Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
SENTENÇA CÍVEL Roteiro para Concursos Públicos da Magistratura Professor Francisco Antonio de Moura Junior Caro Concurseiro, Primeiramente, parabéns por ter chegado até aqui. Certamente você está na iminência de fazer a segunda fase de um concurso para a Magistratura. Sua organização nos estudos e persistência foram fundamentais para trazê-lo até este ponto, e serão de suma importância para a concretização da sua aprovação. A presente apostila tem por objetivo guiá-lo pelo caminho da elaboração de sentenças cíveis para concurso. Além da técnica envolvida, a sentença elaborada em uma prova de concurso possui particularidades que não podem ser deixadas de lado. Este será o enfoque deste material. Não visamos substituir a leitura de uma obra específica referente à elaboração de sentenças cíveis, mas sim munir o candidato com um pouco da nossa experiência em provas de sentença para a Magistratura, bem como proporcionar um panorama objetivo acerca da peça processual a ser produzida. Força, foco e fé! Bons estudos. Francisco Moura Jr. 1. A SENTENÇA NO CONCURSO No concurso da Magistratura, a prova de sentença é o melhor momento para o candidato demonstrar à banca examinadora sua habilidade na elaboração de uma peça escrita, sua aptidão para a resolução de questões fáticas e jurídicas de maneira sistemática e organizada, que obedeça ao mesmo tempo os ditames legais e constitucionais, sem perder o foco no pragmatismo que a peça deve ter, tendo em vista que tanto o tempo quanto o espaço para a elaboração da sentença são escassos naquele momento. Atento a tais limitações de tempo e espaço, acabei desenvolvendo algumas rotinas para a elaboração de provas de sentença. É algo pessoal. Cada candidato acaba desenvolvendo o seu modo de fazer as provas. Vou mencionar um pouco do que fiz e algumas percepções que obtive, com a ressalva de que nada disso é absoluto ou estritamente necessário. Sinta-se livre para adotar tudo o que funciona para você. Isso é o essencial. Cuide apenas para realizar os seus treinos de sentença já desta forma, para que não tenha surpresas na hora. Aqui vai um conselho: procure não inovar no momento da prova. Seja fiel ao que treinou e praticou. Treine bastante antes da prova para que na hora você só se preocupe com as questões jurídicas e fáticas a serem resolvidas, e não com a forma ou estruturação da sentença, ou a maneira como fará o seu rascunho e etc. Geralmente, não dá tempo de escrever o rascunho inteiro da sentença. Fazendo isso você corre o risco de não conseguir passar para a folha de respostas o que escreveu. Por isso, sempre preferi fazer dois esqueletos em formato de esquema: a) o primeiro com todos os dados relevantes do problema; e b) o segundo com a forma com que seria estruturada a sentença. Logo que me era entregue a prova eu fazia uma leitura prévia da proposta. Sem compromisso, apenas para me situar no tema e ter uma idéia do que se tratava. Após, fazia uma nova leitura, desta vez mais atenta, na qual eu ia coletando os dados do problema para a elaboração do primeiro esqueleto, sem preocupação com a maneira com que seria elaborada a sentença. Após a elaboração do primeiro esqueleto eu já possuía um panorama completo de tudo o que tinha de relevante na proposta de sentença, como: a) os pedidos do autor; b) resposta do(s) réu(s); c) datas relevantes para análise de arguições de prescrição/decadência; d) eventuais nulidades; e e) o que ficou provado nos autos. Partia, então, para o segundo esqueleto, no qual estruturava a ordem correta de apreciação das preliminares, prejudiciais de mérito, do mérito e o que ia constar no dispositivo. Era neste momento em que eu realmente decidia o que ia fazer na prova. Embaixo de cada tópico eu já indicava os dispositivos legais que seriam abordados, o enfoque que seria dado para a superação de cada matéria, as teses a serem rebatidas e com qual argumento. Tudo muito simples e direto. Feito isso você acaba tendo o esqueleto do problema, que te dá uma visão panorâmica acerca do enunciado, dispensando a leitura de toda a proposta a cada vez que você precisar fazer uma consulta, bem como o esqueleto da sentença, no qual constam todas as questões a serem resolvidas e qual a ordem de enfrentamento das matérias alegadas ou que devem ser analisadas de ofício. Isso te possibilita dimensionar de modo adequado o tempo e o espaço que serão gastos na elaboração da sentença na folha de respostas. Por exemplo, se você possui 4 (quatro) preliminares para enfrentar, a matéria de mérito é complexa e o dispositivo tende a ficar extenso, certamente não é uma boa estratégia gastar 1 (uma) folha apenas com a primeira preliminar. Aqui faço um parênteses. É muito comum as sentenças de concurso serem muito bem começadas e muito mal terminadas, com a letra encolhida e quase ilegível. Isso é natural em razão da ansiedade do momento, da pressão do tempo e da escassez de folhas (no último concurso do TRF da 1ª Região foram apenas 06 (seis) folhas). Então, ter uma visão panorâmica acerca do problema te possibilita gerenciar melhor as variáveis tempo e espaço. O próximo passo é iniciar a sentença na folha de respostas definitiva. A utilização de tópicos deixa a sentença muito organizada e facilita o trabalho de correção pelo examinador. Sempre utilizei muito este recurso e mantenho essa prática no exercício da magistratura. Só tome o cuidado de não gastar muitas linhas com os tópicos e prejudicar a análise das questões relevantes a serem abordadas. Contudo, esteja alerta: cuidado com a primeira matéria a ser enfrentada (falaremos da ordem de enfrentamento dos temas adiante). No início temos espaço e tempo, a vontade de fazer o nosso melhor e demonstrar todo o nosso conhecimento pode nos levar a tratar com muito esmero uma preliminar, que no espelho de correção sequer terá uma pontuação elevada, e fazer com que não possamos nos dedicar o suficiente no julgamento da matéria de mérito e na confecção do dispositivo. Por fim, lembre-se de escrever com uma letra legível. Durante os treinos, cuide para fazer as sentenças sempre à mão, marcando o tempo. Depois, peça para alguém próximo ler o que você escreveu. Se a pessoa tiver formação jurídica será ótimo. Caso contrário, não tem problema. Ela poderá dizer se entendeu o que você quis dizer e, principalmente, dirá se a sua caligrafia é satisfatória. Eu tive sérios problemas com isso. Certa vez fui elaborar um recurso em face de uma prova de segunda fase de TRF e, quando me deparei com a prova que havia feito, confesso que não consegui entendê-la. Minha letra estava ilegível. Precisei fazer muito esforço para decifrar o que estava escrito. Tal esforço você não pode obrigar o examinador a fazer, sobretudo diante da pilha de provas que ele tem para corrigir. Faça a prova com calma. Controle o tempo e o espaço que o resto fluirá bem. Vamos agora examinar os requisitos de uma sentença cível. 2. CONCEITO E REQUISITOS Segundo o § 1º do art. 162 do Código de Processo Civil (CPC), a “Sentença é o ato do juiz que implica alguma das situações previstas nos arts. 267 e 269 desta Lei.”; que por sua vez dizem respeito à extinção do processo com ou sem a resolução do mérito. A antiga redação do dispositivo afirmava que a sentença é o “ato pelo qual o juiz põe termo ao processo,”. Porém, acolhendo as criticas doutrinárias, a Lei nº 11.232/2005 modificou os termos do dispositivo a fim de adequá-lo à realidade, uma vez que o nossosistema recursal possibilita a sobrevivência do processo por muito tempo, mesmo após a prolação da sentença. Sobre as partes que compõem uma sentença, o Código de Processo Civil é muito claro: Art. 458. São requisitos essenciais da sentença: I - o relatório, que conterá os nomes das partes, a suma do pedido e da resposta do réu, bem como o registro das principais ocorrências havidas no andamento do processo; II - os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato e de direito; III - o dispositivo, em que o juiz resolverá as questões, que as partes Ihe submeterem. Sentença sem algum destes requisitos é nula. 2.1 RELATÓRIO É muito comum que em provas de concurso para a magistratura seja dispensada a elaboração do relatório da sentença. A maioria das propostas contém uma cláusula geral do tipo: “adote esta proposta como relatório”; ou simplesmente “dispensado o relatório”. Mas muito cuidado: jamais presuma que o relatório está dispensado. Caso nada seja mencionado a respeito, faça o relatório. Friso apenas que se a proposta indicar a prolação de uma sentença no âmbito dos juizados especiais, certamente ela não dispensará o relatório. É certo que você não terá que fazê-lo, mas lembre-se de citar o art. 38, caput, da Lei nº 9.099/951. Em se tratando de juizado especial federal, este mesmo dispositivo deve ser combinado com o art. 1º, da Lei nº 10.259/20012, que trata da aplicação subsidiária da Lei nº 9.099/95 no âmbito dos juizados federais. Além dos requisitos dispostos na lei (nomes das partes, a suma do pedido e da resposta do réu, bem como o registro das principais ocorrências havidas no andamento do processo), algumas diretrizes orientam a elaboração do relatório. 1 Art. 38. A sentença mencionará os elementos de convicção do juiz, com breve resumo dos fatos relevantes ocorridos em audiência, dispensado o relatório. 2 Art. 1 o São instituídos os Juizados Especiais Cíveis e Criminais da Justiça Federal, aos quais se aplica, no que não conflitar com esta lei, o disposto na Lei n o 9.099, de 26 de setembro de 1995. O primeiro deles é a linguagem objetiva. É certo que seria inócuo o relatório de um candidato que transcrevesse praticamente toda a proposta. Lembre-se de que é a suma do pedido e da resposta, e o registro das principais ocorrências do processo. Mencione apenas o que terá relevância no momento de decidir, extirpando dados acessórios que nada contribuem para o desfecho do processo. É a hora de exercitar o seu poder de síntese e demonstrar à banca que você sabe selecionar as informações, a ponto de ter uma noção sobre o que é ou não importante para o deslinde do processo. Outra característica importante do relatório é a neutralidade da narrativa. Não é hora de se posicionar sobre as questões fáticas e jurídicas a serem decididas na fundamentação. Deixe isso para o momento adequado. Mantenha-se fiel às alegações das partes, com o cuidado para não exercer qualquer julgamento prévio sobre elas. Evite realizar a transcrição da argumentação das partes. Demonstre à banca que você pode captar o sentido das alegações lançadas sem ter que recorrer à citação literal delas. Por fim, um bom relatório de uma sentença de concurso deve ser orientado pela concisão. Redija-o de modo simples, claro, objetivo e, de preferência, gastando o mínimo de linhas possíveis. Com tantas questões a serem apreciadas no problema a ser resolvido, como o enfrentamento de preliminares, prejudiciais de mérito, do mérito e a redação do dispositivo, certamente não será atribuída considerável pontuação ao relatório. Por isso, economize tempo e espaço com ele. Um relatório bem lançado colabora na organização da sua sentença e causa uma boa impressão inicial no examinador. Portanto, faça-o da melhor forma que puder, mas sem exageros. 2.2 FUNDAMENTAÇÃO Após relatado o processo, chegou o momento de fundamentar. É o ápice da sentença. Embora seja no dispositivo a explicitação do comando judicial adotado, na fundamentação é que são enfrentadas as questões fáticas e jurídicas definidoras do perfil da decisão. Em uma prova de sentença, é o momento em que o examinador irá avaliar o seu conhecimento jurídico e habilidade na resolução de problemas práticos. Invariavelmente, a fundamentação é a parte a que mais são atribuídos pontos durante a correção. Durante a prova, procure solucionar o caso posto sob julgamento, mas não se limite a isso. Demonstre que você conhece os preceitos constitucionais aplicáveis, a legislação federal pertinente, a doutrina correlata e a jurisprudência consolidada dos tribunais superiores acerca do tema. Não é necessário preencher todos estes requisitos acima para ter sucesso na fundamentação de uma prova de sentença. Citei estes para que você se lembre de não se contentar com a mera resolução da questão jurídica. Se possuir conhecimento de normas constitucionais, posições doutrinárias e jurisprudenciais que enriqueçam a sua fundamentação, não deixe de citá-las. Também é importante mencionar posições doutrinárias ou jurisprudenciais divergentes da posição que você pretende adotar, caso você tenha conhecimento delas e possua condições de explicar os motivos que te levam a rejeitá-las. Neste ponto é preciso cautela. Trate todas as posições com respeito, sem menosprezar ou ridicularizar qualquer uma delas, ainda que alguma seja amplamente minoritária na doutrina ou na jurisprudência. Isso porque não fica bem a adoção de posturas extremadas em uma prova de sentença. Ademais, nunca sabemos qual é a postura do examinador frente ao tema, de modo que tratar com desdém alguma corrente de entendimento nunca é uma boa ideia. As correções de provas de sentença costumam ser comparativas. Fundamente a sua sentença com tudo o que possuir relação e coerência com o tema a ser adotado e com a solução que você pretende dar ao caso concreto. Neste momento, vale mais correr o risco de pecar pelo excesso do que se resignar a apenas solucionar o problema, mas isso considerando a sua disponibilidade de tempo e espaço. De nada adianta uma fundamentação primorosa que não deixa espaço para a confecção do dispositivo, por exemplo. As provas escritas de sentença têm o objetivo de avaliar a capacidade argumentativa do candidato e o exercício do raciocínio aplicado à resolução de questões jurídicas corriqueiras ao cotidiano do Poder Judiciário. E ainda, devem observar a técnica usualmente empregada na prolação das sentenças. 2.2.1 Preliminares e prejudiciais de mérito É muito raro que uma sentença de concurso termine na análise das preliminares ou prejudiciais de mérito, tendo em vista que o objetivo do examinador é justamente avaliar a atuação do candidato nas diversas fases da sentença. É raro, mas não impossível. Contudo, é relativamente comum o acolhimento de preliminares ou prejudiciais para a extinção de um ou mais pedidos (ou parcela deles) formulados na inicial, como a falta de interesse processual em relação a determinado benefício previdenciário que não foi objeto de prévio requerimento junto ao INSS, ou a prescrição da pretensão referente a parte do direito postulado pelo autor. Por isso, fique atento. Talvez você tenha que rejeitar todas as preliminares ou prejudiciais, ou acolher alguma delas, mas raramente isso poderá ensejar a extinção da totalidade da ação, embora exista uma ínfima chance de que isso aconteça. 2.2.1.1 distinção e nomenclatura Preliminares são matérias diretamente relacionadas a questões processuais e que obstam a imediata análise do mérito, dentre as quaisse situam, por exemplo, as arguições de incompetência absoluta (muito comuns na Justiça Federal) e as condições da ação. Já as prejudiciais de mérito dizem respeito a questões de mérito, como a decadência, a prescrição, a compensação e a satisfação de um crédito. Há quem trate ambas como preliminares, assim como outros diferenciam estas em preliminares processuais e preliminares de mérito, até porque não são, a rigor, prejudiciais de mérito, mas a própria matéria de mérito. Contudo, não existe prejuízo evidente em adotar uma ou outra terminologia. Particularmente, sempre preferi tratá-las como “preliminares” e “prejudiciais de mérito”. Sempre tive a impressão de que a prova de sentença é a ocasião de fazer tudo o mais correto possível, estabelecendo as classificações e distinções adequadas, a fim de demonstrar ao examinador que você conhece os institutos jurídicos e sabe as distinções entre eles. Mas é apenas uma impressão minha. Sequer ouvi falar de alguém que foi prejudicado em uma prova de sentença por tal motivo. Mas uma coisa é essencial: primeiro solucione as preliminares (processuais) e somente depois avance para as prejudiciais (ou preliminares) de mérito. 2.2.1.2 ordem de enfrentamento Nesta fase da sentença surge uma questão muito relevante: a ordem de enfrentamento das matérias. É comum que as propostas de sentença de concurso reclamem o enfrentamento de diversas preliminares, de prejudiciais de mérito, além da questão de mérito propriamente dito. Não há norma alguma impondo a ordem de enfrentamento das matérias postas sob julgamento. O que se deve ter em mente neste momento é que as matérias devem ser analisadas segundo uma ordem de prejudicialidade, de modo que só tem cabimento a análise da arguição subsequente caso a anterior a ela, que lhe é prejudicial, tenha sido superada. Segundo esta lógica, a alegação de incompetência, por exemplo, precede à análise das questões atinentes às condições da ação, uma vez que se o juiz não detém competência para o processo e julgamento do feito, tampouco terá competência para a resolução das demais questões processuais ou de mérito. Apenas para servir de guia, cito a ordem de enfrentamento sugerida por Nagibe de Melo Jorge Neto em sua obra Sentença Cível: Teoria e Prática3: ESQUEMA 1. Questões procedimentais pendentes de apreciação 1.1. Pagamento de custas 1.2. Litigância de má-fé 1.3. Produção da prova 1.4. Etc. 2. Pressupostos processuais da ação 2.1. Pressupostos processuais subjetivos 2.1.1. Órgão investido de jurisdição 2.1.2. Impedimento e suspeição 2.1.3. Competência para o julgamento da causa 2.1.4. Capacidade de ser parte 2.1.5. Capacidade processual 2.1.6. Capacidade de postular em juízo 3 JORGE NETO, Nagibe Melo. Sentença Cível: Teoria e Prática. 2. ed. Salvador: Editora Juspodivm, 2011. 2.2. Pressupostos processuais objetivos 2.2.1. Pressupostos processuais intrínsecos 2.2.2. Pressupostos processuais extrínsecos 2.2.2.1. Falta de caução ou outra prestação que a lei exigem como preliminar 2.2.2.2. Coisa julgada 2.2.2.3. Litispendência 2.2.2.4. Perempção 2.2.2.5. Convenção de arbitragem 3. Condições da ação 3.1. Possibilidade jurídica do pedido 3.2. Interesse de agir 3.3. Legitimidade ad causam 4. Preliminares de mérito 4.1. Reconhecimento do pedido 4.2. Renúncia 4.3. Transação 4.4. Decadência 4.5. Prescrição 5. Questões prejudiciais de mérito 5.1. Análise do direito referente às questões prejudiciais 5.2. Análise dos fatos referentes às questões prejudiciais 6. Questões de mérito propriamente ditas 6.1. Análise do direito 6.2. Análise dos fatos O esquema sugerido pelo autor abarca a totalidade das situações que podem surgir no decorrer de uma prova de sentença. Porém, na realização dos exercícios de sentença você se habituará de maneira natural com a ordem de enfrentamento das preliminares e prejudiciais mais corriqueiras, o que lhe facilitará bastante o trabalho no momento da prova. 2.2.1.3 matérias a serem conhecidas de ofício Nem todas as preliminares a serem enfrentadas na sentença são objeto de alegação das partes. Pode ser que o examinador tenha deixado implícito na proposta de sentença algum dado que lhe imponha o conhecimento de ofício acerca de determinadas matérias. Porém, não se preocupe. O rol é ditado pelo § 4º do art. 301, do Código de Processo Civil, o qual estabelece que: “Com exceção do compromisso arbitral, o juiz conhecerá de ofício da matéria enumerada neste artigo.”, a saber: I - inexistência ou nulidade da citação; II - incompetência absoluta; III - inépcia da petição inicial; IV - perempção; V - litispendência; Vl - coisa julgada; VII - conexão; Vlll - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização; IX - convenção de arbitragem; X - carência de ação; Xl - falta de caução ou de outra prestação, que a lei exige como preliminar. Destaco que apenas a incompetência de natureza absoluta deve ser apreciada ex officio, uma vez que a incompetência relativa, para que seja analisada, depende de arguição por meio de exceção, na forma dos arts. 307 a 311 do CPC, o que dificilmente se verá em uma proposta de sentença de concurso. 2.2.2 Mérito A maneira de enfrentar o mérito acaba sendo algo muito particular de cada candidato. É bastante comum a utilização do silogismo judicial, em que são definidas primeiramente as questões de direito, que constituem a premissa maior, e somente após é que são mencionadas as questões de fato, como premissa menor, sendo extraída daí a conclusão. Há também aqueles que partem dos fatos para após realizar a apreciação do direito, o que em determinados casos chega a ser até mais proveitoso. O importante é que a abordagem seja clara e resolva efetivamente as questões postas sob julgamento. Renovo aqui as observações já lançadas no item 2.2, acerca do que é pertinente a ser abordado na fundamentação. É de boa técnica dividir a análise do mérito em capítulos, a fim de deixar a sentença bem organizada e de não omitir a apreciação de qualquer questão veiculada na proposta. Isso facilita até mesmo o trabalho de correção. Contudo, cuidado para não abusar dos capítulos e sacrificar muitas linhas, que serão preciosas ao final da sentença para a redação do dispositivo. Caso tenha conhecimento de posicionamentos jurisprudenciais, cite-os da seguinte forma: “Conforme o entendimento consolidado do Superior Tribunal de Justiça”; ou “Consoante o entendimento sumulado do Supremo Tribunal Federal”, caso não se lembre do número da súmula. É certo que não é necessário saber o número dos julgados ou o órgão julgador deles (qual foi a turma e etc.). Mas se souber, não deixe de colocar. Estas dicas valem para a citação de doutrina. Caso saiba o nome da obra, também é bom citar. Porém, não é um dado indispensável. Por outro lado, não perca tempo com a transcrição de dispositivos legais. Isso vai consumir tempo e espaço preciosos na hora da prova. Contudo, se considerar que naquele determinado caso isso seja importante, por ser algo que auxiliará na fundamentação, faça a citação utilizando o menor número de linhas possível. É bom esclarecer que em regra as questões atinentes a juros e correção constam apenas no dispositivo da sentença. No entanto, na hipótese de julgamento de um caso complexo neste sentido, é muito bom que se abra um capítulo para tratar acerca delas na fundamentação, sobretudo se houver discussão a respeito de índices ou termos iniciais ou finais para a sua aplicação. Por fim, caso seja hipótesede antecipação de tutela na sentença, é importante que a matéria seja tratada logo após a fundamentação, preferencialmente em um capítulo autônomo, em que será realizada a análise dos requisitos pertinentes. Embora o seu comando fique consignado no dispositivo, é logo após o mérito que deve constar a sua apreciação. 2.3 DISPOSITIVO Finalizada a fundamentação, chega o momento de redigir o dispositivo. É interessante que o candidato deixe uma quantidade suficiente de linhas para a elaboração do dispositivo, tendo em vista que além de veicular o comando judicial, é nele que serão resolvidas questões como juros, correção monetária, sucumbência e reexame necessário. Convém ressaltar que as bancas examinadoras costumam atribuir uma pontuação considerável para o dispositivo. Assim, vale muito a dedicação na confecção de um dispositivo bem elaborado, que seja ao mesmo tempo abrangente, apto a explicitar a solução de todas as questões postas sob julgamento, e que ainda seja claro e preciso. Sempre preferi confeccionar o dispositivo de forma articulada, elencando os comandos judiciais em a); b); e c); por exemplo. Caso não sobre muito espaço, não é necessário iniciar o item subseqüente em outro parágrafo. Utilize a mesma linha. Ainda assim você verá que o dispositivo ficará mais organizado do que se fosse feito em um extenso e confuso parágrafo. 2.3.1 Abrangência No dispositivo você deve decidir todas as relações jurídicas postas sob julgamento. Não deixe nenhuma delas de fora. Leia novamente a proposta da sentença e confira se não escapou algum pedido ou se ficou para trás alguma questão jurídica sem solução. Há quem insira um comando acerca da rejeição das preliminares no dispositivo, da seguinte forma: “Ante o exposto, rejeito as preliminares suscitadas e julgo PROCEDENTE o pedido...” Outros entendem que se você está julgando o mérito significa que rejeitou anteriormente as preliminares, de modo que seria desnecessário mencionar isso no dispositivo. De todo modo, penso que se inserir tal dado no dispositivo não ajuda, também é certo que não atrapalha. Siga o seu estilo e faça da maneira como entender melhor. Porém, em tudo o que diz respeito ao dispositivo, seja o mais específico e detalhista possível. Não deixe nada presumido, nada deve ficar de fora. 2.3.2 Precisão Lembre-se sempre de uma coisa: o que é procedente, parcialmente procedente ou improcedente é o pedido, e não a ação. Tendo em vista que no direito constitucional e processual brasileiro é adotada a teoria abstrata da ação, o autor possui direito de ação independentemente da sorte do seu pedido. Portanto, uma afirmação do tipo “julgo procedente a ação” revela o desconhecimento de conceitos importantes de direito processual e deve ser evitada. Por outro lado, jamais redija o dispositivo da seguinte maneira: “julgo procedente o pedido nos termos da inicial...”. Isso dificulta o cumprimento da decisão e gera muita confusão desnecessária. Seja detalhista neste momento. Um único caso permite que você seja um tanto genérico no dispositivo, que é a hipótese de total improcedência. Caso você entenda pela total improcedência, basta consignar: “Posto isso, julgo improcedente o pedido formulado na inicial, nos termos do art. 269, inc. I, do CPC.”. Isso não te impede de mencionar qual o pedido. Mas não é necessário. Nunca faça isso na hipótese de procedência ou de parcial procedência. Nestes casos você deve detalhar o comando judicial a ser adotado. 2.3.2.1 procedência e parcial procedência O pedido só é procedente se houver sido acolhida integralmente a pretensão do autor. Em uma ação indenizatória pela ocorrência de dano material, por exemplo, ainda que você reconheça e existência do dano, caso discorde do índice de correção monetária ou do termo inicial para a contabilização dos juros moratórios constantes do pedido, a solução da demanda é o julgamento de parcial procedência. A fim de melhor detalhar o comando a ser dado no julgamento de procedência ou de parcial procedência, é necessário identificar a natureza da pretensão do autor, que poderá ser: declaratória, constitutiva (negativa ou positiva), condenatória ou mandamental. Utiliza- se muito a preposição “para”, a fim de fazer a ligação entre os vocábulos. O resultado é este: Ações declaratórias: “Ante o exposto, julgo procedente (ou parcialmente procedente) o pedido para declarar....” Ações condenatórias: “Ante o exposto, julgo procedente (ou parcialmente procedente) o pedido para condenar....” Ações constitutivas: “Ante o exposto, julgo procedente (ou parcialmente procedente) o pedido para anular....” Ações mandamentais: “Ante o exposto, julgo procedente (ou parcialmente procedente) o pedido para determinar....” Nas ações de mandado de segurança, o dispositivo é comumente confeccionado da seguinte forma: “Pelo exposto, concedo (ou concedo parcialmente) a segurança para...” ou “Denego a segurança.” Assim, verifica-se a importância de se distinguir a natureza do pedido postulado. Isso nem sempre fica claro na proposta de sentença, mas uma análise acerca das possíveis consequências acerca do seu acolhimento deixará bem mais fácil a tarefa de identificar o seu viés declaratório, condenatório, constitutivo ou mandamental. 2.3.3 Antecipação de tutela Como já foi fundamentada a antecipação de tutela logo após o julgamento do mérito, cabe agora apenas veicular a determinação judicial, que pode ser da seguinte forma: “Consoante a fundamentação acima, antecipo os efeitos da tutela para...” Lembre-se sempre de inserir tal comando logo após o julgamento de procedência ou de parcial procedência. Não fundamente novamente. Basta consignar a determinação. Caso seja hipótese de obrigação de fazer (ou não fazer), é possível a fixação ex officio da multa diária (em valores razoáveis) que incidirá após o prazo que você estabelecer para cumprimento, nos termos do art. 461, §4º, do CPC. 2.3.4 Condenação nos ônus sucumbenciais A matéria aqui tratada possui mais relação com o processo civil, e merece ser bem estudada pelo candidato. Destaco que nas provas de sentença, sobretudo no que diz respeito a concursos para a Magistratura Federal, o dispositivo mais utilizado será o § 4º, do art. 20, do CPC. De todo modo, vale a leitura na íntegra dos arts. 20, 21, 23 e 27 do CPC: Art. 20. A sentença condenará o vencido a pagar ao vencedor as despesas que antecipou e os honorários advocatícios. Esta verba honorária será devida, também, nos casos em que o advogado funcionar em causa própria. (Redação dada pela Lei nº 6.355, de 1976) § 1º O juiz, ao decidir qualquer incidente ou recurso, condenará nas despesas o vencido. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1.10.1973) § 2º As despesas abrangem não só as custas dos atos do processo, como também a indenização de viagem, diária de testemunha e remuneração do assistente técnico. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1.10.1973) § 3º Os honorários serão fixados entre o mínimo de dez por cento (10%) e o máximo de vinte por cento (20%) sobre o valor da condenação, atendidos: (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1.10.1973) a) o grau de zelo do profissional; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1.10.1973) b) o lugar de prestação do serviço; (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1.10.1973) c) a natureza e importância da causa, o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1.10.1973) § 4o Nas causas de pequeno valor, nas de valor inestimável, naquelas em que não houver condenação oufor vencida a Fazenda Pública, e nas execuções, embargadas ou não, os honorários serão fixados consoante apreciação eqüitativa do juiz, atendidas as normas das alíneas a, b e c do parágrafo anterior. (Redação dada pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994) § 5 o Nas ações de indenização por ato ilícito contra pessoa, o valor da condenação será a soma das prestações vencidas com o capital necessário a produzir a renda correspondente às prestações vincendas (art. 602), podendo estas ser pagas, também mensalmente, na forma do § 2 o do referido art. 602, inclusive em consignação na folha de pagamentos do devedor. (Incluído pela Lei nº 6.745, de 5.12.1979) (Vide §2º do art 475-Q) Art. 21. Se cada litigante for em parte vencedor e vencido, serão recíproca e proporcionalmente distribuídos e compensados entre eles os honorários e as despesas. Parágrafo único. Se um litigante decair de parte mínima do pedido, o outro responderá, por inteiro, pelas despesas e honorários. Art. 23. Concorrendo diversos autores ou diversos réus, os vencidos respondem pelas despesas e honorários em proporção. Art. 27. As despesas dos atos processuais, efetuados a requerimento do Ministério Público ou da Fazenda Pública, serão pagas a final pelo vencido. No tocante à sucumbência recíproca, destaco os termos da Súmula 326 do Superior Tribunal de Justiça, segundo a qual: “Na ação de indenização por dano moral, a condenação em montante inferior ao postulado na inicial não implica sucumbência recíproca.” Para os candidatos a concursos da magistratura federal, é também indispensável a leitura da Lei nº 9.289/96, que dispõe sobre o regime de custas devidas à União na Justiça Federal de primeiro e segundo graus. Transcreverei abaixo apenas o seu art. 4º, que diz respeito aos entes isentos do pagamento de custas, com destaque para a situação dos conselhos fiscalizadores de atividades profissionais, que não possuem qualquer isenção. Art. 4° São isentos de pagamento de custas: I - a União, os Estados, os Municípios, os Territórios Federais, o Distrito Federal e as respectivas autarquias e fundações; II - os que provarem insuficiência de recursos e os beneficiários da assistência judiciária gratuita; III - o Ministério Público; IV - os autores nas ações populares, nas ações civis públicas e nas ações coletivas de que trata o Código de Defesa do Consumidor, ressalvada a hipótese de litigância de má-fé. Parágrafo único. A isenção prevista neste artigo não alcança as entidades fiscalizadoras do exercício profissional, nem exime as pessoas jurídicas referidas no inciso I da obrigação de reembolsar as despesas judiciais feitas pela parte vencedora. Merece consideração a parte final do parágrafo único, em que é estabelecida que mesmo as entidades isentas de custas referidas no inciso I não são eximidas da condenação ao reembolso das custas pagas pela parte vencedora, desde que estas tenham efetivamente desembolsado tais valores. Assim, caso um município seja vencedor em face da União em uma demanda judicial, não há que ser condenada esta ao reembolso das custas, já que por ser isento, o município nada pagou para a propor a ação. Por fim, não se pode omitir da sentença a condenação ao pagamento das custas pela parte sucumbente beneficiária da justiça gratuita, desde que seja suspensa a eficácia da condenação pelo prazo de 05 anos, na forma do art. 12 da Lei nº 1.060/50: Art. 12. A parte beneficiada pela isenção do pagamento das custas ficará obrigada a pagá-las, desde que possa fazê-lo, sem prejuízo do sustento próprio ou da família, se dentro de cinco anos, a contar da sentença final, o assistido não puder satisfazer tal pagamento, a obrigação ficará prescrita. 2.3.5 Reexame necessário Assim como no tocante aos ônus sucumbenciais, a matéria é afeta ao processo civil. Sua regência é conferida pelo art. 475 do CPC, que a disciplina da seguinte maneira: Art. 475. Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal, a sentença: (Redação dada pela Lei nº 10.352, de 26.12.2001) I - proferida contra a União, o Estado, o Distrito Federal, o Município, e as respectivas autarquias e fundações de direito público; (Redação dada pela Lei nº 10.352, de 26.12.2001) II - que julgar procedentes, no todo ou em parte, os embargos à execução de dívida ativa da Fazenda Pública (art. 585, VI). (Redação dada pela Lei nº 10.352, de 26.12.2001) § 1 o Nos casos previstos neste artigo, o juiz ordenará a remessa dos autos ao tribunal, haja ou não apelação; não o fazendo, deverá o presidente do tribunal avocá-los. (Incluído pela Lei nº 10.352, de 26.12.2001) § 2 o Não se aplica o disposto neste artigo sempre que a condenação, ou o direito controvertido, for de valor certo não excedente a 60 (sessenta) salários mínimos, bem como no caso de procedência dos embargos do devedor na execução de dívida ativa do mesmo valor. (Incluído pela Lei nº 10.352, de 26.12.2001) § 3 o Também não se aplica o disposto neste artigo quando a sentença estiver fundada em jurisprudência do plenário do Supremo Tribunal Federal ou em súmula deste Tribunal ou do tribunal superior competente. (Incluído pela Lei nº 10.352, de 26.12.2001) Trata-se de providência relevante e que deve constar na sentença. Mesmo nas hipóteses em que não se faz necessária a remessa dos autos a reexame, em provas de sentença, caso haja tempo e espaço, há candidatos que consignam expressamente que não farão a remessa por não se enquadrar o caso nas hipóteses legais. Isso não é obrigatório, mas não deixa de ser mais uma forma de demonstrar ao examinador que o candidato conhece o instituto. Mas não creio que alguém perca pontos por simplesmente omitir uma providência desnecessária. Vai de acordo com o estilo pessoal de cada candidato. Destaco, apenas, que segundo o enunciado da Súmula nº 490 do Superior Tribunal de Justiça, “A dispensa de reexame necessário, quando o valor da condenação ou do direito controvertido for inferior a sessenta salários mínimos, não se aplica a sentenças ilíquidas.”. Logo, em se tratando de uma sentença ilíquida, cite o enunciado do STJ e consigne a remessa ao reexame necessário. 2.3.6 Providências finais As últimas providências dizem respeito à parte autenticativa da sentença. Existe uma fórmula usualmente aplicada ao final das sentenças: “Publique-se. Registre-se. Intimem-se.” ou simplesmente “P.R.I.”. É mais um daqueles casos em que é melhor pecar pelo excesso e transcrevê-la ao final da sentença, de preferência sem abreviar, caso ainda tenha espaço. Após, consigne: “Local, data. Juiz Federal Substituto (ou Juiz de Direito Substituto)” Caso a proposta de sentença forneça dados para identificar o local, não vejo problemas em citá-lo. Mas confesso que sempre mantive apenas a fórmula “Local, data”, e abaixo o nome do cargo. Às vezes o próprio enunciado da questão indica a forma como deve ser tratada a parte autenticativa da sentença. A grande questão aqui é evitar a identificação. Jamais escreva o seu nome. Bons estudos e boa prova! Francisco Moura Jr. REFERÊNCIAS JORGE NETO, Nagibe Melo. Sentença Cível: Teoria e Prática. 2. ed. Salvador: Editora Juspodivm, 2011. ALVES, Alexandre Henry. Sentença Cível. São Paulo: Editora Verbo Jurídico, 2008. NEVES, Daniel Amorim Assumpção. Manual de Direito Processual Civil. 5. ed. rev., atual e ampl. São Paulo: MÉTODO, 2013.ROTEIRO SUGERIDO (Adaptado do livro do autor Nagibe de Melo Jorge Neto) RELATÓRIO FUNDAMENTAÇÃO 1. Questões procedimentais pendentes de apreciação a. Pagamento de custas b. Litigância de má-fé c. Produção da prova 2. Pressupostos processuais da ação a. Pressupostos processuais subjetivos i. Órgão investido de jurisdição ii. Impedimento e suspeição iii. Competência para o julgamento da causa iv. Capacidade de ser parte v. Capacidade processual vi. Capacidade de postular em juízo b. Pressupostos Processuais objetivos i. Pressupostos processuais intrínsecos ii. Pressupostos processuais extrínsecos 1. Falta de caução ou outra prestação que a lei exigem como preliminar 2. Coisa julgada 3. Litispendência 4. Perempção 5. Convenção de arbitragem 3. Condições da ação a. Possibilidade jurídica do pedido b. Interesse de agir c. Legitimidade ad causam 4. Preliminares de mérito a. Reconhecimento do pedido b. Renúncia c. Transação d. Decadência e. Prescrição 5. Questões de mérito propriamente ditas a. Análise do direito b. Análise dos fatos 6. Fundamentação da antecipação de tutela DISPOSITIVO 7. Parte principal Posto isso, julgo procedente (parcialmente procedente ou improcedente) o pedido... 8. Antecipação dos efeitos da tutela 9. Cominação de multa (art. 461, §4º, do CPC) 10. Reexame necessário 11. Publique-se. Registre-se. Intimem-se. 12. Local, data e assinatura art38 art4i art4ii art4iii art4iv art4p
Compartilhar