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FELIPE COLOMBO CECHINI UNIFEV AGO 2016 RA 81666

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AS INTERAÇÕES SOCIAIS NOS TERMINAIS AEROPORTUÁRIOS 
 
CECHINI, Felipe Colombo1 
BERALDI ,Amália Poiani2 
 
RESUMO 
Este artigo analisa o funcionamento dos espaços denominados não lugares na obra 
de Marc Augé no âmbito das relações interpessoais e interespaciais. Ao longo desse 
trabalho são analisadas as várias vertentes de ligação desse tipo de ambiente com os 
seres que o permeiam, desde a significação do espaço de transitoriedade em sua 
forma mais bruta amparada pela velocidade e pelas generalidades, até a afeição 
mesmo que temporária com o usuário. A compreensão da forma em que se dão essas 
relações é de suma importância para a mitigação da falta de afeto presente nesses 
espaços. 
 
Palavras chave: Augé, Fluxo, Aeroporto, Afeto 
 
ABSTRACT 
This article analyzes the operation of spaces called "non- places" in the literary work 
of Marc Augé, whether in the context of interpersonal relations and interspatial . 
Throughout this article, we analyze the various connection strands of this type of 
environment with beings that permeate from the significance of the transience of space 
in its crudest form , supported by the speed and the generalities until the affection even 
temporarily with the user . Understanding the way in which these relationships is critical 
to mitigate the lack of the affection in these spaces . 
Keywords: Augé, Flow, airport, Affection 
 
1 Discente do Curso de Arquitetura e Urbanismo UNIFEV – CENTRO UNIVERSITÁRIO DE 
VOTUPORANGA/SP . E-mail : felipe_cechini@hotmail.com 
 
2 Docente do curso de Arquitetura e Urbanismo , Especialista em gestão ambiental UNIFEV – 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOTUPORANGA . Votuporanga/SP 
E-mail : ma.poiani@gmail.com 
2 
 
 
 
 
VOTUPORANGA 2016 
INTRODUÇÃO 
 
 
Para Marc Augé, etnólogo e antropólogo francês estudioso da 
transitoriedade espacial, o lugar antropológico cria vinculo e significado devido ao 
permear dos vários fatores de alteridade presentes. Lugares antropológicos são 
classificados como lugares, devido aos mecanismos de simbolização utilizados pelos 
grupos sociais que objetivavam a compreensão e o controle do espaço com fins 
organizacionais, possuindo nós que funcionam como vínculos subdivididos em 
vertentes como por exemplo o gênero , condição social , idade ; nós íntimos que criam 
afetividade com o próprio subconsciente do interlocutor e os nós não-familiares , que 
induzem ao pensar sobre. 
O lugar antropológico, portanto, apesar de todas as alteridades presentes 
e de fatores que tornam os seres nele presentes subalternos ao sistema de 
simbolização, ainda é um espaço em que o “eu” se dá em detrimento do coletivismo. 
Os fatores de alteridade, portanto nesse caso seriam apenas fatores de não-repulsa 
em um primeiro momento, servindo como aglomerantes organizacionais. 
A incompletude do não lugar deriva também da relação perceptiva obtida 
entre espaço e usuário, gerando zonas de hiato transponíveis, mas não perceptíveis. 
 
 
O NÃO-LUGAR SOB A PERSPECTIVA DE MARC AUGÉ 
 
Não-lugares na visão de Marc Augé (1994, p. 32), são espaços envoltos 
pela aura de velocidade, da generalização e da não familiarização pelo ser que os 
permeia e habita, mesmo que transitoriamente. São na visão de Augé, fruto dos 
excessos, da modernidade, da globalização massificada e da perda das 
3 
 
características íntimas e inerentes ao meio que estão inseridos, sendo também pouco 
humanizados e muito padronizados. 
Não-lugares são vias de fluxo , caminho de transposição , possuidores de 
signos de compreensão global e espaço no qual se dão as relações aceleradas e 
pouco profundas do tempo com o ser e o espaço , portanto , funcionam como uma 
grande autoestrada que não garante sequer a ignição mínima para que ecloda 
agenciamento interpessoal, uma autoestrada em que não existem acostamentos; 
apenas uma grande via com fluxo definido, padronizada por suas faixas e pelos 
signos icônicos de rápida leitura como as placas de indicação garantindo a confluência 
de fluxo para os locais predeterminados . 
Como exemplo claro de não lugares, temos os terminais aeroportuários, 
que em sua plenitude, funcionam como alças de acesso a outras vias de fluxo, no 
caso, as linhas aéreas. 
É importante salientar que mesmo contendo espaços de interação inseridos 
em seu contexto, esse tipo de espaço não gera de fato marcas intrínsecas ao usuário, 
sendo dinamizado majoritariamente pela padronização e pouca individualização, em 
grau mediano, para que tente não influir laços dinamizados com o usuário. 
É comum por exemplo nos terminais aeroportuários, durante conexões de 
voos, cruzarmos com centenas de pessoas e nem ao menos notarmos as diferenças 
culturais presentes e disponíveis em nosso campo perceptivo, justamente por 
estarmos preocupados demais em seguir rapidamente o fluxo vetorial predeterminado 
presente no espaço. 
 . 
 
 
ARQUITETURA DOS NÃO-LUGARES 
 
A arquitetura dos não lugares se dá de forma sistematizada, vetorizada e padronizada 
de modo que a ligação primordial entre ser e espaço que deveria gerar o pensar sobre 
não ocorre. São em geral espaços com fluxos pré-determinados, onde ao sinal da 
menor saída da rotina, em escala microfísica, o caos é gerado, porém sem 
gerenciamento explicito. 
 
4 
 
[...] as grandes superfícies nas quais o cliente circula silenciosamente, 
consulta as etiquetas, pesa os legumes ou a fruta numa máquina que 
lhe indica, juntamente com o peso, o seu preço, e depois estende o 
cartão de crédito a uma mulher jovem também ela silenciosa, ou pouco 
faladora, que submete cada artigo ao registro de uma máquina 
decodificadora antes de verificar o bom funcionamento do cartão de 
crédito (Augé, [1992] 2005, p. 84). 
 
Analisando sua composição, temos padrões construtivos e de fluxo 
sistematizados de acordo com a necessidade e a economia de tempo e compreensão 
global, definidos por espaços de fácil compreensão, entendimento e de grande 
manipulação por parte de quem faz sua gestão. É simples por exemplo, sabermos 
onde ir, por onde ir e quando ir a certo local dentro de um terminal aeroportuário, pois 
todos os signos nos direcionam para esses lugares sem que tenhamos percepção 
plena do motivo de seguir os vetores de fluxo. Os não lugares portanto, são espaços 
sem muita identidade, moldados para servir ao global e não ao local, construídos 
sobre os pilares da tecnologia, neutralidade afetiva e velocidade.3 
Arquitetonicamente e em termos materiais, temos a predominância do vidro 
nós não-lugares, justamente por ser um material que não deixa marcas temporais em 
sua superfície, suprimindo ainda mais a percepção de tempo e vestígio. Em tempos 
que cada vez mais elementos atemporais são utilizados, a arquitetura tende a esvair-
se de marcas fortes, que por sua vez são as responsáveis pela caracterização e 
construção do espaço como lugar. 
É natural por exemplo, que ao visitarmos a casa de nossos avós, tenhamos a 
percepção de que o tempo esteve presente. São várias as marcas e signos fortes 
como porta-retratos, adornos típicos de determinada época, objetos que fazem alusão 
a laços familiares dentre outros. Temos, portanto, nesse caso específico, um lugar 
com laços, traços e nós fortes caracterizando-o, ao contrário do que ocorre nos não-
lugares onde a generalização a padronização, globalização e atemporalidade fazem-
se presentes. 
 
 
3 Ciberespaço é um espaço existente no mundo de comunicação em que não é necessária a presença 
física do ser humano para que ocorra a comunicação. O Ciberespaçosem ambienta na própria rede 
de fluxo de dados. 
5 
 
A HUMANIZAÇÃO NOS NÃO-LUGARES 
 
A humanização dos espaços que servem apenas de estradas para fluxos 
vetoriais, traz consigo a possibilidade de criação de um grande intercâmbio 
informacional que acompanha a velocidade atual. 
Aproveitando-se do ciberespaço¹ e do alto grau tecnológico presente, é 
importante compreender o comportamento humano nesses ambientes para que se 
possa criar ferramentas de interação e geração de vestígios e matéria prima para o 
agenciar. 
O ciberespaço vem crescendo através de grandes movimentos 
internacionais de jovens que estão ávidos a explorar novas formas de 
comunicação, pois estamos vivendo cada vez mais novos espaços de 
comunicação [...] cabe apenas a nós explorar as potencialidades mais 
positivas deste espaço nos planos econômico, político, cultural e 
humano" (LÉVY, 2001, p. 11). 
 
 
Esse baixo grau de interação e humanização tem ligação íntima com as 
necessidades requisitadas pelo mundo altamente ciberespacializado que prioriza a 
rapidez e a eficiência em detrimento de aspectos de interação social. 
 
 
Figura 1 O ser humano tende a se isolar em espaços que não lhe são familiares . Na imagem, 
pessoas sentadas de forma espaçadas e isoladas no aeroporto de Londres (Heathrow) | 
Imagem :United Kingdom Airport system 
 A atualização incessante pelo qual passa o não lugar, impede que o 
mesmo adquira características humanizadoras e laços fortes entre ambiente, ser e 
espaço temporal; tudo se dá de forma mecanizada. 
6 
 
 
 
A aceleração contemporânea é, por isso mesmo, um resultado 
também da banalização da invenção, do perecimento prematuro dos 
engenhos e de sua sucessão alucinante. São, na verdade, 
acelerações superpostas, concomitantes, as que hoje assistimos. Daí 
a sensação de um presente que foge. (SANTOS, 2002 , p. 45). 
 
 
O transporte de mercadorias, pessoas e ideias tornou-se através das novas 
tecnologias tão rápido, que um dos principais fatores de ignição do agenciar se perdeu 
junto com o espaço temporal suprimido, dando créditos a tese de “economia de 
tempo”. Se por um lado há a “economia de tempo”, por outro, há a economia também 
de relação afetiva. 
O nível de percepção de detalhes se alterou de forma inversamente 
proporcional a velocidade desempenhada pelos novos aparatos tecnológicos. Uma 
locomotiva da década de 50 se movia à 55km/h ao passo que um avião de 
passageiros convencional pode atingir 930km/h. São velocidades diferentes, cenários 
diferentes e níveis tecnológicos diferentes que consequentemente geram impedância 
e diminuição das relações interpessoais e características de percepção distintas. 
Uma das formas de humanizar o não-lugar e garantir-lhe alguma 
característica ou possibilidade de interação afetiva, é utilizar-se da própria tecnologia 
como suporte de ignição das relações interpessoais. Um exemplo claro e simples de 
como a tecnologia pode agregar ao invés de segregar, são os aplicativos de interação 
social. Criar uma plataforma inserida no ciberespaço e não no espaço físico, capaz de 
unir as pessoas em torno de ideias em comum ou até mesmo debates é uma das 
maneiras de fazer com que a interlocução e o agrupamento ocorram. A tecnologia 
permite ainda, a interação do ciberespaço com o espaço físico, fazendo eclodir 
espécies de portais capazes de fazer essa ligação. A criação de espaços de uso 
7 
 
comuns, que faça com que os vetores de fluxo se colidam, também é uma forma de 
criar laços humanizadores com o espaço, criando uma teia de vivência e 
compartilhamento de experiência e cultura. 
 
 
 
Figura 2 Terminais aeroportuários são como espaços vetorizados. Na imagem podemos ver 
uma esteira que tem como única função acelerar as pessoas em meio aos vetores. Acima, 
foto do aeroporto de Brasília-DF | Autoria: Acervo pessoal 
 
 
 
 
A PERCEPÇÃO EM ESPAÇOS NÃO LUGARIZADOS 
 
 
A configuração da percepção em espaços não-lugarizados funciona de 
forma diferente da percepção em espaços-lugares. A relação de entendimento desse 
intercambio informacional e derivativo da compreensão da interface criada nesses não 
lugares gera como produto o entendimento acerca dos fatores de influência objetivos 
e subjetivos criados em interfaces não-lugarizadas. Em outras palavras, a confluência 
de informação guiada por um vetor de fluxo age de forma a afetar mais e menos o ser 
dependendo do grau de intimidade criado com a espacialidade, que por sua vez 
8 
 
depende do tempo de exposição ao “fator ambiental” e da velocidade de transposição 
desse espaço. Nesse caso, o percepto4 agiria de forma a absorver apenas parte da 
influência local na medida que o ambiente seria apenas ambiente de confluência. 
Esses espaços não são lugares onde se inscrevem relações sociais duradouras” 
(AUGÉ ,2006) 
A percepção desses espaços, por sua vez, se daria muito mais nos campos 
icônicos e indiciais, do que no campo simbólico, já que boa parte dos sentidos seriam 
atiçados apenas por sensações e ícones estritamente diretos, como as placas de 
embarque de um terminal, os avisos de piso molhado e o indicador de gênero dos 
sanitários. É natural que espaços com grande confluência de fluxos tendam a gerar 
menor grau de afinidade e que o devir5 funcione como devir-animal, absorvendo 
apenas o que lhe é perceptível ao ser à espreita. 
Devir-Animal, na visão de Deleuze, é o espreitar do ser e o perceber mesmo 
que inconsciente, pois mesmo quando distraídos, funcionamos como um receptáculo 
de sensações e informações que são processadas inconscientemente pela mente. 
 
“O escritor está à espreita, o filósofo está à espreita. É evidente que 
estamos à espreita. O animal é.… observe as orelhas de um animal, 
ele não faz nada sem estar à espreita, nunca está tranquilo. Ele come, 
deve vigiar se não há alguém atrás dele, se acontece algo atrás dele, 
a seu lado. É terrível essa existência à espreita. Você faz a 
aproximação entre o escritor e o animal”.(DELEUZE, entrevista 
concedida entre 1988-1999 à Claire Parnet ) 
 
 
A concentração por parte do ser que percebe o ambiente envolve o 
aprendizado da atenção, que no caso dos espaços não-lugarizados, não ocorre por 
falta de tempo e vínculo com o mesmo. 
Quando se diz que a aprendizagem da atenção envolve a concentração 
necessária à consistência de tais experiências (KASTRUP, 2004, p. 8), nos referimos 
a um novo modo ou dimensão de pensamento, capaz de absorver até mesmo o que 
passaria despercebido em uma plataforma de atenção corriqueira. Nesse caso, toda 
informação é “engolida” de tal forma, que passa sem ser digerida, tendo em seu fim o 
descarte inaproveitável, sendo apenas pouco sentida pelo ser tal como na analogia 
 
4 Percepto é um conjunto de sensações e percepções que vai além do indivíduo que os sente. 
Portanto , os perceptos continuam a existir no espaço mesmo na ausência do ser humano. 
5 Devir ( termo advindo do latim devenire, chegar) é um conceito filosófico que significa as mudanças 
e atualizações pelas quais passam as coisas. 
9 
 
do animal à espreita de Deleuze, derivando em pouca influência e troca de 
agenciamentos. 
 
 
 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A ocorrência de agenciamento em espaços não-lugarizados está de forma 
íntima ligada ao nível de afeto que as arquiteturas desses espaços conseguem causar 
ao interagir com o ser. Não há total ausência de afeto, apenas não existem relações 
sociais duradouras. As espacialidades nesse caso, seriam mais do que apenas uma 
rede de fixos servindo de suporte e aparato para a rede de fluxos informacional e de 
transporte, mas espaçosde agenciamento pessoal afetivo se dando de forma 
constante e subjetiva. O diagnóstico prévio com ênfase nas relações interpessoais é 
relevante para que o projeto subsequente e a concepção do ato projetual, não 
individualizem e isolem ainda mais, em tempos que a tendência com a 
ciberespacialização é justamente a não lugarização dos espaços e o isolamento do 
ser, do pensamento e dos ingredientes necessários para a congruência afetiva. A 
humanização dos espaços como os aeroportos, que atualmente servem apenas como 
estradas de fluxo vetorial, traz consigo a possibilidade de criação de um grande 
intercambio informacional que acompanha a velocidade e gera como produto final, o 
afeto. É como se as histórias, bagagens culturais, fatores regionais e típicos se 
encontrassem e fossem compartilhados por homens e mulheres que usufruem, 
mesmo que de passagem, do espaço, gerando uma teia de vivência compartilhada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
 REFERÊNCIAS 
 
 
AUGÉ, Marc. Não-lugares: introdução a uma antropologia da supermodernidade. 
Campinas: Papirus, 1994. (Coleção Travessia do Século). 
 
BOGÉA, Marta. Cidade Errante: Arquitetura em movimento. São Paulo: Editora 
Senac, 2009 
 
JORGE, Luis Antonio ; FERRARA, L. D. . Convergências Assimétricas. In: Luis antonio 
Jorge. (Org.). Espaços Narrados. 1 ed. São Paulo: Fac. Arquitetura e Urbanismo / 
USP, 2012, v. 1, p. 17-261. 
 
KASTRUP, V. A aprendizagem da atenção na cognição inventiva. Psicologia e 
Sociedade, 
Porto Alegre, v. 16, n. 3, p. 7-16, 2004. 
 
LÉVY, Pierre. 1999. A inteligência coletiva: por uma antropologia do ciberespaço. 2. 
ed. Tradução de Luiz Paulo Rouanet. São Paulo: Loyola. 
 
LYNCH, Kevin. A imagem da cidade. Traduzido por Jefferson Luiz Camargo. São 
Paulo, Martins Fontes, 2011 
 
O ABECEDÁRIO DE DELEUZE . Direção : Claire Parnet | FRANÇA 1988-1989) 
NTSC, color . 
 
SANTOS, Milton. Técnica, Espaço, Tempo. São Paulo, Hucitec; cap. A Aceleração 
Contemporânea: Tempo-Mundo e Espaço-Mundo. (1993/1998), 
 
 TERMINAL . Direção: Steven Spielberg | EUA 2004 NTSC, color

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