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Apostila-Sistema-operacional-Linux-v2016-2

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LINUX - NOÇÕES BÁSICAS DE UTILIZAÇÃO 
Origem e Histórico 
Em 1991, um estudante da Universidade de Helsinki, Linus Torvalds, iniciou o 
desenvolvimento de um núcleo de sistema operacional semelhante ao UNIX. 
O UNIX é um Sistema Operacional usado em computadores de grande porte 
(MAINFRAMES). 
O núcleo Linux é considerado o mais importante exemplo moderno de um software livre. 
Um fator que se considera essencial para o sucesso do Linux, do ponto de vista 
do processo de desenvolvimento, é a escolha pela licença GPL, que garantiu 
aos colaboradores a preservação do trabalho contribuído. 
O sucesso aparente do processo de desenvolvimento utilizado no Linux o levou a 
ser imitado e replicado por outros autores interessados em produzir software livre. 
 
Software Livre / GPL – Licença Pública Geral 
·Segundo a FSF, software Livre oferece ao usuário o direito de usar, estudar, modificar e 
redistribuí-lo. 
A Free Software Foundation (FSF - Fundação para o Software Livre) é uma 
organização sem fins lucrativos, fundada em 1985 por Richard Stallman e que 
se dedicada à eliminação de restrições sobre a cópia, redistribuição, 
entendimento e modificação de programas de computadores. 
 
Definido em quatro liberdades: 
· A liberdade de executar o programa, para qualquer propósito; 
· A liberdade de estudar como o programa funciona, e adaptá-lo para as suas necessidades. 
Acesso ao código-fonte é um pré-requisito para esta liberdade; 
· A liberdade de redistribuir cópias de modo que você possa beneficiar o próximo; 
· A liberdade de aperfeiçoar o programa, e liberar os seus aperfeiçoamentos, de modo que toda 
a comunidade se beneficie. Acesso ao código-fonte é um pré-requisito para esta liberdade. 
Então: O Linux é um Software Livre! 
 
Deviso às diversas vantagens que um software livre tem em relação aos tradicionais programas 
pagos (como custos, possibilidade de modificação do programa), a mudança de ares na 
informática de empresas públicas e privadas, saindo do quase onipresente Windows para o 
onisciente Linux, é inevitável. Cada vez mais, os até então usuários da Microsoft estão se 
entregando aos prazeres (e desafios) de utilizar o sistema do pinguim (alusão ao Linux porque seu 
“mascote” ou “logomarca” é um simpático pinguim, chamado Tux). 
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A Comunidade Linux 
Atualmente, milhões de pessoas no mundo todo dão sua contribuição valiosa para a 
manutenção e evolução do Linux, seja criando novos aplicativos e drivers, seja melhorando o 
funcionamento do próprio sistema (que é trabalho dos programadores) ou até mesmo 
traduzindo as interfaces para que o Linux se apresente disponível nos mais variados idiomas 
(portanto, qualquer pessoa pode fazer parte desse grupo, atuando como tradutor, designer, não 
apenas como programador em linguagem C). 
Vamos às principais comparações: No sistema Windows, qualquer mudança é feita pela 
detentora do código-fonte, a Microsoft, que disponibiliza a atualização em seu site “Windows 
Update”. Quanto ao Linux, qualquer usuário conhecedor da linguagem C pode mudar alguma 
coisa que não ache satisfatória no sistema, permitindo melhorias imediatas sem a dependência 
de uma suposta fabricante. Isso, é claro, porque o usuário é o detentor do código-fonte! 
Certas mudanças ficam restritas ao computador do usuário que as fez, se assim ele desejar, mas 
algumas são enviadas à comunidade, que avalia a relevância da mudança e julga se ela pode 
ser ou não adicionada na próxima versão do Linux. 
O objetivo da comunidade não é somente criar coisas novas (embora faça isso também),mas, 
também, modificar constantemente o centro do sistema Linux, o seu Kernel. 
 
O Kernel do Linux – Seu centro nervoso! 
Todo sistema operacional é complexo e formado por diversos programas menores, responsáveis 
por funções distintas e bem específicas. O Kernel é o centro do sistema operacional, que entra 
em contato direto com a CPU e os demais componentes de hardware do computador, sendo, 
portanto, a parte mais importante do sistema. 
 
O Kernel é um conjunto de subprogramas, revistos e alterados pela Comunidade Linux o tempo 
todo, ou seja, existem milhares de pessoas no mundo todo, nesse momento, alterando alguma 
característica do Kernel do Linux no intuito de melhorá-lo. 
 
Mas o que garante que, sendo o Kernel alterado por tantas mãos, ele não se torne uma 
“bagunça” de códigos que gerem incompatibilidades e problemas? Ou seja, o que o faz tão 
estável e robusto se é “descendente de tantos outros”? Ou ainda: o que garante que alguém, 
dentre esses milhares, não colocaria algo prejudicial no código (um vírus por exemplo) do Linux 
para fazê-lo intencionalmente perigoso? 
 
Resposta: A comunidade tem direito de alterar o Kernel do Linux, mas todas as alterações são 
analisadas e julgadas pertinentes ou não por alguns “gurus”, os Mantenedores do Kernel. São 
eles (e outros, vide lista aqui: 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Linux_(n%C3%BAcleo)#Manuten.C3.A7.C3.A3o ) que ditam as regras 
quanto ao que será adicionado ou retirado da próxima versão do Kernel do Linux. 
 
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De tempos em tempos (não há uma data exata), é lançada uma nova versão do Kernel do Linux 
e esse lançamento é realizado pelos gurus, que analisaram todas as propostas de alteração 
enviadas pela comunidade e, aceitando algumas e rejeitando outras, decidem que a nova 
versão está pronta. 
 
Atualmente, estamos na versão 4.2 do Kernel do Linux. Normalmente, as versões do Kernel são 
batizadas com três ou quatro níveis de números, que identificam sua geração. Há algum tempo, 
tínhamos a versão 2.4 e todas as “mini-versões” dentro dela, como 2.4.1, 2.4.15, 2.4.29, etc. Hoje, 
a versão mais difundida já é a versão 6.6 e toda a sua família (2.6.3, 2.6.11, etc.). 
 
A mudança da versão 2.4 para a 2.6 trouxe muitas novidades, especialmente no tocante às 
tecnologias que o Kernel novo é capaz de suportar (redes sem fio, bluetooth, novos dispositivos, 
etc.). Essa “mudança da água para o vinho” também deverá ocorrer quando os gurus lançarem 
a versão 2.8 e, da 2.8 para a 2.10... Mas, com certeza deverá ser muito mais significativa quando 
sairmos da versão 2 para a 3, da 3 para a 4, e assim por diante. 
 
Os mantenedores preferiram criar as versões A.b, fazendo o "b" ímpar quando querem indicar 
que essa versão não está estável, ou seja, que existe alguma tecnologia nova que está sendo 
testada nessa versão. Exemplo prático: a versão 2.3 trazia novas tecnologias (instáveis...tipo 
versão beta, ainda) que, quando foram devidamente testadas e aprovadas, deram origem à 
versão 2.4. A 2.5 também é precursora da atual 2.6 e, claro, já se está trabalhando na versão 2.7, 
a comunidade já iniciou seu desenvolvimento para que, quando as novidades estiverem 
perfeitamente funcionais no Kernel, este possa ser batizado de 2.8 e lançado para o público em 
geral. 
 
Então basta possuir o Kernel mais atualizado e já usar o Linux diretamente? 
 
Não...O Kernel do Linux em si é pequeno e não possui todos os aplicativos, apesar de ser o mais 
importante, já que ele é o sistema em si! Porém, para que o Linux seja utilizável, é necessário que 
existam outros programas que, junto com o Kernel, fazem o sistema completo e amigável paraum usuário qualquer. 
 
É aí que entra o Shell (ambiente onde o usuário pode comandar o sistema através de comandos 
de texto), as interfaces gráficas (ambientes que apresentam ícones e janelas, como o Windows), 
os aplicativos (para digitar textos, construir planilhas, desenhar e acessar a Internet, por exemplo) 
e outros mais. 
 
Muitas empresas e programadores obtêm o Kernel do Linux e juntam a ele outros programas que 
julgam importantes, como aplicativos de escritório e desenho e até mesmo jogos. Cada uma 
dessas mesmas pessoas ou instituições relança o Linux com seu próprio nome, ou com algum 
“apelido”. Esses variados “sabores” de Linux são as Distribuições Linux. 
 
 
Distribuições do Linux - A roupa que o Kernel do Linux veste ! 
 
Um distribuidor é uma pessoa ou instituição que pega o Kernel do Linux, une esse programa a 
outros, criados por ele ou por outrem, e “encaixota” o resultado, dando-lhe nome e oferecendo 
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suporte a ele (ou seja, responsabilizando-se pela obra), criando uma nova Distribuição do Linux. 
Como uma roupa nova cheia de adereços e detalhes diferentes. 
 
Note que diversas distribuições são semelhantes entre si, afinal, têm o mesmo Kernel, e, muitas 
vezes, os mesmos programas auxiliares, como aplicativos de escritório e jogos, portanto, a 
escolha por essa ou aquela distribuição é um processo pessoal e vai mais pelo gosto do usuário 
(Eu mesmo, gosto do Linux Ubuntu!!!) 
 
A figura abaixo mostra as principais distribuições do Linux (são basicamente a mesma coisa, 
porque têm se baseiam num único centro: o Kernel): 
 
 
 
 
Todas as distribuições do Linux são iguais? 
 
Não! Há pequenas diferenças entre elas, mas nada que impossibilite o aprendizado delas, afinal, 
estamos falando do mesmo produto (o Linux), embalado por várias empresas diferentes (como 
uma “Lasanha aos quatro queijos” feita por vários restaurantes diferentes: a receita é a mesma, 
mas que dá para sentir diferenças pequenas no sabor de cada uma, dá sim! 
 
Conceitos Gerais 
 
Para utilizar o Linux, não é necessário nenhum conhecimento prévio em Windows ou qualquer 
outro sistema operacional, mas, é claro que se o usuário que pretende usar o Linux já entende 
conceitos de outros programas, as comparações que farei aqui entre Windows e Linux serão um 
excelente modo de estudo . 
 
Alguns dos principais pontos a serem discutidos no Linux são: 
 
• O Linux é um sistema multiusuário: O que significa que várias pessoas podem utilizar o Linux em 
um computador. Cada usuário é reconhecido pelo sistema quando inicia suas atividades 
mediante a apresentação de um nome e uma senha (previamente cadastrados). Isso significa 
que será necessário, todas as vezes que um usuário for utilizar o computador, que ele realize o 
processo de Logon. O Logon consiste na apresentação do Login (nome cadastrado no sistema 
para o usuário) e da Password (senha). 
 
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• O Linux pode ser utilizado graficamente: quer dizer que o sistema Linux pode se apresentar 
para o usuário do mesmo modo amigável com que o Windows se mostra. O Linux tem ambientes 
gráficos, e muitos! Claro que o normal, para os usuários experts, é preferirem o Linux com sua 
interface básica: texto! Tela preta, letras brancas e uma série de comandos diferentes decorados 
sofridamente! Tipo no MS-DOS...lembra? 
Aqui vai um lembrete para os usuários mais céticos e amedrontados: O Linux usa mouse e ícones; 
janelas e menus, como o Windows, e isso facilita o aprendizado. 
 
• Algumas coisas no Linux são mais difíceis de fazer: Isso, é claro, pode até ser relacionado com 
o fato de usarmos mais o sistema da Microsoft, mas não é bem assim! O Linux complica certas 
coisas sim! Esse é o preço que se paga pelo direito de ter o controle total sobre o sistema 
operacional. 
 
• Para usarmos o Linux, devemos nos identificar, informando um login (que pode ser ana, maria, 
roberto, pedro, adm, financeiro, root) e uma senha. O login root permite, ao seu detentor, o 
controle total do sistema Linux. 
• O Linux pode ser adquirido de várias formas (inclusive pago), através de várias fontes e com 
vários “nomes” diferentes. Esses vários tipos de Linux são as distribuições ou na gíria: “distros”. 
 
• No Linux, não há unidades de disco separadas, como C:, D: do Windows. No Linux, todo o 
armazenamento de arquivos é feito dentro do diretório raiz: a barra ( / ). Inclusive, se um 
computador possuir vários discos rígidos, todos eles serão representados como diretórios dentro 
do diretório raiz. 
 
 
A conta de Super usuário ou Root 
 
Há várias formas de criar contas de usuário no Linux depois que o sistema está em 
funcionamento, mas uma conta é criada no momento em que o Linux é instalado no 
computador, a conta da pessoa que tem direito a fazer qualquer coisa no sistema: o 
Administrador Geral ou Super Usuário ou ainda ROOT (Raiz). 
 
Se você é o super usuário de sua máquina, você é o dono, o manda-chuva dela. O Login 
cadastrado para a conta do administrador é: root. Ou seja, para ser reconhecido como super 
usuário do sistema Linux, é necessário, na inicialização do sistema, que o usuário digite root e a 
senha. 
 
Recomendação ao Administrador do Sistema: se você é root, não fique usando esta conta 
constantemente para fazer qualquer coisa (digitar textos, acesso à Internet, jogos). Ao invés 
disso, crie uma conta de usuário qualquer (sem privilégios administrativos) para poder realizar as 
tarefas simples. 
 
A idéia é que se, durante um acesso à Internet, por exemplo, seu computador for infectado por 
um vírus o outro programa malicioso, o referido programa será executado em modo root, e terá 
acesso completo ao sistema (podendo destruir o sistema completamente). Se, no momento da 
infecção, você estiver logado como um usuário convencional, os limites de acesso impostos a 
você pelo próprio Linux serão responsáveis por conter os programas destruidores. Ou seja, não 
banalize a conta de root, apenas faça uso dela em casos necessários, tais como: mudanças de 
configuração, ajustes do sistema, instalação de programas, etc. 
 
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Como o Linux exibe suas unidades de disco 
 
Se você espera ter, no Linux, ícones que ajudem-no a acessar a Unidade C:, D:, E: e outras afins, 
tire isso da cabeça! Aqui, a nomenclatura para as unidades de armazenamento é diferente do 
Windows. E isso, confie em mim, pode gerar problemas sérios! 
 
Veja, na figura abaixo, uma janela aberta do ícone “Computador”, que é comum nos 
ambientes gráficos atuais que funciona como o manjado “Windows Explorer” existente no 
Windows. 
 
 
 
 
a forma de nomenclatura dos discos por parte do Linux não se parece, em nada, com a do 
Windows. Enquanto que no Windows, a estrutura de diretórios (pastas) começa em cada 
unidade de disco devidamente nomeada (C:, D:, E:, etc.), no Linux, todos os diretórios são 
subordinados a um grande diretório pai de todos: o diretório (ou pasta) raiz, ou sistema de 
arquivo (nessas novas distribuições, essa nomenclatura também tem sido usada). 
 
É como se o diretório raiz representasse, simplesmente, o “universo” dentro do sistema Linux. Os 
demais diretórios estão dentro do sistema de arquivo. Para os mais puristas e para os comandosusados no sistema Linux, é comum ainda fazer referência a esse diretório principal como / 
(barra), simplesmente. 
 
Então fica fácil: o Linux não tem unidade C:, nem D:, nem E:... Mas tem um único e grande 
depósito de informações que armazena todos os arquivos e diretórios contidos nas unidades de 
disco (Cds, disquetes, DVDs ainda vão continuar existindo, mas, no Linux, não ganham letras 
seguidas de dois pontos). Em outras palavras, o diretório raiz, ou sistema de arquivo, ou ainda / 
(barra) é o “início” de tudo o que está armazenado no computador e a que o Linux tem acesso: 
tudo, no computador, está dentro do diretório raiz! Logo abaixo, segue um resumo com os 
principais diretórios e seus conteúdos: 
 
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Pastas Pessoais dos Usuários 
 
Cada usuário cadastrado no sistema Linux tem uma pasta própria, onde recomenda-se que este 
guarde seus arquivos pessoais (como “Meus Documentos” no Windows). Claro que essa pasta 
será usada se o usuário quiser, pois nada (realmente) o obriga a usá-la! É apenas uma questão 
de organização e praticidade. 
Para todos os usuários do sistema (com exceção do usuário root), a pasta pessoal fica localizada 
em /home/xxxx, onde xxxx é o login do referido usuário. Exemplo: o usuário roberto vai ter, 
quando cadastrado, sua pasta pessoal criada como /home/roberto. 
Para o super usuário, a pasta pessoal dele é /root, fora da estrutura de /home. 
E, é claro, a menos que se determinem permissões diferentes, o diretório /root é acessível 
somente pelo usuário root e os diretórios pessoais dos outros usuários estarão acessíveis apenas 
por eles respectivamente (cada um no seu) e pelo root. 
 
 
 
 
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Como o Linux Visualiza os Arquivos 
 
Um arquivo é qualquer conjunto sólido de informações gravado em uma unidade de 
armazenamento (memória auxiliar, como um disco rígido ou um CD, por exemplo). 
Normalmente, um arquivo é criado pela execução do comando Salvar, comum em tantos 
programas aplicativos. Em outras palavras, quando você digita algo em um programa de texto 
ou planilha, por exemplo, está criando um Arquivo. Mais precisamente, está criando um Arquivo 
de Dados. 
 
Arquivos são divididos em alguns tipos: 
 
• Arquivos Comuns: podem ser subdivididos em: 
 
Arquivos de Dados: contém dados de diversos tipos, os maiores exemplos são os arquivos que 
manipulamos: textos, documentos, planilhas, figuras, fotos, MP3, etc. 
 
Arquivo de texto ASCII: é um tipo específico de Arquivo de Dados, escritos por programas 
editores de texto. São arquivos muito simples e só contém texto (caracteres). Esses arquivos não 
admitem outro tipo de dado, como figuras ou tabelas. Não são possíveis nem mesmo as 
formatações normais (negrito, itálico e sublinhado). Um arquivo do Word, não é um arquivo de 
texto ASCII. 
 
Arquivos de Shell Script: são arquivos escritos como textos ASCII, ou seja, em programas editores 
de texto. Seu conteúdo é formado por comandos que o Linux consegue interpretar. Esses 
arquivos são como “roteiros” com várias instruções que o Linux vai executar. 
 
Arquivos binários (executáveis): são arquivos escritos em linguagem de máquina (zeros e uns) 
que podem ser executados pela CPU do computador. Esses arquivos são, na verdade, 
chamados de programas ou arquivos executáveis. Eles não são escritos para serem lidos pelo 
usuário, eles são criados para serem compreendidos pelo Linux e executados por ele. Para criar 
tais arquivos, deve-se escrever um programa em alguma linguagem (como C, por exemplo) e 
compilá-lo a fim de que se transforme no arquivo binário. 
 
• Diretórios: Sim, os diretórios (pastas) são considerados arquivos no Linux. O sistema entende que 
um diretório é um arquivo especial, que tem em seu conteúdo um apontador para todos os 
arquivos que se mostram “dentro” do diretório. A ideia é a mesma de uma pasta no Windows: ou 
seja, um diretório é uma “gaveta” onde colocamos outros arquivos (inclusive outras pastas). 
 
• Links (Vínculos): uma ideia similar à dos atalhos no Windows. Um link é um arquivo que aponta 
para um outro arquivo qualquer (de qualquer tipo, inclusive diretório). Um link pode apontar, 
inclusive, para outro link. Exemplo: se há um arquivo chamado teste.doc dentro de 
/documentos/antigos, você poderá criar um link para ele na pasta raiz, com o nome de teste. 
Quando você quiser fazer referência ao arquivo, pode-se informar ao programa /teste ou 
/documentos/antigos/teste.doc que vai dar no mesmo! 
 
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Conforme ilustra figura acima: os ícones Captura de Telas e Documentos são diretórios (pastas); 
figura.jpg é um arquivo de dados (mais precisamente, uma foto); o arquivo bzip2 é um arquivo 
executável (binário); texto e velox.sh são arquivos ASCII (texto puro), a diferença é que o 
segundo é um Shell Script, ou seja, é composto de vários comandos que serão interpretados pelo 
shell do Linux; e, finalmente, o arquivo teste1 é um link (atalho). 
 
O que vai acontecer quando cada um for aberto (duplo clique no ícone)? 
 
Depende do tipo do arquivo: um arquivo de dados (seja ele ASCII ou não) normalmente, 
quando recebe o duplo clique que solicita sua abertura, faz o Linux chamar o programa que é 
capaz de abri-lo. É fácil de entender: no Windows, quando nós damos um clique duplo num 
arquivo do Word, ele é aberto para poder mostrar o arquivo que o usuário executou! 
 
Quando o arquivo for um binário, o Linux jogará seu conteúdo na memória principal e começará 
a executar os comandos existentes nele (afinal, um binário é um programa compilado – um 
executável em linguagem de máquina). 
 
Se o arquivo for um Shell Script, ou outro script qualquer (existem vários), o Linux se encarregará 
de “ler” e interpretar seu conteúdo (lembre-se: scripts são roteiros cheios de comandos). 
 
Finalmente, ao se aplicar duplo clique em um link, ele vai apontar para o arquivo original e é o 
tipo desse arquivo original que definirá o comportamento do Linux após a execução. 
 
Observação: se o clique duplo for dado numa pasta, ela será aberta diretamente pelo 
programa gerenciador de arquivos (nesta imagem acima, o konqueror. Tipo o Windows Explorer). 
 
Regras para nomenclatura no Linux 
 
No Linux, realmente não há necessidade obrigatória de extensão para os arquivos (binários, 
dados, links, diretórios) existirem e serem identificados como tal. Um arquivo é normalmente 
identificado pelo seu conteúdo, ou seja, mesmo que um arquivo se chame somente texto (como 
o arquivo mostrado na figura anterior), ele será identificado como um arquivo de texto puro 
(ASCII): note o ícone que foi dado a ele! 
 
Não significa em absoluto que no Linux não são usadas extensões, porque elas são usadas sim. 
Estou apenas ressaltando que, para diferenciar os tipos de arquivos entre si, o Linux, na maioria 
das vezes, não precisa da extensão porque analisa o conteúdo do arquivo para definir seu tipo. 
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Imagine dois arquivos de imagem (são arquivos de dados): uma foto JPEG (JPG) e uma imagem 
GIF. Mesmo que você não ponha extensões neles, o Linux será capaz de identificá-lospor seus 
conteúdos (porque cada arquivo tem uma espécie de “estrutura”no sistema). 
 
Outra característica interessante sobre os nomes dos arquivos é que nem sempre há apenas um 
ponto no nome. É simples: como não há essa rigidez quanto às extensões, não há 
obrigatoriedade de identificá-las com um ponto, portanto, o ponto é um caractere 
perfeitamente utilizável no nome do arquivo. Claro que a seqüência de caracteres que sucede 
o último ponto é considerada a extensão oficial do arquivo. 
 
É comum encontrar, no Linux, arquivos com esses tipos de nome: 
 
ethereal-0.20.10-i486-4jim.tar.gz 
 
Ooo_1.1.83_LinuxIntel_install.pt-br.rpm 
 
• Os nomes de arquivos podem ter até 255 caracteres (igual ao Windows). 
• São aceitos espaços no nome dos arquivos (igual ao Windows). 
• Praticamente todos os caracteres podem ser usados em nomes de arquivos (incluindo alguns 
dos que o Windows julga proibidos, como *, ?...). 
• Não pode haver dois ou mais arquivos com o mesmo nome dentro da mesma pasta (igual ao 
Windows). 
• O Linux possui um sistema de arquivos Case-Sensitive, ou seja, ele diferencia maiúsculas de 
minúsculas. Sendo assim, os arquivos Casa, CASA, casa e cASa possuem nomes diferentes (para 
o Windows, não há essa diferença: todos os nomes listados acima são iguais!). Normalmente, no 
Linux, prefere-se criar arquivos com letras minúsculas apenas. 
• Arquivos ocultos, no Linux, têm seus nomes iniciados com um . (ponto). Em outras palavras, 
todos os arquivos que apresentarem seus nomes começando com um ponto (como em .profile, 
ou .segredos), são considerados ocultos (não aparecem nas janelas comuns do gerenciador de 
arquivos). 
 
 
 
 
 
 
 
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Permissões de arquivos no Linux 
As permissões são um dos aspectos mais importantes do Linux (na verdade, de todos os sistemas 
baseados em Unix). Elas são usadas para vários fins, mas servem principalmente para proteger o 
sistema e os arquivos dos usuários. Manipular permissões é uma atividade interessante, mas 
complexa ao mesmo tempo. Mas tal complexidade não deve ser interpretada como dificuldade 
e sim como possibilidade de lidar com uma grande variedade de configurações, o que permite 
criar vários tipos de proteção a arquivos e diretórios. 
Como você já sabe, somente o superusuário (root) tem ações irrestritas no sistema, justamente 
por ser o usuário responsável pela configuração, administração e manutenção do Linux. Cabe a 
ele, por exemplo, determinar o que cada usuário pode executar, criar, modificar, etc. 
Naturalmente, a forma usada para especificar o que cada usuário do sistema pode fazer é a 
determinação de permissões. Sendo assim, neste artigo você verá como configurar permissões 
de arquivos e diretórios, assim como modificá-las. 
Entendendo as permissões 
drwx------ ... 2 wester ............. 512 Jan ... 29 23:30 .. Arquivos/ 
-rw-rw-r-- ... 1 wester ....... 280232 Dec .. 16 22:41... notas.txt 
 
As linhas acima representam um comando digitado (ls -l) para listar um diretório e suas 
permissões. O primeiro item que aparece em cada linha (drwx----- e -rw-rw-r-) é a forma usada 
para mostrar as permissões do diretório Arquivos e do arquivo notas.txt. É esse item, que recebe o 
nome de string, que vamos estudar. Um ponto interessante de citar é que o Linux trata todos os 
diretórios como arquivos também, portanto, as permissões se aplicam de igual forma para 
ambos. Tais permissões podem ser divididas em quatro partes para indicar: tipo, proprietário, 
grupo e outras permissões. O primeiro caractere da string indica o tipo de arquivo: se for "d" 
representa um diretório, se for "-" equivale a um arquivo. Entretanto, outros caracteres podem 
aparecer para indicar outros tipos de arquivos, conforme mostra a tabela abaixo: 
 
d => diretório 
b => arquivo de bloco 
c => arquivo especial de caractere 
p => canal 
s => socket 
- => arquivo "normal" 
 
Repare agora que no restante da string ainda há 9 caracteres. Você já sabe o que significa o 
primeiro. Os demais são divididos em três grupos de três, cada um representado o proprietário, o 
grupo e todos os demais, respectivamente. Tomando a linha 2 do exemplo (-rw-rw-r-), 
desconsiderando o primeiro caractere e dividindo a string restante em 3 partes, ficaria assim: 
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rw- => a primeira parte significa permissões do proprietário 
rw- => a segunda parte significa permissões do grupo ao qual o usuário pertence 
r-- => a terceira parte significa permissões para os demais usuários 
 
Vamos entender agora o que significa esses caracteres (r, w, x, -). Há, basicamente, três tipos de 
permissões: leitura, gravação eexecução. Leitura permite ao usuário ler o conteúdo do arquivo 
mas não alterá-lo. Gravação permite que o usuário altere o arquivo. Execução, como o nome 
diz, permite que o usuário execute o arquivo, no caso de ser executável. Mas acontece que as 
permissões não funcionam isoladamente, ou seja, de forma que o usuário tenha ou permissão de 
leitura ou de gravação ou de execução. As permissões funcionam em conjunto. Isso quer dizer 
que cada arquivo/diretório tem as três permissões definidas, cabendo ao dono determinar qual 
dessas permissões é habilitada para os usuários ou não. Pode ser que uma determinada 
quantidade de usuários tenha permissão para alterar um arquivo, mas outros não, por exemplo. 
Daí a necessidade de se usar grupos. No caso, a permissão de gravação desse arquivo será 
dada ao grupo, fazendo com que todo usuário membro dele possa alterar o arquivo. Note que é 
necessário ter certo cuidado com as permissões. Por exemplo, do que adianta o usuário ter 
permissão de gravação se ele não tem permissão de leitura habilitada? 
 
Agora que já sabemos o significado das divisões da string, vamos entender o que as 
letras r, w, x e o caractere - representam: 
 
r => significa permissão de leitura (read); 
w => significa permissão de gravação (write); 
x => significa permissão de execução (execution); 
- => significa permissão desabilitada. 
 
A ordem em que as permissões devem aparecer é rwx. Sendo assim, vamos entender a string do 
nosso exemplo dividindo-a em 4 partes: 
 
Linha 1: 
drwx------ ... 2 wester ............... 512 Jan ... 29 23:30 .. Arquivos/ 
- é um diretório (d); 
- o proprietário pode alterá-lo, gravá-lo e executá-lo (rwx); 
- o grupo não pode pode alterá-lo, gravá-lo, nem executá-lo (---); 
- os demais usuários não podem alterá-lo, gravá-lo, nem executá-lo (---). 
 
Linha 2: 
-rw-rw-r-- ... 1 wester .......... 280232 Dec .. 16 22:41... notas.txt 
- é um arquivo (-); 
- o proprietário pode alterá-lo, gravá-lo, mas não executá-lo. Repare que como este arquivo não 
é executável, a permissão de execução aparece desabilitada (rw-); 
- o grupo tem permissões idênticas ao proprietário (rw-); 
- o usuário somente tem permissão de ler o arquivo, não pode alterá-lo (r--). 
A tabela abaixo mostra as permissões mais comuns: 
--- => nenhuma permissão; 
r-- => permissão de leitura; 
r-x => leitura e execução; 
rw- => leitura e gravação; 
rwx => leitura, gravação e execução. 
Comandos de texto no Linux 
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Se o Linux que você utiliza entra direto no modo gráfico ao ser inicializado, é possível inserir 
comandosno sistema através de uma aplicação de terminal. Esse recurso é facilmente 
localizável em qualquer distribuição. 
Se o computador que você acessa não estiver com o modo gráfico ativado, será possível digitar 
comandos diretamente, bastando se logar. Quando o comando é inserido, cabe ao 
interpretador de comandos (também conhecido como shell) executá-lo. O Linux conta com 
mais de um, sendo os mais conhecidos o bash e o sh. 
Quando um terminal é acessado, uma informação aparece no campo de inserção de 
comandos. É importante saber interpretá-la. Para isso, veja os exemplos abaixo: 
Exemplo 1: [root@profroberto /root]# 
Exemplo 2: [profroberto@prof /]$ 
Observação: dependendo de sua distribuição e de seu shell, a linha de comandos pode ter um 
formato ligeiramente diferente do que é mostrado nos exemplos. No Ubuntu Linux, por exemplo, 
o segundo exemplo fica na seguinte forma: 
profroberto@prof: ~$ 
Nos exemplos, a palavra existente antes do símbolo @ diz qual o nome do usuário que está 
usando o terminal (lembre-se de que no Linux é necessário ter um usuário para utilizar o sistema). 
Os nomes que aparecem depois do @ indicam o computador que está sendo acessado seguido 
do diretório. 
O caractere que aparece no final indica qual o poder do usuário. Se o símbolo for #, significa 
que usuário tem poderes de administrador (root). Por outro lado, se o símbolo for $, significa que 
este é um usuário comum, incapaz de acessar todos os recursos que um administrador acessa. 
Independente de qual seja, é depois do caractere que o usuário pode digitar os comandos. 
Os comandos básicos do Linux 
Agora que você já sabe como agir em um terminal, vamos aos comandos do Linux mais comuns. 
Para utilizá-los, basta digitá-los e pressionar a tecla Enter de seu teclado. É importante frisar que, 
dependendo de sua distribuição Linux, um ou outro comando pode estar indisponível. Além 
disso, alguns comandos só podem ser executados por usuários com privilégios de administrador. 
A relação a seguir mostra os comandos seguidos de uma descrição: 
cal: exibe um calendário; 
cat arquivo: mostra o conteúdo de um arquivo. Por exemplo, para ver o arquivo concurso.txt, 
basta digitar cat concurso.txt; 
cd diretório: abre um diretório. Por exemplo, para abrir a pasta /mnt, basta digitar cd /mnt. Para ir 
ao diretório raiz a partir de qualquer outro, digite apenas cd; 
chmod: comando para alterar as permissões de arquivos e diretórios. 
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clear: elimina todo o conteúdo visível, deixando a linha de comando no topo, como se o sistema 
acabasse de ter sido acessado; 
cp origem destino: copia um arquivo ou diretório para outro local. Por exemplo, para copiar o 
arquivo concurso.txt com o nome concurso2.txt para /home, basta digitar cp concurso.txt 
/home/ concurso 2.txt; 
date: mostra a data e a hora atual; 
df: mostra as partições usadas; 
diff arquivo1 arquivo2: indica as diferenças entre dois arquivos, por exemplo: diff calc.c calc2.c; 
du diretório: mostra o tamanho de um diretório; 
emacs: abre o editor de textos emacs; 
file arquivo: mostra informações de um arquivo; 
find diretório parâmetro termo: o comando find serve para localizar informações. Para isso, deve-
se digitar o comando seguido do diretório da pesquisa mais um parâmetro (ver lista abaixo) e o 
termo da busca. Parâmetros: 
name - busca por nome 
type - busca por tipo 
size - busca pelo tamanho do arquivo 
mtime - busca por data de modificação 
Exemplo: find /home name tristania 
finger usuário: exibe informações sobre o usuário indicado; 
free: mostra a quantidade de memória RAM disponível; 
halt: desliga o computador; 
history: mostra os últimos comandos inseridos; 
id usuário: mostra qual o número de identificação do usuário especificado no sistema; 
kill: encerra processados em andamento. 
ls: lista os arquivos e diretórios da pasta atual; 
lpr arquivo: imprime o arquivo especificado; 
lpq: mostra o status da fila de impressão; 
lprm: remove trabalhos da fila de impressão; 
lynx: abre o navegador de internet de mesmo nome; 
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mv origem destino: tem a mesma função do comando cp, só que ao invés de copiar, move o 
arquivo ou o diretório para o destino especificado; 
mkdir diretório: cria um diretório, por exemplo, mkdir concursos cria uma pasta de nome 
concurso; 
passwd: altera sua senha. Para um administrador mudar a senha de um usuário, basta digitar 
passwd seguido do nome deste; 
ps: mostra os processos em execução. 
pwd: mostra o diretório em que você está; 
reboot: reinicia o sistema imediatamente (pouco recomendável, preferível shutdown -r now); 
rm arquivo: apaga o arquivo especificado; 
rmdir diretório: apaga o diretório especificado, desde que vazio; 
shutdown: desliga ou reinicia o computador, veja: 
shutdown -r now: reinicia o computador 
shutdown -h now: desliga o computador 
O parâmetro now pode ser mudado. Por exemplo: digite shutdown -r +10 e o sistema irá reiniciar 
daqui a 10 minutos; 
su: passa para o usuário administrador, isto é, root (perceba que o símbolo $ mudará para #); 
tar -xzvf arquivo.tar.gz: extrai um arquivo compactado em tar.gz; 
telnet: ativa o serviço de Telnet em uma máquina. Para acessar esse computador a partir de 
outros por Telnet, basta digitar telnet nomedamáquina ou telnet IP. Por exemplo: telnet 
192.168.0.10. Após abrir o Telnet, digite help para conhecer suas funções; 
top: exibe a lista dos processos, conforme os recursos de memória consumidos; 
uname: mostra informações do sistema operacional e do computador. Digite uname -a para 
obter mais detalhes; 
useradd usuário: cria uma nova conta usuário, por exemplo, useradd aluno cria o usuário aluno; 
userdel usuário: apaga a conta do usuário especificado; 
uptime: mostra a quantas horas seu computador está ligado; 
vi: inicia o editor de textos vi. 
whereis nome: procura pelo binário do arquivo indicado, útil para conhecer seu diretório ou se 
ele existe no sistema; 
w: mostra os usuários logados atualmente no computador (útil para servidores); 
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who: mostra quem está usando o sistema. 
Finalizando 
Praticamente todos os comandos citados possuem parâmetros que permitem incrementar suas 
funcionalidades. Por exemplo, se você digitar o comando ls com o parâmetro -R (ls -R), este 
mostrará todos os arquivos do diretório, inclusive os ocultos. 
A melhor forma de conhecer os parâmetros adicionais de cada comando é consultando as 
informações de ajuda. Para isso, pode-se usar o recurso --help. Veja o exemplo para o comando 
ls: 
ls --help 
Também é possível utilizar o comando man (desde que seu conteúdo esteja instalado), que 
geralmente fornece informações mais detalhadas. Par usar o man para obter detalhes do 
comando cp, por exemplo, a sintaxe é: 
man cp 
Se você estiver utilizando o bash, pode-se aplicar o comando help ou info da mesma forma que 
o comando man: 
help cp 
info cp 
Assim como conhecer os comandos básicos do Linux é importante, também o é saber como 
acessar seus recursos de ajuda, pois isso te desobriga de decorar as sequencias das 
funcionalidades extras. Sabendo usar todos os recursos, você certamente terá boa 
produtividade em suas tarefas no Linux. 
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PRINCIPAIS TECLAS DE ATALHO NO LINUX 
Teclas de Atalho do ambiente GNOME: 
Alt-F2 : Executar Aplicação 
Alt-F1 : Abre o Menu Aplicações 
Alt-F9 : Minimiza a Janela Ativa 
Alt-Tab : Alterna entre os programas abertos 
Ctrl+Alt+Seta para Esquerda : Move para o Desktop da esquerda 
Ctrl+Alt+Seta para Direita : Move para o Desktop da direita 
Ctrl+Alt+Shift+Seta para Esquerda : Move Aplicação atual para Desktop da esquerda 
Ctrl+Alt+Shift+Seta para Direita : Move Aplicação atual para Desktop da direita 
Ctrl+Alt+L : Bloquear Tela 
Ctrl+Alt+Del : Sair 
Ctrl+Alt+Backspace : Reinicia o GNOME (cuidado!) 
 
Teclas de atalho gerais: 
 
Tecla Enter - Ativa o botão em foco na caixa de diálogo 
Esc - Termina a ação ou fecha a caixa de diálogo. Se estiver na Ajuda do BrOffice.org: sobe um nível. 
Barra de espaço - Alterna a caixa de seleção realçada em uma caixa de diálogo. 
Teclas de seta - Altera o campo de controle ativo em uma seção de opção da caixa de diálogo. 
Tab - Avança o foco para a próxima seção ou o próximo elemento de uma caixa de diálogo. 
Shift+Tab - Desloca o foco para o elemento ou a seção anterior em uma caixa de diálogo. 
Alt+Seta para baixo - Abre a lista do campo de controle atualmente selecionado na caixa de diálogo. Essas teclas de atalho 
podem ser usadas tanto para caixas de combinação como para botões de ícone com menus instantâneos. Para fechar uma 
lista aberta, pressione a tecla Escape. 
Del - Envia o(s) item(ns) selecionado(s) para a lixeira. 
Shift+Del - Exclui os itens selecionados sem colocá-los na lixeira. 
Backspace - Quando uma pasta é mostrada: sobe um nível (retorna) 
Ctrl+Shift+Barra de espaço - Remove a formatação direta do texto ou dos objetos selecionados (como acontece em Formatar 
- Formatação padrão) 
Ctrl+Tab - Quando posicionado no início de um cabeçalho, é inserida uma tabulação. 
Enter (se um objeto OLE estiver selecionado) - Ativa o objeto OLE selecionado. 
Enter (se um objeto de desenho ou de texto estiver selecionado) - Ativa o modo de entrada de texto. 
 
 
 
Gerenciador de Arquivos Nautilus (Equivalente ao Windows Explorer) 
 
Shift+Ctrl+N : Cria nova pasta 
Ctrl+T : Apagar (para Lixeira) 
Alt+ENTER : Propriedades do Arquivo/Diretório 
Ctrl+1 : Alternar visualização como ícone 
Ctrl+2 : Alternar visualização como lista 
F2 : Renomeia arquivo 
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Ctrl+A : Seleciona tudo 
 
Teclas de Navegação do Nautilus 
 
Ctrl+W : Fecha janela 
Ctrl+Shift+W : Fecha todas as janelas 
Ctrl+R : Atualiza a janela do Nautilus 
Alt+Seta para Cima : Sobe um nível de diretório 
Alt+Seta Esquerda : Volta (como no Firefox) 
Alt+Seta Direita : Próximo (como no Firefox) 
Alt+Home : Vai para o diretório pessoal 
Ctrl+L : Barra de endereço 
F9 : Alterna barra lateral 
Ctrl+H : Exibe arquivos ocultos 
Ctrl++ : Aumenta o tamanho dos arquivos 
Ctrl+- : Diminui o tamanho dos arquivos 
Ctrl+0 : Tamanho normal 
 
 
 
Linux direto no pendrive sem danificar o seu Windows! 
Quando o assunto é Linux cobrado nos editais de concursos públicos, os alunos me procuram bem assustados sobre 
o tema. 
Por um lado, a curiosidade em conhecer um novo sistema operacional e do outro como vão estudá-lo, como 
poderão ver o Linux com calma em casa acompanhando a nossa apostila ou as anotações feitas em sala de aula? 
Resolvi então escrever este artigo que ensina passo a passo como executar o Linux diretamente em um pendrive 
sem a necessidade de ter de instalá-lo em seu computador e o melhor...Depois de realizar o processo e de estudar o 
Linux, basta remover o pendrive e o Windows estará lá prontinho de volta, sem afetar nada no seu computador! 
Vamos a “receita”: 
Você precisará baixar o Linux, vamos trabalhar com o Linux Ubuntu na sua versão mais recente: 
http://www.ubuntu.com/download/desktop/thank-you?distro=desktop&bits=32&release=latest 
Agora você precisará do programa Universal USB Installer: 
http://www.baixaki.com.br/download/universal-usb-installer.htm 
Depois de baixado, Clique no programa para executá-lo e siga os passos ilustrados abaixo... 
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Clique no botão I Agree... 
 
Escolha na lista a versão do seu Linux que já foi baixada... 
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Clique no botão Browse e aponte o caminho aonde está o arquivo do Linux que você baixou.... 
Conecte o pendrive que será usado...lembre-se! O pendrive deverá estar vazio! 
 
Após selecionar aonde está o arquivo do Linux, agora vamos escolher o pendrive.... 
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Selecione o pendrive escolhendo a letra da respectiva unidade....Deixe as demais configurações iguais as mostradas 
nesta janela acima....Clique em Create 
 
 
O programa exibirá um resumo do que vai fazer...confirme clicando em Sim.... 
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O processo começou.... 
 
 
Após o término de todo processo você receberá um aviso de que está pronto! 
Agora é só reiniciar seu computador, escolher para que o mesmo de o boot pelo pendrive e esperar a seguinte tela 
do Linux aparecer. 
Ao chegar nesta tela abaixo, escolha seu idioma e clique no botão Experimentar o Ubuntu. NÃO PRESSIONE O 
BOTÃO INSTALAR O UBUNTU. 
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Pronto, a tela vai dar uma piscadinha, vai ficar tudo escuro por alguns segundos e depois o Linux estará pronto para 
ser estudado e usado. 
Depois de praticar e estudar com a nossa apostila, basta clicar no botão de Power no canto superior direito e 
escolher a opção desligar... 
 
Remova o pendrive e reinicie o computador...o seu Windows estará esperando-lhe com saudades! 
Espero que este artigo ajude a muitos alunos a perderem o medo de conhecer e experimentar o Linux! 
Bons estudos! 
Prof. Roberto Andrade

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