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Aspectos Antropologicos e Sociologicos da Educaçao resumo das aulas 1

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Aspectos Antropológicos e Sociológicos da Educação
AULA 01 – ANTROPOLOGIA E CULTURAL TESTE DE CONHECIMENTOS
1. Existem correntes de pensamento que acreditam que os acontecimentos e comportamentos humanos são regidos por leis ou forças que os determinam, sendo praticamente impossível fugir a essas terminações. De acordo com Laraia (1993), o determinismo biológico é uma teoria que considera que as diferenças genéticas determinam as diferenças de comportamento. Essa abordagem do comportamento se popularizou e ainda hoje muitas concepções de senso comum estão baseadas nessa teoria como: filhos de alcoólatras tem propensão ao alcoolismo, brancos são mais inteligentes que negros, homens são mais fortes que mulheres,
negros sambam melhor que brancos.
2. O antropólogo Edward Burnett Tylor definiu Cultura, em 1871, como: todo complexo que inclui os conhecimentos, a crença, a arte, as leis, a moral, os costumes e quaisquer outras capacidades e hábitos adquiridos pelo homem enquanto membro de uma sociedade. Tendo por base o transcrito acima, é correto afirmar que: A cultura passa a ser vista como sendo todo o comportamento aprendido, tudo aquilo que independe de uma transmissão biológica, genética.
3. Considerando a discussão sobre Alteridade e etnocentrismo na Antropologia, pode-se dizer:
a. Em termos de alteridade, a Antropologia possui por objetivo revelar a verdade do 'outro', de tornar uma outra realidade inteligível, de traduzir a diferença em termos familiares ou interpretar uma visão de mundo diferente.
b. No etnocentrismo, os membros de uma determinada sociedade consideram os seus próprios valores, costumes e crenças como os mais corretos e tendem a tomá-los como parâmetro quando são confrontados com um modo de vida ou uma ideologia diferente.
c. O termo alteridade pressupõe a condição de ser do ¿outro¿; pressupõe um jogo de identidade e de diferença; pressupõe o ¿ele¿ e o ¿nós¿.
d. A alteridade foi estabelecida como objeto de estudo da Antropologia que, enquanto ciência, interessa-se por investigar a cultura do outro.
e. O etnocentrismo corresponde à avaliação culturalmente centrada que cada grupo faz do outro. Contudo, o etnocentrismo é universal.
4. As teorias funcionalistas alcançaram seu apogeu na Sociologia e na Antropologia em meados do século XX. Entre as principais abordagens teóricas do funcionalismo se encontra a noção de que:
a. Os sistemas socioculturais só podem ser analisados em um determinado momento histórico.
b. As sociedades são semelhantes aos organismos animais, nos quais as partes funcionam juntas para manter o todo vivo.
c. As instituições sociais, como o casamento e a família, guardam relação com as necessidades biológicas.
d. A religião e a magia cumprem a função de manter a sociedade unida.
e. Função do cientista social: Esse profissional tem a complicada missão de estudar o homem em sociedade, desde sua origem até os dias atuais e pensando sempre um pouco à frente ou melhor dizendo, estudos, pois o homem é muito complexo têm como base o homem e suas características culturais, políticas, religiosas, etc. Além disso, esse profissional trabalha com pesquisas relacionadas a migrações, conflitos civis, militares, políticos e movimentos sociais. Então, não é sua função saber como funciona a sociedade, quais as suas leis de funcionamento.
	
5. Família, casamento e parentesco são temas afins da Antropologia, estudados por incontáveis especialistas. Estudiosos que se debruçam sobre esses assuntos observam que:
A autoridade da linhagem sempre recai sobre as mulheres nas sociedades matrilineares. Assim como as outros sociedades matrilineares, o grupo é organizado. Apesar da sociedade ser focada nas mulheres, os chefes do clã são sempre homens sendo que a autoridade de cada residência fica a cargo de uma matriarca. A partir daí, a sucessão de poder se dá pela linhagem feminina.
6. As crenças e os costumes são relativos ao sujeito de acordo com seu contexto social. Deve-se assim considerar a importância das diversas culturas e reforçar a ideia de que não há uma cultura melhor que a outra. Nessa perspectiva, estamos nos referindo ao conceito de Relativismo cultural.
7. A problemática do etnocentrismo tem preocupado, de maneira geral, devido a produção de estigmas, preconceitos, atitudes discriminatórias e definições dos sujeitos sociais. Entre os grupos de minoria, ainda temos as mulheres buscando a mudança da concepção sexita tradicional no meio social, legitimando-se como sujeito social. Desta forma, a compreensão das atribuições dos papéis sexuais sociais tradicionais são questionadas por existirem novos papéis e novas atribuições que garantem a mulher como sujeito social, rompendo, através de lutas, sua definição no espaço doméstico. 
8. Um dos fatores que contribuiu para o desenvolvimento da Antropologia como ciência foram os relatos elaborados por viajantes, missionários e funcionários dos Impérios Coloniais na África e América no século XIX. A primeira geração de antropólogos formulava, portanto, suas teorias e grandes generalizações em seus escritórios, a partir de informações compiladas por terceiros. Predominava nesse período o paradigma evolucionista. O evolucionismo pressupunha...
a. Os diferentes grupos humanos se encontravam em fases desiguais de desenvolvimento, considerada uma linha de evolução rumo ao progresso.
b. A sociedade ocidental europeia expressava o nível mais adiantado de progresso alcançado pela humanidade, enquanto os demais povos, do Oriente, África, América e Austrália, ainda estavam nos estágios inferiores da evolução.
AULA 02 – A Sociologia como Ciência Social - TESTE DE CONHECIMENTOS
1. Qual é a corrente filosófica que surgiu na França no começo do século XIX e seus principais idealizadores foram os pensadores Augusto Comte e John Stuart Mill. Esta escola filosófica ganhou força na Europa na segunda metade do século XIX e começo do XX e acredita que a ciência é cumulativa, transcultural onde as ideias de percepção humanas são baseadas no conhecimento científico? Positivismo. Positivismo é uma corrente de pensamento filosófico, sociológico e político que surgiu em meados do século XIX na França. A principal ideia do positivismo era a de que o conhecimento científico devia ser reconhecido como o único conhecimento verdadeiro.
2. Todas as afirmativas apresentadas abaixo correspondem à compreensão da Sociologia enquanto ciência:
a. A Sociologia estuda as relações sociais que os homens estabelecem com outros homens por meio das instituições sociais.
b. A Sociologia é uma das três ciências sociais básicas, que são: a Antropologia, a Sociologia e a Ciência Política.
c. A Sociologia estuda os grupos sociais e a divisão da sociedade em camadas ou classes sociais.
d. As formas de organização social do ser humano são objetos de estudo da Sociologia.
e. A Sociologia é uma das ciências sociais que se caracteriza por estudar as relações sociais e as diferentes formas de associação entre os seres humanos e os fatos sociais.
3. Segundo o antropólogo inglês Edward B. Taylor (1832-1917), trata-se de um conceito muito amplo, e é um conjunto complexo de conhecimentos, crenças, arte, moral e direito, além de costumes e hábitos adquiridos pelos indivíduos em uma sociedade: cultura. Cultura significa todo aquele complexo que inclui o conhecimento, a arte, as crenças, a lei, a moral, os costumes e todos os hábitos e aptidões adquiridos pelo ser humano não somente em família, como também por fazer parte de uma sociedade da qual é membro.
4. Houve um período da história da Europa que foi marcado por transformações em muitas áreas da vida humana, que assinalam mudanças, do final da Idade Média para a Idade Moderna, que propiciaram o desenvolvimento do comércio, da navegação, contatos com outros povos, crescimento urbano, etc. É o momento classificado por muitos estudiosos como a ruptura com o mundo medieval ou ainda, de transição do feudalismo para o capitalismo. Quetermo é utilizado para definir esse período? RENASCIMENTO. 
5. Na sociedade ocidental, a ciência é a principal forma de construção da realidade, considerada por muitos críticos como um novo mito por pretender ser a única promotora e critério de verdade. A Sociologia é considerada uma ciência nova e foi criada no século XIX, na França, por: Auguste Comte, que considerava que a sociedade funciona como um organismo, cujas partes tem funções específicas para o funcionamento do todo e, com sua doutrina positivista, foi o criador da expressão sociologia para designar a ciência que estuda a sociedade e é considerado o pai da Sociologia. Comte, também, definia a Sociologia como Física Social.
6. Vários movimentos contribuíram para a criação da Sociologia. Um deles que teve início no século XVIII entre os pensadores franceses e ideólogos da burguesia. Esse movimento elege a "razão" como o grande instrumento de reflexão capaz de melhorar e empreender instituições mais justas e funcionais. No entanto, se o homem não tem sua liberdade assegurada, a razão acaba sendo tolhida por entraves como o da crença religiosa ou pela imposição de governos que oprimem o indivíduo. A racionalização dos hábitos era uma das grandes ideias defendidas pelo iluminismo.
7. O ser humano é um animal que produz mitos, religiões, ideologias, enfim, cultura. Na tentativa de entender as coisas ao nosso redor, produzimos uma vasta gama de conhecimentos como o filosófico, o religioso, o de senso comum etc. A sociedade ocidental produziu uma forma específica de explicar o mundo, chamada de ciência. As características que se aplicam à Ciência são: Objetiva, Racional, Metódica e Sistemática
8. Constitui crença generalizada que o conhecimento fornecido distingue-se por um grau de certeza alto, desfrutando assim de uma posição privilegiada com relação aos demais tipos de conhecimento. Teorias, métodos, técnicas, produtos, contam com aprovação geral quando são validados. Essa atitude de veneração frente deve-se, A sociedade ocidental que produziu uma forma específica de explicar o mundo. Uma forma racional, objetiva, sistemática, metódica e refutável de formulação das leis que regem os fenômenos. Essa definição se relaciona à Ciência.
AULA 03 – ÉMILE DURKHEIM E O FUNCIONALISMO	- 1° TESTE DE CONHECIMENTOS
1. ÉMILE DURKHEIM foi seguidor da sociologia positivista, mas desenvolveu o recurso metodológico chamado Fato Social para analisar os problemas sociais. 
2. "Tudo que o homem faz, pensa e sente dotado de coerção social, consciência externa e generalidades", segundo Durkheim, é o objeto de estudo da Sociologia. Como foi denominado o objeto de estudo da Sociologia? Fato social
3. "Toda a teoria sociológica de Durkheim pretende demonstrar que os fatos sociais têm existência própria e independem daquilo que pensa e faz cada indivíduo em particular. Embora todos possuam sua "consciência individual", seu modo próprio de se comportar e interpretar a vida, podem-se notar, no interior de qualquer grupo ou sociedade, formas padronizadas de conduta e pensamento." Essa constatação está na base do que Durkheim chamou de consciência coletiva.
4. O sociólogo francês Émile Durkheim (1858-1917) deu uma contribuição à Sociologia ao indicar como deveria se dar a abordagem dos problemas sociais, estabelecendo as regras a serem seguidas na análise de tais problemas. Durkheim defendia a ideia de que os fatos sociais deveriam ser tratados como coisas, no sentido de serem individualizados e observáveis. Durkheim distinguiu três características dos fatos sociais, para o sociólogo estes fatos devem ser: Coercitivos, exteriores aos indivíduos e generalizantes.
Durkheim defendia a ideia de que os fatos sociais deveriam ser tratados como coisas, no sentido de serem individualizados e observáveis. Durkheim distinguiu três características dos fatos sociais: coerção social, exterioridade aos indivíduos e generalidade. Os fatos exercem uma força sobre os indivíduos, levando-os a confrontarem-se com as regras da sociedade em que vivem, tanto que os indivíduos sofrem sanções ou punições quando se rebelam contra essas regras. As regras sociais de conduta, as leis e os costumes já existem quando o sujeito nasce e são impostos a ele pela educação. É social todo fato que é geral, ou seja, que se repete em todos os indivíduos ou na maioria deles.
5. Para Émile Durkheim, a consciência coletiva seria qualitativamente superior e teria uma influência decisiva, sobre as consciências individuais. É como se houvesse dois de nós dentro de nós mesmos: um ser individual, em cuja cabeça existem estados mentais referentes apenas a nossa pessoa, a nossa vida como indivíduos e ao mesmo tempo um ser social (Rodrigues, Alberto Tosi. Sociologia da Educação, pg. 24). Neste sentido, para Durkheim: o todo, ou coletivo, é sempre preponderante sobre as partes.
6. Quem é considerado o Pai da Sociologia e estabeleceu regras para o método sociológico através do estudo dos fatos sociais e considera que a religião e a cultura estabelecem influências nos acontecimentos sociais? Emile Durkheim, sociólogo francês, foi um dos primeiros a estudar profundamente os fenômenos sociais e a considerar a sociologia como Ciência Social independente e por isso considerado o Pai da Sociologia.
7. A Sociologia e as outras ciências sociais compartilham: Estratégias metodológicas e problemas. A sociologia não é a única ciência a pesquisar o homem em sociedade, outras áreas do conhecimento humano também se voltam para a compreensão do homem entre a história, a psicologia social, a economia e outras. O que essas ciências possuem em comum são as estratégias metodológicas e os problemas.
8. Acerca da sociologia como ciência, segundo Emile Durkheim, as ciências já constituídas devem servir de referência para uma ciência próxima a nascer, como é o caso da sociologia.
AULA 03 – ÉMILE DURKHEIM E O FUNCIONALISMO	- 2° TESTE DE CONHECIMENTOS
1. Sabemos que a Revolução Francesa e a Revolução Industrial forma marcos Políticos econômicos de referência para transformações sociais e por isso, a sociologia surge nesse momento para por em questão os termos da relação do homem com a natureza e o próprio homem. Quais seriam as contribuições dessas Revoluções para o surgimento da Sociologia?
A Revolução Industrial foi o marco da consolidação do sistema capitalista e gerou desigualdades sócias e a Revolução Francesa no sentido de proclamar valores como a liberdade e igualdade.
O ano de 1.789 marca a primeira vitória na luta pelo reconhecimento dos Direitos Humanos, com a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, conquista da Revolução Francesa cujo lema era: liberdade, igualdade, fraternidade. O século seguinte pode ser definido como o século da liberdade. Ainda que a história da luta pela liberdade seja contígua à própria história da humanidade, será durante o século XIX que o ideal de liberdade se consolida.
2. Sobre as formulações teóricas de Durkheim, podemos dizer que Durkheim considerava que todas as sociedades haviam evoluído a partir da horda, a forma social mais simples, igualitária, reduzida a um único segmento onde os indivíduos se assemelhavam aos átomos, isto é, se apresentavam justapostos e iguais.
Toda teoria sociológica de Durkheim pretende demonstrar que os fatos sociais têm existência própria.
Para Durkheim a normalidade do fato social só pode ser entendida em função do estágio social da sociedade em questão, pois do ponto de vista puramente biológico, o que é normal para o selvagem não o é sempre para o civilizado, e vice-versa.
Segundo Durkheim através do processo evolutivo, foi possível uma série de combinações das quais originaram-se outras espécies sociais identificáveis no passado e no presente, tais como os clãs e as tribos.
3. A sociedade é um organismo com uma espécie de complementaridade entre as suas partes.
Quem é autor desta afirmativa? Émile Durkheim.
4. A reflexão sobre as origens e a natureza da vida social é quase tãoantiga como a própria humanidade, mas a Sociologia como campo de saber específico, só emerge em meados do século XIX na Europa. Durkheim foi um dos pensadores que mais contribuiu para a consolidação da Sociologia como ciência. Ele propõe vários conceitos para responder à questão chave da coesão social, tais como: 
A - O que garante a coesão social é a solidariedade social.
B - Impõem-se sobre os indivíduos um conjunto de valores, ideias, representações, uma consciência coletiva que exerce um poder coercitivo sobre o seu comportamento.
C - A causa dos problemas sociais é um certo estado de crise moral.
5. De um modo geral, a cultura se constitui dos seguintes elementos : Conhecimentos , crenças ,valores, normas e símbolos.
CONHECIMENTOS. São transmitidos de geração em geração. Geralmente são práticos. Englobam também aspectos referentes à organização social, a estruturam de parentesco, aos usos e costumes, às crenças, às técnicas de trabalho etc.
CRENÇAS. É a aceitação como verdadeira de uma proposição comprovada ou não cientificamente. São três os tipos de crenças:
VALORES. É empregado para indicar objetos e situações consideradas boas, desejáveis, apropriadas, importantes. Além de expressar sentimentos, o valor incentiva e orienta o comportamento humano.
SÍMBOLOS. Símbolos são realidades físicas ou sensoriais às quais os indivíduos lhes atribuem valores ou significados específicos.
NORMAS. Normas são regras que indicam os modos de agir dos indivíduos em determinadas situações. Consiste, pois, em um conjunto de idéias, de convenções referentes àquilo que é próprio do pensar, sentir e agir em dadas situações.
6. Segundo Émile Durkheim (1858-1917), os costumes e as ideias existentes na sociedade não fomos nós, individualmente, que fizemos. São produtos da vida em comum e exprimem as necessidades sociais. São mesmo, na sua maior parte, obras de gerações passadas. Segundo as reflexões do autor sobre esse tema, podemos dizer:
O regramento de uma sociedade é criado a partir da necessidade e vontades dos indivíduos.
As leis e regras sociais existem fora da consciência individual, pairam como que acima de todos, formando uma consciência coletiva que a todos permeia.
Cada sociedade dispõe de certas regras, normas e leis que existem independentemente dos indivíduos e fazem com que a sociedade se perpetue.
Os costumes e normas solidificam-se em instituições sociais e essas, por sua vez, são todas as crenças e comportamentos instituídos e essenciais para a coletividade.
7. Para Émile Durkheim, a função primordial do sistema educativo nas sociedades complexas é a socialização dos indivíduos, que significa:
Inculcar a moral da sociedade nas gerações mais jovens, civilizando seu comportamento.
8. A Sociologia de Durkheim tem com o objeto o fato social. Para ele fato social é a representação da consciência coletiva cujas características são a exterioridade, a coercitividade e a generalidade.
É importante perceber que o fato social para Durkheim é necessariamente coletivo, o que faz dele um elemento essencial na compreensão dos processos de socialização dos indivíduos.
AULA 04 – ÉMILE DURKHEIM: EDUCAÇÃO E SOCIOLOGIA	- 1° TESTE DE CONHECIMENTOS
1. Acerca da divisão social do trabalho em Émile Durkheim, é correto dizer:
As sociedades mecânicas eram sociedades simples, nas quais a divisão do trabalho ocorria através dos critérios de sexo e idade e, onde os indivíduos praticamente não se diferenciavam, compartilhando as mesmas crenças e regras morais, ligados por laços de parentescos.
A solidariedade do tipo mecânica é marcada por uma relação de justaposição entre os indivíduos e de forte presença da consciência coletiva em relação às consciências individuais.
A solidariedade do tipo orgânica caracteriza-se por uma acentuada divisão do trabalho, resultando em alto grau de especialização e, ao mesmo tempo, interdependência entre os indivíduos.
A divisão social do trabalho, mais acentuada na solidariedade do tipo orgânica, pode levar a sociedade a um estado de anomia, isto é. enfraquecimento da coesão social.
2. Na concepção de Durkheim, a educação tem um papel fundamental na preparação do indivíduo para a vida em sociedade. Por esse motivo, ele se dedicou a estudar a educação escolar como fato social.
3. Se agirmos segundo a vontade da sociedade, é porque assim aprendemos. Porque fomos educados para isso. Essa educação, naturalmente, não se faz no vácuo. Ela tem conteúdos. Tais conteúdos são dados pelo meio moral que compartilhamos, quer dizer, por este mar de crenças, valores e regras reproduzidas pelas gerações de indivíduos passadas e presentes da sociedade em quem vivemos.
 (RODRIGUES, Alberto Tosi. Sociologia da educação. 6. ed. Rio de Janeiro: 2007, p. 22-23). 
O texto acima é expressão da visão educacional de qual autor? Émile Durkheim. Para Émile Durkheim. Agimos em comum com os mandos da sociedade.
4. Considerando o pensamento de Émile Durkheim, podemos dizer desenvolveu os conceitos de solidariedade mecânica, solidariedade orgânica e habitus, elegeu os fatos sociais como objeto da Sociologia. E, ainda conforme o autor, estes fatos possuem três características: coerção social, exterioridade aos indivíduos e generalidade; o cientista social deve guardar certa distância em relação ao seu objeto de estudo, preservando objetividade de sua análise; admitindo o capitalismo como uma sociedade harmônica e ordenada, defendia a necessidade de a Sociologia apontar soluções para os problemas sociais que pudessem causar anomia social. Durkheim procurou criar uma nova ciência elaborada na universidade. Muito preocupado com a objetividade, o autor advertia que, a exemplo de cientistas de áreas como a Biologia e a Química, o sociólogo não devia fazer concessões às opiniões baseadas no senso comum.
5. Na concepção de Durkheim o conceito de consciência coletiva é central. O autor compreendeu consciência coletiva como Sistema de crenças, valores, ideias e percepções comuns aos membros de uma determinada sociedade.
6. Em Atenas procurava-se formar espíritos delicados, prudentes e sutis, embebidos da graça e harmonia, capazes de gozar o belo e os prazeres da pura especulação; em Roma, desejava-se especialmente que as crianças se tornassem homens de ação, apaixonados pela glória militar, indiferentes no que tocasse às letras e às artes. Na Idade Média, a educação era cristã, antes de tudo; na Renascença, toma o caráter mais leigo, mais literário; nos dias de hoje, a ciência tende a ocupar o lugar que a arte outrora preenchia (DURKHEIM, Émile apud PILETTI, Nelson. Sociologia da Educação. 18. ed. São Paulo: Ática, 1999, p.112). A citação acima expressa o caráter social da educação e da prática educativa.
7. Uma instituição social que se relaciona com todas as demais práticas da vida social e é também um dos elementos fundamentais para assegurar à sociedade a manutenção das regras impostas, a adequação e a formatação dos indivíduos a um padrão socialmente imposto e previamente definido, refreando as paixões humanas frente a um poder moral que os indivíduos respeitem. Seus fins variam de acordo com os estados sociais e estão relacionados com as necessidades de um determinado tempo e lugar. Na teoria de Durkheim, o trecho acima define o conceito de educação.
Para Durkheim, a educação pode ser compreendida como o conjunto de ações exercidas das gerações adultas sobre as que ainda não alcançaram o estatuto de maturidade para a vida social. Partindo desta orientação, elabora sua teoria da educação, propondo uma socialização metódica das gerações novas. Para ele, era necessário articular a pedagogia à sociologia, uma vez que a escola teria como finalidade suscitar e desenvolver na criança certo número de estados físicos, intelectuais e morais exigidos pelo sociedade e que seriam aplicáveis à mesma.
8. Segundo Durkheim: "todo o sistema de representação que mantém em nós a idéia e sentimento da lei, da disciplina internaou externa, é instituído pela sociedade" (DURKHEIM, Educação e Sociedade, 1975, p.45). Conforme a teoria desse autor, cabe à educação constituir no homem a capacidade de vida moral e social.
AULA 05 – O PENSAMENTO SOCIOLÓGICO DE KARL MARX	- 1° TESTE DE CONHECIMENTOS
1. Marx e Engels escreveram que a história humana é a história da relação dos homens com a natureza e dos homens entre si. Nesses dois tipos de relação aparece como intermediário um elemento essencial: o trabalho humano (Rodrigues, Alberto Tosi. Sociologia da Educação, RJ, Ed. Lamparina, pg. 33). De acordo com esta perspectiva de análise das sociedades, baseada nos princípios do materialismo histórico, Karl Marx percebia as sociedades como modos de produção.
2. Foi a denominação dada pelo sociólogo comunista Karl Marx juntamente com Friedrich Engels para designar o confronto entre a burguesia e o proletariado, consideradas classes antagônicas e existentes no modo de produção capitalista: Luta de Classes
3. A partir da visão de Marx, foi possível se identificar alguns tipos de sociedades ou modos de produção. Quais são esses tipos? O escravista, feudal ou capitalista.
4. As sociedades modernas são complexas e multifacetadas. Mas é com o capitalismo que as divisões sociais se tornam mais desiguais e excludentes. Marx já observara que só o conflito entre as classes pode mover a história. Assim sendo, para o referido autor, em qual das opções se evidencia uma característica de classe social? A posição que os indivíduos ocupam nas relações de produção.
As classes sociais são entendidas como um grupo de indivíduos que possuem em comum uma mesma situação material e sua situação em relação aos modos de produção, isto é, se são ou não detentores dos meios de produção da sociedade. Esses meios de produção estão relacionados com as formas de produção de bens de consumo, ou seja, fábricas e grandes porções de terra dedicadas à produção de matérias-primas para produção de bens industrializados, por exemplo.
5. São as diferentes posições dos homens com relação às formas de propriedades presentes numa sociedade, ou modo de produção, que irão definir as diferentes classes sociais existentes. Assim, de acordo com Marx, a história humana é uma história das lutas entre as classes.
6. Considerando o conceito de ideologia desenvolvido por Karl Marx, podemos entender a relação entre sua obra com o contexto educacional. Podemos dizer que numa sociedade de classes, a educação atua como agente ideológico da classe dominante.
7. A afirmativa de que a identificação das contradições no interior da sociedade concentra o foco da análise marxista no modo como o trabalho social é organizado. Põe esta, como principal fator de motivação das mudanças sociais. Nesse sentido, é correto afirmar que a história humana é uma história das lutas entre as classes; o modo de pensar a sociedade daria origem a um novo conceito elaborado por Marx, que seria o materialismo histórico, a luta de classes é o principal combustível para as transformações nas sociedades humanas.
Existem os burgueses, proprietários dos meios de produção e os proletários aqueles que vendem a sua força de trabalho, em troca do pagamento de salário.
8. A obra do alemão Karl Marx marcou como um corte de navalha o pensamento ocidental do séc. XIX. Seu objeto de pesquisa fundamental, para não dizer o único foi à sociedade capitalista do seu tempo. (...) Ele observou que havia um processo histórico em curso que, enquanto levava a burguesia à condição de classe dominante, expropriava dos trabalhadores manuais seus instrumentos de produção e seus saberes (Rodrigues, Alberto Tosi. Sociologia da Educação, RJ, Ed. Lamparina, pg. 32). Segundo Marx, ao serem submetidos a este duplo processo de expropriação, que envolvia as ferramentas e o próprio saber relacionado à produção, os trabalhadores seriam levados a um quadro de alienação.
AULA 06 A TEORIA MARXISTA E AS PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO– 	- 1° TESTE DE CONHECIMENTOS
1. Considerando o pensamento de Karl Marx é correto afirmar que Para Marx e Engels a educação escolar é uma importante ferramenta para perpetuar o processo de alienação e dominação existente na sociedade capitalista. Contudo, é igualmente possível que ela emancipe os trabalhadores de uma realidade de exploração. Valorizando a educação, a teria marxista reconhece nela um importante processo de aculturação, responsável pela formação de como o ser humano pode enxergar o mundo. Assim ela pode servir tanto para alienar os indivíduos quanto para ajuda-los em sua emancipação.
2. Karl Marx concebia as práticas de educação como destinadas a emancipar os trabalha-dores, ou mantê-los envolvidos pelos processos de alienação, presentes na sociedade capitalista. Para ele a educação deveria assumir um caráter abrangente formando cidadãos integralmente desenvolvidos, num sentido amplo e omnilateral. Segundo Marx, estas práticas de ensino, que levariam ao desenvolvimento integral do homem deveriam ter como características a educação acadêmica, a educação técnica na fábrica e a prática da educação física.
3. Na concepção marxista, qual a lógica do pensamento dialético ? Reciprocidade de influências entre a consciência e as condições materiais da vida em sociedade.
4. Marx se opunha à ideia de uma formação que mantivesse as ideologias mecanicistas e alienantes, pois, muitas vezes, a condição social do indivíduo não o permite se compreender como sujeito de sua história. Ele pensava na formação humana. Para ele a Escola deveria defender que o tempo de formação deveria ser dividido entre a formação do trabalho manual das atividades intelectuais e o lazer; a jornada de trabalho associada à educação deveria ser elevada até um período de 6 horas por dia, quando a criança completasse 16 anos; as crianças de até 12 anos deveriam passar ao menos 2 horas por dia trabalhando de modo a combinar o trabalho braçal com prática intelectual.
5. O acesso a uma educação de qualidade, de caráter integral, permitiria ao indivíduo romper com as práticas de alienação, adquirir consciência dos seus direitos e, consequentemente, melhorar sua qualidade de vida. É injusto que alguns indivíduos trabalhem apenas com a mente, desenvolvendo seu intelecto, enquanto outros passem, toda a vida presos a atividades manuais repetitivas e embrutecedoras, no que se refere ao espírito humano. Este pensamento se aplica ao projeto Educacional de Karl Marx.
6. Na concepção de Marx, as ideias que os indivíduos incorporam, na sociedade capitalista, implicam numa visão imprecisa ou falsa da realidade. Isto acontece na medida em que a consciência que os trabalhadores constroem sobre o seu próprio modo de vida tende a ser profundamente influenciada pelos valores das elites burguesas.
7. Podemos dizer acerca do processo de produção e da produção de mais-valia, conforme a teoria de Marx, que A mais-valia se origina do excedente quantitativo de trabalho em relação ao seu custo de reprodução.
A acepção da mais-valia está associada à exploração da mão de obra assalariada, em que o capitalista recolhe o excedente da produção do trabalhador como lucro.
8. Qual o projeto educacional defendido por Karl Marx? Educação Intelectual + Educação Profissional + Educação Física
AULA 07 – A SOCIOLOGIA DE MAX WEBER	- 1° TESTE DE CONHECIMENTOS
1. Weber não pensa que a ordem social tenha que se opor e se distinguir dos indivíduos como uma realidade exterior a eles, mas que as normas sociais se concretizam exatamente quando se manifestam em cada indivíduo sob a forma de motivação. Ele distingue quatro tipos de ações sociais que orientam o sujeito. São elas: ação social tradicional, 	ação social racional com relação a valores, ação social racional com relação a fins, ação social afetiva.
2. São aquelas cujo sentido subjetivo se constrói com vistas à observação de costumes ou tradições. Ex.: o casamento religioso ou o batismo dos filhos em determinada igreja, para quem não é praticante daquela crença. Ir para a universidade porque todosna família assim o fizeram, etc.
Essa definição se aplica a qual tipo de ação social distinguida por Max Weber? ação social tradicional
3. "Ação social é todo tipo de ação humana relacionada a outros indivíduos e dotada de um sentido subjetivamente elaborado", quem é autor desta afirmativa? Max Weber
4. São aquelas cujo sentido subjetivo envolve os meios adequados para se atingir determinados objetivos, previamente estabelecidos. Ex.: uma pesquisa científica, um projeto econômico, fazer um curso de graduação, etc. Essa definição se aplica a qual tipo de ação social distinguida por Max Weber? ação social racional com relação a fins.
5. "São aquelas cujo sentido subjetivo racional se mistura a uma forte carga emocional, muitas vezes comprometendo a própria análise da racionalidade em questão".
A qual ação social Weber está se referindo? Ação social afetiva.
6. O termo "ação social" foi introduzido por Max Weber, em sua obra póstuma Economia e Sociedade. Ele é um dos clássicos da sociologia e constitui o objeto de estudo da sociologia, apontou a existência de quatro tipos de ação social. Quais são elas? Ação tradicional, ação afetiva, ação racional com relação a fins, ação racional com relação a valores.
7. Para o sociólogo alemão Max Weber, o capitalismo moderno caracteriza-se pelo processo de racionalização, presente não só na atividade econômica, mas também em diversos aspectos da vida social, como nas relações de poder, que tendem a se burocratizar de maneira geral.
Weber faz referência a um fenômeno de grande importância do mundo moderno e que está relacionado com as mudanças estruturais, culturais e sociais que as sociedades modernas passaram no decorrer do tempo: o surgimento do capitalismo. Esse fenômeno refere-se a mudanças profundas, como a gradual a monstruosa explosão do crescimento dos meios urbanos, o capitalismo, que se tornaram as bases da (re)ordenação das organizações tradicionais que predominavam até então.
8. "São aquelas cujo princípio racional não se vincula tanto ao objetivo a ser alcançado, mas à afirmação de determinados valores. Ex.: participar de uma manifestação em defesa da natureza ou em prol dos direitos humanos, ou entrar para a universidade porque a família considera este um ponto importante".
Essa definição se aplica a qual tipo de ação social distinguida por Max Weber? Ação social racional com relação a valores.
AULA 08 – AS PRÁTICAS DE EDUC. PARA A SOCIOL. WEBERIANA- 1° TESTE DE CONHECIMENTOS
1. Qual o sentido de burocracia na visão weberiana? Segundo Weber é um aparato técnico-administrativo, formado por profissionais especializados, selecionados segundo critérios racionais e que se encarregavam de diversas tarefas importantes dentro do sistema.
Dentro dessa perspectiva jurídica, o termo era empregado para indicar funções da administração pública, que era guiada por normas, atribuições específicas, esferas de competência bem delimitadas e critérios de seleção de funcionários.
2. "Antônio Conselheiro (1830-1897) foi um pregador religioso e líder social brasileiro, que liderou o movimento de Canudos, na Bahia. Sob sua orientação e liderança, milhares de pessoas morreram vítimas dos ataques de soldados do governo brasileiro. (...) Conselheiro fazia pregações místicas e dava conselhos por onde passava, conquistando uma multidão de fanáticos. Para muitos, Conselheiro era um profeta enviado por Deus." (fonte: http://www.e-biografias.net/antonio_conselheiro/)
Pensando nos três tipos de dominação legítima propostos por Max Weber, a que apresenta o conceito relativo à forma como a autoridade de Antônio Conselheiro era legitimada entre seus seguidores é dominação carismática.
3. "São as práticas de educação dominantes do Capitalismo. Segundo Weber, com a racionalização da vida social e a crescente burocratização do Estado moderno, a educação deixa gradualmente de ter como objetivo a qualidade da posição do homem na vida e passa a se constituir num projeto especializado com o objetivo de formar peritos e especialistas com vistas ao mercado de trabalho. Weber percebia com certa melancolia esta relação com o conhecimento, que poderia ser percebida como uma espécie de depressão intelectual".
O texto corresponde à definição de Weber para a Pedagogia do Treinamento. 
4. A educação escolar segundo Max Weber é pré-requisito fundamental das sociedades modernas que se fundamentam na dominação racional legal. A crítica feita por este autor ao modelo educacional da Alemanha de seu período é a submissão do sujeito à máquina burocrática.
5. Qual nome é dado por Weber para a educação voltada para o capitalismo ? Pedagogia do Treinamento. 
6. Nas organizações modernas, e dentre elas nas escolas, busca-se ao máximo reduzir a influência pessoal ou sentimental em seu funcionamento. Por isso, seus administradores são selecionados de acordo com suas competências e procedimentos legais, eles não podem fazer "tudo que querem", mas tem poder limitado por regras e exercido dentro de limites previstos de acordo com seu cargo.
Esse exercício de poder expressa uma forma de dominação designada por Weber de dominação legal.
7. Para Weber, a Pedagogia do Treinamento, imposta pela racionalidade da sociedade capitalista, reduz a formação generalista, que distingue o homem culto, a uma formação de especialidades, aquelas exigidas pela nova ordem econômica e social. Para ele, essa condição apresenta-se como um forte obstáculo ao desenvolvimento do talento e da própria realização pessoal dos homens.
8. O filme A FORÇA DO DESTINO (Direção, Taylor Hackford. Estados Unidos, 1982) apresenta a trajetória de Zack Mayo (Richard Gere), rapaz pobre que entra para a Marinha a fim de tornar-se piloto de aviões. Depois de um exaustivo treinamento sob a orientação de um severo instrutor (Louis Gossett Jr.), ele conclui o curso, torna-se oficial e conquista uma vida melhor.
Pensando em como Max Weber analisa as práticas educacionais nas sociedades capitalistas, o tipo de abordagem pedagógica a qual se pode associar o ensino a que foi submetido o protagonista do filme é a Pedagogia do treinamento, que visa formar profissionais especializados, peritos em funções específicas, de acordo com as necessidades do Estado e das empresas privadas. .
AULA 09 – AS CONTRIB. DE BOURDIEU, GRAMSCI E MANNHEIM- 1° TESTE DE CONHECIMENTOS
1. A partir do pensamento de Pierre Bourdieu, podemos dizer que ele elegeu como horizontes de preocupações teóricas, a tarefa de desvendar os mecanismos de reprodução social que legitimam as diversas formas de dominação. Além deste aspecto, redimensiona o peso dos fatores econômicos para a explicação dos conflitos entre as classes sociais, abordando também questões simbólicas.
2. A cultura legítima, referendada pelos exames e diplomas, vem a ser aquela pertencente às classes privilegiadas. Logo, para os filhos de camponeses, de operários, de empregados ou de pequenos comerciantes, a cultura escolar é aculturação. BOURDIEU, P.; PASSERON, J. Les héritiers: les étudiants et la culture. Paris: Minuit, 1964, p. 37 (com adaptações). No fragmento acima, Bourdieu e Passeron sinalizam que, em uma mesma sociedade, existem diversas culturas, que são desigualmente valoradas em função dos recortes de classe social.
O contato e a interação  entre duas ou mais culturas diferentes  possibilita a aculturação.  O  enunciado da questão ressalta o capital cultural valorizado e legitimado  pelas classes privilegiadas, portanto são recortes feitos em função da cultura de uma determinada  social.
3. Bourdieu considera que cada campo possui hierarquias e disputas, entre dominantes e dominados, por determinados bens simbólicos e consequentemente por posições sociais. O que são os bens simbólicos? A posse, em graus diferenciados, dos capitais cultural, econômico e social, que pertencem a cada campo específico e que determinaria a posição social de cada indivíduo.
Bourdieu considera que cada campo possui hierarquias e disputas, entre dominantese dominados, por determinados bens simbólicos e consequentemente por posições sociais. Os capitais cultural, econômico e social, possuem graus de importância diferenciados dentro de cada campo social. A posse, em graus diferenciados, desses capitais, dentro de cada campo específico, determinaria as posições sociais de cada indivíduo. Os indivíduos ganhariam maior prestígio e poder na sociedade em geral ou no campo específico de produção simbólica, na medida em que fossem capazes de produzir, identificar, apreciar e usufruir das produções consideradas superiores.
4. Na visão do pensador Pierre Bourdieu o sistema escolar é um mecanismo de distinção social e de reprodução da hierarquia social.
5. Diversos autores procuram demonstrar que não se pode analisar a cultura e a ideologia, de forma separada, particularmente, quando se trata do processo de dominação nas sociedades capitalistas.
 Em relação a essa questão, é correto afirmar que: Gramsci analisa essa questão com base no conceito de hegemonia, em que a ideologia é um elemento de dominação, através da força pelo Estado, mas também através dos elementos culturais de um povo; Bourdieu defende que é pela cultura que os dominantes garantem o controle ideológico, utiliza o conceito de violência simbólica para a aceitação de verdades que nem sempre existiram, ou seja, considerar natural determinados fenômenos, independente de serem bons ou ruins; Adorno e Horkheimer desenvolveram o conceito de indústria cultural para analisar a relação entre indivíduo e sociedade e apontaram a possibilidade de homegeneização das pessoas grupos e classes sociais, criando uma subjetividade uniforme, massificada.
6. Sobre o pensamento de Bourdieu acerca da sociedade, pode-se afirmar que para este autor o Sistema Escolar atua como mecanismo de distinção social, elemento de reprodução da hierarquia social e, para Bourdieu, a dominação possui uma dimensão simbólica.
7. De acordo com Antônio Gramsci, era necessário desfazer a separação entre "intelectuais" e "pessoas simples", porque apenas aqueles tidos como intelectuais ocupavam postos de comando na administração do Estado e na sociedade civil, concentrando mais poder. Para o autor estes intelectuais representavam os interesses daquelas que seriam as classes dominantes. Para defini-los Gramsci elaborou o conceito de Intelectual orgânico, que tem como função fazer com que todos na sociedade adotem as ideias e concepções da classe dominante.
8. De acordo com a teoria de Pierre Bourdieu, a escola assume a função de Legitimadora e mantenedora dos privilégios sociais e do capital cultural hegemônico.
AULA 10 - A CULT. DA ESCOLA EM UM ESPAÇO MULTICULT. - 1° TESTE DE CONHECIMENTOS 
1. O ponto de vista etnocêntrico consiste em tomar o próprio grupo como referência e definir os outros grupos sociais, não através dos seus próprios valores, e sim como imperfeições em relação àquilo que se considera o modelo ideal de existência. Em relação ao conceito de etnocentrismo, é correto afirmar que no plano intelectual, o etnocentrismo pode ser visto como a dificuldade em se pensar a diferença; já no plano afetivo, como sentimentos de estranheza, medo hostilidade, etc.
2. Muitas situações e problemas do campo educacional têm relação com questões sociais, algo que é muitas vezes ignorado por educadores. Que prejuízos isso pode produzir no processo ensino-aprendizagem? A consideração de todas as dimensões envolvidas nas problemáticas do campo da aprendizagem é condição fundamental para que um educador atue de forma honesta e competente.
É um campo da aprendizagem onde é fundamental a atuação do professor na resolução do problema com competências.
3. Na atualidade o educador precisa refletir sobre os impactos da indústria cultural na formação dos alunos. Sobre a indústria cultural é correto afirmar que:
I - A indústria cultural produz bens culturais como mercadorias.
II- A indústria cultural cria a ilusão de felicidade no presente e elimina a dimensão crítica.
III- A indústria cultural ocupa o espaço de lazer do trabalhador sem lhe dar tempo para pensar sobre as condições de exploração em que vive.
É preciso estar atento a industrialização de manifestações culturais, porque muitas não estimulam o pensamento crítico, buscando meios para seduzir para consumo acrítico. Neste aspecto cabe a escola como instituição educacional estimular o pensamento crítico.
4. Quando nos referimos ao ser social que existe em nós é correto se afirmar que é um sistema de ideias, sentimentos e hábitos dos grupos sociais do qual fazemos parte.
Somos sociais, queremos viver em grupos, ter amigos para conversar, dialogar sem interesses, apenas opiniões ou mesmo conversas evasivas, isto faz parte do íntimo de cada um, precisamos ter grupos de pessoas de diferentes pensamentos, mas que são harmoniosas, simplesmente por serem seres humanos, que necessita de ombro, de um sorriso, de uma festa regada de pratos diversificados da cabeça de cada um, tardes maravilhosas de alegria, de conversas amenas que eleva o ser e que entra a noite adentro e a alegria permaneça cada vez mais prazerosa.
5. Pensamos a escola como uma instituição libertadora, marcada pela missão de transmitir conhecimento aos alunos e formar cidadãos. Se formos observar a escola dentro da visão de Michel Foulcault poderíamos afirmar que ela se constitui de um complexo controle que visa à disciplina.
Para Foucault se tivermos um olhar atento aos mecanismos disciplinares da escola, percebemos que desde a arquitetura, os saberes pedagógicos e até à disposição dos funcionários, há um complexo controle que visa à disciplina.
 6. Para a construção de um sentido intercultural das relações sociais, é correto afirmar que deve-se abandonar a perspectiva etnocêntrica, que tem caracterizado as relações sociais, por exemplo, na sociedade brasileira, estimular a convivência harmônica de grupos de diferentes etnias, precisamos de diálogo e uma concreta interrelação, entre as diferentes realidades culturais e o "outro" deve ser percebido apenas como diferente e não como "inferior" em função da diferença. Não se deve diferenciar os indivíduos em função de suas etnias.
7. Um dos fatores que podem promover resultados desvantajosos em relação aos investimentos sociais no Brasil é o desvio de verbas.
A Coreia do Sul é um exemplo de que investimentos maciços e duradouros em educação básica, em educação profissionalizante para adultos e em saúde e saneamento concorrem para a modificação efetiva do panorama calamitoso gerado pelo capitalismo. Em contraposição, o Brasil gasta muito em projetos sociais, porém obtém resultados desvantajosos, pois os gastos com a burocracia e os desvios consomem grande parte dos recursos.
8. Em relação a abordagem do tema do racismo nas salas de aula da educação básica (infantil, fundamental e ensino médio) é preciso Levantar a discussão sobre racismo na escola deve ser feito, pois o racismo no Brasi é um crime perfeito.
É fundamental a existência de um espaço democrático, em que se possa fomentar a solidariedade e o respeito à diferença nas relações entre as diversas etnias.

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