU, Acórdão 620/2014
NEGOCIAÇÃO (ART. 57)
HABILITAÇÃO (ART. 58)
I - “documentos aptos a comprovar a possibilidade da
aquisição de direitos e da contração de obrigações” →
habilitação jurídica;
II - qualificação técnica (parcelas técnica ou economicamente
relevantes)
III - capacidade econômica e financeira;
IV - recolhimento de adiantamento → a maior oferta de preço
Grande abertura! Discricionariedade para as estatais
E a regularidade fiscal e trabalhista? 
Em que momento os licitantes entregam os documentos?
“(...) O Tribunal, por unanimidade, de acordo 
com o voto do Relator, decidiu: (...) com esteio 
no artigo 277 do RI/TCDF c/c art. 87, § 3º, da Lei 
nº 13.303/2016, determine à Companhia 
Energética de Brasília – CEB que suspenda o 
certame em questão para (...) d) fazer constar 
no edital, de forma específica, quais serviços 
serão objeto de qualificação técnica, nos 
termos do art. 46, § 3º do RILC;
TCE-DF, Decisão nº 113/2019
Sessão de 19/01/2019
QUALIFICAÇÃO TÉCNICA – TCE-DF
FASE RECURSAL ÚNICA (ART. 59, §§ 1º E 2º)
• 5 dias úteis
• A lei é omissa quanto à necessidade da manifestação 
da intenção de recorrer 
• Contrarrazões: a lei foi omissa. Recomendável: 5 dias.
• Efeito suspensivo?
• Adjudicação e Homologação (art. 60)
Homologação constitui direito à celebração 
do contrato por expressa disposição legal. 
A não contratação gera direito a indenização
“A administração pode anular seus 
próprios atos, quando eivados de 
vícios que os tornam ilegais, 
porque deles não se originam 
direitos; ou revogá-los, por motivo 
de conveniência ou oportunidade, 
respeitados os direitos adquiridos, 
e ressalvada, em todos os casos, a 
apreciação judicial.”
STF, Súmula 573
REVOGAÇÃO E ANULAÇÃO (ART. 62)
✓ Discricionária, 
exceto no caso 
do art. 57, §3º 
(todos os 
preços acima do 
orçamento)
✓ Fato 
superveniente 
e incontornável 
REVOGAÇÃO E ANULAÇÃO (ART. 62)
• Anulação: por vício 
• Lembrar art. 21 da LINDB: 
Art. 21. A decisão que, nas esferas administrativa,
controladora ou judicial, decretar a invalidação de ato,
contrato, ajuste, processo ou norma administrativa deverá
indicar de modo expresso suas consequências jurídicas e
administrativas.
• Contraditório e ampla defesa como condição para o
desfazimento da licitação depois de iniciada a fase de
apresentação das propostas (art. 62, §3º)
ADMINISTRATIVO – AÇÃO DE COBRANÇA – PRESTAÇÃO 
DE SERVIÇOS DE PUBLICIDADE – NULIDADE DO CONTRATO 
ADMINISTRATIVO POR AUSÊNCIA DE LICITAÇÃO – ART. 59, 
PARÁGRAFO ÚNICO DA LEI 8.666/93. 1. Segundo a 
jurisprudência desta Corte, embora o contrato administrativo 
cuja nulidade tenha sido declarada não produz efeitos, a teor 
do art. 59 da Lei 8.666/93, não está desonerada a 
Administração de indenizar o contratado pelos serviços 
prestados ou pelos prejuízos decorrentes da administração, 
desde que comprovados, ressalvada a hipótese de má-fé ou 
de ter o contratado concorrido para a nulidade. 2. 
Procedência da ação de cobrança que se mantém. 3. Recurso 
especial improvido.
STJ. REsp. 928315/MA
REVOGAÇÃO E ANULAÇÃO (ART. 62)
REGIMES DE CONTRATAÇÃO PARA OBRAS E SERVIÇOS (ART. 42)
✓ Empreitada por preço unitário: preço certo de 
unidades determinadas;
✓ Empreitada por preço global: preço certo e total;
✓ Tarefa: pequenos trabalhos por preço certo;
✓ Empreitada integral: todas as etapas da obra 
(complexas e de grande vulto – TCU, Acórdão 
711/2016);
✓ Contratação semi-integrada;
✓ Contratação integrada.
CONTRATAÇÕES INTEGRADA E SEMI-INTEGRADA (ART. 42)
CONTRATAÇÕES INTEGRADA E SEMI-INTEGRADA (ART. 42)
Precedentes do TCU: Acórdão nº 7525/2016, Rel. Min.
Walton Alencar Rodrigues e Acórdão 1.850/2015, Rel. Min,
Benjamin Zymler.
Ausência de projeto básico não é 
desculpa! (§5º)
SEMI-INTEGRADA É A REGRA para contratação 
de obras e serviços de engenharia
CONTRATAÇÕES INTEGRADA E SEMI-INTEGRADA (ART. 42)
• Critérios: menor preço ou combinação de técnica e 
preço (§1º)
• Quem responde pelos riscos decorrentes de fatos 
supervenientes à contratação associados à escolha 
da solução de projeto?(§3º)
➢ Na contratação integrada: a estatal, no anteprojeto;
➢ Na semi-integrada: a estatal, no projeto básico.
REGULAMENTO (ART. 40)
I - glossário de expressões técnicas;
II - cadastro de fornecedores;
III - minutas-padrão de editais e contratos;
IV - procedimentos de licitação e contratação 
direta;
V - tramitação de recursos;
VI - formalização de contratos;
VII - gestão e fiscalização de contratos;
VIII - aplicação de penalidades;
IX - recebimento do objeto do contrato.
CONTRATOS ESTATAIS
➢ São regidos pelas 
suas próprias 
cláusulas, pela Lei 
13.303 e pelos 
preceitos de direito 
privado → categoria 
especial de contrato
➢ Não há prerrogativas 
(“cláusulas 
exorbitantes”) em 
favor das estatais, ou 
as prerrogativas 
são atenuadas
CLÁUSULAS ESSENCIAIS (ART. 59)
I - o objeto;
II - o regime de execução ou a forma de fornecimento;
III - o preço e as condições de pagamento, os critérios de 
reajustamento de preços e de atualização monetária;
IV - os prazos de início de cada etapa de execução, de 
conclusão, de entrega, de observação, quando for o caso, e 
de recebimento;
V - garantias, quando exigidas (cf. art. 68);
CLÁUSULAS ESSENCIAIS (ART. 59)
VI - direitos e responsabilidades das partes, infrações e as 
respectivas penalidades e valores das multas;
VII - casos de rescisão e mecanismos para alteração de 
seus termos;VIII - a vinculação ao edital ou ao termo de dispensa ou ao 
termo de dispensa ou inexigibilidade e à proposta;
IX - a obrigação de manter compatibilidade com as 
obrigações por ele assumidas, as condições de habilitação e 
qualificação exigidas na licitação;
X - matriz de riscos.
DURAÇÃO DOS CONTRATOS (ART. 71)
• Regra: até 5 anos
• Exceções: 
✓ Projetos do plano de negócios e investimentos da 
estatal;
✓ Casos em que (I) o prazo acima de 5 anos seja 
prática rotineira de mercado e (ii) o prazo de 5 
anos inviabilize ou onere excessivamente a 
realização do negócio.
• Vedado prazo indeterminado
• Regulamento pode prever regras para prorrogação
SUBCONTRATAÇÃO (ART. 78)
• Permitida, nos limites previstos no edital e mediante 
a comprovação da qualificação técnica do licitante.
• Vedações: empresas ou consórcios que tenham 
participado da licitação e/ou da elaboração do 
projeto básico ou executivo
ALTERAÇÕES DOS CONTRATOS (ART. 81)
• 6 Hipóteses: 
I - modificação do projeto ou das 
especificações, para melhor adequação 
técnica aos seus objetivos 
II - modificação do valor contratual em 
decorrência de acréscimo de seu objeto, no 
limite de 25% do valor inicial atualizado do 
contrato para obras e serviços e 50% para 
reformas 
Somente por acordo entre as partes.
Sem prerrogativas e alteração unilateral! 
QUALITATIVA
QUANTITATIVA
• Há limites para alterações qualitativas?
TCU, Decisão 215/1999.
• Supressões: não há limites (§2º) → gera direito de
indenização quando o contratado tiver adquirido os
materiais e colocados no local dos trabalhos (§4º)
• Como contar acréscimos e supressões?
TCU, Acórdão 479/2010, Rel. Min, Augusto Nardes.
PARA REFLEXÃO!
ALTERAÇÕES DOS CONTRATOS (ART. 81)
• 6 Hipóteses:
III - quando conveniente a substituição da garantia de execução;
IV - modificação do regime de execução da obra ou serviço, bem
como do modo de fornecimento, em face de verificação técnica da
inaplicabilidade dos termos contratuais originários;
V - quando necessária a modificação da forma de pagamento, por
imposição de circunstâncias supervenientes, mantido o valor inicial
atualizado, vedada a antecipação do pagamento (...);
Somente por acordo entre as partes.
Sem prerrogativas e alteração unilateral! 
ALTERAÇÕES DOS CONTRATOS (ART. 81)
VI - para restabelecer a relação que as partes pactuaram inicialmente 
entre os encargos do contratado e a retribuição da administração para 
a justa remuneração da obra, serviço ou fornecimento, objetivando a 
manutenção do equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato, 
na hipótese de sobrevirem fatos imprevisíveis, ou previsíveis porém 
de consequências incalculáveis, retardadores ou impeditivos da 
execução do ajustado, ou, ainda, em caso de força maior, caso fortuito 
ou fato do príncipe, configurando álea econômica extraordinária e 
extracontratual. (...)
ALTERAÇÕES DOS CONTRATOS (ART. 81)
§ 6º Em havendo alteração do contrato que
aumente os encargos do contratado, a empresa
pública ou a sociedade de economia mista deverá
restabelecer, por aditamento, o equilíbrio
econômico-financeiro inicial.
Importância da matriz de riscos!! 
ALTERAÇÕES DOS CONTRATOS (ART. 81)
TCU, Acórdão 1246/2012, 1ª Câmara, Rel. Min. José 
Múcio Monteiro
Reajuste Revisão Repactuação
FISCALIZAÇÃO E GESTÃO DOS CONTRATOS
• Lei não estabeleceu procedimentos e regras (ex.: 
recebimento, pagamento, etc).
• Regulamento deve prever
• Importante: realizar o pagamento de acordo com a 
ordem cronológica de apresentação das faturas (para 
não incorrer no crime do art. 92 da Lei nº 8.666/93)
“Art. 76: O contratado é obrigado a 
reparar, corrigir, remover, reconstruir ou 
substituir, às suas expensas, no total ou 
em parte, o objeto do contrato em que se 
verificarem vícios, defeitos ou incorreções 
resultantes da execução ou de materiais 
empregados, e responderá por danos 
causados diretamente a terceiros ou à 
empresa pública ou sociedade de 
economia mista, independentemente da 
comprovação de sua culpa ou dolo na 
execução do contrato
RESPONSABILIDADES DO CONTRATADO
✓ Responsabilidade 
objetiva por vício 
do produto ou 
serviço
✓ Encargos 
trabalhistas (art. 
77) 
Súmula 331 do TST: a 
estatal pode ser 
subsidiariamente 
responsabilizada 
caso evidenciada sua 
omissão
SANÇÕES ADMINISTRATIVAS (ARTS. 82 A 84)
• Por atrasos injustificados: multa de mora (art. 82)
• Pela inexecução total ou parcial (art. 83):
➢ Advertência;
➢ Multa;
➢ Suspensão temporária de participação em licitação e 
impedimento de contratar com a entidade sancionadora, 
por prazo não superior a 2 (dois) anos.
A rescisão não é uma sanção!
(Arts. 472-480 do Código Civil)
✓ TJ-DF 07053411320188070018 DF 0705341-13.2018.8.07.0018,
Relator: TEÓFILO CAETANO, Data de Julgamento: 27/02/2019,
1ª Turma Cível.
“SANÇÃO APLICADA COM LASTRO NA LEI 13.303/2016.
ABRANGÊNCIA DO IMPEDIMENTO. ALCANCE RESTRITO À ENTIDADE
SANCIONADORA. PREVISÃO LEGAL EXPRESSA (LEI 13.303/2016, ART.
83, III). AMPLIAÇÃO DA RESTRIÇÃO. IMPOSSIBILIDADE.
INEXISTÊNCIA DE IMPEDIMENTO PARA PARTICIPAÇÃO EM LICITAÇÃO
E CONTRATAÇÃO COM OUTROS ÓRGÃOS E ENTIDADES. ÓBICE
AFASTADO. SEGURANÇA CONCEDIDA. REEXAME NECESSÁRIO.
SUBMISSÃO. SENTENÇA MANTIDA. (...)
ALCANCE DA SUSPENSÃO TEMPORÁRIA E IMPEDIMENTO
(...) 1. A Lei n. 13.303/2016, dispondo sobre o estatuto jurídico
das empresas estatais, estabelecera novo marco na regulação
dos procedimentos licitatórios e contratações realizados por
empresas públicas, sociedades de economia mista e suas
subsidiárias, excepcionando, em diversos aspectos, o regime
genérico estabelecido na Lei Geral de Licitações (Lei n.
8.666/1993), e, no que se refere ao regime sancionatório,
excluíra a previsão da aplicação da penalidade de declaração de
inidoneidade e expressamente consignara que a sanção de
suspensão do direito de licitar e impedimento de contratar
aplicada tem alcance restrito ao âmbito da própria entidade
sancionadora (Lei n. 13.303/2016, art. 83). (...)
2. Aplicada, por empresa estatal, penalidade de suspensão do direito
de licitar e impedimento de contratar com lastro no disposto no art.
83, III, da Lei n. 13.303/2016, não subsiste impedimento para que a
contratada-sancionada participe de processos licitatórios ou contrate
com outros órgãos e entidades da Administração Pública, posto que
o dispositivo legal expressamente limitara os efeitos da sanção
suspensiva ao âmbito da própria entidade sancionadora, resultando
dessa apreensão a impossibilidade de a penalidade ser içada como
fundamento exclusivo para inabilitação da penalizada em
procedimento licitatório promovido por entidade administrativa
diversa. 3. Remessa de Ofício conhecida e desprovida. Unânime.”
• TJ-DF 20160110420257APC - 0017701-89.2016.8.07.0018, Relator: CARLOS 
RODRIGUES, Data de Julgamento: 31/05/2017, 6ª Turma Cível.
3. Ressalte-se que a Emenda Constitucional nº 19/98 alterou o artigo 173, 
§1º, da Constituição Federal, para prever a edição de uma lei instituidora 
do estatuto jurídico das empresas públicas e das sociedades de economia 
mista e suas subsidiárias que exploram atividade econômica ou que 
prestem serviços. 
4. Com a edição da Lei 13.303, de 30/09/2016, que trata o estatuto 
jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas 
subsidiárias, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, nada se alterou quanto à observância das normas gerais de 
contratação estabelecidas na Lei 8.666/93, já que até mesmo o novo 
diploma normativo, em certas circunstâncias determina sua aplicação.
RESCISÃO UNILATERAL – APLICAÇÃO DA LEI 13.303 X 8.666 
5. Registra-se, também, que o contrato foi firmado quando ainda 
não existia regulamento próprio para as sociedadesde economia 
mista, tal como o BRB, o que tornava a Lei 8.666/93 de 
observância obrigatória por todas as empresas públicas, 
sociedades de economia mista e suas subsidiárias. 
6. Assim, entende-se que o BRB - Banco de Brasília S.A. - ainda se 
submete às regras de contração da Lei 8.666/93. Logo, a cláusula 
de rescisão unilateral é totalmente válida e,
em hipótese alguma, viola o regime jurídico próprio das 
empresas privadas (art. 173, § 1º, II, CF).
RESCISÃO UNILATERAL – APLICAÇÃO DA LEI 13.303 
SANÇÕES ADMINISTRATIVAS (ARTS. 82 A 84)
• Processo administrativo regular e prévio
• Proporcionalidade e razoabilidade
• Normas de direito penal da Lei nº 8.666/93 (art. 41)
• Cadastro de empresas inidôneas (art. 37)
GOVERNANÇA NAS ESTATAIS
GOVERNANÇA CORPORATIVA
“É o sistema pelo qual as empresas e demais 
organizações são dirigidas, monitoradas e 
incentivadas, envolvendo os relacionamentos 
entre sócios, conselho de administração, 
diretoria, órgãos de fiscalização e controle 
e demais partes interessadas. 
As boas práticas de governança corporativa 
convertem princípios básicos 
em recomendações objetivas, alinhando 
interesses com a finalidade de preservar 
e otimizar o valor econômico de longo prazo 
da organização, facilitando seu acesso 
a recursos e contribuindo para a qualidade da 
gestão da organização, sua longevidade 
e o bem comum.”
IBGC, Código das Melhores Práticas 
de Governança Corporativa, 2015
REGIME SOCIETÁRIO E NORMAS DE GOVERNANÇA
• Lei das S/A (Lei 6.404/76) e normas CVM sobre
demonstrações financeiras se aplicam a todas EP e SEM
de capital fechado (art. 7º).
• Requisitos de transparência mínimos: alinhamento ao
interesse coletivo ou imperativo de segurança nacional
que justificou a criação da estatal (art. 8º).
• Práticas de gestão de riscos e código de conduta: a área
responsável pela gestão de riscos deve ser vinculada ao
diretor-presidente e liderada por diretor estatutário (art.
9º).
• Auditoria interna vinculada ao Conselho de
Administração (art. 9º, §3º).
ESTRUTURA SOCIETÁRIA
✓ Conselho de Administração (7 a 11 membros) : arts. 18 a 22 
✓ Diretoria (mínimo 3 diretores do CA): art. 23 
✓ Comitê de Auditoria Estatutária: (3 a 5 membros): arts. 24 a 
25 
✓ Conselho Fiscal: art. 26 
• Outros órgãos:
✓ Comitê de elegibilidade (art. 10 e 17 e arts. 21 a 23 do 
Decreto 8.945/16)
✓ Administradores: membros do Conselho de Adm e 
Diretoria
REQUISITOS PARA ESCOLHA DOS ADMINISTRADORES (ART. 17)
• Cidadãos de reputação ilibada e notório
conhecimento
• Tempo mínimo de experiência profissional
• Formação acadêmica compatível
• Não ser inelegível
REQUISITOS PARA ESCOLHA DOS ADMINISTRADORES (ART. 17)
I. Experiência profissional mínima:
a) 10 anos, no setor público ou privado, na área de atuação da EP ou da 
SEM ou em área conexa àquela para a qual forem indicados em função 
de direção superior; OU
b) 4 anos ocupando pelo menos um dos seguintes cargos: 
✓ cargo de direção ou de chefia superior em empresa de porte ou 
objeto social semelhante ao da EP ou da SEM, entendendo-se como 
cargo de chefia superior aquele situado nos 2 níveis hierárquicos não 
estatutários mais altos da empresa; 
✓ cargo em comissão ou função de confiança equivalente a DAS-4 ou 
superior, no setor público; 
✓ cargo de docente ou de pesquisador em áreas de atuação da EP ou da 
SEM; OU
REQUISITOS PARA ESCOLHA DOS ADMINISTRADORES (ART. 17)
c) 4 anos de experiência como profissional liberal em atividade direta 
ou indiretamente vinculada à área de atuação da EP ou SEM. 
II - ter formação acadêmica compatível com o cargo para o qual foi 
indicado; e
III - não se enquadrar nas hipóteses de inelegibilidade previstas nas 
alíneas do inciso I do caput do art. 1º da Lei Complementar nº 64/90
INDICAÇÕES VEDADAS (ART. 17, §2º)
• De representante do órgão regulador ao qual a estatal está sujeita, de 
Ministro de Estado, de Secretário de Estado, de Secretário Municipal, 
de titular de cargo, sem vínculo permanente com o serviço público, de 
natureza especial ou de DAS na Administração, ainda que licenciados 
do cargo; 
• De dirigente estatutário de partido político e de titular de mandato
no Poder Legislativo de qualquer ente da federação, ainda que
licenciados;
• De pessoa que atuou, nos últimos 36 meses, como participante de
estrutura decisória de partido político ou em trabalho vinculado a
organização, estruturação e realização de campanha eleitoral;
REGRAS DO ESTATUTO (ARTS. 6º E 13)
✓ Regras de governança corporativa, de transparência e de estruturas, 
✓ Práticas de gestão de riscos e de controle interno,
✓ Composição da administração e, 
✓ Havendo acionistas, mecanismos para sua proteção
• Diretrizes para elaboração do Estatuto (art. 13): 
– Conselho de Administração: mínimo de 7 e máximo de 11 
membros 
– Diretores: mínimo de 3 
– Avaliação de desempenho anual dos administradores –
individual e coletiva 
– Prazo de gestão unificado dos membros do CA e dos diretores: 
até 2 anos, permitidas no máximo 3 reconduções consecutivas. 
REGRAS DO ESTATUTO (ARTS. 6º E 13)
✓ Descumprimento pode ensejar responsabilidade 
(improbidade, crimes ou responsabilização civil)
✓Regras de governança: 
rol de deveres funcionais das estatais
PONTOS PRINCIPAIS PARA ADAPTAÇÃO
GESTÃO DE RISCOS E CONTROLE INTERNO (ART. 9º)
• O que é risco? 
“Organizações de todos os tipos e tamanhos enfrentam 
influências e fatores internos e externos que tornam 
incerto se e quando elas atingirão seus objetivos. O 
efeito que essa incerteza tem sobre os objetivos da 
organização é chamado de ‘risco’” ABNT NBR ISO 
31000:2009:
Gestão de risco: “atividades coordenadas para dirigir e 
controlar uma organização no que se refere a riscos 
(efeitos da incerteza nos objetivos)” (itens 2.1 e 2.4)
GESTÃO DE RISCOS E CONTROLE INTERNO (ART. 9º)
• EP e SEM deverão adotar regras de estruturas e práticas
de gestão de riscos e controle interno que abranjam:
✓ I - ação dos administradores e empregados, por meio
da implementação cotidiana de práticas de controle
interno;
✓ II - área responsável pela verificação de 
cumprimento de obrigações e de gestão de riscos;
✓ III - auditoria interna e Comitê de Auditoria 
Estatutário.
CÓDIGO DE CONDUTA E INTEGRIDADE (ART. 9º, §1º)
✓ Princípios, valores e missão;
✓ Orientações sobre a prevenção de conflito de interesses e 
vedação de atos de corrupção e fraude;
✓ Instâncias internas responsáveis pela atualização e 
aplicação do Código de Conduta e Integridade;
✓ Canal de denúncias (“canal de ética”) e mecanismos de 
proteção aos denunciantes 
✓ Sanções aplicáveis em caso de violação;
✓ Previsão de treinamento periódico(mínimo anual).
CGU: Coleção Programa de Integridade
https://www.cgu.gov.br/Publicacoes/etica-e-integridade/colecao-programa-de-integridade
FISCALIZAÇÃO PELO ESTADO E PELA SOCIEDADE
• Redundância com o art. 70 da CF
• Órgão de controle interno (art. 85)
• Competência fiscalizatória inclusive sobre
estatais domiciliadas no exterior e empresas
transnacionais (independe de previsão no
acordo constitutivo)
• Acesso irrestrito a documentos e informações, 
inclusive sigilosos segundo a LAI (Lei 12.527/11) 
→ órgão de controle fica corresponsável por 
manter o sigilo. 
FISCALIZAÇÃO PELO ESTADO E PELA SOCIEDADE
• “Servidor” responde administrativa, civil e 
penalmente pela divulgação indevida de 
informações revestidas de sigilo (art. 86, §4º; art. 
87, §2º). 
• As ações e deliberações do órgão de controle não 
podem implicar interferência na gestão das 
estatais nem ingerência no exercício de suas 
competências ou na definição de políticas 
públicas (art. 90). 
DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÕES (ART. 86)
• Portal específico para licitações• Banco de dados de licitações e contratos com acesso em tempo
real aos órgãos de controle
• Informações mensais sobre execução dos contratos e
orçamento disponíveis ao público, sendo admitidos até 2 meses
de retardo (art. 88).
• Demonstrações contábeis auditadas devem estar disponíveis na
internet, inclusive em formato eletrônico auditável.
• Atas de reuniões, inclusive gravações e filmagens, devem ser
disponibilizadas aos órgãos de controle sempre que solicitadas.

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