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Vírus: Organismos Acelulares

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Vírus
Vírus são os únicos organismos acelulares da Terra atual
Os vírus são seres muito simples e pequenos (medem menos de 0,2 µm), formados basicamente por uma cápsula proteica envolvendo o material genético, que, dependendo do tipo de vírus, pode ser o DNA, RNA ou os dois juntos (citomegalovírus). 
A palavra vírus vem do Latim vírus que significa fluído venenoso ou toxina. Atualmente é utilizada para descrever os vírus biológicos, além de designar, metaforicamente, qualquer coisa que se reproduza de forma parasitária, como ideias. O termo vírus de computador nasceu por analogia. A palavra vírion ou víron é usada para se referir a uma única partícula viral que estiver fora da célula hospedeira.
Das 1.739.600 espécies de seres vivos conhecidos, os vírus representam 3.600 espécies.
Vírus é uma partícula basicamente proteica que pode infectar organismos vivos. Vírus são parasitas obrigatórios do interior celular e isso significa que eles somente se reproduzem pela invasão e possessão do controle da maquinaria de auto-reprodução celular. O termo vírus geralmente refere-se às partículas que infectam eucariontes (organismos cujas células têm carioteca), enquanto o termo bacteriófago ou fago é utilizado para descrever aqueles que infectam procariontes (domínios bacteria e archaea). 
Ilustração do vírus HIV mostrando as proteínas do capsídeo responsáveis pela aderencia na célula hospedeira.
Tipicamente, estas partículas carregam uma pequena quantidade de ácido nucleico (seja DNA ou RNA, ou os dois) sempre envolto por uma cápsula proteica denominada capsídeo. As proteínas que compõe o capsídeo são específicas para cada tipo de vírus. O capsídeo mais o ácido nucleico que ele envolve são denominados nucleocapsídeo. Alguns vírus são formados apenas pelo núcleo capsídeo, outros no entanto, possuem um envoltório ou envelope externo ao nucleocapsídeo. Esses vírus são denominados vírus encapsulados ou envelopados.
O envelope consiste principalmente em duas camadas de lipídios derivadas da membrana plasmática da célula hospedeira e em moléculas de proteínas virais, específicas para cada tipo de vírus, imersas nas camadas de lipídios.
São as moléculas de proteínas virais que determinam qual tipo de célula o vírus irá infectar. Geralmente, o grupo de células que um tipo de vírus infecta é bastante restrito. Existem vírus que infectam apenas bactérias, denominadas bacteriófagos, os que infectam apenas fungos, denominados micófagos; os que infectam as plantas e os que infectam os animais, denominados, respectivamente, vírus de plantas e vírus de animais. 
Esquema do Vírus HIV
Os vírus não são constituídos por células, embora dependam delas para a sua multiplicação. Alguns vírus possuem enzimas. Por exemplo o HIV tem a enzima Transcriptase reversa que faz com que o processo de Transcrição reversa seja realizado (formação de DNA a partir do RNA viral). Esse processo de se formar DNA a partir de RNA viral é denominado retrotranscrição, o que deu o nome retrovírus aos vírus que realizam esse processo. Os outros vírus que possuem DNA fazem o processo de transcrição (passagem da linguagem de DNA para RNA) e só depois a tradução. Estes últimos vírus são designados de adenovírus.
Vírus são parasitas intracelulares obrigatórios: a falta de hialoplasma e ribossomos impede que eles tenham metabolismo próprio. Assim, para executar o seu ciclo de vida, o vírus precisa de um ambiente que tenha esses componentes. Esse ambiente precisa ser o interior de uma célula que, contendo ribossomos e outras substâncias, efetuará a síntese das proteínas dos vírus e, simultaneamente, permitirá que ocorra a multiplicação do material genético viral.
Em muitos casos os vírus modificam o metabolismo da célula que parasitam, podendo provocar a sua degeneração e morte. Para isso, é preciso que o vírus inicialmente entre na célula: muitas vezes ele adere à parede da célula e "injeta" o seu material genético ou então entra na célula por englobamento - por um processo que lembra a fagocitose, a célula "engole" o vírus e o introduz no seu interior. 
Vírus, seres vivos ou não?
Vírus não têm qualquer atividade metabólica quando fora da célula hospedeira: eles não podem captar nutrientes, utilizar energia ou realizar qualquer atividade biossintética. Eles obviamente se reproduzem, mas diferentemente de células, que crescem, duplicam seu conteúdo para então dividir-se em duas células filhas, os vírus replicam-se através de uma estratégia completamente diferente: eles invadem células, o que causa a dissociação dos componentes da partícula viral; esses componentes então interagem com o aparato metabólico da célula hospedeira, subvertendo o metabolismo celular para a produção de mais vírus.
Há grande debate na comunidade científica sobre se os vírus devem ser considerados seres vivos ou não, e esse debate e primariamente um resultado de diferentes percepções sobre o que vem a ser vida, em outras palavras, a definição de vida. Aqueles que defendem a ideia que os vírus não são vivos argumentam que organismos vivos devem possuir características como a habilidade de importar nutrientes e energia do ambiente, devem ter metabolismo (um conjunto de reações químicas altamente inter-relacionadas através das quais os seres vivos constroem e mantêm seus corpos, crescem e performam inúmeras outras tarefas, como locomoção, reprodução, etc.); organismos vivos também fazem parte de uma linhagem contínua, sendo necessariamente originados de seres semelhantes e, através da reprodução, gerar outros seres semelhantes (descendência ou prole), etc. 
Os vírus preenchem alguns desses critérios: são parte de linhagens contínuas, reproduzem-se e evoluem em resposta ao ambiente, através de variabilidade e seleção, como qualquer ser vivo. Porém, não têm metabolismo próprio, por isso deveriam ser considerados "partículas infecciosas", ao invés de seres vivos propriamente ditos. Muitos, porém, não concordam com essa perspectiva, e argumentam que uma vez que os vírus são capazes de reproduzir-se, são organismos vivos; eles dependem do maquinário metabólico da célula hospedeira, mas até aíi todos os seres vivos dependem de interações com outros seres vivos. Outros ainda levam em consideração a presença massiva de vírus em todos os reinos do mundo natural, sua origem - aparentemente tão antiga como a própria vida - sua importância na história natural de todos os outros organismos, etc. Conforme já mencionado, diferentes conceitos a respeito do que vem a ser vida formam o cerne dessa discussão. Definir vida tem sido sempre um grande problema, e já que qualquer definição provavelmente será evasiva ou arbitrária, dificultando assim uma definição exata a respeito dos vírus. 
Você está em Só Biologia > Os Vírus
Doenças humanas virais
No homem, inúmeras doenças são causadas por esses seres acelulares. Praticamente todos os tecidos e órgãos humanos são afetados por alguma infecção viral. 
Abaixo você encontra as viroses mais frequentes na nossa espécie. Valorize principalmente os mecanismos de transmissão e de prevenção. Note que a febre amarela e dengue são duas viroses que envolvem a transmissão por insetos (mosquito da espécie Aedes aegypti). Para a primeira, existe vacina. 
Duas viroses relatadas abaixo, AIDS e condiloma acuminado são doenças sexualmente trasmissíveis (DSTs). A listagem também relaciona viroses comuns na infância, rubélola, caxumba, sarampo, poliomelite - para as quais existem vacinas. Algumas das principais viroses que acometem os seres humanos são:
Resfriado Comum;
Caxumba;
Raiva;
Rubéola;
Sarampo;
Hepatites;
Dengue;
Poliomielite;
Febre amarela;
Varicela ou Catapora; 
Varíola; 
Meningite viral;
Mononucleose Infecciosa;
Herpes
Condiloma
Hantavirose 
AIDS. 
Prevenção e tratamento de doenças virais
Devido ao uso da maquinaria das células do hospedeiro, os vírus tornam-se difíceis de matar. As mais eficientes soluções médicas para as doenças virais são, até agora, as vacinas para prevenir as infecções, e drogas que tratam os sintomasdas infecções virais. 
Os pacientes frequentemente pedem antibióticos, que são inúteis contra os vírus, e seu abuso contra infecções virais é uma das causas de resistência antibiótica em bactérias. Diz-se, às vezes, que a ação prudente é começar com um tratamento de antibióticos enquanto espera-se pelos resultados dos exames para determinar se os sintomas dos pacientes são causados por uma infecção por vírus ou bactérias.
Os bacteriófagos podem ser vírus de DNA ou de RNA que infectam somente organismos procariotos. 
São formados apenas pelo nucleocapsídeo, não existindo formas envelopadas. Os mais estudados são os que infectam a bactéria intestinal Escherichia coli, conhecida como fagos T. Estes são constituídos por uma cápsula protéica bastante complexa, que apresenta uma região denominada cabeça, com formato poligonal, envolvendo uma molécula de DNA, e uma região denominada cauda, com formato cilíndrico, contendo, em sua extremidade livre, fibras protéicas.
A reprodução ou replicação dos bacteriófagos, assim como os demais vírus, ocorre somente no interior de uma célula hospedeira.
Existem basicamente dois tipos de ciclos reprodutivos: o ciclo lítico e o ciclo lisogênico. Esses dois ciclos iniciam com o fago T aderindo à superfície da célula bacteriana através das fibras protéicas da cauda. Esta contrai-se, impelindo a parte central, tubular, para dentro da célula, à semelhança, de uma microsseringa. O DNA do vírus é, então, injetado fora da célula a cápsula protéica vazia. A partir desse momento, começa a diferenciação entre ciclo lítico e ciclo lisogênico. 
No ciclo lítico, o vírus invade a bactéria, onde as funções normais desta são interrompidas na presença de ácido nucléico do vírus (DNA ou RNA). Esse, ao mesmo tempo em que é replicado, comanda a síntese das proteínas que comporão o capsídeo. Os capsídeos organizam-se e envolvem as moléculas de ácido nucléico. São produzidos, então novos vírus. Ocorre a lise, ou seja, a célula infectada rompe-se e os novos bacteriófagos são liberados. Sintomas causados por um vírus que se reproduz através desta maneira, em um organismo multicelular aparecem imediatamente. Nesse ciclo, os vírus utilizam o equipamento bioquímico(Ribossomo)da célula para fabricar sua proteína (Capsídeo).
No ciclo lisogênico, o vírus invade a bactéria ou a célula hospedeira, onde o DNA viral incorpora-se ao DNA da célula infectada. Isto é, o DNA viral torna-se parte do DNA da célula infectada. Uma vez infectada, a célula continua suas operações normais, como reprodução e ciclo celular. Durante o processo de divisão celular, o material genético da célula, juntamente com o material genético do vírus que foi incorporado, sofrem duplicação e em seguida são divididos equitativamente entre as células-filhas. Assim, uma vez infectada, uma célula começará a transmitir o vírus sempre que passar por mitose e todas as células estarão infectadas também. Sintomas causados por um vírus que se reproduz através desta maneira, em um organismo multicelular podem demorar a aparecer. Doenças causadas por vírus lisogênico tendem a ser incuráveis. Alguns exemplos incluem a AIDS e herpes.
Sob determinadas condições, naturais e artificiais (tais como radiações ultravioleta, raios X ou certos agentes químicas), uma bactéria lisogênica pode transformar-se em não-lisogênica e iniciar o ciclo lítico.
Caxumba
Caxumba é uma doença infecciosa causada pelo vírus Paramyxovirus, que provoca não só inflamação nas parótidas, mas também nas glândulas submaxilares e sublinguais. Na maior parte das vezes, a infecção se manifesta na infância, nos meses de inverno e no começo da primavera.
A transmissão se dá pelo contato direto com as secreções das vias aéreas superiores da pessoa infectada, a partir de dois dias antes até nove dias depois do aparecimento dos sintomas. 
Raros são os casos de reinfecção pelo vírus da caxumba. Em geral, uma vez infectada, a pessoa adquire imunidade contra a doença. No entanto, se a infecção se manifestou apenas de um lado, o outro pode ser afetado em outra ocasião.
Sintomas
Os sintomas costumam surgir de 12 a 25 dias após o contágio. As glândulas ficam inchadas, podendo-se perceber pelo pescoço logo abaixo da orelha, e doloridas. Também causa dor de cabeça, dores musculares, fraqueza, febre, calafrios e dor ao mastigar ou engolir. Nos casos masculinos pode ocorrer orquite, isto é inflamação do testículo e em casos femininos, a ooforite, isto é, inflamação dos ovários. Em alguns casos podem ocorrer meningite, as sequelas podem ser diminuição da capacidade auditiva e4 esterilidade. 
Diagnóstico
O diagnóstico é basicamente clínico. Entretanto, há exames de sangue que ajudam identificar a presença de anticorpos contra o vírus da caxumba. Eles devem ser realizados, quando for necessário estabelecer o diagnóstico de certeza.
Prevenção e tratamento
A vacina contra caxumba é produzida com o vírus vivo atenuado da doença e faz parte do Calendário Básico de Vacinação. Pode ser aplicada isoladamente. No entanto, em geral, está associada às vacinas contra sarampo e rubéola. As três juntas compõem a vacina tríplice viral. A primeira dose deve ser administrada aos doze meses e a segunda, entre 4 e 6 anos. 
Exceção feita aos imunodeprimidos e às gestantes, adultos que não foram infectados nem tomaram a vacina na infância e adolescência devem ser imunizados. 
A caxumba não tem tratamento, o próprio organismo se encarrega de resolver a infecção. O tratamento é para aliviar os sintomas com o uso de analgésicos e repouso. 
Recomendações
não se automedique, nem medique a criança antes de consultar um médico e ter o diagnóstico de certeza de caxumba, doença também conhecida como parotidite infecciosa ou papeira;
mantenha o doente em repouso até que tenham desaparecido os sintomas;
ofereça-lhe alimentos líquidos ou pastosos, que são mais fáceis de engolir;
lembre-se: adultos que não foram vacinados ou não tiveram a doença podem ser infectados pelo vírus da caxumba e por isso devem ser vacinados; 
atenção mulheres que nunca tiveram caxumba, nem tomaram a vacina. Procurem um posto para serem vacinadas antes de engravidar. Na gestação, a doença pode provocar abortamento.
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Raiva
A raiva é um doença viral prevenível de mamíferos, que geralmente é transmitida através da mordida de uma animal infectado. 
O vírus da raiva infecta o sistema nervoso central, causando encefalopatia e morte. Os primeiros sintomas da raiva em humanos não são específicos e consistem em febre, dor de cabeça e mal-estar geral. À medida que a doença progride, os sintomas neurológicos aparecem e podem incluir insônia, ansiedade, confusão, paralisia, excitação, alucinação, agitação, hiper-salivação, dificuldade de engolir e hidrofobia (medo da água). A morte ocorre dentro de dias após o aparecimento dos sintomas neurológicos como a hidrofobia.
Transmissão da raiva
A transmissão da raiva geralmente começa quando a saliva infectada é passada a um animal sem a infecção. Várias rotas de transmissão têm sido documentadas, sendo a que a mais comum é através da mordida e saliva de um animal contaminado. Seguindo à infecção primária, o vírus entra na fase de eclipse, na qual não pode ser facilmente detectado no hospedeiro. Essa fase pode durar por vários dias ou meses. A entrada do vírus nos nervos periféricos é importante para a infecção progressiva ocorrer. 
Depois do vírus entrar nos nervos periféricos, ele é transportado até o sistema nervoso central, geralmente via nervos motores e sensoriais. O período de incubação é esse tempo desde a exposição até o aparecimento dos sintomas clínicos da raiva. O período de incubação pode variar de alguns poucos dias até anos, mas geralmente dura de 1 a 3 meses. A disseminação do vírus dentro do sistema nervoso central é rápida. Durante o período de infecção cerebral desenvolvem-se as alterações clássicas de comportamento associadas à raiva.
Sinais e sintomas
Os primeiros sintomas da raiva podem ser sinais não específicos similares àgripe -- mal-estar, febre ou dor de cabeça -- os quais podem durar por dias. Pode haver desconforto ou parestesia (sensações cutâneas subjetivas como frio, calor, formigamento, pressão) no local da exposição (mordida), progredindo em dias para sintomas de disfunção cerebral, ansiedade, confusão e agitação, evoluindo até delírio, comportamento anormal, alucinações, hidrofobia e insônia. Depois que os sinais clínicos da raiva aparecem a doença é quase sempre fatal e o tratamento é tipicamente de suporte. A prevenção da raiva se dá através da vacinação.
Diagnóstico da raiva em animais
O teste direto fluorescente para antígenos é o mais frequentemente usado para diagnosticar a raiva em animais. Esse teste requer tecido cerebral do animal suspeito de ter a raiva e só pode ser feito apenas após a morte. 
Diagnóstico da raiva em humanos
Vários testes são necessários para diagnosticar a raiva antes da morte em humanos e nenhum teste é suficiente sozinho. Os testes são feitos com amostras de saliva, fluido espinhal, plasma e pele.
Morcegos e a raiva
Se a pessoa for mordida por um morcego -- ou se material infeccioso (como a saliva) proveniente de morcego entra nos olhos, nariz, boca ou ferimento -- ela deve lavar a área afetada cuidadosamente e procurar imediatamente por ajuda médica. Sempre que possível o morcego deve ser capturado e levado a laboratório para testar se tem raiva. As pessoas não pegam raiva ao ter contato com as fezes, sangue ou urina dos morcegos, nem ao tocar em sua pele apesar deles nunca deverem ser manuseados.
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Rubéola
Também conhecida como sarampo alemão, a rubéola é uma virose ou doença infecto-contagiosa muito comum no período da infância, mas que também pode ocorrer em adultos não vacinados ou que não tiveram a doença quando crianças. 
Normalmente, as infecções por estes vírus produzem imunidade permanente, ou seja, ocorre apenas uma vez na vida. 
Transmitida por via respiratória, a rubéola é causada por um vírus RNA chamado Togavírus. As epidemias de rubéola geralmente ocorrem em ciclos de 06 a 10 anos, no período do inverno e da primavera, atingindo principalmente crianças em idade escolar até 9 anos e adolescentes após a vacinação.
Sarampo
Doença infecciosa, altamente contagiosa. Faz parte do grupo das doenças que se manifestam por alterações marcantes da pele, exantema eritematoso (pele avermelhada, com placas tendendo a se unirem) e com comprometimento de vários órgãos. O sarampo é causado por um vírus chamado Morbili vírus. 
Transmissão
Os homens e os macacos são os únicos animais que abrigam naturalmente esse vírus. Gotículas da respiração e mesmo o ar com o vírus ainda vivo são responsáveis pela disseminação da doença. 
O período de contaminação se inicia 3 a 4 dias antes e vai até 4 a 5 dias após o surgimento das lesões da pele (rash cutâneo). O tempo que leva entre a contaminação e o aparecimento dos sintomas (período de incubação) é em média 2 semanas.
Sintomas
Febre muito alta, tosse intensa, coriza, conjuntivite e exantema máculo-papular (pele com placas ásperas avermelhadas). O exame interno da bochecha permite identificar pequenos pontos branco-amarelados (enantema de Koplick) que confirma o diagnóstico. 
Diagnóstico
Para diagnóstico, além da análise dos sintomas e manifestações cutâneas, pode ser solicitado exame de sangue para verificar a presença dos anticorpos.
Tratamento e prevenção
Na imensa maioria das vezes, o tratamento é voltado para diminuir os sintomas como febre e tosse, ou para combater alguma complicação quando antibióticos são usados. 
Casos muito especiais podem necessitar medicação do tipo gama globulina anti-sarampo, visando o próprio vírus ou o reforço da capacidade de defesa geral. O sarampo é certamente a mais grave das chamadas doenças comuns da infância: complicações graves e morte ocorrem em até 3/1000 casos. 
A prevenção se dá através da vacina aplicada aos 12 meses e com reforços aos 4-6 anos e aos 12 anos. Mulheres grávidas ou que possam engravidar dentro de 90 dias não devem ser vacinadas. 
Os vírus são organismos biológicos microscópicos, acelulares (não possuem células).
São considerados parasitas intracelulares na medida em que necessitam das células para se multiplicarem (células hospedeiras) ou replicarem seu material genético, visto que não possuem um metabolismo próprio.
A partir disso, muito se discute sobre a questão acerca da definição de vida e se os vírus fazem parte desse grupo, pois, enquanto para alguns estudiosos eles são apenas partículas infecciosas, para outros, uma vez que se reproduzem e sofrem mutações genéticas, estão inclusos na categoria dos seres vivos.
Estrutura do Vírus
São formados por ácidos nucleicos, RNA (ácido ribonucleico) ou DNA (ácido desoxirribonucleico), envolvidos por uma cada proteica chamada de capsídeo.
Quando há os dois tipos de material genético no vírus, ele é chamado de citomegalovírus.
Tipos de Vírus
Os vírus são classificados em 3 tipos, a saber:
Adenovírus: formados por DNA, por exemplo, o vírus da pneumonia.
Retrovírus: formados por RNA, por exemplo o vírus HIV.
Arbovírus: transmitidos por insetos, por exemplo o vírus da febre amarela e da dengue.
Ciclo Reprodutivo
O ciclo reprodutivo desses organismos é composto de 4 etapas:
entrada do vírus na célula hospedeira;
eclipse (inatividade do vírus);
multiplicação do material viral (cópias da matriz);
liberação dos novos vírus.
Em outras palavras, no processo de reprodução dos vírus há a duplicação do material genético viral e a síntese das proteínas na medida em que ele inibe o funcionamento normal da célula.
Doenças Causadas por Vírus
Muitas doenças são causadas por vírus, por exemplo:
gripe
caxumba
sarampo
catapora (varicela)
varíola
febre amarela
rubéola
meningite
pneumonia
poliomielite (paralisia infantil)
hepatite (A, B e C)
AIDS (SIDA)
Note que, os vírus podem infectar tanto as células dos animais, fungos, vegetais (eucarióticas), quanto das bactérias (procarióticas) e, nesse caso, são chamados de bacteriófagos.
Leia também sobre as Doenças Causadas por Vírus.
Curiosidades
A palavra "vírus", do latim, significa toxina, fluido venenoso.
O termo “vírus de computador” surgiu por analogia ao vírus biológico marcado por sua característica parasitária.
O “vírion” corresponde a partícula viral quando ela se encontra fora da célula hospedeira.
Leia também sobre Microbiologia.
Doenças Causadas por Vírus
Lana Magalhães
Professora de Biologia
As doenças causadas por vírus, também chamadas de viroses, são aquelas que tem como agente etiológico diversos vírus.
Algumas delas, se não foram tratadas podem levar o paciente ao óbito. Geralmente, não possuem um tratamento específico, visto que o corpo produz anticorpos para combater o vírus.
Confira abaixo uma lista das principais doenças causadas por vírus:
Ebola
Transmissão: pelo ar, esse vírus pode ser transmitido através do contato entre os seres humanos, animais e materiais infectados.
Sintomas: dores musculares, de cabeça e garganta. Além disso, o infectado apresenta febre alta, diarreia, náuseas, vômitos e perda de apetite.
Tratamento: através da hidratação e repouso do paciente. Não há vacinas e remédios contra o ebola. Sendo assim, o próprio sistema imunológico cria anticorpos para combater o vírus.
Prevenção: evitar o contato com infectados e melhoria do saneamento básico local para evitar a contaminação dos alimentos.
Gripe Comum
Transmissão: contato direto com os portadores do vírus, e ainda, pelo compartilhamento de objetos.
Sintomas: febre alta, calafrios, cansaço, tosse, coriza e congestão nasal. Além disso, o doente pode apresentar inflamação na garganta e dores no corpo.
Tratamento: repouso e o uso de analgésicos e antitérmicos são os mais indicados. Ademais, a ingestão de líquidos para hidratação e uma alimentação rica em vitaminas (sobretudo a C) são eficazes no tratamento da gripe. Com o tempo, nosso corpo cria anticorpos que combatem o vírus.
Prevenção: Uma boaalimentação e ingestão de líquidos, aliados a prática diária de exercícios físicos podem afastar as pessoas do doença. Isso porque o fortalecimento do sistema imunológico é muito importante. Existe também a vacina contra a gripe que pode ser tomada anualmente.
Leia também sobre a Gripe Aviária e a Gripe H1N1.
Caxumba
Transmissão: contato com secreções do doente, e ainda, pelo compartilhamento de objetos.
Sintomas: inchaço na região do pescoço causada pelo aumento das glândulas parótidas. Além disso, os sintomas mais comuns são: febre alta, falta de apetite, prostração, dores no corpo, calafrios e boca seca.
Tratamento: não existe um tratamento específico para caxumba, pois nosso corpo cria anticorpos para combater o vírus. Portanto, o uso de medicamentos que diminuam os sintomas é indicado por especialistas. Além disso, repouso, boa alimentação e ingestão de líquidos melhoram o quadro da doença.
Prevenção: realizada através das vacinas: tetra viral e a tríplice viral. São tomadas pelas crianças entre os 12 e 15 meses de vida.
Sarampo 
Transmissão: contato com as secreções do portador da doença, e ainda, pelo compartilhamento de objetos.
Sintomas: manchas avermelhadas no rosto e corpo que causam coceira. Podem aparecer também manchas brancas no interior da boca, chamadas de "manchas de Koplik". O paciente apresenta fraqueza, mal-estar, falta de apetite, febre alta (acima dos 38 graus), tosse, dor de cabeça e garganta, olhos inflamados e hipersensibilidade à luz.
Tratamento: não existe um tratamento específico contra o sarampo. Por isso, uma boa alimentação, repouso e ingestão de líquidos são recomendados pelos especialistas. Com o tempo nosso sistema imunológico combate ao vírus.
Prevenção: realizada através das vacinas: tetra viral e a tríplice viral. Ambas são tomadas durante a infância.
Catapora (Varicela)
Transmissão: através do contato com as secreções dos portadores da doença.
Sintomas: aparecimento de bolhas vermelhas por todo o corpo e que causam muita coceira. O paciente também pode apresentar febre, dores no corpo, fraqueza e perda de apetite.
Tratamento: não existe um tratamento específico para a catapora. O mais indicado é o repouso, alimentação rica em nutrientes e ingestão de líquidos. O uso de alguns medicamentos antivirais e que diminuam a coceira também são indicados pelos especialistas.
Prevenção: é feita pela vacina anti-varicela ou ainda, a vacina tetra viral tomada na infância.
Varíola 
Transmissão: pelas secreções e saliva da pessoa infectada, e ainda, pelo compartilhamento de objetos.
Sintomas: o principal sintoma são as pústulas que surgem no corpo e causam coceira. Outros sintomas são o mal-estar, fraqueza, febre alta, náuseas, vômitos, dores de cabeça e corpo.
Tratamento: não existe um tratamento específico para a cura da doença, portanto, o doente deve permanecer em repouso e se alimentar bem. Nalguns casos, medicamentos que diminuam os sintomas são indicados. Com o tempo, nosso corpo cria anticorpos para combater o vírus invasor.
Prevenção: por meio da vacina contra varíola.
Febre Amarela
Transmissão: transmitida através da picada dos mosquitos vetores Aedes e Haemogogus, os quais estão infectados pelo vírus.
Sintomas: febre alta, calafrios, mal-estar, fadiga, dores de cabeça e corpo, náuseas, vômitos e diarreia. Nalguns casos mais graves, o paciente pode apresentar hemorragia e olhos amarelados (icterícia).
Tratamento: não existe um tratamento específico para a febre amarela. Portanto, repouso, boa alimentação e hidratação são indicados por especialistas. Com o tempo, nosso corpo cria anticorpos que combatem o vírus.
Prevenção: por meio da vacinação, e ainda, o controle do mosquito vetor.
Rubéola
Transmissão: contato com as secreções dos portadores da doença.
Sintomas: o principal sintoma é o aparecimento de manchas avermelhadas no rosto e corpo. Além disso, o doente pode apresentar mal-estar, febre, congestão nasal, olhos avermelhados, ínguas, dores no corpo, na cabeça e na garganta
Tratamento: não existe um tratamento específico para essa doença. Ou seja, com o tempo nosso corpo cria anticorpos que combatem o vírus da rubéola. Para o tratamento, o mais indicado é o repouso, alimentação rica em vitaminas e ingestão de líquidos. O paciente também pode tomar analgésicos e antitérmicos para diminuir os sintomas.
Prevenção: por meio das vacinas dupla viral ou tríplice viral, ambas tomadas na infância.
Meningite
Transmissão: transmitida pelo contato com os portadores da doença.
Sintomas: rigidez na parte da nuca (inflamação das meninges), além de mal-estar, cansaço, febre, dores no corpo, diminuição do apetite, náuseas e vômitos.
Tratamento: não existe um tratamento especifico para a cura da meningite. Os especialistas indicam alguns medicamentos para diminuir os sintomas. Além disso, o repouso, uma boa alimentação e ingestão de líquidos ajuda o sistema imunitário a criar anticorpos que combatem o vírus.
Prevenção: evitar o contato com as pessoas infectadas, e ainda, o compartilhamento objetos.
Obs.: além da meningite viral, existe também a meningite bacteriana.
Pneumonia 
Transmissão: transmitida pelo ar e o contato com secreções de pessoas infectadas. Também pode ser transmitida pelo compartilhamento de objetos.
Sintomas: tosse seca ou com catarro, febre alta, calafrios, fraqueza, perda de apetite, falta de ar, dores no corpo.
Tratamento: medicamentos antivirais e que combatem os sintomas da pneumonia podem ser prescritos pelos médicos. Repouso, boa alimentação e ingestão de líquidos também são recomendados. Com o tempo, nosso corpo cria anticorpos que combatem o vírus.
Prevenção: a vacina antigripal pode auxiliar na prevenção da doença, visto que a gripe pode desencadear uma pneumonia. Uma alimentação rica em nutrientes, aliada à pratica diária de exercícios fortalecem o sistema imunológico evitando atrair doenças.
Poliomielite (Paralisia Infantil)
Transmissão: falta de saneamento básico, como água e alimentos contaminados. Pode também ser transmitida pelas secreções e fezes dos contaminados.
Sintomas: mal-estar, febre, diarreia, cansaço, náuseas, vômitos, dor abdominal, de cabeça, garganta e membros.
Tratamento: não possui um tratamento específico, ou seja, com o tempo o corpo cria anticorpos que combatem o vírus. Para acelerar o tratamento é recomendado repouso, alimentação rica em nutrientes e ingestão de líquidos. O médico pode receitar medicamentos que aliviam os sintomas.
Prevenção: por meio da vacinação e evitar contato com as pessoas portadoras do vírus. Lavar bem as mãos, os alimentos e consumir água tratada também podem evitar o contágio.
Hepatite (A, B e C)
Transmissão: consumo excessivo de álcool, água e alimentos contaminados (falta de saneamento básico). Também pode ser transmitida pelo contato com os portadores da doença. No caso das hepatites B e C ela pode ser transmitida pelo sangue e contato sexual.
Sintomas: mal-estar, febre, pele e olhos amarelados, náuseas, vômitos, dores abdominais, falta de apetite, urina escura e fezes esbranquiçadas.
Tratamento: não existe um tratamento específico para curar a doença. Alguns medicamentos podem aliviar os sintomas. Os especialistas indicam repouso, alimentação rica em nutrientes, consumir bastante líquidos.
Prevenção: evitar contato com os portadores da doença, não consumir álcool, beber água tratada, lavar as mãos e os alimentos antes de comer. Muito importante não compartilhar objetos que tiveram contato com sangue e ainda usar preservativo durante o ato sexual. No caso da hepatite B, existe uma vacina.
Dengue
Transmissão: através da picada do mosquito Aedes aegypti, principal vetor.
Sintomas: febre alta, fadiga, perda de apetite, náuseas, vômitos, manchas e coceira na pele. No caso da dengue hemorrágica, o paciente apresenta hemorragia, problemas de circulação e aumento do fígado (hepatomegalia).
Tratamento: não existe um tratamento específico para curar a dengue. O uso de medicamentos que aliviam os sintomas é prescrito pelo médico. Repouso, ingestãode líquidos e alimentação rica em nutrientes são indicados.
Prevenção: monitoramento do vetor, como manejo ambiental e controle químico. O uso de repelentes em áreas afetadas pode ajudar.
Zika
Transmissão: transmitida pelo picada do mosquito Aedes aegypti, contatos sexuais, secreções do portador da doença e o compartilhamento de objetos contaminados.
Sintomas: mal-estar, fadiga, febre, manchas vermelhas no corpo, coceira, conjuntivite, dor na cabeça e no corpo.
Tratamento: não há um tratamento específico. Nesse caso, o corpo combate o vírus com a produção de anticorpos. Repouso, ingestão de líquidos e boa alimentação, auxiliam no tratamento. Os especialistas podem indicar analgésicos e antitérmicos para diminuir os sintomas.
Prevenção: uso de preservativos, de repelentes e evitar o compartilhamento de objetos. Telas anti-mosquito e cuidado com os locais de transmissão (água parada, por exemplo), podem prevenir contra a doença.
Chikungunya
Transmissão: transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti ou o Aedes albopictus.
Sintomas: mal-estar, febre alta, dor de cabeça e nas articulações. Além disso, manchas avermelhadas pelo corpo podem surgir, causando forte coceira.
Tratamento: não há um tratamento específico para curar essa doença. Repouso, ingestão de líquidos e boa alimentação são os mais recomendados. Isso porque com o tempo nosso sistema imunológico produz anticorpos que combatem o vírus. Medicamentos como analgésicos e antitérmicos podem ser indicados para aliviar os sintomas.
Prevenção: uso de repelentes e eliminar locais que acumulam água, pois o mosquito se prolifera em água parada.
AIDS (SIDA)
Transmissão: transmitida pelo contato sexual, pelo sangue e de mãe para filho.
Sintomas: febre, calafrios, manchas na pele, ínguas, dor de cabeça, garganta e corpo. Como afeta o sistema imunológico, outras doenças podem surgir num estágio mais avançado como câncer, meningite, tuberculose, etc.
Tratamento: não existe um tratamento específico para a cura da AIDS. Mesmo assim, alguns medicamentos para retardar a doença são prescritos pelos especialistas.
Prevenção: uso de preservativos é o método mais eficaz para não contrair a doença. Além disso, não compartilhar objetos que tenham tido contato com o sangue, por exemplo seringas.
HPV (Papiloma Vírus)
Transmissão: transmitida pelo contato sexual.
Sintomas: surgimento de verrugas, lesões e manchas na pele, sobretudo na área genital.
Tratamento: não existe um tratamento específico para a doença. Isso porque com o tempo o corpo cria anticorpos que combatem o papiloma vírus. Assim, a cauterização das verrugas e o uso de pomadas na região afetada são indicados pelos especialistas.
Prevenção: uso de preservativos é o método mais eficaz contra a doença. Fazer exame de rotina é muito importante para detectar a doença em sua fase inicial.
Herpes
Transmissão: transmitida pelo contacto com fluidos corporais ou feridas de uma pessoa infetada. Além disso, pode ser passada de mãe para filho e pelo contato sexual.
Sintomas: o herpes pode ser labial ou genital. Dependendo do local, há o surgimento de bolhas que causam dor, ardor e coceira. Além disso, febre, dor de cabeça e musculares podem surgir.
Tratamento: não há cura para essa doença. Assim, medicamentos antivirais e pomadas para aplicar na região afetada são os mais indicados.
Prevenção: uso de preservativos no caso de contato sexual. Além disso, deve-se evitar o contato com as pessoas que apresentem o vírus e não compartilhar objetos.
Para saber mais sobre doenças, leia também os artigos:
Doenças Causadas por Protozoários
Doenças Causadas por Bactérias
Doenças Causadas por Fungos
DST – Doenças Sexualmente Transmissíveis
Principais Doenças Ocupacionais
Sistemática
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A sistemática é a área da biologia dedicada a inventariar e descrever a biodiversidade e compreender as relações filogenéticas entre os organismos. Inclui a taxonomia (ciência da descoberta, descrição e classificação das [espécies] e grupo de espécies, com suas normas e princípios) e também a filogenia (relações evolutivas entre os organismos). Em geral, diz-se que compreende a classificação dos diversos organismos vivos. Em biologia, os sistematas são os cientistas que classificam as espécies em outros taxa a fim de definir o modo como eles se relacionam evolutivamente. 
O objetivo da classificação dos seres vivos, chamada taxonomia, foi inicialmente o de organizar as plantas e animais conhecidos em categorias que pudessem ser referidas. Posteriormente a classificação passou a respeitar as relações evolutivas entre organismos, organização mais natural do que a baseada apenas em características externas. Para isso se utilizam também características ecológicas, fisiológicas, e todas as outras que estiverem disponíveis para os táxons em questão. É a esse conjunto de investigações a respeito dos táxons que se dá o nome de Sistemática. Nos últimos anos têm sido tentadas classificações baseadas na semelhança entre genomas, com grandes avanços em algumas áreas, especialmente quando se juntam a essas informações aquelas oriundas dos outros campos da Biologia. 
A classificação dos seres vivos é parte da sistemática, ciência que estuda as relações entre organismos, e que inclui a coleta, preservação e estudo de espécimes, e a análise dos dados vindos de várias áreas de pesquisa biológica. Nomenclatura é a atribuição de nomes (nome científico) a organismos e às categorias nas quais são classificados. 
O nome científico é aceito em todas as línguas, e cada nome aplica-se apenas a uma espécie. 
Há duas organizações internacionais que determinam as regras de nomenclatura, uma para zoologia e outra para botânica. Segundo as regras, o primeiro nome publicado (a partir do trabalho de Lineu) é o correcto, a menos que a espécie seja reclassificada, por exemplo em outro género. A reclassificação tem ocorrido com certa freqüência desde o século XX. O Código Internacional de Nomenclatura Zoológica preconiza que neste caso mantém-se a referência a quem primeiro descreveu a espécie, com o ano da descrição, entre parênteses, e não inclui o nome de quem reclassificou. Esta norma internacional decorre, entre outras coisas, do fato de ser ainda nova a abordagem genética da taxonomia, sujeita a revisão devido a novas pesquisas científicas, ou simplesmente a definição de novos parâmetros para a delimitação de um táxon, que podem ser morfológicos, ecológicos, comportamentais etc. 
Índice
1 História
2 Reinos
3 Super Reinos
4 Categorias
5 Nomenclatura binomial
6 Ver também
7 Referências
8 Bibliografia
9 Ligações externas
História
O primeiro sistema de classificação foi o de Aristóteles no século IV a.C., que ordenou os animais pelo tipo de reprodução e por terem ou não sangue vermelho. O seu discípulo Teofrasto classificou as plantas por seu uso e forma de cultivo. 
Nos séculos XVII e XVIII os botânicos e zoólogos começaram a delinear o actual sistema de categorias, ainda baseados em características anatômicas superficiais. No entanto, como a ancestralidade comum pode ser a causa de tais semelhanças, este sistema demonstrou aproximar-se da natureza, e continua sendo a base da classificação actual. Lineu fez o primeiro trabalho extenso de categorização, em 1758, criando a hierarquia actual. 
A partir de Darwin a evolução passou a ser considerada como paradigma central da Biologia, e com isso evidências da paleontologia sobre formas ancestrais, e da embriologia sobre semelhanças nos primeiros estágios de vida. No século XX, a genética e a fisiologia tornaram-se importantes na classificação, como o uso recente da genética molecular na comparação de códigos genéticos. Programasde computador específicos são usados na análise matemática dos dados. 
Assim como outras ciências que se ocupam de sistemas complexos e determinados por uma história concreta, a sistemática beneficiou com novas técnicas da estatística descritiva, e desde o fim do século XIX em especial a estatística multivariável, a meio do século XX.[1] 
Em fevereiro de 2005 Edward Osborne Wilson, professor aposentado da Universidade de Harvard, onde cunhou o termo biodiversidade e participou da fundação da sociobiologia, ao defender um "projeto genoma" da biodiversidade da Terra, propôs a criação de uma base de dados digital com fotos detalhadas de todas a espécies vivas e a finalização do projeto Árvore da vida. Em contraposição a uma sistemática baseada na biologia celular e molecular, Wilson vê a necessidade da sistemática descritiva para preservar a biodiversidade. 
Do ponto de vista econômico, defendem Wilson, Peter Raven e Dan Brooks, a sistemática pode trazer conhecimentos úteis na biotecnologia, e na contenção de doenças emergentes. Mais da metade das espécies do planeta é parasita, e a maioria delas ainda é desconhecida. 
Reinos
Tradicionalmente os seres vivos eram divididos em dois reinos: Plantas e Animais. Como muitos seres simples não cabem nesta divisão, em 1866 Ernst Heinrich Haeckel propôs a categoria Protista, incluindo algas, fungos, protozoários e bactérias, No século XX a classificação mais aceite passou a ter cinco reinos: Protista (protozoários e algumas algas), Monera (bactérias procariontes, e cianobactérias ou algas azuis), Fungi, Plantae e Animalia. 
Recentemente a análise genética levou a propor o grupo Archaea para as Archaebactérias, e mais dois grupos: as outras bactérias e os eucariontes (organismos que têm núcleo celular: fungos, plantas e animais). 
No entanto, estudos recentes passaram a aceitar o sistema de seis reinos (Monera, Protista, Animalia, Fungi, Plantae e Chromista).[2][3] O reino Chromista engloba alguns grupos de algas como as Phaeophyta, Chrysophyta e Bacillariophyta (Diatomáceas) que possuem cloroplasto com 4 membranas, localizado no lumem do retículo endoplasmático rugoso e originado de uma simbiose secundária. 
Considerando-se os organismos fotossintetizantes envolvidos nesta nova divisão dos reinos, uma das principais características definidoras das linhagens evolutivas é justamente a origem do cloroplasto: 
Cianobactérias: Sem cloroplasto, pigmento difuso no citoplasma
Plantas: Simbiose primária (Protista + cianobactéria), cloroplasto com duas membranas.
Protistas (Euglenas e Dinoflagelados): Simbiose secundária ou terciária (Protista + planta), cloroplasto com 3 membranas
Chromistas: Simbiose secundária (Protista + Planta), cloroplasto com 4 membranas.
Super Reinos
Procariota
Eucariota
Categorias
Os reinos são divididos num sistema hierárquico de categorias chamadas taxa (plural de taxon). Cada taxon inclui os que o sucedem. Tradicionalmente são eles: 
Domínio (mais recente)
Reino
Filo (ou divisão, em botânica)
Classe
Ordem
Família
Género
Espécie
Há categorias intermediárias, incluídas quando é necessário fazer distinções. 
Assim, por exemplo, em botânica, além de divisão, que equivale ao filo no reino animal, existem também série e secção. 
Uma sequência hierárquica mais completa seria: 
Domínio (ou Super-Reino) 
Reino 
Subreino 
Ramo 
Infrareino
Superfilo (ou Superdivisão na botânica) 
Filo (ou Divisão na botânica) 
Subfilo (ou Subdivisão na botânica) 
Infrafilo (ou Infradivisão na botânica) 
Microfilo
Supercoorte (botânica) 
Coorte (botânica) 
Subcoorte (botânica) 
Infracoorte ( botânica)
Superclasse 
Classe 
Subclasse 
Infraclasse 
Parvclasse
Superdivisão (Zoologia) 
Divisão (Zoologia) 
Subdivisão (Zoologia) 
Infradivisão (Zoologia)
Superlegião (Zoologia) 
Legião (Zoologia) 
Sublegião (Zoologia) 
Infralegião (Zoologia)
Supercoorte (Zoologia) 
Coorte (Zoologia) 
Subcoorte (Zoologia) 
Infracoorte (Zoologia)
Gigaordem (Zoologia) 
Magnordem ou Megaordem (Zoologia) 
Gradordem ou Capaxordem (Zoologia) 
Mirorder ou Hiperordem (Zoologia) 
Superordem 
Série (para peixes) 
Ordem 
Parvordem (posição em algumas classificações zoológicas) 
Nanordem (Zoologia) 
Hipoordem (Zoologia) 
Minordem (Zoologia) 
Subordem 
Infra-ordem 
Parvordem (posição usual) ou Microordem (Zoologia)
Seção (Zoologia) 
Subseção (Zoologia)
Gigafamília (Zoologia) 
Megafamília (Zoologia) 
Gradfamília (Zoologia) 
Hiperfamília (Zoologia) 
Superfamília 
Epifamília (Zoologia) 
Séries (para os Lepidoptera) 
Grupo (para os Lepidoptera) 
Família 
Subfamília 
Infrafamília
Supertribo 
Tribo 
Subtribo 
Infratribo
Gênero 
Subgênero 
Seção (botânica) 
Subseção (botânica) 
Série (botânica) 
Subsérie (botânica)
Superespécie 
Espécie 
Subespécie (ou Forma Especial para Fungos, ou Variedade para Bactérias) 
Variedade (Botânica) ou Forma/Morf (Zoologia) 
Subvariedade (Botânica) 
Forma (Botânica) 
Subforma (Botânica)
Hoje em dia o taxon mais claro é a espécie: populações de indivíduos geneticamente semelhantes que potencialmente cruzam entre si em condições naturais (definição mais difundida de espécie), o que não significa que o conceito de espécie esteja bem esclarecido por a esse enunciado, pois ele não abrange, por exemplo, organismos que fazem apenas reprodução assexuada. Mecanismos de especiação, como isolamento geográfico, podem levar uma espécie a originar outra. Nos casos excepcionais de cruzamento interespecífico, praticamente em todos os casos, os descendentes são estéreis. Quando as populações de uma espécie são muito diferentes morfologicamente, são chamadas subespécies, raças ou variedades. 
O género inclui espécies relacionadas, reconhecidas popularmente como aparentadas, como o cão e o lobo. 
Biólogos, em 2016, identificaram a assinatura molecular do reino animal, fornecendo evidências genéticas para a classificação animal de sistema de Carl von Linné, que tem sido utilizada por quase 300 anos.[4][5] 
Nomenclatura binomial
O sistema atual identifica cada espécie por dois nomes em latim: o primeiro, em maiúscula, é o género, o segundo, em minúscula, é o epíteto específico. Os dois nomes juntos formam o nome da espécie. Os nomes científicos podem vir do nome do cientista que descreveu a espécie, de um nome popular desta, de uma característica que apresente, do lugar onde ocorre, e outros. Por convenção internacional, o nome do género e da espécie é impresso em itálico, o dos outros táxons não. Os nomes científicos não devem ser precedidos de artigo definido. Subespécies têm um nome composto por três palavras: género, restritivo especifico e restritivo sub-especifico. 
Ver também
	
	A Wikipédia tem o portal:
Portal de biologia
Taxonomia
Filogenia
Classificação científica
Referências
 Conocimiento sistemático para la conservación biológica (em castelhano) 
  Cavalier-Smith, T (agosto de 1998). «A revised six-kingdom system of life». Biological reviews of the Cambridge Philosophical Society. 73 (3): 203-266. ISSN 1464-7931. doi:10.1111/j.1469-185X.1998.tb00030.x 
  Cavalier-Smith, Thomas (22 de junho de 2004). «Only six kingdoms of life». Proceedings. Biological sciences / The Royal Society. 271 (1545): 1251-1262. ISSN 0962-8452. doi:10.1098/rspb.2004.2705 
  Michal Levin, Leon Anavy, Alison G. Cole, Eitan Winter, Natalia Mostov, Sally Khair, Naftalie Senderovich, Ekaterina Kovalev, David H. Silver, Martin Feder, Selene L. Fernandez-Valverde, Nagayasu Nakanishi, David Simmons, Oleg Simakov, Tomas Larsson, Shang-Yun Liu, Ayelet Jerafi-Vider, Karina Yaniv, Joseph F. Ryan, Mark Q. Martindale, Jochen C. Rink, Detlev Arendt, Sandie M. Degnan, Bernard M. Degnan, Tamar Hashimshony, Itai Yanai. The mid-developmental transition and the evolution of animal body plans. Nature, 2016; DOI:10.1038/nature16994 
 "Redefining part of 300 year-old classification system for grouping members of the animal kingdom." pela "American Technion Society" na ScienceDaily, (2016) 
BibliografiaErnst Mayr: Princípios de sistemática animal
Dalton De Souza Amorim: Fundamentos De Sistemática Filogenética
Ligações externas
International Association for Plant Taxonomy (em inglês)
	[Esconder]
v • e
Sistema de classificação biológica 
	Conceitos-base
	Sistemática  · Taxonomia  · Cladística  · Classificação científica  · Filogenia
	Táxons
	Domínio  · Reino  · Filo  · Divisão  · Classe  · Ordem  · Família  · Género  · Espécie  · Subespécie  · Cultivar
	Conceitos associados
	Organismo  · Táxon  · Clado  · Fenética  · Árvore filogenética  · Origem comum  · Taxonomia de Lineu  · Zootaxonomia  · Sistema dos Três Domínios  · Tipo
	Normas
	Nomenclatura binomial  · Código Internacional de Nomenclatura Botânica  · Código Internacional de Nomenclatura Zoológica  · Código Internacional de Nomenclatura de Bactérias  · Código Internacional de Nomenclatura de Plantas Cultivadas  · Classificação dos vírus  · PhyloCode  · BioCode
	[Expandir]
v • e
Biologia 
Classificação dos Seres Vivos
A classificação biológica ou taxonomia é um sistema que organiza os seres vivos em categorias, agrupando-os de acordo com suas características comuns, bem como por suas relações de parentesco evolutivo. É usada a nomenclatura científica que facilita a identificação dos organismos em qualquer parte do mundo.
Através desse sistema, os biólogos buscam conhecer a biodiversidade, descrevendo e nomeando as diferentes espécies e organizando-as de acordo com os critérios que definem.
As Categorias Taxonômicas
No sistema de classificação biológica são usadas as categorias para agrupar os organismos segundo as suas semelhanças. A categoria básica é a espécie, que se define como os seres semelhantes que são capazes de se reproduzir naturalmente e gerar descendentes férteis.
Animais da mesma espécie são reunidos em outra categoria, o gênero. Todos que pertencem ao mesmo gênero são agrupados em famílias, que são agrupadas em ordens, que por sua vez se reúnem em classes, reunidas em filos e por fim temos os reinos. Os Reinos são portanto a última categoria na hierarquia e se subdividem até chegar à espécie, categoria mais básica. Então, temos:
Reino ⇒ Filo ⇒ Classe ⇒ Ordem ⇒ Família ⇒ Gênero ⇒ Espécie
Como se Classificam as Espécies?
Um animal pode ser conhecido por diversos nomes em regiões diferentes, entretanto, para facilitar a identificação dos animais, a nomenclatura científica é adotada internacionalmente. Lineu desenvolveu em 1735 a nomenclatura binomial, composta por dois nomes, cujo primeiro é escrito em letra maiúscula e define o gênero, e o segundo tem letra minúscula e define a espécie. Os nomes científicos devem ser escritos em latim e destacados em itálico ou grifados.
Assim, por exemplo, o nome científico do cão é Canis familiaris. O nome Canis também pode ser usado sozinho, indicando somente o gênero, sendo portanto comum aos animais que tenham relação de parentesco, nesse caso podendo ser o cão ou o lobo (Canis lupus) ou outro do gênero. 
Os Reinos dos Seres Vivos e as Relações Filogenéticas
Classificação dos Seres Vivos nos Cinco Reinos.
As Primeiras Classificações: Aristóteles e Lineu
Aristóteles, pelo que se sabe, foi o primeiro a classificar os seres vivos. Ele dividiu-os em dois grupos: animais e plantas, que teriam subgrupos organizados de acordo com o ambiente em que viviam, sendo caracterizados como aéreos, terrestres ou aquáticos. Mais tarde, vários cientistas criaram sistemas, baseados no que Aristóteles havia feito.
Lineu, nome latinizado do naturalista que desenvolveu a nomenclatura científica.
O naturalista sueco Carl von Linnée (1707-1778), mais conhecido como Lineu, definiu como critério de classificação as características estruturais e anatômicas. Lineu era criacionista e acreditava que o número de espécies era fixo e imutável, tendo sido definidas por Deus no momento da criação. Assim, os animais eram agrupados apenas de acordo com as semelhanças corporais e as plantas segundo a estrutura das suas flores e frutos. Lineu desenvolveu também um método para nomear as espécies, a nomenclatura binomial publicada no seu livro Systema Naturae,que é aceita até hoje.
Surgimento dos Reinos
Em 1899, o biólogo alemão Ernst Haeckel (1834-1919) sugeriu que fossem criados os reinos Protista e Monera, além dos reinos já existentes: Animal e Vegetal. Em 1969, o biólogo R.H. Whittaker propôs a divisão dos vegetais em outro grupo, dos Fungos, criando portanto os cinco reinos: Protista, Monera, Fungi, Plantae e Animalia.
A partir de 1977, com estudos de C. Woese, passaram a existir 3 domínios: Archaea, Eubacteria e Eukarya. Nos dois primeiros são distribuídos os procariotas (bactérias, protozoários e algas unicelulares), e no outro estão todos os eucariotas (fungos, plantas e animais).
Relações Filogenéticas
O naturalista inglês Charles Darwin (1809-1882), contribuiu com o desenvolvimento da classificação dos seres vivos através da sua teoria evolutiva e da noção de ancestral comum que originou as espécies atuais. Ele criou "genealogias de seres vivos", diagramas representando as relações de parentesco evolutivo entre as espécies, que hoje são chamadas de árvores filogenéticas.
A forma de classificar os organismos se modificou muito nas últimas décadas devido ao desenvolvimento de áreas como a genética e a biologia molecular, de modo que as relações de parentesco são definidas não somente pelas características externas, mas também por semelhanças genéticas e bioquímicas.
Atualmente alguns cientistas tem utilizado a cladística para determinar as relações filogenéticas entre as espécies. Desse modo, é investigada a história evolutiva dos organismos para classificá-los. Os cladogramas são semelhantes às árvores filogentéticas, que apresentam as relações de parentesco. Grupos de espécies que descendem de ancestral comum único são chamadas monofiléticas e grupos que possuem diferentes ancestrais na sua origem são polifiléticos.
Saiba mais sobre Filogenia.
Sistemática
A Sistemática é uma área da Biologia que estuda a biodiversidade através de um sistema sintético de classificação, chamado taxonomia, que utiliza hierarquias para agrupar os organismos formando grupos e subgrupos. Dessa forma, por exemplo, dentro do grupo das plantas há o subgrupo das plantas com frutos e outro das plantas sem frutos.
Os objetivos da sistemática são:
Conhecer melhor os seres vivos, e para tal são agrupados em categorias taxonômicas ou táxons. Já foram identificadas mais de 1,5 milhão de espécies e acredita-se que ainda haja muitas desconhecidas;
Usar a taxonomia para identificar, descrever, nomear e catalogar as espécies;
Identificar os processos determinantes da biodiversidade ou diversidade biológica;
Investigar as relações de parentesco evolutivo entre as espécies atuais e seus antepassados, usando conhecimentos de outras áreas da biologia como genética e biologia molecular.
Significado de Biodiversidade
O que é Biodiversidade:
Biodiversidade é a grande variedade de formas de vida (animais e vegetais) que são encontradas nos mais diferentes ambientes. A palavra biodiversidade é formada da união do radical grego “bio” (que significa vida) mais a palavra “diversidade” (que significa variedade).
A biodiversidade é formada por espécies vivas que compreende plantas, animais e micro-organismos, que povoam desde as profundezas dos oceanos até as mais altas montanhas. É composta por uma enorme diversidade de espécies compreendidas como indivíduos semelhantes, com capacidade para se reproduzir entre si e naturalmente.
O número de espécies vegetais e animais apresentam maior concentração nas áreas tropicais do planeta. Calcula-se que no Brasil estão concentrados 2/3 das espécies de plantas e animais existentes na superfície da Terra, constituindo a região de maior biodiversidade do mundo.
A biodiversidade é responsável por garantir o equilíbrio das espécies em todo o mundo, e a ligação estreita que existe entre os seres e o ambiente resulta em sistemas complexos, os ecossistemas, quereúnem fatores vivos (plantas animais – incluindo o ser humano e micro-organismos) e por fatores não vivos (luz, água, ar, Sol etc.) que se relacionam entre si em equilíbrio realizando trocas de energia e de matéria. As florestas, a caatinga, a tunda, os cerrados, os rios, os oceanos, os lagos são alguns exemplos de ecossistemas. A soma de todos os ecossistemas existentes na Terra forma a biosfera (camada da atmosfera que engloba os seres vivos).
Ameaça à biodiversidade
A maior ameaça à biodiversidade é a ação humana, que vem transformando a natureza. A derrubada da floresta para a prática da agricultura e da pecuária e a exploração da madeira, provoca impactos sobre o meio ambiente, como alteração na cadeia alimentar, com a extinção de espécies animais e vegetais, a erosão do solo, a poluição da atmosfera pela queimada das matas, a poluição do solo e da água com o uso de agrotóxicos e muitas outras agressões aos ecossistemas.
Data de atualização: 05/06/2015. O significado de Biodiversidade está na categoria: Ciência
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Biodiversidade de um recife de coral.
Florestas húmidas são um exemplo de biodiversidade do planeta e, normalmente, possuem uma grande biodiversidade de espécies.
Exemplos de anfíbios.
Biodiversidade, ou diversidade biológica, pode ser definida como a variabilidade entre os seres vivos de todas as origens, a terrestre, a marinha e outros ecossistemas aquáticos e os complexos ecológicos dos quais fazem parte. Essa variabilidade aparece apenas como resultado da natureza em si, sem sofrer intervenção humana. Assim, ela pode variar de acordo com as diferentes regiões ecológicas. Refere-se, portanto, à variedade de vida no planeta Terra, incluindo a variedade genética dentro das populações e espécies, a variedade de espécies da flora, da fauna, de fungos microscópicos e de micro-organismos.[1] 
Pode-se compreender, do termo "conservação", a manutenção dos recursos que constituem a terra, bem como os seres vivos que a compõem, dentre eles, o homem[2]. Difere-se da preservação (que exclui o fator humano para que seja possível a manutenção supracitada), considerando que o homem, principal responsável pela degradação do meio ambiente, é parte dele. 
Em ecologia, a conservação se refere aos estudos direcionados à conservação de fauna e flora de um ambiente, podendo ser à respeito de diversos grupos ou direcionado à espécies individuais envolvendo seu nicho e habitat [3]. Ela se baseia em alguns pressupostos, incluindo que a diversidade biológica e a evolução são positivas, e que a diversidade biológica tem valor por si só [4]. A diversidade biológica, mesmo sem que haja ação antrópica, não se mantém inalterada ao longo do tempo, ela muda e se adapta de acordo com as variações do ambiente que a compõe [5]. No entanto, as ações antrópicas podem agravar alguns problemas ambientais, como a alteração e perda de habitats, exploração predatória de recursos, introdução de espécies exóticas em diferentes ecossistemas, aumento de patógenos e tóxicos ambientais e as mudanças climáticas [6]. 
Essa área de estudo tem como seus principais objetivos entender os efeitos dessas ações antrópicas no ecossistema, além de também apresentar um papel muito importante na reintrodução de espécies ameaçadas [7]. Um ambiente ecologicamente conservado proporciona uma diversidade de recursos muito maior para ser consumida, assim, a busca de um ecossistema equilibrado é vantajosa para todos os seres que dele usufruem direta ou indiretamente [8]. 
A biodiversidade refere-se tanto ao número de diferentes categorias biológicas quanto à abundância relativa (equitatividade) dessas categorias. E inclui variabilidade ao nível local, complementaridade biológica entre habitats e variabilidade entre paisagens. Ela inclui, assim, a totalidade dos recursos vivos, ou biológicos, e dos recursos genéticos, e seus componentes. A espécie humana depende da biodiversidade para a sua sobrevivência. 
A biologia de conservação busca integrar políticas de conservação com as teorias que provêm de diversos campos científicos que dão alicerce para a biologia da conservação, sendo elas, ecologia, demografia, biologia populacional, genética, taxonomia e também de ciências de outros campos, como a economia, geografia, antropologia, sociologia e outras. Essa união ocorre para que haja o estabelecimento de métodos efetivos para solucionar alguns dos problemas que a biologia da conservação precisa resolver. [9] [7]. Um exemplo da importância dessa interdisciplinaridade é a implementação de unidades de conservação, que abrange muitos fatores além dos ecológicos, como o fator sociocultural dos moradores das regiões que são implementadas como tais unidades [10]. 
O termo foi cunhado por Thomas Lovejoy,[11] mas não há uma definição consensual de biodiversidade. Uma definição é: "medida da diversidade relativa entre organismos presentes em diferentes ecossistemas". Esta definição inclui diversidade dentro da espécie, entre espécies e diversidade comparativa entre ecossistemas. 
Outra definição, mais desafiante, é "totalidade dos genes, espécies e ecossistemas de uma região". Esta definição unifica os três níveis tradicionais de diversidade entre seres vivos: 
diversidade genética - diversidade dos genes em uma espécie.
diversidade de espécies - diversidade entre espécies.
diversidade de ecossistemas - diversidade em um nível mais alto de organização, incluindo todos os níveis de variação desde o genético.
Índice
1 Abordagens da biodiversidade
2 Pontos críticos da biodiversidade
3 Biodiversidade: tempo e espaço
4 O valor econômico da biodiversidade 
4.1 Como medir a biodiversidade?
4.2 Inventário de espécies
5 A biodiversidade está ameaçada
6 Manuseio da biodiversidade: ação, preservação e proteção
7 Estatuto jurídico da biodiversidade
8 Ver também
9 Referências
10 Ligações externas
Abordagens da biodiversidade
Uma amostragem de fungos, líquenes e musgos, coletados durante o Verão de 2008 na floresta do norte de Saskatchewan, perto de La Ronge. É um exemplo de diversidade biológica.
Para os biólogos geneticistas, a biodiversidade é a diversidade de genes e organismos. Eles estudam processos como mutação, troca de genes e a dinâmica do genoma, que ocorrem ao nível do DNA e constituem, talvez, a evolução.
Para os biólogos zoólogos ou botânicos, a biodiversidade não é só apenas a diversidade de populações de organismos e espécies, mas também a forma como estes organismos funcionam. Organismos surgem e desaparecem. Locais são colonizados por organismos da mesma espécie ou de outra. Algumas espécies desenvolvem organização social ou outras adaptações com vantagem evolutiva. As estratégias de reprodução dos organismos dependem do ambiente.
Para os ecólogos, a biodiversidade é também a diversidade de interações duradouras entre espécies. Isto se aplica também ao biótipo, seu ambiente imediato, e à ecorregião em que os organismos vivem. Em cada ecossistema os organismos são parte de um todo, interagem uns com os outros mas também com o ar, a água e o solo que a cultura humana tem sido determinada pela biodiversidade, e ao mesmo tempo as comunidades humanas têm dado forma à diversidade da natureza nos níveis genético, das espécies e ecológico.
A biodiversidade é fonte primária de recursos, fornecendo comida (colheitas, animais domésticos, recursos florestais e peixes), fibras para roupas, madeira para construções, remédios e energia. Esta "diversidade de colheitas" é também chamada agro biodiversidade. 
Os ecossistemas também nos fornecem "suportes de produção" (fertilidade do solo, polinizadores, decompositores de resíduos, etc.) e "serviços" como purificação do ar e da água, moderação do clima, controle de inundações, secas e outros desastres ambientais. 
Se os recursos naturais são de interesse econômico para o Homem, a importância econômica da biodiversidade é também crescentemente percebida. Novos produtos são desenvolvidos graçasa biotecnologias, criando novos mercados. Para a sociedade, a biodiversidade é também um campo de trabalho e lucro. É necessário estabelecer um manejo sustentável destes recursos.[12] 
Pontos críticos da biodiversidade
Diversas espécies epífitas numa floresta úmida da América Central. Os ecossistemas da zona intertropical albergam a maior parte da biodiversidade mundial actual.
Um "ponto crítico" (hot spot) de biodiversidade é um local com muitas espécies endêmicas. Ocorrem geralmente em áreas de impacto humano crescente. Esses impactos estão relacionados com atividades relevantes para a economia brasileira como a agropecuária, as exportações e importações, extrativismo e pesca[13]. 
A maioria deles está localizada nos trópicos. 
Alguns deles: 
O Brasil tem 1/5 da biodiversidade mundial, com 50 000 espécies de plantas, 5 000 de vertebrados, 10-15 milhões de insetos, milhões de micro-organismos.
A Índia apresenta 8% das espécies descritas, com 47 000 espécies de plantas e 81 000 de animais.
Biodiversidade: tempo e espaço
A biodiversidade não é estática. É um sistema em constante evolução tanto do ponto de vista das espécies como também de um só organismo. A meia-vida média de uma espécie é de um milhão de anos e 99% das espécies que já viveram na Terra estão hoje extintas. 
A biodiversidade não é distribuída igualmente na Terra. Ela é, sem dúvida, maior nos trópicos. Quanto maior a latitude, menor é o número de espécies, contudo, as populações tendem a ter maiores áreas de ocorrência. Este efeito que envolve disponibilidade energética, mudanças climáticas em regiões de alta latitude é conhecido como efeito Rapoport. 
Existem regiões do globo onde há mais espécies que outras. A riqueza de espécies tendem a variar de acordo com a disponibilidade energética, hídrica (clima, altitude) e também pelas suas histórias evolutivas. 
O valor econômico da biodiversidade
Floresta e exemplo de epifitismo.
Ecólogos e ambientalistas são os primeiros a insistir no aspecto econômico da protecção da diversidade biológica. Deste modo, Edward Osborne Wilson escreveu em 1992 que a biodiversidade é uma das maiores riquezas do planeta, e, entretanto, é a menos reconhecida como tal (la biodiversité est l'une des plus grandes richesses de la planète, et pourtant la moins reconnue comme telle). 
A maioria das pessoas vê a biodiversidade como um reservatório de recursos que devem ser utilizados para a produção de produtos alimentícios, farmacêuticos e cosméticos. Este conceito do gerenciamento de recursos biológicos provavelmente explica a maior parte do medo de se perderem estes recursos devido à redução da Biodiversidade. Entretanto, isso é também a origem de novos conflitos envolvendo a negociação da divisão e apropriação dos recursos naturais. 
Uma estimativa do valor da biodiversidade é uma pré-condição necessária para qualquer discussão sobre a distribuição da riqueza da Biodiversidade. Estes valores podem ser divididos entre: 
valor intrínseco – todas as espécies são importantes intrinsecamente, por uma questão de ética.
valor funcional – cada espécie tem um papel funcional no ecossistema. Por exemplo, predadores regulam a população de presas, plantas fotossintetizantes participam do balanço de gás carbônico na atmosfera, etc.
valor de uso directo – muitas espécies são utilizadas directamente pela sociedade humana, como alimentos ou como matérias primas para produção de bens.
valor de uso indirecto – outras espécies são indirectamente utilizadas pela sociedade. Por exemplo criar abelhas em laranjais favorece a polinização das flores de laranja, resultando numa melhor produção de frutos.
valor potencial – muitas espécies podem futuramente ter um uso directo, como por exemplo espécies de plantas que possuem princípios activos a partir dos quais podem ser desenvolvidos medicamentos.
Em um trabalho publicado na Nature em 1997, Constanza e colaboradores estimaram o valor dos serviços ecológicos prestados pela natureza. A ideia geral do trabalho era contabilizar quanto custaria por ano para uma pessoa ou mais, por exemplo, polinizar as plantas ou, ainda, quanto custaria para construir um aparato que servisse como mata ciliar, a fim de evitar o assoreamento dos rios. O trabalho envolveu vários "serviços" ecológicos e chegou a uma cifra média de 33 000 000 000 000 dólares estadunidenses por ano, duas vezes o produto interno bruto mundial. 
Como medir a biodiversidade?
Do ponto de vista previamente definido, nenhuma medida objectiva isolada de biodiversidade é possível, apenas medidas relacionadas com propósitos particulares ou aplicações. 
Para os conservacionistas práticos, essa medida deveria quantificar um valor que é, ao mesmo tempo, altamente compartilhado entre as pessoas localmente afetadas. 
Para outros, uma definição mais abrangente e mais defensável economicamente, é aquela cujas medidas deveriam permitir a assegurar possibilidades continuadas tanto para a adaptação quanto para o uso futuro pelas pessoas, assegurando uma sustentabilidade ambiental. Como consequência, os biólogos argumentaram que essa medida é possivelmente associada à variedade de genes. Uma vez que não se pode dizer sempre quais genes são mais prováveis de serem mais benéficos, a melhor escolha para a conservação ambiental é assegurar a persistência do maior número possível de genes. 
Para os ecólogos, essa abordagem às vezes é considerada inadequada e muito restrita. 
Inventário de espécies
A sistemática mede a biodiversidade simplesmente pela distinção entre espécies. Pelo menos 1,75 milhões de espécies foram descritas; entretanto, a estimativa do verdadeiro número de espécies existentes varia de 3,6 para mais de 100 milhões. Diz-se que o conhecimento das espécies e das famílias tornou-se insuficiente e deve ser suplementado por uma maior compreensão das funções, interações e comunidades. Além disso, as trocas de genes que ocorrem entre as espécies tendem a adicionar complexidade ao inventário. [14] 
A biodiversidade está ameaçada
REINO MONERA: OS SERES PROCARIONTES – BACTÉRIAS E ARQUEAS. 
fevereiro 15, 2007 às 3:57 pm | Publicado em Blogroll, Uncategorized | Deixe um comentário 
REINO MONERA: OS SERES PROCARIONTES – BACTÉRIAS E ARQUEAS
Reino de seres vivos representados por dois sub-reinos, o das Bactérias e o das Arqueas. As Arqueas são seres geralmente encontrados em ambientes extremos (salinidade, temperatura, pH…) e diferem das Bactérias por possuírem parede celular de composição distinta (algumas não possuem parede) e apresentarem organização gênica mais semelhante à dos seres eucariontes, sendo efetivamente mais proximamente relacionadas a eles do que com as bactérias. A maioria do que será visto aqui é referente às bactérias, pois são os principais representantes do Reino Monera.
As bactérias e arqueas são seres:
Unicelulares, que podem viver isolados ou em colônias.
PROCARIONTES, ou seja, não possuem compartimentos membranosos internos, como a membrana nuclear (CARIOTECA). Os outros 4 Reinos de seres vivos são de seres eucariontes.
OBS: Recentemente foram descobertos em bactérias, compartimentos membranosos semelhantes aos acidocalcissomos de eucariontes, cujas funções parecem estar relacionadas ao armazenamento de íons Ca+2, metabolismo energético e regulação do pH celular.
Autotróficos ou heterótrofos, aeróbios ou anaeróbios.
As células bacterianas medem aproximadamente 0,2 e 1,5 µm, e são constituídas de:
Um citoplasma, contendo ribossomos e o NUCLEÓIDE, o cromossomo bacteriano, que tem formato circular. Além desta molécula de DNA, há outras, também circulares, porém menores e acessórias, os PLASMÍDIOS, que geralmente contém genes que conferem resistência contra antibióticos e podem ser replicados e transferidos de uma célula a outra.
A membrana plasmática, que delimita o citoplasma, e assim como as das células eucarióticas é constituída de uma bicamada fosfolipídica contendo proteínas.
A PAREDE CELULAR, um envoltório rígido que determina a forma da célula bacteriana. É constituída de PEPTIDIOGLICANOS,polímeros de carboidratos interligados por proteínas. Algumas bactérias e Arqueas não possuem parede, e as paredes das Arqueas são constituídas de proteínas e polissacarídios, apesar de que algumas possuem peptidioglicanos, mas distintos dos das bactérias.
Podem apresentar um ou mais FLAGELOS, estruturas utilizadas para a locomoção, geralmente constituídas de um longo filamento que se estende a partir da superfície da célula, associado a um motor localizado na membrana e parede celular. Este motor pode girar até 15 mil vezes por minuto. (os flagelos bacterianos apresentam composição e funcionamento distintos dos flagelos de células eucarióticas).
Algumas bactérias secretam para o seu exterior uma cobertura gelatinosa, composta de proteínas e/ou polissacarídios, chamada CÁPSULA BACTERIANA. Esta estrutura dificulta a fagocitose das bactérias por parte das células fagocitárias do sistema imune (macrófagos e monócitos).
Algumas bactérias podem se apresentar na forma de ENDÓSPOROS, uma forma de resistência. Quando as condições ambientais são adversas, dá-se início a um processo em que a célula desidrata, duplica seu cromossomo e forma uma parede espessa ao redor de um dos cromossomos. Esta estrutura não apresenta metabolismo, mas pode ser reativada quando as condições ambientais voltam a ser favoráveis.
No que diz respeito à parede celular, as bactérias podem ser classificadas em dois grupos de acordo com o método de coloração de Gram. Este método consiste em submeter as bactérias a um tratamento com dois corantes, um violeta e um rosa, e após o tratamento pode se identificar dois tipos distintos de bactérias:
Gram positivas: Apresentarão coloração violeta. Possuem uma parede celular espessa. (Membrana plasmática – Parede celular).
Gram negativas: Apresentarão coloração rosa (ou vermelha), pois não retém o corante violeta. Possuem uma parede celular mais fina, recoberta por outra membrana. (Membrana plasmática – Parede celular – Membrana externa).
No que diz respeito à forma, podem ser:
Unicelulares:
Cocos: Formato esférico.
Bacilo: Formato de bastonete.
Vibrião: formato de vírgula.
Espirilo: Formato espiralado.
Colônias:
Diplococos, estreptococos, sarcinas (cubo) e estafilococos (cacho).
Diplobacilos e estreptobacilos.
NUTRIÇÃO
Basicamente, as bactérias podem ser heterótrofas ou autótrofas, sendo que a maioria é heterótrofa:
As AUTÓTROFAS são as que produzem as substâncias que lhes servem de alimento.
Fotossintetizantes: Utilizam a luz como fonte de energia para produzir seu alimento. 6CO2 + 12 H2O -(luz e clorofila)> C6H12O6 + 6O2 + 6H2O
Quimiossintetizantes:Utilizam reações inorgânicas exotérmicas de oxidação-redução como fonte de energia para produzir seu alimento. Exemplos, as bactérias nitrificantes:
Nitrosomonas: 2NH3 +3O2 > 2NO2– + 2H2O + 2H+ + Energia!
Nitrobacter: 2NO2– + O2 > 2NO3– + Energia!
As HETERÓTROFAS, ao contrário das autótrofas, não conseguem produzir as substâncias que utilizariam como alimento, sendo assim, têm de adquirir estas substâncias através da alimentação.
Respiradoras: Executam o processo de respiração celular, no qual uma molécula orgânica é degradada a compostos inorgânicos, liberando energia.
Aeróbicas: Degradam substâncias orgânicas com a participação de O2 (aceptor de H+ liberados pela oxidação da molécula orgânica).
Anaeróbicas: Degradam substâncias orgânicas com a utilização de substâncias inorgânicas, no lugar do O2.
Facultativas: Podem obter energia tanto via respiração (com O2) quanto via fermentação (sem O2).
Obrigatórias: Não toleram a presença do O2. Exemplo: Clostridium tetani, a bactéria do tétano (rinse com H2O2).
Fermentadoras: Realizam o processo de fermentação, em que moléculas orgânicas ricas em energia são degradadas de forma incompleta, gerando menos energia: Glicose > 2 Ácido pirúvico + Produto específico (álcool, ácido láctico, ácido acético…) + Energia! Notar que o O2 não faz parte da reação.
*Dentre as bactérias heterótrofas temos ainda outras denominações:
As SAPROFÁGICAS: Obtêm seu alimento a partir da matéria orgânica morta, como cadáveres. Sendo assim, atuam como DECOMPOSITORAS, reciclando a matéria orgânica complexa, ao transformá-la em matéria orgânica simples, que pode ser utilizada por outros seres vivos.
As PARASITAS: Obtêm seu alimento instalando-se nos organismos ainda vivos, podendo causar doenças.
REPRODUÇÃO
As bactérias reproduzem-se de forma assexuada por DIVISÃO BINÁRIA, processo em que uma célula duplica seu DNA, e divide-se em duas (idênticas).
Apesar das bactérias não apresentarem reprodução sexuada, podem adquirir seqüências de DNA, contendo genes, de outras bactérias, processo denominado RECOMBINAÇÃO GÊNICA. Pode se dar de três formas básicas:
TRANSFORMAÇÃO: Absorção de moléculas de DNA dispersas no ambiente, provenientes de bactérias mortas.
TRANSDUÇÃO: Transferência de seqüências de DNA de uma bactéria para outra, a partir de um bacteriófago. Neste caso, a montagem do bacteriófago ocorreu de forma errônea, e ao invés de seu capsídio conter o material genético viral, na verdade contém uma seqüência do DNA da bactéria que ele havia infectado. Ao infectar outra bactéria, injeta este DNA, que pode se incorporar ao cromossomo da bactéria que está sendo invadida agora.
CONJUGAÇÃO: Transferência direta de DNA entre duas bactérias através de um tubo protéico chamado PILI.
AS BACTÉRIAS E O CICLO BIOGEOQUÍMICO DO NITROGÊNIO
Para que possa ser absorvido pelos seres vivos, o elemento N, na forma de gás nitrogênio, N2 é inicialmente absorvido pelas BACTÉRIAS FIXADORAS DE NITROGÊNIO. Elas converterão o N2 em amônia, NH3, que por sua vez, pode ser absorvido por algumas plantas. Outras bactérias, as chamadas BACTÉRIAS NITRIFICANTES, transformam o NH3 (ou NH4+) em Nitrato, NO3–. Sendo que os nitratos são as substâncias contendo nitrogênio mais facilmente absorvidas pelas plantas. Isto se dá em duas etapas:
Bactérias do gênero Nitrosomonas convertem a amônia ou o amônio em nitrito: 2NH3 +3O2 > 2NO2– + 2H2O + 2H+ + Energia!
Bactérias do gênero Nitrobacter convertem o nitrito em nitrato: 2NO2– + O2 > 2NO3– + Energia!
As bactérias fixadoras do gênero Rhizobium são capazes de infectar as raízes das plantas leguminosas, e viver de forma simbiótica com elas ao formar NÓDULOS (tumores). A bactéria absorve o N2, e compartilha com a planta as substâncias nitrogenadas que produz, ao passo que a planta fornece outras substâncias orgânicas às bactérias. Como estas plantas se tornam muito eficientes no processo de fixação de nitrogênio, ao morrerem, acabam fertilizando o solo, pois liberam o nitrogênio na forma de amônia.
Além dos processos de fixação e nitrificação, outras bactérias são capazes de converter o NO3– em N2, devolvendo o elemento N para a atmosfera. Estas são as BACTÉRIAS DESNITRIFICANTES e o processo pelo qual fazem isso é chamado DESNITRIFICAÇÃO.
BACTÉRIAS E BIOTECNOLOGIA
As bactérias têm sido intensamente utilizadas nos processos de EXPRESSÃO DE GENES HETERÓLOGOS, ou seja, inserir no genoma bacteriano genes de outros tipos de seres vivos, como o gene da insulina humana, para que elas possam produzi-los com fins comerciais. Basicamente, este processo é feito com o uso das chamadas ENZIMAS DE RESTRIÇÃO, que são enzimas produzidas pelas bactérias cujo intuito é cortar, em pontos específicos, o DNA de bacteriófagos que venham a infectá-las. Acontece que, pode se utilizar estas mesmas enzimas para se cortar qualquer molécula de DNA. Sendo assim, utiliza-se estas enzimas para se inserir genes de interesse (como o da insulina humana) em plasmídios bacterianos. Os plasmídios contendo os genes de interesse são então introduzidos nas bactérias e elas passam a produzir a proteína heteróloga.
As bactérias também podem ser utilizadas para se produzir plantas transgênicas. Isso é feito com o uso da bactéria Agrobacterium tumefaciens que apresenta o chamado PLASMÍDIO Ti, indutor de tumor. Esta bactéria tem a capacidade de inserir parte do plasmídio Ti no cromossomo das células das raízes de certas

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